O documento discute as normas éticas e legais referentes à publicidade médica no Brasil. De acordo com o CFM, a publicidade médica deve ser sóbria, discreta e elegante, e não pode ser exercida como comércio. Além disso, a resolução do CFM de 2011 proíbe anúncios que promovam sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal entre médicos.
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O documento discute as normas éticas e legais referentes à publicidade médica no Brasil. De acordo com o CFM, a publicidade médica deve ser sóbria, discreta e elegante, e não pode ser exercida como comércio. Além disso, a resolução do CFM de 2011 proíbe anúncios que promovam sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal entre médicos.
O documento discute as normas éticas e legais referentes à publicidade médica no Brasil. De acordo com o CFM, a publicidade médica deve ser sóbria, discreta e elegante, e não pode ser exercida como comércio. Além disso, a resolução do CFM de 2011 proíbe anúncios que promovam sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal entre médicos.
ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PUBLICIDADE MÉDICA ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DA PUBLICIDADE MÉDICA PUBLICIDADE MÉDICA O CFM reconhece o direito do médico de divulgar a prestação de serviços, sua qualificação técnica, titulação e endereço de trabalho. A propaganda deve ser sóbria, discreta e elegante. A medicina não pode ser exercida como comércio. Os valores cobrados não podem ser expostos como forma de atrair clientela. O médico tem direito a fazer propaganda epistolar (por carta) desde que tenha um destinatário definido. DECRETO LEI Nº 4.113 (1942) É proibido ao médico anunciar: a) Cura de doenças para as quais não haja tratamento específico. b) Exercício simultâneo de mais de duas especialidades. c) Consultas por meio de correspondência, impressa, rádio ou processos análogos. DECRETO LEI Nº 4.113 (1942) d) Exercício de especialidade não reconhecida. e) Prestação de serviços gratuitos em clínica privada. f) Sistematicamente, agradecimentos manifestados pelos clientes. g) Métodos de tratamento não consagrados pela prática corrente ou que não tenham tido a sanção das sociedades médicas. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA É vedado ao médico: Art. 111: Permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer meio de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da coletividade. Art. 112: Divulgar informação sobre assunto médico de forma sensacionalista, promocional ou de conteúdo inverídico. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Art. 113: Divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja expressamente reconhecido cientificamente por órgão competente. Art. 114: Consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa. Art. 115: Anunciar títulos científicos que não possa comprovar e especialidade ou área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado no CRM. CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA Art. 116: Participar de anúncios de empresas comerciais qualquer que seja a sua natureza, valendo- se de sua profissão. Art. 117: Apresentar como originais quaisquer ideias, descobertas ou ilustrações que na realidade não o sejam. Art.118: Deixar de incluir em anúncios profissionais de qualquer ordem, o seu número de inscrição no CRM. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011. Anúncio é a comunicação ao público, por qualquer meio de divulgação de atividade profissional de iniciativa, participação e/ou anuência do médico. Os anúncios médicos devem conter: o nome do profissional, sua especialidade e área de atuação (com registro no CRM) e seu número de inscrição no CRM. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011. É vedado ao médico: Anunciar que trata de sistemas orgânicos, órgãos e doenças específicas (confusão com divulgação de especialidade). Anunciar a utilização de técnicas exclusivas. Anunciar aparelhos de forma que atribua capacidade privilegiada. Participar de anúncios de empresas ou produtos ligados à medicina. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011. Permitir que seu nome circule em qualquer mídia, inclusive na internet, em matérias desprovidas de rigor científico. Fazer propaganda de método ou técnica não aprovados pela comunidade científica. Expor a figura de seu paciente como forma de divulgar técnica, método ou resultado de tratamento, mesmo com sua autorização, exceto na apresentação de trabalho em evento científico. Apresentar nome, imagem e/ou voz de celebridade, afirmando ou sugerindo que utiliza o serviço ou recomenda o seu uso. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011. Oferecer seus serviços através de consórcio, sorteios ou similares. Oferecer consultoria à pacientes em substituição da consulta médica presencial. Garantir, prometer ou insinuar bons resultados do tratamento. Permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares (“médico do ano”, “destaque na medicina”). Incluir imagens de pessoas em uso do serviço ou apresentando eventuais resultados. Usar linguagem direta ou indireta relacionando o uso do serviço ao desempenho físico, intelectual, emocional, sexual ou à beleza de uma pessoa. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011. Nos anúncios de hospitais, clínicas, casas de saúde e de outras entidades de prestação de serviços médicos deverá constar o nome do diretor técnico e seu número de inscrição no CRM. Nas placas externas e internas devem constar o nome do médico, sua especialidade e o número de registro no CRM. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011.
O médico poderá utilizar meios
de divulgação leiga para prestar informações sobre assuntos médicos com finalidade estritamente educativa. Durante a prestação dessas informações, o médico deve evitar a autopromoção e o sensacionalismo. Caso o médico não concorde com o teor de matéria jornalística a ele atribuída, deverá enviar ofício retificador ao órgão de imprensa e ao CRM. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011. Entende-se como autopromoção declarações que procurem atrair clientela, fazer concorrência desleal, pleitear exclusividade de métodos diagnósticos e terapêuticos, auferir lucros e divulgar o endereço e telefone do consultório ou clínica privada. RESOLUÇÃO DO CFM Nº1.974/2011 Entende-se por sensacionalismo a divulgação publicitária de procedimentos, mesmo consagrados, de forma exagerada, fugindo de conceitos técnicos para individualizar e priorizar a sua atuação, divulgar métodos e técnicas que não tenham reconhecimento científico, adulterar dados estatísticos para se beneficiar ou a instituição que representa, apresentar em público procedimentos que devem limitar- se ao ambiente médico, veicular publicamente informações que tragam intranqüilidade à população, usar de forma abusiva, enganosa ou sedutora representações visuais e informações que possam induzir a promessas de resultados. COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO DE ASSUNTOS MÉDICOS (CODAME) Comissão criada pelo CRM, com pelo menos 3 membros. Emitir pareceres sobre consultas formuladas a respeito de publicidade médica. Convocar médicos e empresas para prestar esclarecimentos, quando do descumprimento das normas que regulamentam a matéria. Propor instauração de sindicâncias (A diretoria do CRM pode acatar ou não essa proposição. É um órgão consultivo e não, deliberativo). Fiscalizar anúncios de assuntos médicos divulgados pela imprensa leiga. RESOLUÇÃO DO CFM Nº2.126/2015 Proibição aos médicos, inclusive lideranças de entidades da categoria, de participarem de anúncios de empresas comerciais ou de seus produtos, qualquer que seja sua natureza. Antes esta limitação contemplava produtos como medicamentos, equipamentos e serviços de saúde. Com o ajuste, se estende a outros, como gêneros alimentícios e artigos de higiene e limpeza, entre outros. Veda aos profissionais de fazerem propaganda de métodos ou técnicas não reconhecidas como válidos pelo Conselho Federal de Medicina, conforme prevê a Lei nº 12.842/13, em seu artigo 7º, que atribui à autarquia o papel de definir o que é experimental e o que é aceito para a prática médica. É o caso de práticas, como a carboxiterapia ou a ozonioterapia, que ainda não possuem reconhecimento científico. Os médicos estão proibidos de divulgar auto-retratos (selfies), bem como imagens e/ou áudios que caracterizem sensacionalismo, autopromoção ou concorrência desleal. Nas mídias sociais (sites, blogs e canais no facebook, twitter, instagram, youtube, whatsapp e similares), como já havia sido determinado pela Resolução CFM nº 1974/2011, continua sendo vedado ao médico anunciar especialidade/área de atuação não reconhecida ou especialidade/área de atuação para a qual não esteja qualificado e registrado junto aos Conselhos de Medicina. ÉTICA NAS MÍDIAS SOCIAIS O QUE PODE 1 – Publicar foto com seus professores/preceptores; 2 – Publicar foto com seus grupos de trabalho/equipe médica; 3 – Publicar, de forma comedida, que participou de cursos/congressos, desde que possa comprovar; 4 – Publicar que é médico, seu número de CRM, sua especialidade e seu RQE (Registro de qualificação de Especialista), desde que registrados no Conselho de sua jurisdição; 5 – Publicar seu endereço de consultório/clínica, desde que não em matérias científicas e de esclarecimentos da coletividade; 6 – Publicar que realiza procedimentos, desde que reconhecidos cientificamente e ligados à sua especialidade; 7 – Orientar seu paciente, desde que tenha conhecimento de causa, preservando sempre o sigilo (sem participação em grupo) e, se necessário for, assim que puder, examinar o paciente, presencialmente, ou encaminhá-lo para um serviço médico; 8 – Divulgar os convênios que atende; 9 – Participar de discussão de casos clínicos em grupos exclusivos de médicos; 10 – Fazer orientações gerais sobre doenças, sem no entanto prescrever ou direcionar suas informações a casos detectáveis. ÉTICA NAS MÍDIAS SOCIAIS O QUE NÃO PODE 1 – Publicar foto de seu paciente ou em conjunto com o mesmo, fazendo referência a esse vínculo (quebra de sigilo); 2 – Publicar foto de “antes e depois”. (promessa de resultado); 3 – Publicar foto de paciente na sala cirúrgica, relatando o que vai realizar ou o que acabou de realizar (quebra de sigilo/autopromoção/concorrência desleal); 4 – Publicar que não existem complicações em seus procedimentos ou que todos os seus pacientes estão satisfeitos (promessa de resultado/sensacionalismo/autopromoção/concorrência desleal); 5 – Publicar figuras de modelos ou artistas, vinculando-os ao nome do médico ou à sua clínica (autopromoção/sensacionalismo/quebra de sigilo); 6 – Publicar ou insinuar vínculos com empresas, equipamentos e medicamentos (comércio/interação); 7 – Publicar elogios e agradecimentos, reiterados, por parte de terceiros (autopromoção/concorrência desleal/quebra de sigilo); 8 – Publicar preços de procedimentos e formas de pagamento, assim como oferecer prêmios, consultas ou avaliações gratuitas (comércio/concorrência desleal); 9 – Publicar prêmio que não tenha valor científico, como: “o melhor médico”, “o médico em destaque” e similares (autopromoção/concorrência desleal); 10 – Publicar fotos com o recém-nascido e seus familiares (autopromoção/quebra de sigilo).