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“As pessoas que vivem dentro dos limites dos conjuntos e se sentem
alheias e profundamente inseguras em relação à cidade do lado de fora
não poderão ajudar muito na eliminação das zonas de fronteira desertas
nos distritos, ou mesmo permitir um replanejamento que vise a
reintegração delas ao tecido do distrito”
(JACOBS, 1961, pg. 266)
A autora ainda aponta que as ruas do entorno precisam gerar mais
sensação de segurança a partir da diversidade e vitalidade urbana. Tais
parâmetros podem ser gerados a partir de uma maior integração entre espaço
público e privado. Jan Gehl em “Cidade para Pessoas” (2013) exemplifica tal
conceito, observando alguns mecanismos como o uso comercial integrado ao
residencial, muros menos opacos e mais visualmente integradores de espaços
paralelos, edificações mais baixas (a cidade ao nível dos olhos), dentre outros.
Finalizando o embasamento teórico sobre o impacto negativo que muros
altos e opacos podem gerar no espaço intraurbano, Vargas & Uriarte (2016)
apresentam os elementos de reforço físico (cercas, grades, portas seguras) como
itens que proporcionam ambientes mais seguros, entretanto, não
necessariamente proporcionam uma maior sensação de segurança. Os autores
ainda trazem em sua produção o documento Prevenção do Crime através do
Desenho Urbano - CPTED, que aponta estratégias capazes de influenciar as
decisões que precedem o ato criminoso.
Thayssa Neves
MsC., Arquiteta e Urbanista
Setor Engenharia e Infraestrutura
Núcleo de Arquitetura e Urbanismo
Secretaria de Educação
Prefeitura Municipal de Joinville (SC)
REFERÊNCIAS
JACOBS, Jane. Muerte y vida de las grandes ciudades. Capitán Swing Libros,
2020.