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Resumo:
Em Portugal existe um grande número de pessoas a residir em vales a jusante de
barragens. Assim, o desenvolvimento de metodologias para apoio à gestão integrada do risco
nestes vales é de grande interesse prático para a protecção da população. O presente artigo
divide-se essencialmente em duas partes. A primeira parte é dedicada à avaliação do risco
que surge na sequência das cheias induzidas por acidentes nas barragens. A segunda parte
versa sobre a mitigação do risco, através de um planeamento de emergência: interno, a nível
da barragem, e externo, a nível do vale a jusante.
Palavras chave: Rotura de barragens. Gestão do risco. Plano de emergência.
Abstract:
Risk management in dams downstream valleys
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Maria Teresa Viseu
Introdução
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O risco e as barragens
• os riscos naturais (sendo a maioria considerados não evitáveis), tais como as doenças
ou a ocorrência de relâmpagos; muitas vezes estes são ainda riscos inconscientes ou
riscos desconhecidos;
• os riscos involuntários ou impostos (teoricamente evitáveis mas inerentes à vida
quotidiana da sociedade moderna), como por exemplo os que resultam de acidentes
em transportes;
• os riscos voluntários, ou seja evitáveis (aqueles em que um indivíduo ou uma sociedade
aceita incorrer desde que os benefícios se sobreponham claramente ao receio de um
acidente), como, por exemplo, os riscos que resultam da prática de desporto.
No que diz respeito aos serviços de protecção civil verifica-se em Portugal, por exemplo,
que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) considera que os riscos podem ser de dois
tipos:
• tecnológicos (ou “man made”, de acordo com a terminologia anglo-saxónica), ou seja,
as emissões nucleares, químicas ou industriais acidentais, a rotura de estruturas ou de
infra-estruturas, etc.;
• naturais, nomeadamente os provocados por eventos meteorológicos, geofísicos ou
ambientais.
O risco nos vales a jusante de barragens afigura-se, de acordo com os tipos de risco
supracitados, como um risco imposto e tecnológico. Imposto, porque o indivíduo a jusante
da barragem não tem controlo sobre a ameaça que a presença da mesma pode constituir, e
muitas vezes, não desfruta de benefícios perceptíveis a ela associados. A presença de uma
barragem implica igualmente riscos tecnológicos, já que se trata de uma estrutura construída
pelo homem.
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relaciona com a segurança da barragem e a análise do risco associado à barragem) e, por outro,
ao risco em que incorrem os vales a jusante da mesma, pelo facto desta poder eventualmente
colapsar (que se relaciona com as consequências da rotura e a análise do risco no vale a jusante
de barragens).
O risco que afecta o vale a jusante de barragens pode, assim, ser traduzido pela
probabilidade de ocorrência de um evento adverso P(Evento), uma cheia extraordinária,
por exemplo, combinada com a probabilidade de rotura dada a ocorrência desse evento
P(rot|Evento). Assim, no caso especifico das barragens, a expressão mais geral que se coaduna
para a quantificação do risco será do tipo:
Rvale = P(Evento) x P(rotura/Evento) x consequências devido à rotura (Eq. 1)
A expressão supracitada contém uma tripla incerteza, pondo a sua análise a descoberto
três incógnitas que lhe estão inerentes: as condições de solicitação a que a barragem pode vir
a estar sujeita, o comportamento desta como resposta a uma qualquer solicitação e a avaliação
das consequências. As duas primeiras incógnitas, fruto de um conhecimento imperfeito
(ou de informação incompleta) acerca dos processos físicos e do comportamento futuro da
barragem, podem conduzir a graus discrepantes na análise do risco, pelo que têm dado origem
a investigação crescente no domínio da análise do risco associado à barragem. A avaliação das
consequências devido à rotura, têm, por seu lado, originado investigação no âmbito da análise
do risco nos vales a jusante de barragens.
Em rigor, as consequências também estão sujeitas a incertezas e a probabilidades de
ocorrência, pelo que, mais recentemente, alguns autores tornam a (Eq. 1) mais geral e mais
completa e acrescentam-lhe uma quarta incógnita: a probabilidade de ocorrência de perdas,
uma vez ocorrida a rotura. Assim, estes autores avaliam o risco no vale a jusante, com base
simultaneamente no risco interno da barragem e no risco externo do vale a jusante, para um
dado evento actuando no sistema da barragem (Viseu e Almeida, 2009):
Rvale = P(Evento) x P(rotura/Evento) x P(N/rotura) x N (Eq. 2)
Na (Eq. 2), N representa as perdas, ou seja, por exemplo, o número total de vidas em
exposição. P(N/rotura) é a probabilidade condicionada da ocorrência de N perdas dado que
ocorreu a rotura da barragem. Esta última probabilidade condicionada de perdas ou danos é
estabelecida pelo grau de perigo imposto pela cheia induzida (perigosidade da cheia) e está
dependente do grau de exposição e da susceptibilidade à destruição aos quais indivíduos e bens
estão sujeitos (vulnerabilidade do vale a jusante).
Os conceitos de perigosidade da cheia e de vulnerabilidade do vale estão associados
à avaliação das consequências reais de uma cheia induzida no vale a jusante; ou seja, à
percentagem do valor exposto ao risco (indivíduos e bens materiais ou ambientais) que pode ser
efectivamente perdida, em função do grau de perigo e ainda da capacidade de resistência dos
bens e da resposta dos indivíduos e da sociedade nas zonas a jusante (Viseu e Almeida, 2008).
Como é impossível garantir uma situação de risco nulo em qualquer sector de actividade
da vida de uma sociedade, são empreendidos esforços para a sua gestão. Assim, a gestão do
risco tem-se revelado como uma área de estudo de importância crescente, cuja expansão se
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Figura 1
Gestão do risco nos vales a jusante de barragens.
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A análise do risco no vale a jusante pode, por sua vez, ser quase completamente
independente da análise do risco associado à barragem e visa a determinação das consequências
da rotura de uma barragem; esta fase é regida pela tentativa de resposta à pergunta: “o que
poderia acontecer, caso ocorresse a rotura (avaliação de danos e consequências)?”.
Uma análise exaustiva do risco implica respostas claras às perguntas acima colocadas,
permitindo estimar uma medida quantitativa do risco efectivo, tal como representada pela
(Eq. 2).
Uma vez avaliado o risco é possível efectuar a respectiva apreciação por comparação do
seu valor com critérios de aceitabilidade e de tolerabilidade. O risco aceitável refere o nível de
risco que a sociedade considera como tolerável, não se afigurando necessária a sua redução.
Finalmente, podem ainda ser dirigidos esforços no sentido da mitigação do risco residual.
Esta fase da gestão do risco, define-se como uma acção combinada que consiste basicamente
na implementação de procedimentos de prevenção e de preparação. Enquanto os primeiros
diminuem a probabilidade de ocorrência de um acidente, os segundos reduzem, em caso de
acidente, o número de perdas de vidas e o volume de danos materiais no vale a jusante.
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Quadro I
Descritores verbais para a atribuição de probabilidades
A consideração dos vales a jusante das barragens como objecto de análise do risco
associado a essas estruturas no contexto da actividade normal de engenharia e dos serviços
de protecção civil é recente. Em Portugal, este conceito foi incentivado e divulgado através
de actividades no âmbito de um projecto financiado pelo Programa Science for Stability da
NATO (Almeida et al., 2003). Actualmente, o regulamento nacional de segurança de barragens
estipula as exigências a cumprir no âmbito das medidas de protecção civil no vale a jusante,
nomeadamente no que diz respeito ao estudo da cheia induzida (RSB, 2007).
De acordo com este documento legal, a análise do risco nos vales a jusante de barragens
deverá ter em conta as consequências de hipotéticos cenários de rotura por forma a diferenciar
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situações locais e a possibilitar a preparação adequada das medidas de protecção civil ajustadas
a cada caso. A avaliação destas consequências, ou seja, a determinação dos danos e a estimação
do número expectável de vítimas no vale a jusante, repousa essencialmente em dois aspectos
(Viseu, 2006): i) a simulação da cheia induzida que permite caracterizar o evento perigoso e
definir o zonamento do risco; ii) a caracterização da vulnerabilidade das áreas do vale a jusante
da barragem que vão sofrer o impacto da cheia induzida.
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auto-salvamento como meio de evacuação; ou seja: em caso de acidente, o alarme deve ser
directamente dado pelo sistema de aviso da barragem e as pessoas (que devem conhecer os
locais de refúgio) deverão dirigir-se autonomamente para os locais seguros.
Tal como já foi referido, a caracterização do evento da cheia induzida (com a respectiva
definição da área de inundação) e a estimativa do grau de perigo, (concretizada pela delineação
do zonamento) constituem os primeiros passos para a realização de uma análise do risco no
vale a jusante. Esta operação terá, no entanto, de tomar em linha de conta a situação de
ocupação do solo no vale a jusante. Com efeito, eventos com características semelhantes
podem dar origem a acidentes de dimensões totalmente diferentes em regiões com padrões
de ocupação, tipos de população ou modos de construção e de organização social distintos. Os
danos que ocorrem nos vales a jusante de barragens dependem dos seguintes factores: i) do
tipo e densidade de ocupação do solo; ii) da capacidade de resistência dos bens expostos e da
resposta dos indivíduos e da sociedade nas zonas a jusante.
Assim, nesta etapa procede-se, inicialmente, à compilação de toda a informação
disponível relativa ao vale a jusante com interesse para a análise (em princípio, mais de 30
km), recomendando-se a realização de uma visita de inspecção ao vale próximo (os primeiros
5 km). Nos casos em que a linha de água, numa distância inferior aos 30 km, atinge a foz ou
uma secção em que o hidrograma da cheia provocada pela rotura da obra seja menos gravoso
que o de uma cheia com período de retorno (T) de 100 anos, o percurso a estudar poderá ser
inferior.
Na caracterização do vale a jusante deve, em particular, ser elaborada uma estimativa
do número de pessoas residentes. Com efeito, o RSB define que a população deve ser avaliada
em função do número de pessoas que ocupam a região que pode ser afectada, designado por
número de residentes, considerando como residente cada pessoa que ocupe em permanência
as habitações, os equipamentos sociais ou as instalações, e considerando ainda os ocupantes
temporários, nomeadamente dos equipamentos sociais e das instalações comerciais e industriais,
turísticas e recreativas, mas afectando o respectivo número pelo factor um terço.
O mesmo documento estabelece que os bens devem ser avaliados em função das
habitações e dos equipamentos sociais, instalações e infra-estruturas, tendo em consideração
a interrupção dos serviços prestados, bem como do ambiente, tendo em consideração o seu
valor e capacidade de recuperação e devendo ser considerada a existência de instalações de
produção ou de armazenagem de substâncias perigosas.
A estimativa dos residentes no vale a jusante pode ser efectuada a partir do recurso a
diferentes fontes de informação nomeadamente os mapas topográficos (quando relativamente
actuais). Estes incluem, para além das cartas militares à escala 1:25 000, os ortofotomapas à
escala 1:10 000 e ainda as plantas de ordenamento de território dos planos directores municipais
dos municípios (PDM) que se encontram dentro da área de inundação.
A caracterização da ocupação do vale a jusante obriga, adicionalmente, à efectuação
de trabalho de campo para proceder à recolha de informação. Com efeito, um levantamento
porta a porta constitui um recurso que permite a recolha de informação “fresca”, essencial
para uma caracerização adequada. Neste processo é muito importante a participação de
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técnicos da protecção civil a nível local e das autarquias envolvidas na área de risco (que são
responsáveis pelo planeamento de emergência no vale a jusante e são, sem dúvida, os técnicos
mais familiarizados com a área de risco).
Actualmente, para a caracterização da ocupação do solo do vale a jusante da barragem
recorre-se, igualmente, às imagens disponibilizadas pelo software Google Earth (http://earth.
google.com/intl/pt/).
Em Portugal, outro dos instrumentos fundamentais para a caracterização do vale a
jusante são os dados estatísticos apurados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) através
dos recenseamentos gerais da população e da habitação (o último tendo sido realizado em
2011), publicados nos respectivos censos.
Uma vez feita a análise do risco é necessário efectuar a sua apreciação por forma a
verificar qual o nível do esforço a empreender na fase da mitigação do risco. De facto, a
apreciação do risco pode revelar-se uma acção algo subjectiva. Com efeito, muitas decisões são
tomadas com base na nossa própria percepção do risco. Guru Prem (1995) apresenta a definição
de risco subjectivo como constituindo a percepção que um dado indivíduo tem da ameaça
provocada pela eventual ocorrência de um evento negativo, sendo que este é influenciado
por:
• o grau de conhecimento individual do risco;
• a familiaridade com o risco;
• os factores psicológicos (percepção do risco);
• a severidade potencial das consequências;
• o grau de aversão ao risco.
Silva (2001) faz notar que diferentes graus de percepção ou de juízo de um determinado
risco geram atitudes, motivações, acções e comportamentos distintos; alguns comportamentos
mitigam o risco, outros podem mesmo aumentar a vulnerabilidade dos elementos em risco.
A apreciação do risco pode, assim, variar, assumindo um significado diferente, consoante
é concebida por especialistas ou por leigos, sejam eles o indivíduo comum ou a sociedade,
reunida em grupos sociais. As diferenças relativas à concepção do risco entre o leigo e o
especialista são grandes e não raras vezes entra em conflito a percepção do risco pelo público
com a apreciação do mesmo realizada pelos técnicos. Relativamente a este aspecto verifica-se
que existem basicamente duas escolas da sociologia:
• a que defende que apesar do leigo ter muitas vezes falta de informação sobre
determinados riscos, a sua conceptualização básica do risco é muito mais rica que a
dos especialistas e reflecte preocupações legítimas que muitas vezes são omitidas nas
apreciações técnicas do risco (Hartford, 1995);
• a que defende que só é possível comparar riscos que são calculados duma maneira
similar, afigurando-se como uma obrigação ética por parte das várias especialidades
a tarefa de desenvolver “métodos mais racionais” na definição do conceito do risco,
devendo-se assumir que existem muitos aspectos humanos que não podem ser
incorporados numa apreciação racional de riscos.
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Figura 2
Riscos associados a obras de engenharia durante o período de construção.
Fonte: Extraído de Salmon e Hartford, 1995).
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O risco social está relacionado com o número de perdas de vidas humanas que “aviva”
a consciência pública, por ser considerado excessivo; neste caso, considera-se o número total
de mortes (N) associado a um acidente que possa eventualmente ocorrer numa estrutura.
Diversas fontes desenvolvem critérios indicativos dos níveis de risco socialmente aceitáveis
para as diferentes indústrias perigosas, critérios esses que são normalmente quantificados
em termos do número de vítimas mortais por ano e por evento.
Existem critérios desenvolvidos especificamente para a apreciação dos níveis de risco
associados às barragens e que foram elaborados por organismos responsáveis pela segurança
das mesmas em países como a Austrália (o Australian National Committee on Large Dams
(ANCOLD)), o Canadá (a B.C.Hydro) e a África do Sul (o South Africa National Committee on
Large Dams (SANCOLD)). No que diz respeito ao risco social, por exemplo, um dos critérios com
maior divulgação a nível mundial foi o desenvolvido pelo ANCOLD, que adaptou um princípio,
inicialmente desenvolvido para quantificar o risco nos transportes, ao contexto da segurança
das barragens. A Figura 3 ilustra este último critério assim como o adoptado pela B.C. Hydro. A
análise desta Figura revela que a metodologia empregue baliza o risco entre dois valores: um
valor limite máximo de risco e um valor que se quer objectivo; entre estes dois valores é posta
a descoberto a zona associada a um nível de risco desejável. De uma forma prática, é possível
recuperar:
• um limite superior para o risco social (“risco máximo”), demarcado por uma linha
que assinala a fronteira a partir da qual o risco é considerado inaceitável porque
injustificado;
• um limite inferior para o nível de risco social (“risco óptimo”), demarcado por uma
linha que assinala a fronteira abaixo da qual o risco deixa de ser uma preocupação
legal, podendo ser considerado negligenciável;
• a zona ALARP situada entre os dois limites acima referidos e que corresponde à zona do
risco “tão reduzido quanto possível” (“risk as low as reasonably practicable”, segundo
a terminologia anglo-saxónica). É nesta zona que se devem implementar as medidas
de segurança (estruturais e não estruturais) de modo a reduzir o risco que deverá ser
restrito, tanto quanto possível, ao limite inferior.
De uma forma geral, procura-se que o valor de risco individual iguale o valor de
risco social, ou seja, tal como o propõe a B.C. Hydro: i) tolerar 10 vítimas mortais apenas
quando estas se encontram associadas à probabilidade de ocorrência de um acidente igual
a 10-5 (o que equivale a um risco de 10-4); ii) tolerar 100 vítimas mortais apenas quando
estas se encontram associadas à probabilidade de ocorrência de um acidente igual a 10-6 (o
que equivale a um risco de 10-4); iii) tolerar 1000 vítimas mortais apenas quando estas se
encontram associadas à menor probabilidade de ocorrência de um acidente de 10-7 (o que
equivale ao risco de 10-4).
Muitas legislações relativas à segurança de barragens adoptam como critério, a não
ultrapassagem de um valor de dez vítimas mortais como número expectável de vítimas
no vale a jusante de uma barragem. Nesta situação, e de acordo com o critério de risco
social aceitável de 10-4 vidas por ano e por barragem (ou seja, de acordo com o critério da
B.C.Hydro), a probabilidade de rotura de uma barragem deveria ser no máximo igual a 10-5
(ver Figura 3).
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Figura 3
Risco aceitável pela sociedade na eventualidade da rotura de uma barragem.
Fonte: Extraído de Salmon e Hartford, 1995).
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