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João Costa
Pedro Azevedo
Resumo
De uma forma geral neste trabalho iremos abordar acidentes com matérias
perigosas, mais propriamente, acidentes com matérias químicas, pois são uma
constante no nosso dia á dia. Inicialmente abordamos os tipos de matérias
perigosas que existem, meios ao dispor do cidadão e dos agentes de proteção
civil para identificarem os mesmos. Abordamos ainda o transporte destas
matérias e a intervenção dos agentes de proteção civil perante acidentes deste
tipo. Como são matérias muito perigosas para integridade do ser humano fizemos
uma sucinta referência aos tipos de acidente que existem e aos equipamentos de
Proteção Individual que os Agentes de Proteção Civil têm a seu dispor para
intervir.
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Intervenção em Acidentes com Matérias Perigosas
7 De Dezembro de 2012
Índice
Introdução .............................................................................................................. 4
Siglas ..................................................................................................................... 5
Diferentes tipos de matérias e as suas características .......................................... 6
Substâncias reativas .............................................................................................. 8
Tipos de risco ......................................................................................................... 9
Efeitos fisiológicos dos tóxicos no organismo ........................................................ 9
Equipamentos de proteção individual ................................................................... 10
Protecção Respiratória...................................................................................... 10
Vestuário de proteção individual ....................................................................... 12
Classificação dos factos de intervenção química .............................................. 14
Missão dos Agentes de Proteção Civil ................................................................. 17
Número de identificação de perigo ....................................................................... 20
Etiquetas .............................................................................................................. 21
Transporte de Matérias Perigosas ....................................................................... 21
Nível internacional............................................................................................. 21
Nível Nacional ................................................................................................... 22
Procedimentos de emergência / Controlo de Acidentes com matérias perigosas 24
Caso de estudo .................................................................................................... 30
Tipo de Acidente ............................................................................................... 30
Desenvolvimento das operações ...................................................................... 32
Meios no local ................................................................................................... 36
Enquadramento do local ................................................................................... 37
Conclusão ................................................................ Erro! Marcador não definido.
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Introdução
Um acidente com produtos químicos pode ocorrer em qualquer dia, hora ou local,
tornando-se indispensável que os intervenientes nestes tipos de acidentes
tenham preparação. Desta forma tentamos neste trabalho abordar de forma geral
e concisa aspetos fundamentais num risco muito presente no dia á dia (risco
químico), de forma a podermos sensibilizar todos que lerem este trabalho para
futuramente evitar o minimizar as consequências devastadoras de acidentes
deste tipo, pois nunca podemos esquecer que a Proteção Civil começa em todos
nós.
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Siglas
CB – Corpo de Bombeiros;
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Matérias tóxicas – Propriedades dos agentes tóxicos dos quais se sabe, por
experiência, ou se pode admitir a partir de experiências com animais, que podem em
quantidades relativamente fracas, numa ação única ou de curta duração, prejudicar a
saúde do homem ou causar a morte por inalação, absorção cutânea ou ingestão.
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Matérias infeciosas – São matérias de que se sabe ou de que se tenha razões para crer
que contenham agentes patogénicos.
Matérias corrosivas – São substâncias que pela sua ação química, provocam vários
danos aos tecidos da pele e mucosas.
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- Ácidos;
- Bases ou álcalis-,
Substâncias reativas
Reatividade de substância
Ainda assim existem substâncias que reagem mesmo com a água ou com o ar.
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Tipos de risco
Existem vários tipos de risco entre eles:
- Térmicos;
- Radiológicos;
- Asfixia;
- Químicos;
- Biológicos;
- Mecânicos;
- Psicológicos.
D= T x C
T- Tempo de exposição;
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→ Proteção respiratória;
Proteção Respiratória
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Equipamentos isolantes:
Autónomos
- Circuito aberto;
- Circuito fechado.
Não autónomos
- Aparelhos de ar comprimido;
Fig. 2 – Aparelho autónomo
- Aparelhos de tomada á distância.
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● Capuz (cogula);
● Capacete;
● Casaco;
● Calça;
● Luvas;
● Botas de proteção;
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São compostos:
● Capuz;
● Luvas;
● Botas;
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1C – linha de ar respirável.
Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
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Nível 6
● Casaco;
● Calças.
Fatos de aproximação
● Capuz;
● Luvas;
● Botas;
Também protegem o utilizador da acção directa das chamas, desde que se trate
de contactos ligeiros e esporádicos.
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Estes fatos não estão concebidos para penetrar no fogo, nem para aproximação a
zonas de temperatura extremamente elevada.
Fatos de penetração
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Alerta
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Classificação
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Número de identificação da
matéria (Nº ONU – 4
algarismos)
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Etiquetas
Sinalização de transporte:
A cada classe ou divisão das matérias perigosas está atribuída uma etiqueta que
a identifica. Nos grandes recipientes a granel (maior que 450 L), e nas grandes
embalagens devem ser colocadas etiquetas nas duas faces opostas, e a cada
matéria podem ser atribuídas até no máximo de três etiquetas, que correspondem
aos seus perigos iminentes.
Este código referido anteriormente é o mais comum em Portugal pois é o código
Europeu, só para conhecimento ainda existem o código Hazchem (Reino Unido) e
código NFPA (diamante).
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Via aérea
Via Rodoviária
Via Ferroviária
Nível Nacional
Todas as diretivas estão transpostas para o direito publico Português.
Ficha de segurança
– redigida nas línguas de
origem, trânsito e destino;
Certificado de
segurança – do veículo;
Certificado de
formação – do condutor.
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→ Identificação da situação;
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Medidas de segurança
Tipo de acidente;
1-Reconhecimento;
2- Avaliação do acidente;
3- Isolar a área;
4- Estabelecer os objetivos;
5 – Determinar a estratégia;
6- Determinar as necessidades;
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Documentos de apoio
Guias de intervenção;
Bases de dados
Atitude ofensiva
Acidente com
matérias perigosas
Atitude defensiva
Este tipo de decisões são sempre tomadas pelo COS (Comandante das
operações de socorro).
- Equipa de Material;
- Equipa de Proteção;
- Equipa de descontaminação.
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Atitude ofensiva
- Se a situação o permitir;
Atitude Defensiva
Tipos de acidente
Tipo 1
Falha ou acidente em que o veículo não pode manter a sua marcha mas o
material transportado mantém o seu perfeito estado de armazenamento.
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Tipo 2
Tipo 3
Tipo 4
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Tipo 5
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Caso de estudo
Distrito: Braga
Concelho: Barcelos
Freguesia: Viatodos
Tipo de Acidente
Um camião da empresa Transpetrol, despista-se tombando lateralmente,
seguido de derrame e incêndio. Trata-se de um contentor cisterna de 33 m3,
cerca de 10.000 litros de gasolina sem chumbo 95, 6000 litros de gasolina sem
chumbo 98 e 17000 litros de gasóleo.
Nº ONU: 1203
Nº Perigo: 33
Etiqueta de perigo: 3
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Outras Informações
Categoria: 2º Comandante
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Posit.
11h42: CD – CDOS
A trasfega terminou, a estrada deve ficar cortada devido aos danos
causados no alcatrão.
11h43: CDOS – CNOS
Posit.
15h50: CDOS – 2º COMANDANTE 0321
Interrogar se a via vai continuar fechada? O 2º comandante 0321 informa
que a via vai continuar fechada. Uma casa vai ser demolida pois não
apresenta condições de segurança e uma outra vai ser estabilizada. À
mesma hora foi informado o CNOS.
17h00: CD – CDOS
Vão iniciar a derrocada de uma habitação, e escoramento de uma outra. A
estrada nacional vai ficar cortada até ao dia seguinte.
22h20: CB 0321 – CDOS
Fecho dos dois veículos que estavam na ocorrência e saída do VLCI 04
para fazer arrefecimento das traves de uma estrutura numa das habitações
que tinha ardido.
23h20 CB 0321 – CDOS
Fecho da ocorrência. Foi informado CNOS.
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Meios no local
C.B. TIPIF BOM DESP D/H SAIDA D/H TEMP OBS.
B. A. CHEGADA O
321 VLCI 01 3 06:34 15/03/05 06:35 15/03/05 08:15 SCHF 77
14:50
316 VLCI 01 5 06:36 15/03/05 06:36 15/03/05 06:54
13:30
316 VLCI 01 6 06:35 15/03/05 06:48 15/03/05 06:42
13:30
308 VTTU 02 2 06:35 15/03/05 06:35 15/03/05 02:55
09:30
312 VUCI 01 5 06:35 15/03/05 06:43 15/03/05 03:07 2º CMDT
09:50
316 VCOT 01 2 06:35 15/03/05 06:50 15/03/05 06:40
13:30
316 VTGC 02 3 06:35 15/03/05 06:50 15/03/05 05:40
12:30
305 VUCI 01 5 06:35 15/03/05 06:50 15/03/05 02:30
09:20
305 VTTU 01 3 06:35 15/03/05 06:50 15/03/05 02:30
09:20
321 VUCI 01 6 06:35 15/03/05 06:36 15/03/05 15:44
22:20
321 VTTU 02 2 06:35 15/03/05 06:36 15/03/05 07:59
14:35
321 ABSC 04 3 06:35 15/03/05 06:36 15/03/05 02:04
08:40
321 VCOT 01 2 06:35 15/03/05 06:36 15/03/05 07:59 2º
14:35 CMDT+ADJ
305 VRCI 01 4 06:35 15/03/05 07:00 15/03/05 02:20
09:20
308 VUCI 01 4 06:35 15/03/05 06:55 15/03/05 04:55
11:50
308 VSAM 3 06:35 15/03/05 07:00 15/03/05 03:10
01 10:10
312 VTTU 01 3 06:35 15/03/05 07:07 15/03/05 02:43
09:50
312 VCOT 01 3 06:35 15/03/05 07:07 15/03/05 02:43 ADJ FARIA
09:50
305 VECI 01 2 06:35 15/03/05 07:13 15/03/05 02:07
09:20
316 VTTU 01 2 06:35 15/03/05 07:13 15/03/05 01:17
08:30
321 ABSC 01 3 11:40 15/03/05 11:40 15/03/05 00:35
12:15
321 VLCI 04 3 07:10 15/03/05 07:10 15/03/05 16:10
23:20
321 ABTM 06 6 07:10 15/03/05 07:10 15/03/05 11:50
19:00
321 VLCI 03 4 09:00 15/03/05 09:00 15/03/05 09:00
18:00
321 ABTM 03 7 07:10 15/03/05 07:10 15/03/05 11:50
19:00
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Enquadramento do local
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Conclusão
Também é de salientar que a formação nesta área é muito necessária e deve ser
aprofundada quanto mais possível, pois estas matérias requerem um
conhecimento técnico e cientifico de forma a não surgirem supressas no seu
manuseamento ou intervenção.
Claro que até agora falamos de uma intervenção caso algum acidente aconteça,
mais importante que isto é a necessidade de evitar que estes acidentes
aconteçam, desta forma devemos adotar politicas de prevenção e uma formação
continua nesta área.
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Referências bibliográficas
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