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PRINCIPIOS DE LINGUISTICA GERAL BIBLIOTECA BRASILEIRA DE FILOLOGIA J. MATTOSO CAMARA IR. Principios de Lingiiistica Geral Come introdugio aos Estudos Soperiores da Lingua Pertoguéen LIVRARIA ACADEMICA NO DE JANEIRO NOTA PREVIA ‘Ao publiarse, a convite da Livaria Académie, » 22 edigio des rincipios de Lingistica Gerel,cajn 18 edgio tats eotada ha rat, {oi revo cudadosamente © trabalho, pois como Herclano dive de uma feita~ "dex anos nfo pasa debalde para a ineligndia humana” ‘Quando mais nlo ej, houve waa viagem de extdon do Autor, de 1943 121944, a0 Estados Unidos, com um contacto dren com grandes fires a citncia,norteamericanas ¢ europa, e uma maior experiencia didi tlgirida com a regtnin da dicpina de Lingtinica, na Faculdade Nev Sonal de Flwfia deve 1948 ‘Tevese 0 empenbo, enreano, de no modifiar © plano do lize & ingito 20 asunto que de iniio nle se focalinos. O mibialo — “como Sntducfo aos etudos supertres ei ingen portoguée”— expen en Timitago intenconal de Ambit. ‘Tambim nfo ¢alteou esencalmente o pensamento dirtor. Apenat foi exectado o que em linguagem milla se camara “uma reifeao de linha’ ‘As grandes modiicagGesrealzaramae 10 exilo ¢ ma expo. Pro cronse tomar aqutle mas claro inchive, prindpalmente reslvendo, fem frases curtas peiodor demasindos longs © cmpacon E procures tormar esta uma apresentaio mais didtin © aceivel pela distibuiglo das nots, ela adocio de subdivnbes dentro don capitlose plas cons ter remiotes a was © utr, Em virioe pontos Gaeramee ampliages de deal, que parscenm ‘ca ¢ em alguns, ao contro, suprenen. 1 claro que rol dovtabalbos manwseados fi ampli com ‘oa er ida depois da 1 ego e com o que depos dla fl ulin. Mantevest, pods, a aeade de evitar 0 que se cams prdpriamente wma, Libligrati, dandose apenas lita dor tabalborsbudiden no corer do texto, O objetivo ao ft fornecer a0 leit tas a bras capita com que {le deve ampliar sua formagi linge, mas acaltarihe © sco de ‘onferir a exaidfo das tages (que eatio sempre tradusdat em port {B04 on peoquar com agar um indica rapdamente fit, Aras ¢ simples. ite lito nfo quer sr rigor um roeiro para or ‘econ lingostios esi firmar a placpio que se poem dsr vidos ‘ne inca da Tinguagem, Nio foram —¢verdade — poupadas ax dlagien, Co Autor nio we uepende diwo. Como singelo expoior diddtico, quis Cxplctamenteapoiarse nas grandes obras ida que vigoram na lin ‘ili contempordnes, ‘Asim, entreguse a0 piblio a 24 eligi déste modelo compindio, ‘que continas a ser 0 Snio existente em ogua portugues, embora 0 ‘Autor sito primeira a reconhecer que aio faltam meste, em Portgal ‘© no Basil, muito mais indcador do que le para arear com 2 taela Rio, 1954 ‘st $2 edigio apresenta mio ob as amplingies necnrin para manter o compéndio em dia crm atividade bibliogriin, mas tamblm modifica 1 cat ponto plano de divnibuigko da matria, de cirdo om 0 que Scomslhou o propiito de tomar a exponigo cadaver mai didi nesta jf longa experiencia do enna da Tinga, 0 primero e até hoje anda © nic a ser eto em noun pie Outra modifingo, com o meno obje- tivo fot trminar cada explo com wm Sumério ixando a8 ins fo momento, ‘consitai um estano uictisneo: har no presente © ho no pasadoy ‘exquematizados por Hinhas horizontals A'R,A"R" ee, Ean cada oh dey +, Be rm do nga soni Anon Man ota sb renee 1 sr Gi Feo Sy pa, nls Sa no cama “adhe iba ws eps Sn ‘Bese, "7A dpe coc ing de a uae ‘Stange ee 'um doe qed ion tem Que ons le ‘Gna, hat $15 Laoistica: SUAS MODALIDADES « ‘tadog um fat X,apresentandose so anpectoX',X" ec, pode er acon ‘panado numa linha yertal de eyluci, paral s0 exo GD (i, 118). ‘Asi, temo uma cadeia soca dl, ligor para lopos © Bal mente [ber relaconandosesincéniamente, elo a elo, com a cela pum), lop, dbo: 0 noun plural Idborprovém evlutvamente de lupo mas, snadnicamentestandonor no eixa das simultaneldade, temo a ‘ras em diss que o paral dbo e forma em porugues pelo acid de um | 40 singular abo "is uma ustragio tpi da doutring, mn referéncin 8 tora das ales socabutares “Em ings snes, ras pode we omeleo do vosbulo, mn tempo smintco © formal. Em outor temas, cla voibslo apreenta fem dado ctado lingitico wma rai, que mio depende das que teve em ‘tados anteriores. Beta, com elit, a doutrina de Oto Jopersen (Jer peren, 1928, $74. Mas nom todos or torn a eguern. Lnioduse ue concep hstrice no cao, Dedcem na rai an protligu corespone ‘emt 0 indoeuropeu, por exempl, ¢, tomado tive ponto de partly, a ‘otsideram + rai origina, procurando ana em cada estado lie ‘ulsio, sem atentar para a xen nora siteago nae nowy corelages {Gdnieas. Asin, foelinndose © portuguts modero, ditaed que comer (at. comedere, commpsto de com prfino, ed a, ere, termine) Ht ‘fo tem ra A prencipacfo diacnien bnelhon o problems, porque Sm Tinga eaten tas de comer & com; muito enborn te clement, tolocado no eixo das sucsividads, represent comer un prefixo latino a mem wort, © argumento gerslmente ulizado, pan magir 20 verbo portgués pir» qualvade de paradigms de uma quar conju to. ¢0 de que antigamente o fino do verbo era poer A verdad dix ‘ica & desoeada para josfcar uma cauificagto sincrOnkcs, Ov case teres da conjuggio de cada verbo tm de ser deduidon, 0 contri, dos fate avai ds Lingua. E, dentro dels, verificamos que pr € ta vegunda conjugno, porque a a vogl teria, inexiente no infiniti, €, no ‘bstamte, -e, come comprovam pudese, purcr te. 20 lado de lows, Ivor e patie, parti, soda, porque oem pir no & egal temic, eno radical, como evidencam as formas powho, pes ee 15, A andl tinge, A eséncia da lingosica sincrOnica, assim concbida, é 8 andline ‘erpretaivs dae formas stuais de ma Hngun em funcionameno, como a $8 PRINCIPIOS DE LINGUISTICA GimeAt meio de representagio mental e eamuniagio soca, Sentiram.na intuit ‘amente or antgorgramitcos hindus, quando denominaram ryeharana 8 xposigio gramatical: composto da ralzsincita verbal Ykry"fauer” — ‘nominal com vmma amplinglo vodlic, ou guna (4. § 86, 2) elo ‘xo dor abstrat neston ena —¢ 0 prlixo vt, dia de cparetn, Voltase dear a0 concito diretor da gramtiea clade, mas des: venalhade das condigir que vidavam ¢ deformavam a sin apie. (Com feito, a gramdtia — tal come se exabelece nt flmfia gree Jaci € continiow a vgorar not tempos modernor— procara firms wm rmodélo de falar bem, por uma tadiio do uso das lanes cally, ett ‘no tempo eno esas ou, em outros tos, normale. Esta pron fo ji Ihe usa 0 carder de obseracso objet, que € 0 fandamento de {6d ciéncin desineresida, Seria, quando muito, uma dnd apliad, A mancis da higiene © do dizsito penal. Mat 3 propria otueragio em ‘que se fardamenta ¢ fragmentiia, pefunctva, incoeente © contd ‘Gra, gulada por conceitor que ito fora da lingvagem, como principal mente oda cic! crag pars regular a eliciénin do raicino © ince par de explicar 0 fendeno lingtico em wa plenitude, mesmo na wa A lingaea deere, on sineénica, trata de dedi @ estado in istic ciemtifcamente, isto &, por um modo objetivo A mancira de qualquer outes cin dew: cringe aim un novo concita de ok stimes, que et par ae formes Lingle como 3 geometin para at formas emacs Para tl dsiderato, a nomenclatrae of antiga concsitas gramaticis tae mostra em grande parte inutlives Poe i, etabeleeram nov dena de anise, eoincidentes cm mits desu lithe mesa, vag ‘cols lingiica contemporiness Por outro lado, delineouse wm extido sincnico sri, como ‘epeciimente na excola suiga de Charles Bally, que —fra dh grania Dpropriamente dita, ou descigio da LINGUA BE RERRESENTAGKO MENTAL focal a exrersepane uncbismes, ou se, a emogto verbalinda "Pum oes dep, dade 4 Anti cP, 10,21 uel Mtoe excl tor tie spldh a hi em HB, 0h {0 Linguistica: suas mopaLpapes ° 16. 4 oposido lingutics. © principio primordial da ramdtica, anim reformulada em seu con tito, 3 oposigio lingasica, ou sj, a dreunstinca de que cada cl ‘mento lingtstico tem valor © individualidade ma medida em que opie a outro elemento, ‘A opesiio pode ser etrutaral ou funciona, conforme decorredox srupos de abocingtes que hi entre om elementos, em nos explrit, day avociagies que se eabelocom entre les quando ve sic nit comteto dado Do primeiro tipo de oposcio temos um exemplo portagués nt on- soante sonora /b) que s existe lingustiament, porque se ope a ours ‘osonera, ou sur, como Jp, que, afra 3 uago isin, se artes pelo mesmo movimento e 20 memo ponto bus! que (bj. DX mex torte, © género feminine we daaca pela sua openigdo 20 género mat fulino; a1 conjugaglo dos owon verbose individual opordose 8 eee 34 e anim por dane, 'A lingsntia descritivahodierna tend» conidear Ges grupon de ‘posites ma base de uma “binaridde”, into & de ui conjupad bio, ‘00 de dos membros. Quando un trago lingstico distingue um dels © (© ope 0 outro, tems al a MARCA cRANATICAL. da opanio. Teme exarte © wewaao wancano, 26 lado do seraaso NOMAD, «omo num dos exempion acima—~ bj, com a marca da sooridad, © /p, Mesmo quando se nos depram tés ou mais membros, hi ex rep, implica, uma organizago hiedrquia, que nos pode conduct a dee: fender propor binriossucesvox: 0 primeio grupo apres wm me ‘bo compexo (quando nfo os dois membros) e te, por sm ve, se divide ‘num novo grupo bintio, podendose reetie © proven de pam gr 52 se chegar 4 um grupo de dois membros simples ov indivi Por io, em portugués, © quadro dar noms 7 voaiscomiste num ‘exruturagi complexa © decmponiel em oponiges bina: 1) Ja sem ‘marca di leva da lingua na bc, as demas ops com essa mare 2) uma oposgi, néste segundo membro complexo, entre vogas em que 2 ngua svange para 2 parte anterior da bea (Je, /[.I]) © vai fen que # lingua reeua pars 0 fundo da ica com um arredondamento Coumplemenar day ibis (Jo. Jo, Ju]: 3) m8 vpaisantvione, un ‘ova eposgfo entre vogis em que a nga se ceva 8 un aluen médin eh Je) € 4 val de altura mtsima (i): 4) uma opaigo equivalents « {18 PRINCIPIOS DE LINGDISTICA GERAL, (ich fe) © 8 vagal de altura mdse (i) 4) uma oposiio equvalente tus vogasposteriores; 5) nas vogas médias anterioves, wna ta ope tigio em vitade de maior ou menor elevago méda da Mngu (sop fechada Je) e aberta e)); 6) ma oposigio equivalence ms voguls me ins posteriores(vogal fechada fo), sbeta }) Nas conjugagies vertu portuguéas, < andlogamente fil opor a 14 conjugagto 2 um grupo consituido pela 22°¢ 8° amar: temer ini) fm virtue de terminages comuns As duns lias (f.— amave emia, fina; mado temido,tinido; ame: tna, tna, pata em seguida decom. porse 0 segundo membro numa conjugasto em -- opost a uma em Em linguas que posuem mais de dois glneros para os nomes, como rmasculin, feminiao © neuto, depremndese, mima estoturacio binkria sucesina, um grupo msculiofeminino opoito 20 neutro (asim, cm inglés, “pesoas" em oposigo a "eoi'), eabendo ao priairo memo Com ings com 2 marca Gu ntrrs pa) une abana om mae ‘ling €fesiniao. ‘Asim se dedux © que se chama 2 erature inerna de uma lings, ‘que se ctuds om ranaorowns, ¢ 4 convicgo de que hi ea earutura fonepande 20 escromaaswo wnclenco. [Resta depreender também a articulagio doe elementos lingaisicos ‘num contest onde se sucedem linermente ox er seach, Alte crit 2 crougio resGoNAL, pela cnjupagio das fangtes dinar que eabem toe clementor em qi ‘Uma vogal ij em poragues, por exemplo, em [ir € /i/ © opte 4 consoane fr/ como centro de sb, ou ssbico (4 § $4). aay jem Ip] 3 opbe 20 subi /3) como vogul modiicadors, em fungio com sonantal, Anlogement, a fungto do /r/ em [it] € ji) € diana, pois Se opse 8 voga, rerpectvamente, come consoantepré-vocilic €consate évtoclica, Por imo, num vocibulo dado, as oponigie contextual das Yoga conwantes so outras que as opoigis eruturais hd pouco ‘comiderada, Em cada enuncacSo, portato, hy além das oposigies srutarais Iimplicius, oposgss fancosis explictas, como em amar, entre am, rit, ¢ ee, slfxo Deaionl, ou tm dle ameon, ente de, suet, © ‘ameva preicado (asinins das oponiges, fra do contexte, entre ae, fon aimave, © ia, em tom, ow entre ce, massing, « a, fining, 0 finda entre amon e odire). ‘A compreensio de uma enuncagio decrre dor dos tipos de opo- sige “como sempre albres, a earutura na linguagem ext & ergo do foncionalismo” (Mikus 1957, 176), na coneepeto nova de. gram, “funconalimo ¢ estuturaliano caminham lado a lad” (Marin, 1948, 39. 17. Linganice poner Aun Lagat contemporineot em em divids, como de inci fina Jespen em face da doutrina de. Saumur (Jrpersn, 1910, a convenncia eas rarer centfica para separa radicalmente 0 estado Tings evlutivo o desrtve. Mat grande « predoinantetendén. sia € nese sentido de asin separsing como mostrar te debates do Sexto Congreso Internacional de Lingaias em 1998 (ASCIL). Isto nfo imports em considertlos duasdiciplinasinoladas Devese, 20 conti, admitr com Wartburg (Wartburg. 196, 125) que Aes we tombinam pars constr uma lingiicn paneronia, onde 4 verdadesincbnica © a verde dcrnica, 4 manera Gn opi ene use € “anee™ dn dinécca egelians, confleem numa “sntese™ mpl: “todo fato linguistico deve sr consideado no sitema de que & fre, ©/mn sua hints, que € 9 hia do pprin sera” (Paghiar 1290, 179, Assim, volando aos exemplos portuguese, citados, de Iébor © far 18), temos 1) labor ae forma de Uso acrescido da desinéncn de Plurals (renade sinréne). 2) lor provim do lat. lipo (verdad dia ‘inka, 3) tbas, omo 0 eu dino lapore por ata dle, we decompoe ‘num clemento abo © mum indice de plurals (verdade pancrinica) da ‘mesma sorte que por € da 2* conjugado (consatagto sincréniea). porter Perdido ma etlugio lingustcn a vogaltemitea ve, » qual logo o ev Alencar ‘A inerdependénca das dae diplins pennitia uma nowa compre ‘ensfo da evolugio linganica ma base'do conceit de extado Hinghisen, Tl fcon endo apeeciada como a panagem de um estado a outo, exp ‘andose pela andlise das condigaes de exratora de wm exado Lingtco ig. que jd por si mesmas prewupsem reajusamentn evolutives( ‘aplalg 3a) ‘A lingua € eminentemente mutivel no terpo o se movimento de rmadanga tem o eriter de uma evolio, ito &, um proceuo dinsmic, sradual e corene o 4418 PRINCIPIOS DE LINGUISTICA GERAL ‘ea verdade ol depreendida no see, quando & bem die ve cons: timin' Hingstica. Fi'a principio eéaca, aim etabeleid, una gr nikica comparatva, @ que € um método de comparar os clmenton de linguasditnas para depreenderthest orgem csmum e teconsituit ot Tineamentos da protoingua de que ea Lingus susan. O malo melhor ‘ge tabalho fi « gmitin comperatva indocuropés; © mete te ‘ido muitos apertigenmentoy, € uma de ant inovages recente € a. glo tocronalogi. ‘Ds pesquisa comprativaemergin a lngosticaevlutiva, 0 histric, ‘que ¢ um corpo de douuina para explicir a formagio © evlucio dst Tnguas ‘Ao seu Indo, consiulnse mais recentemente a ings descritv, que mostra como os elements de uma linge se eatrututam e funciona ‘os context de enuncago, para a eomunieaso soil A gratia reco Tatina no corspondia a xe objetivo, porque ers define norman © scat numa olseragio fala fragmenta © em convengie teas lia. © principio fundamental da organnago lingisica é » ope sis binirla ds elements, a qual tanto é etrutral, ou paradignsticn, ‘om funcional, ou snags, A lingtica evolutiva, ou diaries, e x dewsitie, ou sincinia, ‘So autnomas, mas interdependent, ew eoordenam pata per Tinga panei, Leiturassubsiibin, Para conetito de evolugio em lings: Greenberg, 1957 A, 665. Para o« princpios da gramdten eomparativa: Melle, 1988, 1150; Prcig, 1050, 312. Fara método comparative: Hocktt, 1058 48542, Para 0 on. ‘cto de cnitcaio genta: Mell Cohen, 198,117; Greenbesg, 1957 A, 349, Para consti da lnglitiea nose. xr: Jespersen, 1928, 1858 Para a glotcrnologa: Clmar, 1958, Hymey, 100, Para se sus relies ‘om a sciologia: HaudscourtGranai, 1955, 1429, Para lingstica sin. ‘conten; Sausre, 1922, 116440; Vendeyes, 198, 172184. Par un cotejo enue sincronia¢daconia: Wartburg, 146, 128-140, Para 0 poto de Ws i Tinguiea desertion em face da gramitica tradicional: Nida, 1914 Para extrutralismo lingnico: Pox 199. Para um remo das elas ‘entre a lingoitia © a demais cites: Diego, 1951, 1940. Para at ust ‘lags com a antropologi Sapir, 1919, 6088, (05 FONEMAS OU UNIDADES DA FONAGKO 19, A foneto Quem dis em portoguts “cost ow em inglts "thing" ett relaco- ‘nando um conjunta de ans vocals a uma arenesneragho (ef § 2) A fal, fou maniesagio oral da linguagem, € por ino um fendmeno epiital, pois conse numn relago simbolica ere todos os elementos da nowt {xperinca, de um lado, , de outro Indo, certo elementon da vor humana ‘A tor humana vem a sr asim 0 arpecto conereto, ou melhor, seooral (quando vai, como dix Cabeleats, “da minha béca para o teu ouvide” (Gabelents, 1901, 3), ‘A lingo, come a puts que regula atiidade da fala em deterni- nada cominidade Romina, é, dear, us stema sinbalco, em que mn Contedo mental ~0 scwincano~ se integra numa dada expresto oral, ‘que podemor camaro sence (4. Sauisute, 192,98). Esta expres (ral, derovide do seu conteudo mental sent, por ua ve, nam ste ‘ma ausllar de sons yeas sleconados, que variam eonforme a lingua, ‘no logo testa para ante o ngs thing, onde aprecem sons Yes (teprseatados na escrita por th e ng) que no se utlzam em ports, Podese em refertncn 0 sigificante fazer o estado da producto oral, ‘ou ronagio, eo da impresdo arétiea bvio que esta dima € que ma Tealdade fonciona ma aUvidade lngusien.. Como ssinala Maurice ‘Grammont, “a fais € um stems de sigios acs e, quand nos fala. ‘Slo cr sone que i interpetano,e ko ot movimentossrialatios que fevviram pats enitr és sons ¢ qi, na sia mora, non ecapan” {Grsmmont, 1988, 9. Com eft, ob aquelacoergio coleiva, meré da ‘qual, como diz Melle, de aco com Durkheim a vcedade imple 205 ‘eas membros, eriana aprend a fase por meio da steno edo elo Aistrno pare reproduzit © que ou. Os movimentos dos gos do ape relho fonidor slo apreendidoe por um procs indie, emplico © In 7 Han ger cue” § 8 « {2 PRINCIPIOS DE LINGDISTICA GERAL. concieme, embora counteum win soca defiila, que ¢ parte ime iganue du Uncen [jo olwante, 4 ciéncin da linguagem tem preferido foclizar 2 rowagko em ver do seu resultado acco, A ronéTick. MOTRE, Ou ATT ‘eratoms, trata dos movinentonclementres, ow articles do Geo fonadores, responsivels pela produgéo dor sos voi Como, porém,& 0 ecto wnico que tema em mente quando exccuta mos Ges movimenton,temos de edits sem peer de vista aun cn tmapare acstea, Analismota auditvamente sé chegit aos sons que, par a lingua, so lementares, isto indecomponives & now percep Tings. $8 entdo nos voltmos pra os movimentor don digo fo ores, everficamos qual o grupo de movimentos que corespode cada ‘um déues sons “elementes’, ou sons da fala (embémn se item fones ‘Asim, numa enunciaglo md, em porugués,ehegamor a dois sous eleme- tare, /m/ € /a/;€ 2 fonda articulatria nos eminard que 0 primeira ies fi produit, graso modo, por ts ariculages conjugads do apa tetho fonsdor: uma aproximagio das cords vorais na aringe (que a fat ibrar & passagem da corente de a), ssn sbuieamento dove paling (que abe a corrente dea as fosss mss onde ela reo) eum fechamento os lbiosseguid de abrinento® (que prende na bea momeatineamente ‘8 correne de ar em sguida fr wir um ello aii de explosia) 20. Os fonemas. Firmemos portant, peiminarmente, que um som da fala sb & ee: ‘mentar em tems linguistics O som vocal a). por exemple, do ponto Ae visa tic, € decmponivel pelo menos em ts auton elementos si ‘ hindon na ‘apeeninde dosnt tara ho sagan No decane ‘es mmc acide tr an east eB SPs ‘Sane ote Moi Sac eee spread Seen simian en ef oe Set Pn pe vas a ue compte ebsites nt © Sow tl Tas tin tm span dae seco com mes ita nor den seamen en "hing, We 8 2 Ade ao sm, nn, pro fey nin rats 4 none ena, BSE iS) Spree Set gee ad pas Penick = {28 05 FOREMAS OU UNIDADES DA FONAGAO ° ox 0 som a virgo acorn ot, 4 rem ma fomsani © ptosis Du ema tone conse nts 6 wma ae SF stems me cord veal newer plo, 1 ion “Trntuce de um tenon mininn (decor acon ow mov eno dongs fdr) nm ppl ou wa ono, a FE See etn lng, Ac por otro juno MA Sas Sam spans do gue & enon: compuenae md ¢ ‘ism sel cnidendo cman ote weno meee ingle sco went mr eu te chm roman Tor io, atone oie sage 0 sens como lest sects ong ena Inge, "po co doa un ob gue four dca linge dons quest nbn poles der” (leno Mss, "Chndvittdade decd oem ow fndamenta ma compli de aldo sug scsi Cnn apn ago tags a ‘atuccos precios que ecminan um eto alto carter om ‘She cou orden ovens dings Co sia Sars gue taper os ajenas qe yee ma agen Secs tla rvuns snes Oo for sme ports Snguew do [9] rds dig fs cr sd fn) Fr Rpt Tm lacs ms ft ny de ofr aad ecaanente om & ion scm ani den denis peri. mesmo lnc on ty mvincts icin h as © es econ liane ‘arte tonfome pens que flo ewe de epi ou da lute» menial que eis Nada ton metorsGtomin macros ene Ing © dcr. Mu aj coue nv tu anes gua, que ne anc Tra ac de reprami mele de nmi ce. Ora de {in oro colon em um fone, cma no ste dea tem om de ling (4 Te, 5,708). onan come glann oma concn de ea tere arcana exter que» Serve fonts rn i gin at le unten ‘Minn Rhames tendon pd. © vey um som Sef hwy oe fc tiene ‘one a Gn 9. ees fe ‘Seateray ah 1 o 4 20 PRINCIPIOS DE LINGUISTICA GERAL fovom apreende. Asim, o fb em aba — como em otsot voctbulo, em {que td em posgfo interoeitiea~ ¢ emi com ov Lbios meio apartae ds apresenta um ruid de atrito& pasagem da corrente dear, 20 con trtio do que se ouve noutra posto (bo, serbo}. Por ovo lado, o chi ‘mado (nj forte € em muitas pesoas una enisdo dental, fortemente “ro Indi”, 20 paswo que em multe outas¢ uma eminto vel, artcuado com © done ds lingua jumto 0 véu palatine. Muito expreniva &, ene particular, a cag de Sapir em referen to nao, lingua amends das its dn Rainha Carlota. Al, no s fz, ‘como entre nf, distingo Tinga enze(}¢() odo sone ako sen tis indilerentemente emo fe, Ao contro, we exabelece um oposgfo entre dias expécies do [e/, como fonemas diverson, crrespondentes 20, que se surpreendem acisticamente em inglés, mas jé aged mn qualquer ing lingisica: © // suave de ating, por exemplo, et frtemente sopra de vocbalos como time (api, 121, 86/7) ‘Asim, una deren, que & bisien em portguls —e mis demas in ‘gus indocuroptis~, ene conseunte surda e comoante sono (Jp post a bj, jt) Jf, kj fg) no existe em mies cutas lingua ‘onde © peaguisdorinesperente registra ora wma qualidade, ora owt (Schmid, 1926, 28}: € 0 caso das linguas toda braleiras do loco je ‘ajo érmo para “4g” aparece anotad hae go]. Soehlage, 1981, 189. O sntema de fonemas de uma Kinga adquire, asim, o etter de vent norma rigida,f, como diz Sop, um ran roxtico (ing. sound pater, ‘onde cad fonema se desta como tm pont ou modelo ea, que aurea ‘iedades de exeeugo. Cracterizam-no no x certs tage atclattin tipcs, os magos sires (ing. itintive features) ou COMPONENTS smucrivers (Harri, 1987, 128), mae também or contraes © cor relagiesem que se adh com 0 reno do sistem. Al se inciem a tein {la do fonema no Hexic, as poses favoritas que ocup, © 0 tpn de ‘outros fonemas com que em rors se combina na ie Loni. Em outs ‘temo, eda fonema tem, dentro do sistema, um péso pripla, ou vale Ponderado (ing. weightowtue) 0 lingisa 1450 N. Trubetskoy sus companteires do Cineulo Line ltico de Praga (Roman Jakobson, 5. Karcevai, V. Mathes, B, Tenka fc), bem como por outro Indo © mearenorteamericane da Universidade de Yale, Leona Mlomtield, partindo,reapectivament, ds idee vent {9 05 FONEMAS OU UNIDADES DA FONACAO a Ids neste sentido por Fernand de Saussure, na Europa, ¢ Baber Sept, ma América do Norte, procuraram, por io, exabelecr paralela, ‘mente 4 clnca da Foxtmes, propriament dis, outa nla mais go roamente lings, ma bas do ed dot vorsaas Poems, de aciedo fom a ecols noreamericna dts de Yale, derivada de Bloomfield (Be ‘ata Bloh, George Trager, Motes Swadesh, Chale Hodet,Zellig Hari, Paul Garvin, Kenneth Pike ete) denoainta sostaaca (ing phonemicsh de preleréncia 20 térmo menos precio roxowocia, pot que a damon, ‘Trabeukoy (c. Camara, 188 A. 1618) e que € prlerlel deixar com ‘© seu amigo sentido de descrigio fonéicn total de uma ing. (© mem Trubeshoy defini sum artigo programdtio ss dus di iplinas anion considerdne: “Er contrste com Fondrca, que € Ua ‘Eoin da natures, edi rexpeto 20 sone da wos humane, tem a ToNoRocte por objeto oF Fonts, on at idee fdnics (a. Lauvoratellngen), das Hinguas humanas, € & portant, uma parte da nia da linguagem. A fonologia pertence gramitia, jumamente com a morolgia¢ a sintxe” (CPruderoy, 199, 98) Se partrmos da consisiglo méefica dor trios fondic € fonda, pdemot — como propée o Hgts noreameriano Kenpeth Pike (Pie 1954, 8 a) Holanda o radial (fon), diingur no exeado da fonag wm onto de ita "tia" em pont de vista "emia", conform se procure Alcprecnder a seiade tea ou dar ea realidad 0 valor que the cable ra earatura © no fencionamento de um sistema nica. A dsingfo wie ppm, als, 0 fmbito da fonagho se etende pelo estudo total da [Rvigem, Pike nfo esta até em evtendéla a todo 0 etido antzopoliica "Uma orentagSo tie trata dos ftos patra como partes de grandes ‘onjnts, em que se relaionam e de que abtém a signiicacto ‘ins que a orientago ctica nor leva stair oft, para i especial, o respecting coneato, que & 0 stems local de fats, fim de agrupstos ‘puma acala univeral sm relerénca intrinecs 4 estratara de uma dad ingua ou ealewa” (Pike, 1954, 10, 1 Sa sig i a wan po Try, at de ae a os Stn are bn "nag asa escheat ops 2 121 PRINCIPIOS DE LINGOISTICA GERAL, Seri, entetant, insnsto depremr 2 minucios oberecso dos sons a fas, com as suas atculagese YariagGes actaticr que no tim fangzo Iingoatcn no evtado aval di Lingua, 4 na fonda, como esto mtural do que exatmente se promanca ‘ese our, que tem de apoarae a fonémica para depreenier dio contin genie que lingiisticamente funciona. Ito & a cintin do vston do sons 1a Tinguagem no pode dapencaro qundrogeral de relies teas re ferenes 20 sons voeis (Pike, 195, 10), [As variages ocrentes ocsionais, que nko ttm valor logiltico x0 ‘exado atu da lingus, podem condicionr a6, no Smbito dinernico, ms ‘ans em elaboragio no sistema de fonemas, como veremos mais tarde (ep. 21, 0 eatudo fontico, © exudo fondo, oremtado para apreender com angranga a real- ade tse itera dos sone cai Smaonse nas times dacs do 9 ‘ilo pasado. Af sobresaem muitas notiveis figura, como Edward Sievers, ‘na Alemanta, Henry Sweet, na Inglaterra, Paul Pay, em Prange, ©, €- pecalmente destacivl para nd, Gongaves Viana, em Portugal CCriowse asim a disiplina da fonds em bass objetivan © silidas, ‘mas quse exclosivamentearculatris, oa motors ito éfoealizandoo& ‘moviments dor dros fonadorese no a impress scstc, Estabelecee se ‘om iso uma grande objedvidnde, que podemor chamar naturaisin, porque se procurava depreender 9 enfmeno natural da produsie do som, Fra io desenvoiese uma tenia bands nim grande spo adie: uma ver ouvido 0 om, o fonetieta pau reproduto © anaes intron. Dretiramente oy movimento que tem de fazer para conte A precsio © o rigor da depreensio aumentaram com o two de ap: elles, © que fl consistentemente feito peo foneticta francis Roweeot ‘om wna Unica de pesquisa, conhecida elo nome de roxérica ere Dera também dita istauneeat om de TaRonaTéR (0 sparc clinic nee temtida 0 omusensro, que €um reistrador rico da prods don sone vocat (fina “onda, por enum da ina Ue flea insta). Eis como define Grammont Ge apart: "lindo sai ‘mado de movimento regular © munido de um mimeo indeterminado de “nat i me em in pe tn 4 4 21 PRINCIPIOS DE LINGRISTICA GERAL ojos tamboresinritores, cada tm dos quis poe ser pinto em co roicagio com am dey diferente cos exletesInsreve passe © ‘Sneréniamente no clad, sob forma de coras ov de viragdes, o mento. os eslorgan 0 jogo dor divers doe” (Grammont, 1988, 38. ‘Ao Indo do quimégrato, tem pretado muito ons sevigon, para deter ‘minar os pontos de arieulagio da bie, opalato aril leita de praina, ‘amo 0s moldes que emproga 4 pre dentiia: com a parte inferior polvithada, uma ver inrodurdo na hic, marca ov poator de contacto da Tingus com a abdbada paatna, e, uma ser rtrd, permite » excaglo de um griico (rataroemae) inieador do jg articlstério da lingua fem diego aos denen, ap paito duro, 20 x palatino, mu produsiy de ‘om deerminade som vocal © tipo tradicional de laboratiro de fonds, divulgado pelo asi ramenio de Rowsiclot, eth hoje muito enriqucido, ou meihor, tte pusado por uma aparehagem cada dia mai claborads © complex A sruvago de discos, por exempl, permite a0 fonctcna ter permanente. ‘mente registrados, para uma repeida e minucion observagio audit, ‘voctbulo ou frases mas ou menos longa, uma ver enuncadon, ‘A apliaglo da fea elecroactwien no. dmbito da. linguagem permite, por outro lado,“ anstive etalhads dor von a fala nos Ce ‘mentos ou tagos que sio cas e medios por qualquer epeiaina de scisica, quando dexreve um som como som, ito & em referencias & tn fonte ou mancira de produgio" oot 1946 8/9) 2 possvel a aplicago, porque quando at fla, at moléelas do s mover, em eno da sua pogo de repooso,e pares cision, ca pines de converter a eneyga mactnica des premio xdbeo a eth cher fia clei, aprsentam o realtado da fonasio num grific, que mostra 2 presto em fungio do tempo. Ax condensgics ruelagiey da tale fulas do ar € que determina onda sonora que impresona 0 nosso ‘ouvide. © apuelho chamdo oxcesonaro force min oaciacaann forma da onda que asim se relia; jd com © racradcnaro se obtat ‘manchas, determinadas um papel fotugriice plas varagies do bilho ‘de-uma Himpoda, sesvel x preter que wore 0 ar xerce a eminio ‘da vous, 2 Fy + pou lp, 0 pc & apie» guia eis se mri pues aprons yt onl ple gee apt Se ‘em eect sor fc core? oe 8 122 05 FoNEMAS OU UNIDADES DA FONACAO . at decore a fonticd experimental sciatica, em que ve expec am muito fonetisus © que wan sido tliada pelos lngastas que, como Jakobson (cL § 19, m2, peleem defini e dasiicar os foneras pelos seve tacos acco 20s tragoe fOnicon CCumprenos agora apreiar of movimenton articulates que poem concorer como tagon dstintvos, Ou componente simultineoy parse reterisr wm fonema em determinado sistema linguistic, Taly movie ‘mentor determinam correspondents relizaiesacitieas, que asin fa Sndinetmente leas em cont, ‘Dependem clay cwencialmente, de és regex do aparetho fonador Inumanor 1) laringe, ou mais pecamente a zona da gloe, que é & parte da laingesituada ene os dos pates das dobras menbranoss co ‘hecidas pelo nome de cons voeas 2) a bic: ) a8 fsss mass (© papel da glote conte num sbrmento, mak ot menos acentu lo, que podemos gridativamente expremar pelos nimeros 1y % 3 Sbrimeno 1: com ta vibragio da cerente Je 3 em unio com ‘1 bors superiores das corde vos: brmento 2: com wm simples arto da corrente de at, 0 qual, quando se relora pelo abuisamento. concomitant da epiglte, consi a ssrmagio, ou “sprto forte; a aypitagso & wtilizada em muita Tinguas como elemento disinto do sistema fonémico (ec: em greg, ‘onde se india griicamente por um sinaldiacrtic; em inglés onde Sinica pea lea hg. ham com “esprit forte’, "mea", eg, sem te “espe”, “digo”: ing. hark, “peste tengo!” ant, "ara: Arimento 3 com’a panagem sesimpedida inaltrada da coment deat ma bien, entretamto, que we prods definiivamente @ som, quer plo movimentor dor sims, qucr pelo da net, que so dos mas ce plexos e diferentes Uns ¢ outros presupiem tee ues de articlago: @ fxriorase, a aicuLAgto siiere e a MEPstise™ Corspondem et eee eee oe eee ROCESS Sones picaugnes muses SS ee {3 PRINCIPIOS DE LINGUISTICA GERAL fase minimas frags de wegundo cm que aqutlesérgioe ativor eae Iecem, mantém © deasem, sacesivamente, » posto articulate scérdo com 0 tipo de fonema, tomor devtarte — 1) wm posgio de evisto, ou ceramento complet, com imterupcio da coment Je a 2) um ceanauno, propramente dito, ow sbrimentotinimo: 8) un aaa sero acento, de pra vail dese anim etabeleceroseguintequadro 1) Em religio & glte: fonemas de abrimento gloat | — sononos fonemas de abrinenogltal 2 ~ ssraagi nema de sbrimento 1M) Em relagio A bica: 4) fonemas determinadon por wma oxusio (contacto dos Mibie ou de wma ona da lingua com ov dente ou ‘uma tons do fu da he); b)Tonemas determinads por un ee ‘amento ou abrimento muito relwsido; «) fonemay detetinads ‘or um abtimento franco, de wrt que a bea w funciona como taiea de resin fs fosas nasa: fonemas sem renonncis nas, on Em relago& bea, 0 fonemas do tipo) se aracteraam por um eo cwico de #tosko, que ve produxcomumente a fave da metitte (EXPL ‘ho ou ibetagio bruce dy corrente de a), mas tambem se pode pr tir ma eatistase (errant, 08 retencdo broch dt corente det) Da, ot tomes de oevsios ou rtaswes, que Ihe so dads: o nome exrtodver sas oss gramdticas apenas lea em conta 0 efeito da exploso,dexando de lado oefeito da implsio, que no ata como tago dino no sstema fondtico portugues. O sbrimento bl minim doxfonemas do tipo) de termina um ele audio de ammo 3 pamagem da correne deat; dal ‘2% nomes de cowrnves (por ean da nSointerupyso da corrnte e a), fansrurvor (por caus da conatrigio on cerumento dor drow baci) fou rmcaros (por causa do feito audio de ammo ou Lito). Quanto tos fonemas caraceizaos pelo abrimento franco do tipo c, conti cama wna que x veon pn ee hd oe 23. As pouibildaderartcuatrie para ox sos def ‘Aim se abarcam at under acitias, pomvels de exits a fons fo barman Mas importa aminale que oo imumerdvela © yrlsdiniecs 1 7 2 a xz bealare a Sten ea clea ee ‘im aeooraf gue um fw Seen eared ESPECTROGRAMAS (1) 1.230 FONEWAS OU UNIDADES DA FONACAO o ng, qual avancs, rec, a eleva, e bait, se torn convexa ou cb ‘a, ata com o Spice 1 beds, dono ua raz em qualquer das aes puro ceramento ou abrimento boc (© cate Ducal 20 Indo, mont atch) | + movimentosarislatrios bua, quer dos sbi, quer mirmente da ‘Alguns fonetcist, como, mere inglés Henry Sweet, fem wma visto dor fonemas de acedo com zona lingual ava que s move para steal lon # mais comum, porem, a visio pela zona das pares bacis (Gero pve) onde sedi a ariculago sient: dat de fora para dentro, 2 cauificagio dos fonemas em lbiis (em que nfo ata ngs) dente, paltas, volves, weuleres © at gute, ja nas paredes Fnternat da gar gna, Ing ef ose 8) | ‘Uma visto mais It, mas pediment dl, & a wipuro em fo: ‘st teres) rnematTabias, tnerolinguais ox anterines, péserolingais of patra rex Os primero ¢tecero resltam de uma ana de renonincia bul alongada, com o ponto de artiulagio na sua extemidade externa (bis) fu na sua extremiade interna (Rando da bic}: oF seundordecovtem de ‘uma cai de resonineiadivdida em dass pares de volume aprecivel, | om 0 pont de ariculagio na sona anterior ou central da ca (Cima, 1958 A, 99/100, Do posto de vist acts, or fonemas Ibis e 02 pow teriores slo graves em oposglo aos anteriores que slo agus, 0 paso que | 0s lala © op anteriores lo disor em oposio a0 oseriores que #40 compacts (4 Jakobon, 1952) | 0 sistema foneo de cada lingua tir dena quate fins muliplic dade de ariulaglo oF wagos caraceriticar doe seus fonemas: © pos Daitdade de variagSo fax com que nfo se encntre, dé lingua » Hoge enemas que em timo: de relingéo fsea seam rgorosmente igual | oclasiva ards dental, que més temos em portoputs em tu, a2, por ‘exemplo, pode diverge, quer pela zona da arcade dentiia em que seve | ‘ifica a artculagio, quer pela posigio da Lingua. Assim 0 /t) portugués ow lemto ¢ pésdentl, mas o inglés € aeols, a0 paso que em stcito Ihvia também /tj cacuminal plo contacto do pice da Hngun ja no 1A Gini sti dean te ins om cnt cams opie suis par pnt om dau coped cc ee ‘Smt ge moe ene mop poses” Sete ical a aaarinar aeeay SFR ES SLT ae aT on, 1), Eoetogramas, otis por nkabon (Jnkobon, 195, 475) 20 swage ne uma gua esagtin, yin emo grande pare ee Dadi eae eae © aT (carn steltgi tna emma nga mn cnepoonte fea sages « |) PRINCIPIOS DE LINGDISTICA GHRAL, Iimite do pate duro, Por nis vee Lagoa pode svar com a ponta Spice, pring um (t/ apical ou com ue zona um pouco mas interna, ‘mo sucede em inglés, ou finsimente com a eapertce apical de baixo {eco cao da cacminal em snserito) em virtde de um movimento de Invern ao levantarse (dande o nome de retoflexa) Acrace que com 2 Yong varie com que se execitam ay arcuate laringea ou Duel, 2 conoante pode ser fort ou lene. CCompecendese, anda, como a rapides maior ou menor da casas, ow da metic, cracterzari a aniculalo e 0 eleto acini. Merece ‘Special rléva olusio que se desis gradntivamente:na parte final da fomoante se cave uma friegso em er de explosio. © fonema apresnta este caso uma nature tips, que alguns foneicits exprimem com Giver que le & im miso de ocluia e frcatias consti eatio-a cha mada consante africa ou temioclisia, como 4 comoante medial do Ftliano dace ea iii do inglés chase (em wane fonda ~ |). ‘Se por out Indo, o abrimento lringeo no & unicamente de 1 0 1 conforne se tata de um fonema murdo ou sonora, mas envove um ido momento de abrimentoIaringeo 2, surge uma consoanie com aspi- alo om scram (lonécamente (pj, Db). thls Jd ete) Ean Conoaniesapiadas exit no indoeuropen, aparece como rurdas © Sonora em sina, © com caster de aurdae subse ainda em greg {ntigo (Ph th oy, in, «primeira dewan consoanes era de niio wma. ‘cls. abil surda asprada (/ph/)e nfo a frcatva soda Ibiodental UfP) para que evolu mais tarde © que hoje wexmos ao ler os texto ros ‘Gao diver jd & por exempl, (4) nial ingles, trasdo & baila 1 propio dor dois [edo hada, tad por Sapir. AU hi um acimule fe ar ma regio mpeior do tubo da fonagto, antes da ous bueal, € ‘decorente de pasar bruscamente & glote do abrimento 8 para odusto feompleas a explosio na metisne se far com um violeno jacto de at ‘twin comprimido, © fechamento brisco da pote & 2 octitio GLoTAL 3 Os amin hind wy» denon murdhn ety ded se i Scat eb ep mato a oma pst a i wa peels Snel teat Se ct ella ie cep Saat TAR ge dein tc” om vad te io sar me SESE Spore ase {23 08 FONEMAS OU UNIDADES DA FONAGKO o (espectivamente chamada em francés inglés © alemso coup de glote, lotta stop ¢ kracKant; aparece ex muita Linguns como fonems, sem Intercorrncia de aticulagio bucal or fonetictas @ representa com ‘encionlmente por?) inal de ineremagzo sem o ponto complemen fae) anion ita. "mea filha", max — fr), “seu Uo", em Ara, Angus india beara ‘Convém lembrar ainda que, em das at comoantes em que & Kinga 0 dngio tio, hi pad de uma atclagto com releramento do risealo dh lingua © dendobramento da parte média do seu dao, dé ‘encontro 20 palito duro, o que imprime & consamte um eeito acco Caracertico,conkecido pelo nome de wouiaero (, mouilement) Denes comoantes, que eb transcrgio fndtica ve pode represent com ‘senconalmente pela ler latina correspondents com wm 3 apna 20 alto up. bier portgus o /b/€0 rr) mothados, como em maths mala) fem contrac com male, manha fran, em contrast com mana. Ostia Satielade ¢ 4 do chiomento (6 chuintement), deverminado por um et ‘urvamento ongitainal da ingun, rondo wma explce de canal pot fonde “chia” a corrente de ar. Dense consantes chistes (que se pode {dear por om apésttofo so lado da letra correspondents}, mat em pornuguéso // © 0 /, como em acho [ara/, oposto a ar fas. © 0 [tus opovio 4.210 fu). Uma « outta se enguadram no fendmeno feral da pmavatzagho, por meio do qual 9 eamigo do plato duro © © foro anterior da Lingo (ing. blade intersém na Producio de uma con {ante nsopalaal, como em portugues onde ae molhadar ¢ as ehiantes, ‘So madifcages de consoantes dennis ‘Uma ponbilidade de ariulago —inesperda € surpreendemte para um Galante de lingua poreagudn 6 a daz consounte injects, 8 ‘cues (ing. lit), que figuram, por exemplo, no stems de fonemas fo ovenite:sesulam de uma “sucio” da corrente de ar na bic, & onforme 0 ponto em que se dé esa “nico”, so labia, deta pla lai O foneticita anglosualvicano G. Doke os compara 4 ariaasto de certag movimenton barat como do aij, do maxdxo © dos etalon (cf Ginneten, 1958, 5 SES SPELLINGS Paes fala gat be ogee Sein te 7 Comme, "a ie ‘cen Fenty” eet 1H 7 o | 26 PRINCIPIOS DE LINGOISTICA GERAL, 2A. 0 cinema de fonemar at variate. Do ponto de vita Tingiticn, de ato com a concep fonoegicn ou fontiniaa de Trubeskoy © Bloomfield, imports, enteant, ssinalar (qe esas mulplas pouibitdader arcalntriae 26 dterminam fonemas ‘riprios, quando serem para etabelecer uma disinglosignfiatia entre vecdbulo da lunges Crise, eno, uma azzagh onoerva etre sm 42 fal, provido de determizato teago fnieo, « ovtro ou outros sem {ie agp, ou marca, ou com 4 aren opsta. Em oston temas, hk mm ‘orowicko iia enue dois ou mais sons da fal, qu or ler 8 extego- Fs de fonemas (ra, muitas vines, © tage & proveiente do particular ambiente fo- nltico em que se acha o fonema ho vfbulo, Assim o /b/ de aba € de ticuligto algo divers do de bo! on verbo, porque se aha ete wags © 1H] do inglés sting nS0 4 “woprada”, como o de time, por cas do] que © precede. Antlogament, 0 /1/ poreuguts, quando pésvrdlico, & aeceiclamente velar, e quan petvocilicn, ecesirismente. dental; 1s suns articulates elias actos ntdamente diferentes nfo eam, ois fonemas dstinis, porque a divergéncia resulta de uma posgho d sero voedbula. “Teme deware, 20 ldo dor fonemst propriamente dito, 0 seus Pode até scontcer que o contrast dsintvo exits em certs am- Dientes fondtico: fors des © rag disntve, que carctera um dot onemais em face do outra, desparec ou se neuiralin, © que sucte ‘om 2 opmigio [a — [8] em portuguts em fim de voibulo, 0% com 8 ‘ogais tomas fe) ~ fi © (of ~ fu/ na mesmas condi: «parte final de fu soa como a de I, da mesma sorte que Vénus rma com menet (eb Ciara, 1958 A, 129, “Temes entdo a newzalingfo ds oposiio dinintvs: 0 fonema nico, {que da rena, ¢ 0 que a esa de Praga cham 0 erguiforema, come ‘os exemplos portugues ctadon — je i. fu} em fa de vordbulo, or outro Ido, nas divers ocortncas do “dscaro", de invidwo pra individvo, a artialagio de ca forema ds Hngus no apresenta {uma absoluta wiformidade. HA variagoes muitas ves notivels do pont e visa tse, mas que no so sequersetidas plo alate conus, jus tamente porque nfo interfeem com a compreenito do vaciulo ¢ n80 tie, por comequint, valor Hing, 1125 08 FoNTMAS OU UNIDADES DA FoNACAO a Sio as chamadas vanuneres vars ou racburaTVas, de que ua, bom ‘exmplo € 0 momo jr) fore, em muita pesoas dental, fortemente"1o- Indo's¢ ext outros ten flop vr “Tambem inrelevantes, para a fungio representatives da lnpus, 0 varaghes qu, 200 0 impulso da exteioiacio paiguica ou do. apo, Imprimimos a eros fonemas parn dar expel dala aon vocals (0m auasres seriencas) ‘Asim elninada as mips variagbe nica da fl, irelevanes para a funcio representativa dt Hinguagemn, pode 0 inglist, depreender © sintema de fonemas de uma Lingo, claticandoor peor we tage {ovicor diintvos « concatenandoos plas opmiier que entre Ger fatabelecem em virtude da preenga © nunéncia de deena tages! se sistema mio 6 encanto, aplicado em sun pleok inegridade fem tha € qualquer ocorténcia da fla como renalvam Jokotion © Halle (atobion 1956, 56). O ouvinte conbece em rgrs or vocdbulos que The So dios, em uma expeiénia previa do santa que Ihe €comuniida f recthe or vodbulos dentro de win content, que excui certay incom roenstes: a disingo ene ote e pote, em portugus, por excmplo, ml Se anuliré por uma tive ov incompleta vibragio das onlay vos da onsoane itil do primeito dos dois termos nua frase com ~ “enti fnuramos no bote™. Nea sepuranc,o flante € lead oiierar tags isintvo, confundios até as vere, quando nfo suprime fonemis os ‘a7upos de fonems. "0 aspeto senor da fala pode st to liptica eam 2 san camposcio sina (Jakaluon, 1956, 6) Teme asim promi tia relaxada, que & ua espéce de abreviatars da elocogio pres nt, a ima, por sua vee, se realza quando » informagio psa a depen: ‘er principal ow exclusvamente Jo valor distintve: dos, fonemas (pr ‘exemplo, na fase ~ "ae fabrica bots” a rexpeito de alguém que tambien pode er julgado um fabricane de pote) € temse entio em funcione ‘mento o Gistema de fonemas da lingua, cabal pleno Gd. ibid). 85, Claifiapte dor fonemas, Seria quase impose, © quigh in, expor um quate cabal dos fonemas poses de exist a linguagem Brumana, Linitemo-os #08 ita” Tae

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