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ASSOCIAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS EM RESERVA

IBIRAPITANGA – APRI

REGULAMENTO DE OBRAS

1 – Objetivos e Disposições Iniciais

1.1 – De conformidade com o artigo 52 do Estatuto Social da Associação dos Proprietários em Re-
serva Ibirapitanga – APRI, o presente Regulamento de Obras tem por finalidade disciplinar e regulamentar a
ocupação dos lotes residenciais e as edificações do Residencial Terras Altas, e, no que couber, todas as edi-
ficações da Reserva Ibirapitanga.

1.2 – Este Regulamento se baseia na necessidade de se manter um padrão arquitetônico e construti-


vo de bom nível na Reserva Ibirapitanga, de se observar as normas orientadoras de empreendimentos des-
se tipo, tanto no que concerne à qualidade das edificações como também à preservação do meio ambien-
te, e de se harmonizar a ocupação dos lotes como forma de garantir o uso confortável, seguro e afinado
com os interesses de todos os associados.

1.3 – Compete à APRI, em cada edificação ou conjunto de edificações na Reserva Ibirapitanga:

a) apreciar e aprovar o projeto arquitetônico e executivo das edificações;

b) conferir e manter em arquivo a aprovação do projeto junto à Prefeitura Municipal de San-


ta Isabel e em outros órgãos de aprovação obrigatória, inclusive os de regulação ambiental;

c) acompanhar e fiscalizar a preparação do lote, com a conferência dos marcos, a terraple-


nagem, a implantação do canteiro de obras, e a ligação dos serviços públicos básicos;

d) acompanhar e fiscalizar a locação e o gabarito das obras, e o posicionamento do sistema


de esgotamento sanitário;
e) acompanhar e fiscalizar a realização da obra e a sua identidade com o projeto aprovado; e

f) tomar as providências necessárias para cumprir e fazer cumprir o presente Regulamento.

1.3.1 – No exercício de suas atribuições, a APRI pode se servir de profissionais estranhos aos
seus quadros diretivos e funcionais.

1.4 – Basicamente qualquer projeto de edificação na Reserva Ibirapitanga deve ser aprovado:

a) junto à APRI;

b) junto à Prefeitura Municipal de Santa Isabel – PMSI; e

c) junto aos órgãos públicos competentes para licenciamento ambiental.

1.4.1 – Em se alterando a competência desses órgãos públicos para apreciar e aprovar os


projetos e edificações, a APRI preservará a sua prerrogativa de conferir as aprovações junto aos órgãos aos
quais essas competências sejam cometidas.

1.5 – Para aprovação do projeto, o associado interessado deve se certificar de que foram observadas
as disposições deste Regulamento, das prescrições construtivas da PMSI, das posturas ambientais para uso
do solo, e também as condições relativas ao padrão arquitetônico e restrições à construção impostas nos
títulos aquisitivos dos lotes da Reserva Ibirapitanga e nas respectivas matrículas imobiliárias.

1.6 – O projeto da edificação e a realização da obra devem ser formulados e executados por profis-
sionais habilitados e devidamente inscritos nos órgãos de controle das suas profissões.

1.6.1 – Independentemente da responsabilidade técnica desses profissionais, o associado ti-


tular do lote responde direta e objetivamente pela obra, pela observância das disposições deste Regula-
mento, e por quaisquer eventos que venham a ocorrer durante a edificação.

1.7 – É recomendável que, antes do início da edificação, e mesmo antes do início do


projeto, o associado interessado procure a Diretoria de Obras da APRI para informações detalhadas.

1.8 – Durante a realização da obra, havendo alterações no projeto aprovado relativas a modifica-
ções, supressões e ampliações, estas deverão ser submetidas a APRI para análise e aprovação, antes das
suas realizações.

2 – Ocupação e Uso dos Lotes

2.1 – Em cada lote da Reserva Ibirapitanga é permitida a edificação de uma única residência para
habitação unifamiliar.
2.1.1 – Não é permitida a construção de prédios ou instalações para fins comerciais, industri-
ais ou de prestação de serviços de qualquer espécie, salvo em áreas destinadas para essa finalidade.

2.1.2 – Conforme disposições alinhadas mais adiante, além da edificação principal é permiti-
da a construção de uma edícula e uma piscina por lote.

2.2 – O coeficiente de aproveitamento dos lotes é 1 (um). Ou seja, nenhuma edificação, ou conjunto
de edificações (residência, edícula e piscina) pode ter área superior à do respectivo lote.

2.3 – A taxa de ocupação dos lotes é de 60% (sessenta por cento). Ou seja, a área permeável sem
qualquer edificação deve ser de, no mínimo, 40% (quarenta por cento) da área do lote.

2.4 – Os recuos obrigatórios de cada lote são os seguintes:

a) recuo frontal – 6,00 m (seis metros) a contar do alinhamento da frente do lote;

b) recuos laterais – 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) de cada lado a contar das
divisas laterais; e

c) recuo de fundo – 6,00 m (seis metros) a contar do alinhamento do fundo do lote.

2.4.1 – Em lotes de esquina, os recuos obrigatórios são os seguintes:

a) recuo frontal para a rua principal – 6,00 m (seis metros) a contar do alinhamento da frente
do lote para a rua principal; sendo considerada rua principal aquela de menor testada do lote ou conforme
a matricula do lote;

b) recuo frontal para a rua secundária – 3,00 m (três metros) a contar do alinhamento da
frente do lote para a rua secundária; sendo considerada rua secundária aquela de maior testada do
lote ou conforme a matricula do lote;

c) recuo lateral – 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) a contar do alinhamento lateral
do lote; e

d) recuo de fundo – 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) a contar do alinhamento de


fundo do lote.

2.4.2 - No recuo frontal é permitido, abrigo de medidores de água e luz, abrigo de contai-
ners de lixo e recicláveis e abrigo de botijões de gás P45, devendo esse conjuntos de instalações não ultra-
passar 3,00m de comprimento na divisa do lote, 1,80m de altura, medidas totais, concentrados no alinha-
mento de um único lado (divisa) do lote.

2.4.3 – Nos recuos laterais também não é permitida qualquer edificação, devendo predomi-
nar cobertura gramada, ajardinada, piso drenante e de concreto ou resinado poroso. Mantendo a permea-
bilidade do solo. É permitida apenas a construção de edícula, observadas as limitações construtivas adiante
reguladas.

2.4.4 – No recuo de fundo é permitida a construção de edícula, observadas as limitações


construtivas adiante reguladas, e também a construção de piscina, que, no entanto, deve ficar afastada 1,50
m (um metro e cinquenta centímetros) do alinhamento de fundo do lote. Em áreas de recuos laterais ou
fundos é permitida a construção de cisterna para captação de águas pluviais que deverão estar totalmente
enterradas.
2.4.5 – Nos recuos laterais é permitida a construção de piscina, que, no entanto, devem ficar
afastada 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) do alinhamento lateral do lote. O local de armazena-
mento das máquinas (casa de máquinas) deverá constar em projeto e obedecer aos recuos pré-
estabelecidos.

2.4.6 – Todos os recuos mencionados nos itens anteriores são considerados a partir da face
externa da alvenaria da edificação. Havendo na edificação beiral de telhado ou laje de cobertura em balan-
ço, estes podem se projetar até 1,00 m (um metro) sobre a área de recuo. Caso excedam a 1,00 m (um me-
tro), os recuos são considerados a partir da projeção horizontal dessas estruturas.

2.4.7 – Em caso de edificação assobradada, pode haver sacadas com largura máxima de até
50 cm (cinquenta centímetros), limitadas ao tamanho do beiral do telhado.

2.1. – Em caso de unificação de dois ou mais lotes, o lote unificado deve observar os mesmos recuos
e limitações deste Regulamento.

2.5.1 – Para fins de contribuição aos cofres da APRI, o lote unificado contribuirá como se não
unificado fosse.

2.5.2 – É proibido o desmembramento de um único lote.

2.6 – O associado deve permitir a passagem de cabos, dutos e tubulações pela área de seu lote caso
a medida se faça necessária para alimentação das redes de eletrificação ou de canalização de águas potá-
vel, pluvial, de piscina ou servidão da APRI. Nesses casos, a passagem deve ocorrer na distância máxima de
1,5 m (um metro e cinquenta centímetros) das divisas laterais e de fundo do lote. Em caso de servidão, as
respectivas despesas serão suportadas pela APRI.

2.6.1 – A captação e o direcionamento de águas pluviais nos limites do lote cabem ao res-
pectivo titular, às suas expensas.
Quanto a passagem de tubulação de água pluvial na calçada, o Associado deverá solicitar orientação a
APRI para a sua execução, evitando assim interferências técnicas e de conservação nas calçadas.

2.7 – O acesso a todos os lotes da Reserva Ibirapitanga deve se dar pelas vias internas do Residenci-
al, sendo vedada a abertura de acessos externos.

2.8 – A ocupação e o uso dos lotes deve se dar nos estritos limites espaciais desses lotes. Não é
permitida ocupação e o uso de áreas comuns ou das áreas da Reserva Particular do Patrimônio Natural Rio
dos Pilões em caráter privado.

2.8.1 – Em especial quanto às áreas de RPPN, é vedado ao associado interferir no plantio e


na manutenção das espécies vegetais existentes, ainda que vizinhas ou lindeiras ao seu respectivo lote.

2.8.2 – O associado cujo lote seja vizinho às áreas comuns do Residencial e às áreas da RPPN
pode abrir acessos a essas áreas a partir de seus lotes, sendo, no entanto, vedada a abertura de trilhas ou a
passagem de veículos automotores.

3 – Edificações e Padrão Construtivo

3.1 – Cada edificação residencial em alvenaria deve ter área de, no mínimo, 120,00 m2 (cento e vinte
metros quadrados), e a edificação com fechamento em madeira, gesso, placas metálicas ou qualquer outro
tipo de material deve ter, pelo menos, 250,00 m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados), não se compu-
tando em todos os casos as áreas de varandas, terraços, cobertura de automóveis, edícula e piscina.

3.1.1 – A edificação que tenha fechamento em madeira, gesso, placas metálicas ou outros
materiais devem ter, pelo menos, 60% (sessenta por cento) da sua estrutura em alvenaria, considerando-se
para o cômputo desse percentil a metragem linear de suas paredes. Além disso, a estrutura em alvenaria
deve estar presente em, pelo menos, 40% (quarenta por cento) da metragem linear da fachada da edifica-
ção.

3.2 – Cada edificação pode ter, no máximo, 2 (dois) pavimentos acima do nível da rua, e a altura
máxima desses dois pavimentos (térreo e superior) não pode ultrapassar a 9,00 m (nove metros) contados
do perfil natural do terreno até o ponto mais alto da cobertura.

3.2.1 – Além desses dois pavimentos, são permitidos alternativamente:

a) a construção de mais 1 (um) pavimento sob os dois pavimentos superiores, desde que o
desnível natural do terreno seja superior a 6,00 m (seis metros), considerada a diferença perpendicular do
ponto médio do alinhamento frontal até o ponto médio do alinhamento de fundo, sendo que esse pavi-
mento deverá estar total ou parcialmente enterrado com relação ao perfil natural do terreno; ou

b) a construção de mais 1 (um) pavimento sobre os demais pavimentos, desde que em toda
a área de projeção da edificação a altura máxima não exceda a 10,00 m (dez metros) contados do perfil na-
tural do terreno até o ponto mais alto da cobertura, e desde que esse terceiro pavimento esteja recuado
pelo menos 9,00 m (nove metros) do alinhamento frontal do lote e pelo menos 5,00 m (cinco metros) dos
alinhamentos laterais.

3.2.2 – As alternativas prescritas no item anterior não podem ser cumuladas na mesma edifi-
cação. Além disso, em qualquer hipótese, a edificação nunca poderá ter mais do que 10,00 m (dez metros)
de altura, contados no perfil natural do terreno até o ponto mais alto da cobertura.
3.2.3 - Quando os projetos forem em terrenos de maior declive deverão ser passados por
uma comissão técnica, para analisar e julgar quanto ao número máximo de pavimentos abaixo do nível da
rua. A comissão técnica será composta pelo diretor de obras, assessoria técnica da APRI e o responsável
pelo projeto.

3.3 – A edícula de cada lote é construção complementar à edificação principal, destinada a ambien-
tes de restauração alimentar, estar, lazer, jogos, banheiro, depósito e outras do gênero. É vedada a utiliza-
ção da edícula como dormitório ou para fins de hospedagem.

3.3.1 – A edícula pode ser construída na área de recuo de fundo, respeitando os recuos late-
rais de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros).

3.3.2 – A edícula deve ficar afastada pelo menos 3,00 m (três metros) da edificação principal,
a altura do seu pé direito interno não pode ser superior a 3,00 m (três metros) e a altura total da construção
não pode exceder a 5,00 m (cinco metros), contados do piso até o ponto mais alto da cobertura.

3.3.3 – A área de projeção horizontal da edícula não pode ser superior a 30% (trinta por cen-
to) da área de projeção da edificação principal.

3.4 – Não é permitida a construção de muros, cercas vivas, grades, telas ou qualquer forma de fe-
chamento no alinhamento frontal do lote, e também nos 6,00 m (seis metros) dos alinhamentos laterais, a
contar do alinhamento frontal.

3.4.1 – A partir dos limites estabelecidos no item acima, podem ser construídos fechamentos
de qualquer espécie nos alinhamentos laterais e de fundo com altura máxima de 2,00 m (dois metros), ve-
dadas apenas as cercas de arame farpado ou liso.

3.4.2 – É permitido, inclusive, o fechamento nos recuos laterais do lote, depois da área do
recuo frontal, nas condições do subitem anterior.

3.4.3 – Caso o lote apresente aclive superior a 1,00 m (um metro) na área de recuo frontal, é
permitida a construção de um guarda-corpo vazado com altura máxima de 1,00 m (um metro), que poderá
se estender por até 2/3 (dois terços) da testada do lote. Em caso de declive é permitida a construção de
guarda corpo na área de recuo frontal com altura máxima de 2,00 m.

3.4.4 – O lote de esquina que se encontrar na situação do subitem anterior poderá construir
o guarda-corpo no alinhamento frontal com a rua principal.

3.5 – Nos lotes em que se fizerem necessários cortes ou aterros para a edificação, deverão ser pro-
videnciadas as construções de taludes e/ou muro de arrimo nas divisas com os lotes vizinhos, edificados ou
não, com a RPPN e com as áreas verdes, tão logo cessarem os trabalhos de terraplanagem.

3.5.1 – Nos casos de taludes, estes deverão ser construídos na razão de 1x2, ou seja, 1(um)
metro na altura para 2(dois) metros na base. As áreas de talude deverão ter cobertura vegetal para preven-
ção de erosão.

3.5.2– Nos casos de muro de arrimo, estes não poderão ter altura superior a 4(quatro) me-
tros a contar do desenho natural do terreno. Em casos onde os lotes apresentem aclive ou declives extre-
mos, o associado poderá solicitar por escrito a análise por parte da diretoria de obras antes da execução
física.
3.5.3 – Na área de recuo frontal, havendo necessidade de contenção, pode ser edificada na
divisa lateral ou em área de recuo frontal do lote mureta de, no máximo, 60 cm (sessenta centímetros) de
altura.

3.6 – Os abrigos para automóveis que se conformem como simples coberturas – diferentes das ga-
ragens, que são recintos integrados à edificação –, não podem ser construídos nas áreas de recuo, e devem
ter pé direito entre 2,30 m (dois metros e trinta centímetros) e 3,00 m (três metros).

3.7 – O titular da edificação deve harmonizar seus acessos com o padrão pré-estabelecido pela APRI
para todo empreendimento. Na eminência do início da obra, e onde houver calçadas prontas, o associado
deverá retirar os elementos de concreto (bloquetes) e guarda-los para reconstruí-la, assim como todo gra-
mado danificado. Assim, não procedendo, a associação fará o serviço necessário para sua reconstrução e
repassará ao associado os custos correspondentes, junto com a primeira contribuição associativa que ven-
cer.

3.8 – As ligações externas de energia elétrica, iluminação, fiação telefônica, campainhas ou similares
devem ser necessariamente subterrâneas entre os postes e cavaletes de entrada e a edificação principal.

4 – Projeto

4.1 – Observadas as condições de ocupação e uso dos lotes, assim como as prescrições para a edifi-
cação e o padrão construtivo, o associado que pretender construir em Ibirapitanga deve apresentar seu
projeto à Diretoria de Obras mediante protocolo junto à Secretaria da APRI.

4.2 – Para prévia análise deverá ser apresentado 01 via de cada documento:

a) projeto arquitetônico da(s) edificação(ões) com planta baixa de todos os pavimentos pro-
jetados sobre o terreno, e com cotação dos recuos;

b) 2 (dois) cortes, um longitudinal (do alinhamento frontal ao alinhamento de fundo) e um


transversal (de alinhamento lateral a alinhamento lateral), com indicação do perfil natural do terreno, e que
focalize escadas, cozinha, subsolo e garagem;

c) 1 (um) corte de piscina, se houver, com indicação de declividade;

d) 2 (duas) elevações, uma frontal e uma lateral, com indicação dos limites do terreno;
e) projeto do sistema de esgotamento sanitário, com fossa séptica, filtro anaeróbico e sumi-
douro, nos padrões estabelecidos na legislação ordinária e de maneira regulamentar por órgãos ambientais
competentes;

f) levantamento planialtimétrico do terreno, com curvas de nível e ângulos de fechamento da


área;

g) memorial descritivo da construção;

h) memorial descritivo da piscina, se houver; e

i) memorial descritivo do sistema de esgotamento sanitário.

4.2.1 – O projeto arquitetônico e os demais documentos referidos no subitem anterior de-


vem guardar as seguintes características e/ou contar com as seguintes informações:

a) impressão em papel com dimensões múltiplas do tamanho A4, sem emendas ou rasuras;
b) apresentação no chamado “padrão prefeitura”;

c) indicação da quadra, lote, lotes confrontantes, vias de acesso e norte magnético em qua-
dro de situação sem escala;

d) detalhamento de escadas, com informação do sentido, número de degraus e altura do


guarda-corpo;

e) detalhamento dos acessos de pedestres e de veículos;

f) detalhamento de cobertura, com indicação de declividade, tipo de telha ou outros ele-


mentos de cobertura, e calhas, se houver;

g) indicação, nas plantas baixas, da área permeável, tanto em metragem quanto em percen-
tagem da área total do terreno;

h) apresentação de projeto de unificação, em caso de edificação que ocupe mais de um lote,


com a indicação da situação existente e da situação pretendida;

i) referência a que o abastecimento de água potável se dá através de rede particular do lote-


amento;

j) referência a que o tratamento de esgotamento sanitário é individual, de conformidade


com as NBR 7.229/93 e NBR 13.969/97 (ou outras que as venham a substituir); e

k) referência a que o lote deve ter taxa de permeabilidade mínima de 40% (quarenta por
cento).
4.2.2 – O projeto arquitetônico e o levantamento planialtimétrico devem ser elaborados por
profissionais habilitados, com as devidas Anotações de Responsabilidade Técnica – ART.

4.2.3 – As edificações que adotarem o sistema construtivo pré-fabricado devem se enqua-


drar integralmente às prescrições deste Regulamento.

4.3 – Após o protocolo dos documentos para análise, a APRI, em 15 (quinze) dias, deve manifestar-
se no sentido da aprovação do projeto ou da formulação de exigências para a sua regularização.

4.3.1 – Aprovado que seja o projeto, a edificação pode ser iniciada, após a apresentação dos
documentos complementares de que trata o item 4.4 infra.

4.3.2 – Havendo exigências ou formalidades a regularizar, o associado deve atendê-las e dar


entrada em novo protocolo, devendo a APRI manifestar-se em mais 15 (quinze) dias.

4.3.3 – Caso o associado discorde de eventual exigência que seja formulada, ele pode recor-
rer à Diretoria da APRI, que decidirá a respeito na primeira reunião colegiada que se realizar. Mantida a exi-
gência pela Diretoria da APRI, o associado pode apresentar novo recurso para a Assembleia Geral, que de-
cidirá na primeira sessão que se realizar.

4.4 – Aprovado o projeto em análise prévia, a liberação da edificação dependerá da apresentação


dos seguintes documentos complementares:

a) 5 (cinco) vias da chamada “prancha de prefeitura”, que deve conter do projeto arquitetô-
nico com as plantas baixas (item 4.2.a supra), dos cortes longitudinal e transversal (item 4.2.b), do corte de
piscina, se houver (item 4.2.c), das elevações frontal e lateral (item 4.2.d), e 5 (cinco) vias da respectiva Ano-
tação de Responsabilidade Técnica do projeto devidamente recolhida - RRT;

b) 5 (cinco) vias do levantamento planialtimétrico (item 4.2.f) e 5 (cinco) vias da respectiva


Anotação de Responsabilidade Técnica do levantamento planialtimétrico devidamente recolhida;

c) 5 (cinco) vias do projeto do sistema de esgotamento sanitário (item 4.2.e), e do memorial


descritivo do sistema (item 4.2.i); e

d) 5 (cinco) vias do memorial descritivo da construção (item 4.2.g), e do memorial descritivo


da piscina, se houver (item 4.2.h).

4.5 – Após a aprovação do projeto junto à APRI, o associado, até o final das obras e antes da ocu-
pação da edificação, deve apresentar cópias do mesmo projeto aprovado perante a Prefeitura Municipal de
Santa Isabel e perante o órgão público de controle de uso do solo metropolitano atuante na época.

5 – Execução da Obra
5.1 – A edificação, vale dizer a obra propriamente dita, só pode começar após a aprovação do proje-
to junto à APRI, onde considera-se início de obra a partir da movimentação de terra (terraplenagem).
Parágrafo Único: Antes de iniciar a obra propriamente dita, o proprietário e o responsável técnico,
deverão assinar termos de conhecimento e aceite deste regulamento, Caso durante a obra ocorra troca do
responsável técnico, o mesmo também deverá assinar o referido termo.

5.1.1 – A obra deve ser executada rigorosamente de acordo com o projeto aprovado, sendo
que qualquer modificação dependerá de prévia aprovação de projeto modificativo.

5.1.2 – Durante todo o tempo em que a obra perdurar, o associado deve manter uma cópia
do projeto aprovado no canteiro de obras. É vedada a colocação de letreiros ou anúncios de qualquer na-
tureza em obras, lotes, edificações e nas áreas públicas e comuns. Poderá a APRI em caso de violação pro-
videnciar a retirada imediata, o qual ficará a disposição do Associado em local pré-estabelecido.

5.1.3 – O associado deve comunicar a APRI, por escrito, acerca do início e do término da
obra.

5.2 – Ao início de cada uma das etapas abaixo, o associado titular ou o responsável técnico da obra
deve solicitar vistoria da Diretoria de Obras da APRI, sem o que não poderá iniciar a etapa seguinte:

A) Início da Obra;

B) Terraplenagem, instalação do canteiro de obras

C) Muros de arrimo e/ou taludes;

D) locação da obra e fundação;

E) locação da piscina ou outros equipamentos;

F) erguimento da alvenaria;

G) cobertura.

5.2.1 – O associado deverá solicitar a vistoria junto à Secretaria da APRI, que terá 5 (cinco)
dias para vistoriar.

5.3 – A movimentação interna de carga e descarga de terra, deverá ser feita obrigatoriamente com
caminhões com cobertura para evitar derrame de terra nas ruas interna do Residencial. Após o término da
terraplenagem é de responsabilidade do Associado a limpeza das áreas comuns como calçadas e ruas.

5.3.1 – A terra movimentada na terraplenagem, assim como taludes de corte ou aterro de-
vem ser protegidas com cobertura vegetal ou outras formas de contenção de modo a se evitar deslizamen-
to ou erosão.

5.4 – O canteiro de obras consiste do parque em que desenvolvem as atividades construtivas. Ele
deve contar com estrutura mínima para perdurar apenas durante o tempo de execução da obra, aí incluídos
um escritório para guarda de documentos técnicos, um depósito para ferramentas e material de constru-
ção, e um alojamento para os obreiros.

5.4.1 – As construções do canteiro de obras (escritório técnico, depósito, alojamento e sani-


tário) devem ser erguidos com fossa séptica, a mesma somente fica dispensada com a utilização sanitários
temporários (banheiro químico).

5.4.2 – O canteiro de obras e suas construções devem ser montados na iminência do início
das obras, e devem ser desmontados na fase final da construção.
O Associado deverá zelar pela limpeza e organização de sua obra, a fim de evitar transtornos e sujeira em
áreas comuns ou de RPPN.
5.4.3 – As atividades construtivas devem se desenvolver rigorosamente nos limites do lote
onde se assentará a construção. É vedada a utilização de áreas comuns da Reserva, em especial as de RPPN
e os passeios das ruas (calçadas). Caso a obra apresente problemas de acomodação de material, deverá
solicitar a APRI a análise do melhor local para acomodação dos mesmos, sendo permitida assim após anali-
se o depósito do material.

5.4.4 – A utilização de lote vizinho para acesso e depósito de material deve ser precedida de
prévia autorização por escrito.

5.5 – É vedada a construção, e por conseguinte a utilização, de edícula ou de piscina antes da cons-
trução da edificação principal.

5.6 – As atividades construtivas podem se desenvolver de segunda a sexta-feira no horário compre-


endido das 08:00 às 18:00 horas, e aos sábados das 09:00 às 14:00 horas. Não pode haver atividade aos
domingos e demais dias feriados.

5.6.1 – Os trabalhadores das obras podem ingressar no loteamento 30 (trinta) minutos antes
do horário de início das atividades construtivas.

5.6.2 – No verão, a jornada de trabalho nas obras pode se estender até as 19:00 horas.

5.6.3 – A entrada de veículos de carga e descarga de material de construção ou entulho se


encerra 1 (uma) hora antes dos horários determinados no item e subitem acima.

5.6.4 – Para autorizar a entrada de veículos de carga e descarga, o associado deve conferir
junto à Secretaria da APRI as restrições de peso e bitola do piso asfáltico do loteamento.

5.6.5 - Toda obra terá que providenciar lixeira provisória nos limites delineados no regula-
mento, não sendo permitido colocação de entulho, madeiras ou objetos e outros.
5.6.6 - Não será permitido o descarte de quaisquer tipo de materiais, entulho, madeiras,
plástico, gesso e outros em áreas da reserva.

5.6.7 - Ao constatar a existência de água parada que venha a prejudicar outros associados,
fica autorizado a APRI tomar as devidas providencias para sanar a irregularidade.

5.7 – Caso as obras fiquem paralisadas por mais de 60(sessenta) dias, o associado deve providenciar
imediatamente o fechamento de buracos/valas, piscina a fim de evitar proliferação de praga, mosquitos,
etc. O corte de mato deverá atender ao artigo 2.4 do Regulamento Geral.

5.7.1 – Uma vez que a obra for paralisada por prazo indeterminado o associado deverá for-
malizar junto a APRI a paralização.

5.8 – O associado deve manter junto à APRI uma relação com os nomes e a qualificação de todas as
pessoas autorizadas a trabalhar na obra, em especial do responsável técnico pela edificação, inclusive com
telefones para contato.

5.8.1 – Além do cadastro junto à APRI, o responsável técnico deve manter na obra uma placa
indicativa da sua responsabilidade e dos processos de aprovação do projeto junto à Prefeitura Municipal de
Santa Isabel e ao órgão ambiental.

5.9 – É terminante proibido e considerado infração grave o descarte irregular de resíduos de cami-
nhão betoneira, caminhões bomba e betoneiras nas dependências comuns da APRI.

Paragrafo Único: Fica permitida a lavagem dentro do lote do associado contratante desde que não
seja infringido nenhum regulamento da Apri.

6 – Disposições Gerais

6.1 – O associado titular da obra é responsável pela edificação, pela observância deste Regulamento
e por todos os atos e acontecimentos que possam implicar em responsabilidade civil, administrativa, crimi-
nal ou ambiental durante a execução dos trabalhos.

6.1.1 – O associado deve zelar para que as pessoas incumbidas dos trabalhos na obra obser-
vem os termos do Estatuto Social e dos Regulamentos Internos da APRI.

6.2 – A APRI pode fiscalizar a obra a qualquer tempo, sob todos os aspectos previstos neste Regu-
lamento, diretamente por intermédio de seus diretores e empregados ou por prepostos que sejam desig-
nados para esse fim.
6.2.1 – A fiscalização da APRI não isenta e nem exonera a responsabilidade do associado
acerca de irregularidades de projeto ou na edificação.

6.2.2 – Irregularidades no projeto ou na edificação que não sejam fiscalizadas ou que, por
qualquer motivo, escapem à fiscalização da APRI devem ser corrigidas a qualquer tempo, inclusive depois
da conclusão da obra.

6.2.3 – A APRI não concorre com eventuais irregularidades no projeto ou na edificação, e


nem se solidariza nas respectivas responsabilidades.

6.3 – A APRI pode fiscalizar as obras e edificações da Reserva mesmo após a sua conclusão como
forma de assegurar a preservação do padrão arquitetônico do loteamento, a proteção e a higidez do uso
do solo, a adequação e a eficiência do sistema de esgotamento sanitário, e a harmonia na utilização e ocu-
pação dos lotes à luz dos interesses da comunidade dos associados.

6.4 – Apurando-se qualquer irregularidade no projeto, na obra ou na edificação, na forma prevista


neste Regulamento ou no Estatuto Social, a APRI deve notificar o associado para, conforme o caso:

a) cientificá-lo de penalização, dando azo a que apresente defesa; e/ou

b) solicitar a reversão da irregularidade, dando prazo razoável para a efetivação das provi-
dências que se façam necessárias.

6.4.1 – Se, uma vez notificado para a reversão de irregularidades apuradas, o associado
quedar inerte, a APRI, conforme o caso, deverá:

a) apenar o associado na forma do Estatuto Social;

b) comunicar as irregularidades à Prefeitura Municipal de Santa Isabel e requerer fiscalização


e providências específicas;

c) comunicar as irregularidades ao órgão ambiental de controle do uso do solo e requerer


fiscalização e providências específicas;

d) comunicar as irregularidades ao órgão profissional de controle da atividade do responsá-


vel técnico pela obra e requerer fiscalização e providências específicas;

e) intentar as medidas judiciais cabíveis para vistoriar, embargar, nunciar ou demolir a obra
irregular; e/ou

f) tomar outras medidas ou providências que tornem efetiva e eficaz a disciplina deste Regu-
lamento de Obras.

6.5 – Os casos omissos a este Regulamento, inclusive no tocante à sua interpretação, serão resolvi-
dos pela Diretoria da APRI ad referendum da Assembleia Geral.

Santa Isabel, 23 de novembro de 2.019.

Rosemary Tomie Yamamoto Yamashita


Diretora Presidente da Associação

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