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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

DAFNE MARQUES DE MORAES

ERIC HENRIQUE DE MELO

GABRIEL LUCAS TORRICO SANDOVAL

GABRIEL GIOVANI NOGUEIRA CAMARGO

JÉSSICA ALBUQUERQUE MARTINS SANTOS

LEE YU LUN

MARIA VITÓRIA DOS SANTOS BARROS

MARIANA ALVES TINTI DA SILVA

MATHEUS DE OLIVEIRA SU

NICOLE FERREIRA SANTOS

RENATA SILVA ROSA

CUIDADOS E CONSCIENTIZAÇÃO PARA PESSOAS COM VITILIGO


REFERENTE A EXPOSIÇÃO SOLAR E TRAUMAS PSICOLÓGICOS

São Paulo

2022
DAFNE MARQUES DE MORAES

ERIC HENRIQUE DE MELO

GABRIEL LUCAS TORRICO SANDOVAL

GABRIEL GIOVANI NOGUEIRA CAMARGO

JÉSSICA ALBUQUERQUE MARTINS SANTOS

LEE YU LUN

MARIA VITÓRIA DOS SANTOS BARROS

MARIANA ALVES TINTI DA SILVA

MATHEUS DE OLIVEIRA SU

NICOLE FERREIRA SANTOS

RENATA SILVA ROSA

CUIDADOS E CONSCIENTIZAÇÃO PARA PESSOAS COM VITILIGO


REFERENTE A EXPOSIÇÃO SOLAR E TRAUMAS PSICOLÓGICOS.

Trabalho apresentado ao Centro Universitário


das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU,
Campus Santo Amaro, como exigência parcial
da matéria Programa de Intervenção a Saúde a
Comunidade, sob orientação do Ms. Prof°
Luciano Fernandes dos Santos.

São Paulo

2022

1
Moraes, Dafne Marques de. Melo, Eric Henrique de. Sandoval, Gabriel
Lucas Torrico. Camargo, Gabriel Giovani Nogueira. Albuquerque,
Jéssica. Lun, Lee Yu. Barros, Maria Vitória dos Santos. Silva, Mariana
Alves Tinti da. Su, Matheus de Oliveira. Santos, Nicole Ferreira. Rosa,
Renata Silva.

Direito a nota da matéria / Dafne Marques de Moraes, Eric Henrique


de Melo, Gabriel Lucas Torrico Sandoval, Gabriel Giovani Nogueira
Camargo, Jéssica Albuquerque, Lee Yu Lun, Maria Vitória dos Santos
Barros, Mariana Alves Tinti da Silva, Mathes de Oliveira Su, Nicole Ferreira
Santos e Renata Silva Rosa -- São Paulo 2022
50 folhas, 30 cm.

Orientador: Ms. Luciano Fernandes dos Santos.


Trabalho da matéria de PISC - Faculdades Metropolitanas Unidas. 2022

1. Vitiligo. 2. Preconceito. 3. Psicológico. I. Cuidados e conscientização


para pessoas com Vitiligo referente a exposição solar e traumas
psicológicos. II. Orientador: Santos, Luciano Fernandes dos. III.
Universidade Metropolitanas Unidas.

* CDD

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FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS

CURSO DE GRADUAÇÃO - PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO A


COMUNIDADE

Dafne Marques de Moraes

Eric Henrique de Melo

Gabriel Lucas Torrico Sandoval

Gabriel Giovani Nogueira Camargo

Jéssica Albuquerque

Lee Yu Lun

Maria Vitória dos Santos Barros

Mariana Alves Tinti da Silva

Matheus de Oliveira Su

Nicole Ferreira Santos

Renata Silva Rosa

CUIDADOS E CONSCIENTIZAÇÃO PARA PESSOAS COM VITILIGO


REFERENTE A EXPOSIÇÃO SOLAR E TRAUMAS PSICOLÓGICOS.

Monografia apresentada à Banca Examinadora


do Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas, como exigência parcial
para a matéria Programa de Integração a
Comunidade sob orientação do Professor Ms
Luciano Fernandes dos Santos.

3
Data de aprovação:

__/__ 2022.

Banca Examinadora:

_______________________

(Professor Ms Luciano Fernandes dos Santos, FMU).

_______________________

(nome, titulação e instituição a que pertence).

_______________________

(nome, titulação e instituição a que pertence).

São Paulo

2022

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RESUMO

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar um estudo sobre os problemas


enfrentados pelos portadores de vitiligo, ou seja, mostrar os riscos advindos da
exposição solar bem como analisar quais as melhores medidas a serem tomadas
para que as consequências dessa exposição sejam amenizadas, tratadas da melhor
maneira e que não haja recidiva ou a piora no quadro da doença, por meio de
questionários enviados a pessoas portadoras do vitiligo que se dispuseram a
contribuir com o trabalho de pesquisa em grupos do Facebook. Início com um
levantamento sobre os riscos, causas e tratamentos já existentes para a doença. A
partir das informações obtidas, foram traçadas estratégias para o melhor jeito de se
lidar com a doença evitando recidivas ou pioras no quadro pré-existente, mostrando
a importância de uma equipe multidisciplinar no acompanhamento de alguém
portador de vitiligo para a melhor promoção de saúde.

Palavras-chave: Vitiligo; Saúde; Exposição solar.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 07

2 DESENVOLVIMENTO 10

2.1 METODOLOGIA DO TRABALHO 13

2.1.1 PESQUISA 15

2.1.1.1 RESULTADO 16

3 CONCLUSÃO ou CONSIDERAÇÕES FINAIS 16

REFERÊNCIAS 17

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1. INTRODUÇÃO

O PISC, programa de integração saúde comunidade, tem como objetivo


promover a saúde da população, utilizando o trabalho da equipe multidisciplinar,
para que cada um contribua com o seu conhecimento e experiência para levar
saúde à população.
Habilitar, reabilitar e fazer o que for necessário para que aqueles que
procuram o serviço de saúde saiam levando saúde de qualidade e informação.
O câncer de pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil, e embora
ainda não seja comprovado, estima-se que pessoas com vitiligo, por ter a falta da
produção de melanina para proteção da pele, tem uma maior chance de ser
afetada por queimaduras, ou até desenvolver o câncer de pele.
O Brasil é um país de clima tropical, onde na maior parte do ano estamos
sob incidência de sol forte, sendo assim expostos aos raios UVA e UVB, que
podem causar danos sérios à saúde de nossa pele, podendo ser de queimaduras
ao câncer de pele. Os danos causados pela exposição solar são falados em
jornais e revistas, mas não com a frequência necessária, além da falta de
informações, temos também a situação socioeconômica do país, que inviabiliza a
compra de protetor solar pela maior parte da população.
O vitiligo é definido como uma doença crônica cutânea de evolução clínica,
imprescindível, que têm como característica principal a presença de manchas
mais claras na pele que podem possuir variações de forma e tamanho. Segundo
Rosa e Natali (2009), o vitiligo possui esse nome porque a presença das
manchas “brancas” na pele recordam as áreas brancas de bezerros que
origina-se do grego “Vittellius (vitelo)”.
A tendência é que essas manchas aumentem com o tempo, tendo em
vista a falta de melanina, pela falta de melanócitos na região atingida.
O desenvolvimento das manchas ocorre em partes do corpo que estão
expostas ao sol, podemos citar como exemplo, o dorso, mãos, braços, olhos e os
rosto, também podem ser apresentados em áreas não expostas como região
íntima e axilas.
Segundo Macedo, et all. (2012), o vitiligo acontece em todas as raças,
atingindo cerca de 1% da população mundial, onde cerca de 26% dos portadores
são menores de 20 anos.

7
. No Brasil, o censo nacional de 2006 divulgou que o vitiligo está entre as
vinte e cinco doenças dermatológicas que possuem mais casos.
A causa do vitiligo ainda é desconhecida, alguns estudos apontam que
existem alguns fatores predisponentes a serem considerados como genética,
doenças autoimunes e estresse. O que sabemos é que o vitiligo é ocasionado
pela ausência ou a diminuição de melanócitos que são as células responsáveis
pela produção de melanina, a proteína que tem a função de pigmentar e proteger
a pele dos raios solares.
Essa ausência ocorre devido a uma ação de defesa do sistema imune
contra os melanócitos por um motivo ainda desconhecido, ocasionando então, a
morte celular. Como consequência, a região afetada fica sem pigmento, atingindo
não somente a pele mas também os pelos do local.
Existem teorias que tentam explicar a origem do vitiligo, as mais prováveis
é que doenças autoimunes estejam envolvidas diretamente no processo de morte
dos melanócitos.
O vitiligo ainda é dividido em segmentar quando manifesta-se apenas em
um lado do corpo, e não segmentar quando manifesta-se nos dois lados do
corpo.
Em termos físicos, ele é caracterizado por não apresentar sintomas, não
causa dor, coceira, e nenhum tipo de dano o qual compromete a vida do
paciente.
O diagnóstico do vitiligo é basicamente clínico, feito por um médico
dermatologista.
O exame para detectar a doença é feito somente com o olhar do médico,
se o mesmo tiver alguma dúvida se é vitiligo ou outra doença de pele, ele utiliza a
lâmpada wood que mostra uma coloração rosada na área acometida.
Embora o vitiligo não causa incapacidade física, pode gerar grandes
problemas psicossociais, visto que a maior parte das manchas aparecem em
áreas que são expostas, e isso leva essas pessoas a sofrerem, bullying na
infância, ter dificuldade para arrumar emprego na vida adulta, ter dificuldade em
se relacionar, enfrentar olhares de receio, visto que ainda há uma desinformação
e existem pessoas que acham que o vitiligo é contagioso.
Existem diversos tratamentos disponíveis que variam desde fototerapia
que é a aplicação de radiação ultravioleta de maneira controlada para auxiliar na
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limitação do progresso das áreas despigmentadas até cirurgia de transplante de
melanócitos que transfere melanócitos de uma área pigmentada para as áreas
que não possuem pigmento, ou seja, as células produtoras de melanina são
transferidas para as áreas afetadas pelo vitiligo.
Estudos de Schallreuter e col. Comprovam que pacientes com vitiligo têm
níveis mais elevados de noradrenalina no organismo, e cerca de 75% tem de si
mesmo uma imagem depreciativa em relação à doença.
Existe um estudo feito por Ahamed et all., feito com 100 paciente
portadores de vitiligo, para verificar a incidência de doença psiquiátrica entre os
participantes, e o resultado mostrou que 15 pacientes tinham distúrbio
depressivo, dez tinham ansiedade, e outros tinham fobia social e disfunção
sexual.
O objetivo desta pesquisa foi verificar o lado emocional do pacientes com
vitiligo, mostrar um lado dos acometidos que não é visto na pele, mas que reflete
diretamente na sua vida e das pessoas próximas, assim como qualquer outra
doença que cause dor física ou dependência por parte do paciente, que envolve o
mesmo e todos que estão próximos e fazem parte da vida do indivíduo.
Dentre os tratamentos disponíveis no mercado, temos, a terapia de
despigmentação, para despigmentar as áreas que não foram afetadas, a de
pigmentação para pigmentar a área atingida,a laser terapia, que usa o laser para
estimular a produção de citocinas imunossupressoras que estimulam a migração
e a proliferação dos melanócitos.
Um dos tratamentos mais utilizados e que é oferecido pelo sistema único
de saúde (SUS) é a PUVA, tratamento que associa o uso de medicamentos e
fototerapia, para estimular a produção de melanócitos.
Existe ainda para casos mais extremos, transplante de células
epidérmicas, e cirurgia de transplante de melanócitos.
A relevância desse trabalho dentro da disciplina PISC, que integra o conhecimento
de diversas áreas, é levar informações para esta população e para toda a
comunidade, auxiliando assim no combate ao preconceito que existe em torno
desses indivíduos, contribuindo para que tenhamos uma sociedade mais inclusiva e
acolhedora para o que é diferente.

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2. DESENVOLVIMENTO

O vitiligo é uma doença de pele, caracterizada pelo aparecimento de


manchas brancas, que afeta cerca de 4% da população mundial.
Segundo Rosa e Natali (2009), vitiligo tem esse nome porque as manchas
‘’brancas’’ na pele lembram as áreas brancas de bezerros originando-se do grego
"Vitellius (vitelo)”.
O que provoca o vitiligo é a falta da proteína melanina, ainda não se tem
certeza da origem da doença, o que se sabe é que fatores emocionais,
ambientais e genéticos, podem estar associados ao seu surgimento.
Essa doença que faz com que as pessoas tenham essas manifestações na
pele é uma doença dermatológica que não causa problemas funcionais. É
caracterizada pela inibição ou destruição de melanócitos (células responsáveis
pela fabricação de melanina), o vitiligo tem como indicadores zonas
despigmentadas, que se apresentam na forma de manchas brancas, que podem
acometer pessoas de todas as raças, sexos e idades. Além disso, estima-se que
cerca de 1 a 2% da população mundial tenha a doença, que como a maioria das
doenças de pele não infecciosas, pode ser influenciada pelo estresse. São
sintomas do vitiligo o aparecimento de manchas brancas de formas e tamanhos
variados que podem aumentar aos poucos e apresentar bordas mais pigmentadas
do que a pele normal, sendo mais comuns nos joelhos, cotovelos, dedos, pernas,
punhos, axilas, região lombar e áreas em torno da boca, ânus, dos olhos e do
nariz.
O Brasil é um país de clima tropical, onde na maior parte do ano estamos
sob incidência de sol forte, sendo assim expostos aos raios UVA e UVB, que
podem causar danos sérios à saúde de nossa pele, podendo ser de queimaduras
ao câncer de pele. Os danos causados pela exposição solar são falados em
jornais e revistas, mas não com a frequência necessária, além da falta de
informação, temos também a situação socioeconômica do país, que inviabiliza a
compra de protetor solar pela maior parte da população devido seu custo elevado.

10
Inseridas nesta população temos os portadores de vitiligo, que por terem uma
doença de pele causada por falta de pigmentação, tem uma chance maior de ter
complicações vinda da exposição solar sem a devida proteção.

É sabido que a exposição solar prolongada durante o dia nos horários de


maior incidência solar pode causar manchas e hematomas na pele, que oferecem
ainda mais riscos à pele com vitiligo, uma vez que esta é mais sensível a esse
tipo de exposição.
Além disso, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o
Brasil possui cerca de um milhão de pessoas que possuem vitiligo, o que
representa 0,47% da população Brasileira e reforça ainda mais a importância da
divulgação de informações a respeito desse tema, seja por meio das redes sociais
ou por meio de campanhas ofertadas pelas UBS.
Como já citado anteriormente, o enredo envolta do vitiligo não se limita
somente à perda de pigmentação da pele, mas além disso também existem as
questões sociais com as quais as pessoas acometidas têm de lidar diariamente,
como a falta de informação ofertada sobre a doença, por exemplo.
Sendo assim, se faz necessário entender as causas, sintomas e como lidar
com essa situação, tendo em vista que com toda a informação disponível na
internet, pouco se sabe sobre o vitiligo, seus tratamentos (cirúrgicos ou não) e as
chances que podem existir de recidivas.

Na tentativa de buscar informações sobre pessoas com Vitiligo, o site


Pioneiro1 mostra a opinião de várias pessoas que sofrem com o preconceito por ter
vitiligo, conta Marilisa Brando, 60 anos, que convive com o vitiligo desde os 27 anos:

“[...] Uma terceira coisa em comum é que todos tiveram de aprender


a lidar com os olhares curiosos, comentários maldosos e situações
constrangedoras, muitas vezes provocadas pelo desconhecimento mais
básico que se tem em torno da doença, cuja principal característica é a
descoloração da pele, que provoca manchas brancas pelo corpo. As pessoas
que não conhecem acham que é contagiosa. Uma vez eu estava no ônibus
com a mão exposta, e uma senhora não quis colocar a mão onde a minha

1
Site acessado dia 09-05-2022 as 22h00.
https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/cultura-e-lazer/noticia/2022/02/vitiligo-pessoas-que-convivem-
com-a-doenca-falam-sobre-preconceito-e-aceitacao-ckz8ttnt0007w01881nxxwcd8.html

11
estava antes. Aquilo me doeu muito. Vi que ela estava com medo de ficar
perto de mim.” (BRANDO, Marilisa. 2022).

O desenvolvimento dos estudos sobre alterações na pele vem avançando e


as informações sobre tais alterações têm sido noticiadas em todos os lugares.
Mesmo com essa gama vasta de informações, as pessoas ainda encontram
dificuldades de conhecer/respeitar as tais manifestações na pele. Ainda não se tem
a cura para o vitiligo, mas há tratamento de pele que inclui desde fototerapias a
cirurgias de transplante de melanócitos. Existem outros tratamentos alternativos
para tentar limitar a progressão das áreas despigmentadas e um deles é a
fototerapia.

Como citado acima, ainda não se tem certeza da origem da doença, o que se
sabe é que fatores emocionais podem estar envolvidos, Benicio Oliveira2 morando
em Brasileia relata uma situação de constrangimento que passou por causa do
vitiligo:

“Sofri uma situação constrangedora com a minha filha


quando ela tinha 4 anos. Ela queria ir para a piscina em um clube de
Rio Branco e eu ia acompanhar, mas a pessoa que fez a minha
avaliação para entrar na piscina não me deixou entrar porque achava
que eu estava com lepra”. OLIVEIRA, Benicio. 2022.

A relevância deste trabalho dentro do contexto da disciplina de PISC, que


integra o conhecimento de diferentes áreas, é levar informações para ajudar
pessoas com vitiligo nos cuidados e tratamentos principalmente no que se refere à
exposição solar, que oferece maiores riscos a essas pessoas.

A motivação para esse estudo surgiu a partir da busca em trazer à


sociedade o entendimento sobre as questões e cuidados necessários sobre a
exposição solar, principalmente em pessoas que possuem vitiligo, que precisam
de um cuidado maior com sua pele, garantindo assim mais informações sobre o

2
Site acessado dia 09-05-2022 as 22h00.
https://g1.globo.com/ac/acre/noticia/portadores-de-vitiligo-falam-sobre-preconceito-achavam-
que-eu-estava-com-lepra-debate-sobre-a-doenca-ocorre-no-ac.ghtml

12
tema e um maior entendimento sobre quais as melhores medidas a serem
tomadas diante dessa situação.
Sabemos que, mesmo com muitos veículos de informação, existem
pessoas portadoras da doença, que não tem o entendimento adequado de como
agir ao entrar em contato com os raios solares. Dados do Instituto Nacional de
Meteorologia, mostram os impactos que as mudanças climáticas geraram no
nosso país, com aumentos de 1,5ºC elevando-se em todos os meses do ano.
Com isso, o seguinte trabalho tem por objetivo levar a informação de forma
ampla e facilitada para a comunidade escolhida, usando alguns dos métodos de
comunicação atuais para maior alcance da população, dessa maneira, optou-se
pelo uso de redes sociais como principal forma de abordar o público, visto que
pesquisas mostram o aumento do uso de redes sociais desde o início da
pandemia de Covid-19.
Sendo assim, procura-se levar informações dos cuidados e ações que os
portadores de vitiligo devem tomar para minimizar os danos que o contato com a
radiação solar pode gerar e incentivá-los por meio da informação a buscarem
ajuda e acompanhamento clínico e psicológico, se necessário.
Dito isto, o foco do projeto será a conscientização sobre o uso correto de
protetor solar para evitar doenças advindas da exposição ao sol como câncer de
pele, melasmas, queimaduras, entre outros. Já por meio das redes sociais,
busca-se oferecer informações a todas as pessoas que desejam se aprofundar
sobre o assunto de maneira interativa, prática e de fácil acesso.

2.1. METODOLOGIA DO TRABALHO

A aplicação do projeto é de enorme importância, tendo em vista as


informações e direcionamentos fornecidos a partir do mesmo, onde será possível
esclarecer dúvidas que qualquer pessoa possa ter sobre o vitiligo e suas
complicações e além disso, combater o preconceito que possa existir pela falta de
informação sobre um tema tão importante para a sociedade, levando em
consideração que cerca de 1 a 2% da população mundial convive com esta
condição.

13
Diante do exposto, deve-se compreender então qual o motivo da
implementação do projeto. Sendo assim, visto a escassez de informações sobre o
vitiligo tanto por meio da população quanto dos acometidos, busca-se a partir da
equipe de integração, levar considerações que até mesmo grande parte das
pessoas que convivem com a doença não sabem, como por exemplo a maneira
correta de se diagnosticar o vitiligo, uma vez que pelo menos dez distúrbios
dermatológicos podem ser confundidos com o mesmo.
Pode-se observar e compreender que, o meio em que vivemos é um
ambiente completamente preconceituoso e a doença vitiligo ainda é muito
estigmatizada, podendo levar à exclusão social dos indivíduos que a possuem.
Normalmente, ocorre por falta de conhecimento das pessoas que o cercam e até
mesmo do próprio indivíduo. Por esses e outros fatores é de extrema importância
que os meios de divulgação nos serviços de saúde levem o conhecimento geral
para quebrar esse estigma existente em cima da patologia, além de entregar um
material de extrema importância para o próprio portador da doença, ensinando
como cuidar e conviver no seu dia a dia , evitando tantos danos e causando um
conforto maior por meio dos cuidados e tratamentos adequados.
Portanto, sabe-se das dificuldades sociais enfrentadas pelas pessoas com
vitiligo, por este motivo é de extrema importância que a inclusão seja um fator
fundamental, como a participação em meios comuns e de mídias para que outras
pessoas portadoras sejam representadas.
A divulgação de tratamentos e cuidados é essencial para que a população
saiba como identificar e tratar de forma segura a patologia.
Por fim, o tratamento psicológico é muito importante para que traumas,
ansiedade e até depressão não se intensifiquem, ou que tenha uma piora do
quadro da doença .A partir de todas as pesquisas, artigos, grupos e redes sociais
consultados, a estratégia para tratar do problema é criar um uma página na
plataforma Instagram onde serão publicadas, postagens informativas referentes
ao vitiligo e sobre os cuidados e prevenção de doenças geradas a partir da
exposição solar. Como público alvo representante da população portadora de
vitiligo, foi escolhida uma comunidade no Facebook destinada a pessoas
portadoras da doença para assim, sabermos como estas pessoas mantêm seu
cuidado em relação à exposição solar no dia a dia. Buscamos com este projeto,

14
conscientizar as pessoas sobre doenças a partir da exposição solar com foco no
vitiligo, assim, manteremos as pessoas mais informadas sobre o assunto para
consequentemente, através das publicações, consigamos diminuir o impacto que
o preconceito e a exclusão sofrida por essas pessoas sejam significativamente
diminuídos.
Como material de apoio, foram utilizadas a plataforma do Google Forms para
colher informações sobre nosso objeto de estudo, Google Acadêmico para colher os
artigos que serviriam de base para a pesquisa, o Instagram para a criação de
publicações que ajudariam a divulgar de maneira efetiva as informações fornecidas
e o Facebook, para que possamos aplicar o nosso projeto numa comunidade real.

2.1.1. PESQUISA

Para alcançar os dados necessários para a realização do trabalho foi desenvolvido


um questionário de pesquisa, o qual foi enviado para grupos do Facebook a fim de
que o público portador de vitiligo pudesse contribuir com informações do seu dia a
dia, desde os cuidados com a pele até os problemas que enfrentam para que assim,
fosse possível traçar quais as melhores estratégias para levar maiores informações
sobre os riscos que a exposição irresponsável ao sol pode trazer a pele dessas
pessoas.
Sendo assim, em busca de alcançar um melhor conhecimento, realizou-se
entrevistas com pessoas com vitiligo, que de maneira simples, pôde contribuir para
que conseguisse entender as questões físicas e psicológicas; e além disso,
proporcionar a criação de materiais para a rede social, buscando levar as questões
abordadas ao público geral a partir da pesquisa.
Para obter mais informações sobre o tema vitiligo foram usados também artigos que
embasaram todo o trabalho e ajudaram a desenvolver todas as estratégias traçadas
pela equipe a fim de ajudar o público alvo e se aprofundar cada vez mais no tema,
além de fornecer informações relevantes e mais específicas sobre o assunto a ser
tratado ao decorrer do trabalho.

15
2.1.1.1. RESULTADO

Portanto, com base nas entrevistas realizadas e a interação das redes sociais,
pode-se perceber que cerca de 85,6% das pessoas que interagiram, não tem vitiligo
e acessaram o conteúdo visando conhecer mais do tema. Das 42 pessoas, 12 delas
têm familiares com a doença, 23 conhecem pessoas com vitiligo e 7 delas buscaram
se aprofundar no tema.

Dessa forma, entre as pessoas entrevistadas, foi constatado que grande parte da
sua adolescência foi repleta de preconceito e bullying e não tinha acesso ao
conhecimento da forma correta de se cuidar em relação à exposição solar.

O resultado vem do informar e desmistificar a doença, ajudando as pessoas afetas e


não afetadas.

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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos através das pesquisas, conclui-se que os cuidados a
serem tomados antes da exposição solar são fundamentais para evitar que o vitiligo
continue o seu desenvolvimento e além disso, evite sua recidiva. Também se faz
necessário a propagação de maiores informações acerca desse tema, uma vez que
se possui poucas informações que possam ajudar no cuidado correto de quem
convive com o vitiligo diariamente.

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