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Centro de Ciências Exatas e

Tecnológicas - CETEC

Introdução à Teoria da
Confiabilidade
Profª Silvia Patrícia Santana
silpat@ufrb.edu.br
Introdução à Confiabilidade
• Considere que um determinado componente
eletrônico será submetido a condições de
esforço e observado desde o instante inicial (t =
0) até que pare de funcionar.
• A duração até falhar ou duração da vida pode
ser considerada como uma variável aleatória
contínua. T com alguma função de densidade
de probabilidade f(t).
Introdução à Confiabilidade
• Definição1: A confiabilidade de um componente
na época t, denotada por R(t), é definida como
R(t )  P(T  t ) , onde T é a duração da vida do
componente. R é denominada função de
confiabilidade.

• Esta definição afirma que a confiabilidade num


instante t de um componente é igual a
probabilidade de que o componente não falhe
durante o intervalo [0, t].
Introdução à Confiabilidade
• Definição 2: “A confiabilidade de um sistema
pode ser definida como a probabilidade de se
conseguir um desempenho adequado por um
período específico de tempo, sob determinadas
condições. Em termos de desempenho de uma
estação de tratamento, a confiabilidade pode
ser entendida como a porcentagem de tempo
em que se conseguem as concentrações
esperadas no efluente para cumprir com os
padrões de lançamento.
Introdução à Confiabilidade
• Assim, uma ETE será completamente confiável
se não houver falha no desempenho, ou seja,
se não houver violação dos limites preconizados
pelas legislações ambientais. A falha do
processo de tratamento ocorrerá sempre que o
padrão de lançamento for excedido.” [3]
• Em termos da função densidade de T, temos:

R(t )   f ( s)ds
t

• E em termos da função de distribuição


acumulada temos: R(t )  1  P(T  t )  1  F (t )
Introdução à Confiabilidade
. 1. Lei de falha exponencial

• A propriedade de falha de memória é


característica da distribuição exponencial. A
hipótese subjacente para a utilização deste
modelo de falhas é, portanto, de que não haja
desgaste do componente ou peça. Isto significa
que mesmo depois que a peça estiver em uso
sua probabilidade de falhar não se altera com o
passar do tempo.
Introdução à Confiabilidade
• Uma conseqüência desta suposição é que a
função de densidade associada à duração até
falhar T, será dada por:

 e  t , t  0;

f (t )  
0, caso contrário

Introdução à Confiabilidade
• Exemplo1: Seja um componente eletrônico que
segue a lei de falhas exponencial. Dados os
parâmetros α = 0,01 e R(t) = 0,90, então o valor
de t, número de horas é:

R(t )  1  P(T  t )  1  F (t )
0,90 = e-0,01t → t = 10,54 h
• Se cada um de 100 desses componentes estiver
operando durante 10,54 h, aproximadamente 90
não falharão durante aquele período.
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• 2. Lei de falha Weibull
• Sempre que o sistema for composto de vários
componentes e a falha seja devida a mais grave
imperfeição ou irregularidade dentre um grande
número de imperfeições do sistema, a
distribuição de Weibull representa um modelo
adequado para uma lei de falhas.
• Seja T o tempo até a falha de um componente,
com função densidade dada por:
  1 t 
f (t )  ( )t e , t  0;   0 e   0
Introdução à Confiabilidade

• A função de confiabilidade R é dada por

 t 
• R(t )  e , que é uma função decrescente de t.
Introdução à Confiabilidade
• Exemplo: Dois dispositivos eletrônicos com lei
de falhas Weibull, com parâmetros
respectivamente ,
2 3
 1   1 
1    , 1  2;  2    , 2  3
 1000   1200 
são ligados em paralelo formando um único
sistema com funcionamento independente.
Determine:
a) a confiabilidade de cada um dos dispositivos
após 1000 h.
b) a confiabilidade do sistema.
Introdução à Confiabilidade
2
 1 
  (1000)
2
 1000 
a) R1 (t )  e  e 1  0,3679

3
 1 
  (1000)
3
5
3
 1200   
R2 (t )  e e 6
 0,5606

5
3
  5 3 

  e .e  6  

   
1 1
b) R (t )  e e 6
  0,7223
 
 

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