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Tete, Maio de 2023
Tete, Maio de 2023
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ÍNDICE
CAPÍTULO I ............................................................................................................................. 3
1.2 OBJECTIVOS...................................................................................................................... 3
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CAPÍTULO I
1.1 INTRODUÇÃO
A Didáctica, como outras disciplinas, não caminha isolada no campo dos conhecimentos
científicos. Este trabalho traz uma abordagem que evidencia o tema: Pedagogia e os
fundamentos humanos da didáctica. Apresentamos este trabalho de forma a esclarecer em
que áreas épossível encontrar a presença da Didáctica. Portanto o texto expõe a que se propõe
a didáctica principalmente quando seu objecto de estudo é o ensino. A leitura deste trabalho
proporciona também o esclarecimento da intrínseca relação que há entre a Didáctica e as
ciências.
O trabalho tem como objectivo geral “compreender o conteúdo Pedagogia e os fundamentos
humanos da didáctica”. Para o alcance do objectivo traçado, apresentamos o conceito da
didáctica e mostramos as influências das outras ciências na didáctica e esta nessas outras
ciências. No que tange a organização, é de salientar que o trabalho está estruturado em três
partes essenciais, a saber: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.
1.2 OBJECTIVOS
1.2.1 Geral:
▪ Compreender o conteúdo Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica.
1.2.2 Específicos:
▪ Explicar os termos Pedagogia e Didáctica;
▪ Relatar o processo de ensino-aprendizagem quanto a origem e desenvolvimento
histórico ;
▪ Qualificar o processo de ensino-aprendizagem;
▪ Revelar as funções didácticas.
1.3 METODOLOGIA
O trabalho resulta de uma consulta de obras e artigos que versam sobre o tema e, todas as obras
estão devidamente mencionadas na última página deste trabalho.
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CAPÍTULO II – MARCO TEÓRICO
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esclarecem e se particularizam sob caracteristicas comuns, básica, da actividade pedagógica e,
em particular, do processo de ensino aprendizagem.
Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica. Ela engloba um
conjunto de conhecimentos que entrelanaçam contribuições de diferentes esferas científicas
(teoria de educação, teoria do conhecmento, psicologia, sociologia, etc), junto com requisitos
de operacionalização.
Noutros termos, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo
social, no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a
formação dos individuos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida
em sociedade. Quando falamos das finalidades da educação no seio de uma determinada
sociedade, queremos dizer que o entendimento dos objectivos, conteúdos e métodos da
educação se modifica conforme as concepções de homem em sociedade que, em cada contexto
económico e social de um momento da história humana, caracterizam o modo de pensar, de
agir e os interesses das classes e grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção
da direcção do processo educativo subordinado a uma concepção politicosocial.
A didáctica é uma das disciplinas da pedagogia que estuda o processo de ensino através dos
seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o
ambasamento numa teoria da educação, formular directrizes orientadoras da actividade
profissional dos professores.
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A Psicologia indica a Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem a
efectivação da aprendizagem.
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▪ Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem desenvolver a
solidariedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter
social da sua actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo.
▪ Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.
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A sociedade humana, ao longo dos anos, criou a instituição escolar por entendê-la como um
meio pelo qual são assegurados os valores, os saberes, as crenças e as tradições de sua cultura
de forma sistemática.
A educação escolar, portanto, dependendo da compreensão de mundo e de homem, pode
desenvolver ações educativas mantenedoras ou transformadoras da sociedade.
Pedagogia:o termo vem do grego (pais, paidós = criança; agein = conduzir; logos = tratado,
ciência), significa “conduzir o aprendiz”.
Porém, constitui-se em um estudo sistemático sobre a educação, com direcionamento para agir.
Uma concepção pedagógica é um conjunto de princípios e diretrizes que orientam a ação
educativa.
SMOLER (2007), salienta que seu objecto de estudo é a prática educativa como ponto central
de referência de sua investigação e consequentes direções teórico-práticas.
A DIDÁTICA tem a sua origem na língua grega, significando “fazer aprender”, “instruir”,
“ensinar”. A Didática, por muitos anos, foi compreendida como um conjunto de procedimentos
técnicos cujo objectivo principal era o de garantir o bom ensino, técnicas pedagógicas
eficientes e bem conduzidas produziam a eficácia educativa.
Actualmente, sabe-se que a Didática tem como objectivo os processos de ensino e de apren-
dizagem, ultrapassando a técnica, sendo um meio de compreensão crítica da educação e dos
processos de ensino e de aprendizagem, SMOLER (2007).
A Didática, em termos técnicos e práticos, possui um conteúdo implícito, uma concepção de
sociedade, de homem e de educação.
Nesse sentido, vamos distinguir, nessa disciplina, as diferenças e implicações teórico - práticas
entre a visão da didática como uma simples aplicação de técnicas ou como uma compreensão
crítica dos processos de ensino e de aprendizagem, tendo o professor como um mediador no
processo didático de ensino e de aprendizagem.
As reflexões sobre educação, a escola como instituição social, os procedimentos pedagógicos,
a avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem do aluno e outros aspectos que dizem
respeito ao ato educativo são tratados pela Didática de forma crítica e comprometida com a
formação da CIDADANIA e com o modo de aquisição do CONHECIMENTO. Com a
preocupação de enfatizar a importância desses dois processos na educação, a DIDÁTICA
compromete-se com a reflexão dos caminhos que levam à construção do conhecimento em
todas as áreas do currículo escolar.
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O ser humano apreende a realidade do mundo ao seu redor num processo que se realiza em
variadas situações contextualizadas, participativas e, sobretudo, culturais.
É importante para o educador reflectir sobre o processo de aquisição do conhecimento no
sentido de auxiliar a mediação entre o aluno (sujeito) e o que ele aprende (objeto de conhe-
cimento), (DELORS, 2003).
O professor não é um simples executor das prescrições do currículo. O professor tem um papel
muito mais importante que o de simplesmente transmitir conhecimentos aos seus alunos. Nesse
sentido, o professor tem o papel de mediar, porque ele está no meio, como um agente de ligação
entre o conhecimento e os aprendentes. Assim, o professor deve interpretar como um agente
de ligação entre o currículo e os alunos.
A concepção que o professor tem do conhecimento e os valores que ele julga importante
trabalhar constituem as bases da prática pedagógica. Esta se concretiza nas relações que
ocorrem nos espaços pedagógicos. Os espaços pedagógicos, como você sabe, são aqueles em
que as pessoas estabelecem relação com o conhecimento. A escola é um deles, mas, na atu-
alidade, há outros espaços como os espaços virtuais, pelo qual você vai estabelecer interati-
vidade com o conhecimento.
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▪ A aprendizagem é um processo resultante do cruzamento da rede de saberes construídos
(prévios) pelos alunos, saberes sociais de referências e saberes escolares.
▪ A habilidade de aprender a aprender e a pensar é possibilitada ao aluno através da
INVESTIGAÇÃO. Os desafios devem provocar questionamentos e modificação dos
esquemas prévios, ou seja, na maneira de ver, interpretar e atuar no mundo.
▪ A Professor e estudantes se consideram como pessoas e não, como papéis; hipóteses e
pensamento divergentes fazem parte do processo criativo; o professor é também aluno,
aprendiz dos estudantes.
Para PILLETI (2004), cada Função Didáctica da aula reflecte as regularidades do PEA, e
proposto o tempo da sua duração, conteúdo, método dominante, conjunto de meios e formas
de ensino a utilizar inclusive as actividades concretas dos alunos.
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As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realizam isoladamente, sobrepondo-se uma
das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmente uma Função Didáctica abre o
caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra,
assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma e tal totalidade
reflecte as relações específicas de cada Função Didáctica com a outra de maneira recíproca.
A realização de uma aula ou conjunto de aulas requer uma estruturação didáctica, isto é, etapas
ou passos mais ou menos constantes que estabelecem a sequência do ensino de acordo com a
matéria ensinada, características do grupo de alunos e de cada aluno e situações didácticas
específicas.
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estabelecimento de relação causa-efeito, os problemas atinentes ao tema vão-se encaminhando
para se tronarem também problemas para os alunos em suas vidas práticas.
Para isso é necessario:
c) Criar ou obter uma atmosfera propícia para a aprendizagem;
d) Dar informações sobre o conteúdo da aula;
e) Orientar para os objectvos em vista;
f) Procurar curiosidade;
g) Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem recursos ao medo, ao castigo,
mas sim com base na persuação e envolvimento dos alunos na aula que (vai) iniciar (iniciou).
Conseguir o interesse e a atenção dos alunos: se os alunos não estiverem interessados, não
estiverem atentos, então, não há aprendizagem.
Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no PEA, é fundamental:
▪ A orientação para objectivos concretos atingiveis pelos alunos, que se encontrem na
zona de desenvolvimento próximo.
▪ A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo professor), da turma e de cada
aluno.
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O sujeito quando passa por novas experiências, vendo e ouvindo, tenta adaptar esses novos
estímulos às estruturas cognitivas que já possui até aquele momento, ocorrendo a incorporação,
o entendimento desta situação, sem necessariamente implicar modificação interior nas
concepções de nossos esquemas cognitivos.
WADSWORTH (1996), afirma que assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pesssoa
integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas
prévias.
A Mediação e Assimilação consiste em novas matérias. É o trabalho do professor de viabilizar
a relação activa do aluno com a material de estudo, através de objectivos, conteúdos, métodos
e formas organizativas do ensino. É a acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve o diálogo e no fim faz a síntese.
Mediação facilita o processo da assimilação dos conteúdos. Os alunos orientam-se para o
conteúdo e este, por sua vez torna-se um condicionante para a actividade de aprendizagem e,
assim sendo a atenção do professor centra-se no aluno e nos conteúdos.
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A etapa do Controlo e Avaliação está presente em todo o PEA e forma simultaneamente
conclusão das unidades do ensino.
LIBÂNEO (1994), sustenta que para o professor poder dirigir efectivamente o PEA deve
conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da mtéria.
Este controlo vai consistir também em acompanhar o PEA avaliando-se as actividades do
professor e do aluno em função dos objectivos definidos.
A avaliação como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que visa
verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de modo a
se decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.
PILLETI (2004), denomina-se de avaliação ao conjunto de instrumentos com a finalidade de
medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno, desta maneira, ela
não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar as mudanças de
comportamentos.
O Controlo e avaliação da aprendizagem dos alunos caracteriza-se por ser simultaneamente
meio didáctico e meio pedagógico. A avaliação é um meio didáctico e pedagógico por causa
das suas finalidades.
Portanto, a avaliação é:
1. Meio didáctico, isto é, de condução do PEA pelo professor para:
▪ Comparar o decorrer e os resultados da aprendizagem com os objectivos pretendidos;
▪ Avaliar o nível de aprendizagem atingido;
▪ Analisar problemas e possibilidades de desenvolvimento;
▪ Decidir sobre a continuação do processo.
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▪ Avaliação formativa;
▪ Avaliação sumativa.
CAPÍTULO III
3.1 CONCLUSÃO
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Por meio das abordagens, nos foi possível perceber de maneira diversificada os conteúdos
embasados neste trabalho e, quanto a isso, é necessário mudar o modo como ensinamos e como
pensamos sobre a educação. Nossa relação com o meio educacional deve pensar numa
educação plural, uma educação que valorize os conhecimentos dos alunos, que favoreça e foque
no seu aprendizado.
Cada aluno é único, cada um tem sua forma de aprender, cabe ao professor ter um bom
planejamento. Ensinar não é uma tarefa fácil, é um desafio a ser enfrentado constantemente.
No entanto, não há uma forma única de realizar explicações sobre os conteúdos, estar sempre
se reinventando, buscando soluções inovadoras e relacionando com o cotidiano dos alunos.
Modificar o ensino tradicional é uma barreira que precisa ser rompida com urgência em nossas
escolas. É necessário recriar o modelo de ensino. Devemos pensar na educação que queremos
ter no futuro e executá-la o quanto antes, a começar pelos dias actuais.
Para garantir o sucesso da aprendizagem é necessário o rompimento das fronteiras, sem
diferenciar o ensino para cada aluno. O que garantirá o bom desempenho será a exploração dos
conhecimentos de cada aluno. Nesse sentido, o professor deve estar preparado para uma nova
forma de ensino, que vise a aprendizagem dos alunos.
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DELORS, J. (2003). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório da UNESCO. São Paulo:
Cortez.
GIL, A. C. (199). Metodologia do Ensino Superior. 3ª Edição. São Paulo: Atlas.
GOLIAS, M. (1999). Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo.
LIBANEO, J. (1992). Didáctica; Cortez editora; SP.
LIBÂNEO, J. C. (1994). A avaliação escolar. São Paulo: Cortez.
PILETTI, C. (1990). Didáctica; Cortez editora; SP.
PILETTI, C. (2007). Didáctica. Cortez editora. São Paulo.
SMOLER, K. C. S. (2007). Aprendizagem Significativa: o lugar do conhecimento e da
inteligência. Revista Construir Notícias, n.34, Ano 06, Recife, maio/jun.
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