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Para isso, é preciso criar regras para evitar o anonimato na rede, que inclui a
obrigação de identificar contratantes de serviço de impulsionamento de
postagens. Também é preciso assegurar mecanismos de algoritmos neutros,
para evitar que conteúdos de extrema direita continuem a ser beneficiados com
recomendações das plataformas.
É claro que, ao destinar parte expressiva da verba publicitária dos meios digitais
para os grandes grupos de comunicação, a receita para os produtores da mídia
independente cairá. Assim ocorreu na Austrália, onde o grupo de comunicação
do magnata Rupert Murdoch recebe cerca de R$ 230 milhões por ano das
plataformas.
Neste texto, listamos alguns pontos do projeto de lei que entendemos ser
prejudicial à democracia brasileira. E aproveitamos para pedir que haja mais
debate quanto à elaboração de uma lei que verdadeiramente combata as fake
news e a desinformação. Lembramos que a pressa já produziu desastres como
a rejeição da PEC 37 e a aprovação da lei da colaboração premiada, eventos
que foram essenciais para a criação da Lava Jato, operação aplaudida pela
Globo, e que produziu ruína econômica e o sofrimento maior ao povo mais pobre
deste País.
Mais uma vez não é preciso esperar para ver se isso acontece. Em eventos como
a pandemia, ou guerras, os robôs e humanos das plataformas não conseguem
dar conta da demanda e as plataformas optam pela desmonetização em massa
ou pela remoção do vídeo só por abordar um tema, sem julgamento de mérito.
O produtor de conteúdo independente neste meio é peça tão volátil que já hoje,
a plataforma Youtube emitiu um comunicado geral alertando em tom de
apelo/chantagem, para que os produtores se atentem ao projeto. E isto por sua
vez já intensificou os índices de insônia e agitação na categoria, impactando na
saúde, na produtividade e na rentabilidade destes indivíduos.
• Notícias
o As plataformas podem reagir às dificuldades apresentadas no projeto
simplesmente evitando veicular vídeos de informações políticas, evitando o
transtorno como um todo. Proibindo, limitando, desmonetizando ou
“submonetizando” conteúdo desse tipo.
o É preciso garantir que a plataforma não encontre formas criativas de banir
o debate público sobre temas políticos e pertinentes à sociedade.
• Bolhas
o As plataformas tenderão a intensificar a separação do público em razão
das suas preferências políticas, para evitar “polêmicas” e diminuir o volume de
denúncias, que poderia sobrecarregar seus sistemas com os novos requisitos do
projeto.
o A separação do público limita o alcance dos conteúdos além de
empobrecer o debate e intensificar a polarização
o
o É preciso garantir que haja distribuição isonômica homogênea do
conteúdo informativo e político. Oferecer o contraditório.
o É preciso a criação de mecanismos que apresentem em vídeos de política
e ciência uma advertência afirmando que se trata de ficção ou que existe
contradição para determinado tema. Talvez sugerindo abaixo algum vídeo
correlacionado e contrário.
• Isenção em direitos autorais em remuneração e em regras de plataforma.
o Os pequenos produtores de conteúdo não podem arcar com taxas de
direitos autorais para uso de trechos de matérias jornalísticas em texto ou em
vídeo.
o Ainda que haja a cobrança, as plataformas não devem banir o canal, como
fazem atualmente, apenas por causa da quantidade de requisições de direito
autoral.
Em essência a atividade depende do uso desses materiais, havendo a
remuneração ou não. É inconcebível exigir dos canais que façam 5 vídeos por
dia, 1825 por ano, e ameaçar banir canais que incorrerem em 3 usos de terceiros
que resolvam solicitar a retirada de conteúdo.
o É preciso garantir a isenção de pagamento de direitos autorais para esta
atividade
o É preciso garantir que os canais não sejam excluídos por solicitação de
retirada de conteúdo de terceiros.
• Shadow Bans (Banimento silencioso)
o É preciso garantir que as plataformas não escondam canais ou vídeos de
canais com base em suas vertentes políticas ou ideológicas desde que dentro
da legalidade. Esta prática é intensamente aplicada por elas.
o Tipificar, prever multas pesadas para desincentivar a prática.
• Desmonetização
o Impedir as empresas de desmonetizar conteúdos informativos
jornalísticos mesmo que exibam algum grau acordado violência ou quais quer
temas polêmicos. Isso empobrece o debate e aliena a população da realidade.
• Especificidade
o Quaisquer apontamentos feitos pela plataforma, para reclamação do
conteúdo devem ser específicos, detalhados, apontando exatamente em que
frase e minuto do vídeo ocorreu a infração e com base em quais leis aquilo é
incorreto ou ilícito. Sem generalidades.
• Atendimento
o As plataformas devem ter escritórios presenciais no Brasil com
atendimento humano para os produtores de conteúdo informativo jornalístico
independentes.
o Garantia do direito ao contraditório e acesso ao judiciário para resolver
litígios sem retaliações, banimento, ocultações ou desmonetizações.
• Reconhecimento
o As plataformas devem oferecer reconhecimento (selos de identificação
original) dos gratuito aos produtores de conteúdo jornalístico informativo, ainda
que independentes, para fins de autenticidade e até para favorecer a
identificação correta dos responsáveis pelo conteúdo.
Este reconhecimento deve ser para todos que que tenham determinada
relevância (limite de inscritos e audiência superior a X) em qualquer outra
plataforma, mesmo que não necessariamente na que está fornecendo o selo.
• Dos direitos autorais
o A plataforma deve fornecer aos produtores reconhecidos no item anterior
suas ferramentas de checagem de direitos autorais. Atualmente as plataformas
negligenciam estas ferramentas para produtores que não tem seu foco de
atividade nela, usando seus conteúdos em outros perfis e os remunerando. A
ideia é proteger o produtor de uma plataforma, em qualquer plataforma.
• Isonomia
o Conceder os mesmos direitos de alcance, regras, restrições, atendimento,
recursos, indexações oferecidos à imprensa tradicional, aos produtores de
conteúdo independente.
o Atualmente a plataforma pune e limita vídeos dos independentes e
favorece os da mídia tradicional
o É de suma importância salientar que jornalista não é apenas aquele que
possuí diploma de jornalismo ou que trabalhe em uma empresa grandiosa.
• Em 2009 o STF Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a
exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista. A decisão foi
tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 511961 , em que se
discutiu a constitucionalidade da exigência do diploma de jornalismo e a
obrigatoriedade de registro profissional para exercer a profissão de jornalista.
Para Gilmar Mendes, o jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que
estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados
de forma separada, disse.
Eis os artigos, incisos e parágrafos dos quais fazem parte esta discussão:
I – pela reparação dos danos causados por conteúdos gerados por terceiros cuja
distribuição tenha sido realizada por meio de publicidade de plataforma; e
Tem que deixar explicitado que após tal denúncia, a plataforma terá o dever de
analisar o conteúdo do vídeo, para aí sim, depois de análise minuciosa, decidir
se retira, ou não do ar, pois do jeito que está só criaria confusão!
Além disso, ele inviabiliza qualquer live, pois a plataforma não pode
controlar o que eu ou você dissermos em tempo real, e inclusive inviabiliza
financeiramente o Youtube, porque gera uma cascata de demandas
judiciais contra a plataforma.
Se o negócio se tornar inviável financeiramente para o YouTube, ele acaba
pra gente também. Precisamos garantir a viabilidade dos conteúdos de
informação de quem age com responsabilidade nas redes e combate as
fake News.
Este artigo dá ao Governo Federal, qualquer que seja ele, autoridade para
declarar um "protocolo de segurança" de emergência que permitiria
controlar o YouTube, tendo o poder de definir desde qual conteúdo é
retirado até como o produto funciona para os espectadores. O PL não deixa
claro quais circunstâncias podem acionar esse protocolo, nem define
quaisquer limites, o que significa que os criadores podem ter seu conteúdo
removido sem qualquer motivo ou possibilidade de recurso. Imagina esse
dispositivo nas mãos de um “Bolsonaro”?
Este artigo não deveria estar em lei de FAKENEWS, vai ser regulamentado
como, decreto? Hoje o governo é o Lula, amanhã ou depois vem uma
extrema-direita e resolve usar estes mesmos dispositivos para perseguir,
bloquear ou controlar toda a regulamentação.
Art. 32. Art. 32. Os conteúdos jornalísticos utilizados sem previsão contratual
pelos provedores, produzidos em quaisquer formatos, que inclua texto, vídeo,
áudio ou imagem, ensejarão remuneração às empresas jornalísticas, na forma
de regulamentação, que disporá sobre os critérios, forma para aferição dos
valores, negociação, resolução de conflitos, transparência e a valorização do
jornalismo profissional nacional, regional, local e independente.
É de suma importância salientar que jornalista não é apenas aquele que possuí
diploma de jornalismo ou que trabalhe em uma empresa grandiosa.
• Em 2009 o STF Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar a
exigência do diploma para exercício da profissão de jornalista. A decisão foi
tomada no julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 511961 , em que se
discutiu a constitucionalidade da exigência do diploma de jornalismo e a
obrigatoriedade de registro profissional para exercer a profissão de jornalista.
Para Gilmar Mendes, o jornalismo e a liberdade de expressão são atividades que
estão imbricadas por sua própria natureza e não podem ser pensados e tratados
de forma separada, disse. ( mesmo trecho do início, para massificar a proposta)
O que é conteúdo ilegal? Tem que explicitar pra ficar claro. Tirar o termo "ação
preventiva". É impossível o YouTube examinar milhares, ou milhões de
conteúdos divulgados todos os dias. Isso é claramente uma censura camuflada
A questão da derrubada dos nossos vídeos por denúncia. Tem que ser
devidamente esclarecido. O YouTube fala em risco de retirada em massa de
conteúdo legítimo se esse dispositivo estiver no PL.
Será que alguém acredita que as fake news começaram nas redes sociais e
circulam apenas nas plataformas das big techs?
Será que alguém acredita que a mídia tradicional divulga apenas fatos como eles
realmente são?