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Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas -

CETEC

Noções de Probabilidade

Profª Silvia Patrícia Santana


silpat@ufrb.edu.br
Noções de Probabilidade
A probabilidade permite utilizar as informações de uma
amostra para realizar inferências a respeito da
população.
Teoria da Probabilidade

 Tenta dar significado a experimentos tais que o


resultado não pode ser completamente pré-
determinado.

 É a parte da matemática que trata do estudo dos


fenômenos aleatórios através da construção de
modelos matemáticos que representam os
fenômenos.
Probabilidade

Modelos determinísticos
 As condições sob as quais o experimento é
executado, determinam o resultado do experimento.

Exemplo 1: Qualquer função matemática.

Modelos não-determinísticos ou probabilísticos


 São modelos que de antemão não é possível
explicitar ou definir um resultado particular.
Probabilidade

Seja a os resultados possíveis favoráveis a ocorrência


do evento A e b os resultados possíveis não
favoráveis a ocorrência do evento A, então a
probabilidade de A ocorrer é:

a
P( A) 
ab
Probabilidade

A probabilidade (frequência relativa ) é determinada


com base na proporção de vezes que ocorre um
resultado favorável em um certo número de
observações ou experimentos.
Probabilidade

Algumas definições:

Definição 1: Experimento aleatório – Não se pode


afirmar qual o resultado sairá antes da realização do
experimento.
Probabilidade

Exemplos:
E1: Retirar com ou sem reposição, bolas de uma urna
que contém 5 bolas brancas e 6 pretas;
E2: Contar o número de peças defeituosas da
produção diária da máquina A.
E3: Joga-se um dado e observa-se o número obtido na
face superior.
Probabilidade

A análise desses experimentos revela:

Cada experimento poderá ser repetido indefinidamente


sob as mesmas condições;

Não se conhece um particular valor do experimento “a


priori”, porém pode-se descrever todos os possíveis
resultados - as possibilidades;
Probabilidade

Definição 2: Para cada experimento  realizado


sob condições fixas, considere o espaço
amostral  (ou S) como sendo o conjunto de
todos os resultados possíveis de , o qual todo
resultado possível corresponde um, e somente
um, ponto de , e resultados distintos
correspondem a pontos distintos em .
Probabilidade
Exemplos:
E1: Lançamento de um dado e observação dos resultados.
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
E2: Joga-se uma moeda 4 vezes e o observa-se o número de
caras obtido.
 = {0, 1, 2, 3, 4 }
O espaço amostral pode ser classificado em:
Finito
Infinito
Enumeráveis
Não-enumeráveis
Probabilidade
Definição 3: Um evento A é um conjunto dos resultados
possíveis, ou ainda, é um subconjunto do espaço
amostral  (A ) e ainda,  é o evento certo e  o
evento impossível. Se w  , o evento {w} é dito
elementar ou simples.

Definição 4: Dados um evento A associado a um


experimento aleatório com espaço amostral 
equiprovável, a probabilidade do evento A, denota
por P(A) é o quociente
Probabilidade

P(A) =  A   
Um evento A ao qual é atribuído uma probabilidade 
evento aleatório.

Suponha agora que todo A seja associado um número


real P(A), chamado probabilidade de A, com as
seguintes propriedades (ou axiomas):
Probabilidade
Propriedades: Para qualquer evento A,

I) 0  P(A)  1;

II) P()= 0 e P()=1;

III) A probabilidade de união de eventos mutuamente


exclusivos, ou disjuntos, é a soma de sua
probabilidades;
P(A U B) = P(A) + P(B), pois que P (A B)=0;
Probabilidade
IV - Se A1, A2, ..., An , ... forem, dois a dois, eventos
mutuamente excludentes, então
( )= P(A1) + P(A2) + ... P(An)+...

V - P(A  B) = P(A) + P(B) – P (A  B) (Eventos


Quaisquer)

VI - Para AC (A complementar ou Não A), tem-se


P(AC) = 1- P(A)

VIII – Se A  B, então P(A)  P(B)


Probabilidade
• Exemplo1: Qual a probabilidade de obter um
número par no lançamento de um dado?
• A = número par = {2, 4, 6}
•  = {1,2,3,4,5,6}

• P(A) = 3
6
Probabilidade
• Exemplo2: Considere o quadro abaixo
referente à existência ou não de banheiro
ou sanitário nos domicílios baianos. Qual
a probabilidade de:
a) selecionar um domicílio aleatoriamente
na área urbana que não tenha banheiro
ou sanitário?
b) selecionar um domicílio aleatoriamente
na área rural que tenha banheiro ou
sanitário comum a mais de um domicílio?
Probabilidade
c) selecionar um domicílio aleatoriamente
que tenha banheiro ou sanitário de uso
exclusivo do domicílio, independente da
área.
Domicílios (em unidades) por ocorrência de banheiro ou sanitário. Bahia/2005
Banheiro ou sanitário urbano Rural Total
Não tinha 563.964 116.102 680.066
Tinha comum a mais de um 32.015 29.903 61.918
Tinha de uso exclusivo 3.091.888 2.400.473 5.492.361
Total 3.687.867 2.546.478 6.234.615
Fonte: IBGE/PNAD

Res: a) 0,09 ou 9,05%. b) 0,004 ou 0,48% c)


0,88 ou 88,09%
Probabilidade
• Exemplo3: A origem da água dos
domicílios de uma rua com 35 residências
é adequada (rede pública) em 25 delas, e
inadequada (outra origem) em 10 delas.
Cinco domicílios serão sorteados
aleatoriamente para inspeção da água.
Qual a probabilidade de:
a) quatro domicílios terem água de origem
adequada;
b) dois domicílios terem água de origem
inadequada;
Probabilidade
A= quatro domicílios terem água de origem
adequada
 25 10 
  
P(A) =  4 1   12650 x10  126500  0,39
 35  324632 324632
 
5

• A probabilidade de selecionar um
domicílio quatro domicílios com água de
origem adequada é de aprox. 39%.
Freqüência Relativa
As limitações da definição clássica de
probabilidade, que só se aplica a espaços
amostrais finitos e equiprováveis, levaram a
considerar outra forma de calcular probabilidade
de um evento partindo da freqüência relativa do
evento ao se repetir o experimento, n vezes, sob
as mesmas condições.
Freqüência Relativa

Em linguagem matemática, quando n cresce, o


limite da freqüência relativa de ocorrência de A
é igual a P(A), isto é,

# de repetições que A ocorre


lim f n ( A)  lim  P(A)
n  n  n
Freqüência Relativa
• Exemplo: Suponha que um experimento de lançar 20
vezes uma moeda foi realizado para observar o
número de caras. A cada lançamento vamos
considerar o número de caras que até então
ocorreram (na) dividido pelo número de
lançamentos (n), ou seja. a freqüência relativa de
caras.
• Suponha o seguinte resultado: 1, 0, 1, 1, 0, 0, 0, 1, 0,
0, 1, ...
• E as freqüências relativas serão:1, 1/2, 2/3, ¾, 3/5,
3/6, 3/7, 4/8, 4/9, ...
Graficamente:
L
ançame nt
o ss
uce s
siv
o sdeuma m oeda
N
úme
roder
e p
etiç
õ esver
s u
sfr
e qü
ênciar
e la
tiv
a d
e c
aras
1
,0

0
,9

0
,8

0
,7

0
,6

0
,5
Freqüência

0
,4

0
,3

0
,2

0
,1

0
,0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 1
0 1
1 1
2 1
3 1
4 1
5 1
6 1
7 1
8 1
9 2
0

Observa-se que medida que aumenta o número de


lançamentos, a freqüência relativa se aproxima de 0,5. Em
linguagem matemática dizemos que a freqüência relativa
“converge” para 0,5.

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