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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: “Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica”.

Nome do estudante: Domingos Alverino Micael. Código: 708235853.

Docente: Eugénio Alberto Bread.

Curso: Licenciatura em Ensino da Língua portuesa

Disciplina: Didáctica Geral

Ano de frequência: 1º Ano

Tete, Maio de 2023

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ÍNDICE

CAPÍTULO I ............................................................................................................................. 3

1.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3

1.2 OBJECTIVOS...................................................................................................................... 3

1.3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 3

CAPÍTULO II – MARCO TEÓRICO ....................................................................................... 4

2.1 CONCEITO DE DIDÁCTICA ............................................................................................ 4

2.1.1 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM PEDAGOGIA ......................................... 4

2.1.2 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM AS DIDÁCTICAS ESPECIAIS ............. 5

2.2 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM OUTRAS CIÊNCIAS ................................ 5

2.3 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO PROCESSO ENSINO-


APRENDIZAGEM .................................................................................................................... 7

2.3.1 CONSEQUÊNCIAS PEDAGÓGICAS ............................................................................ 9

2.4 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM .................... 10

2.5 ESTRUTURA DA AULA – FUNÇÕES DIDÁCTICAS .................................................. 10

2.5.1 PRINCIPAIS FUNÇÕES DIDÁCTICAS ...................................................................... 11

CAPÍTULO III ......................................................................................................................... 15

3.1 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 15

3.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................... 16

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CAPÍTULO I

1.1 INTRODUÇÃO

A Didáctica, como outras disciplinas, não caminha isolada no campo dos conhecimentos
científicos. Este trabalho traz uma abordagem que evidencia o tema: Pedagogia e os
fundamentos humanos da didáctica. Apresentamos este trabalho de forma a esclarecer em
que áreas épossível encontrar a presença da Didáctica. Portanto o texto expõe a que se propõe
a didáctica principalmente quando seu objecto de estudo é o ensino. A leitura deste trabalho
proporciona também o esclarecimento da intrínseca relação que há entre a Didáctica e as
ciências.
O trabalho tem como objectivo geral “compreender o conteúdo Pedagogia e os fundamentos
humanos da didáctica”. Para o alcance do objectivo traçado, apresentamos o conceito da
didáctica e mostramos as influências das outras ciências na didáctica e esta nessas outras
ciências. No que tange a organização, é de salientar que o trabalho está estruturado em três
partes essenciais, a saber: a introdução, o desenvolvimento e a conclusão.

1.2 OBJECTIVOS
1.2.1 Geral:
▪ Compreender o conteúdo Pedagogia e os fundamentos humanos da didáctica.
1.2.2 Específicos:
▪ Explicar os termos Pedagogia e Didáctica;
▪ Relatar o processo de ensino-aprendizagem quanto a origem e desenvolvimento
histórico ;
▪ Qualificar o processo de ensino-aprendizagem;
▪ Revelar as funções didácticas.

1.3 METODOLOGIA
O trabalho resulta de uma consulta de obras e artigos que versam sobre o tema e, todas as obras
estão devidamente mencionadas na última página deste trabalho.

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CAPÍTULO II – MARCO TEÓRICO

2.1 CONCEITO DE DIDÁCTICA


A Didáctica é o principal ramo de estudos da Pedagogia.
De acordo com CANDAU (1996), “a Didáctica investiga os fundamentos, condições e modos
de realização da instrução e do ensino”, (p.27).
Cabe a Didáctica converter objectivos sócio-políticos e pedagógicos em objectivos de ensino,
seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos, estabelecer os vínculos entre
ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos.
Ao abordar a Didáctica, GIL (1997), entende esta como (...) “a sistematização e racionalização
do ensino, constituída de métodos e técnicas de ensino de que se vale o professor para efectivar
a sua intervenção no comportamento do estudante”, (p.109).
Portanto, a Didáctica trata duma ciência pedagógica, sendo por isso que mantém relação com
a pedagogia. Mas também pelas experiências e/ou observações que devido a complexidade do
Processo de Ensino-Aprendizagem, de um lado e, por outro, tende em conta ao carácter
interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didáctica mantém relações com outras
ciências.
A “Didáctica Geral busca em outras ciências os conhecimentos teóricos e práticos que
concorrem para o esclarecimento do seu objecto, o fenómeno educativo”, (cf. PILETTI, 2007,
p.103).
As ciências referidas na citação acima são: a Filosofia da Educação, Sociologia da Educação,
Psicologia da Educação, Biologia da Educação, e outras, como veremos a seguir.

2.1.1 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM PEDAGOGIA


Na visão de GOLIAS (1999):
a dependência da didáctica em relação a pedagogia se verifica na
impossibilidade de se especificar objectivos da instrução, das matérias
e dos métodos, fora de uma concepção do mundo de uma opção
metodológica geral e uma concepção de práxis pedagógica, uma vez
que essas tarefas pertencem ao campo pedagógico, (p.119).

É afirmativo que a finalidade imediata do processo didáctico é o ensino de determinadas


matérias e de habilidades cognitivas conexas; todavia por se tratar de materiais ou temas de
ensino, implicando, portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe objectivos e tarefas mais
amplas determinadas social e pedagogicamente. Daí considera-se a didáctica como disciplina
de intersecção entre a teoria educacional e as metodologias específicas das matérias que se

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esclarecem e se particularizam sob caracteristicas comuns, básica, da actividade pedagógica e,
em particular, do processo de ensino aprendizagem.
Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica. Ela engloba um
conjunto de conhecimentos que entrelanaçam contribuições de diferentes esferas científicas
(teoria de educação, teoria do conhecmento, psicologia, sociologia, etc), junto com requisitos
de operacionalização.
Noutros termos, a pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo
social, no seio de uma determinada sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a
formação dos individuos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida
em sociedade. Quando falamos das finalidades da educação no seio de uma determinada
sociedade, queremos dizer que o entendimento dos objectivos, conteúdos e métodos da
educação se modifica conforme as concepções de homem em sociedade que, em cada contexto
económico e social de um momento da história humana, caracterizam o modo de pensar, de
agir e os interesses das classes e grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção
da direcção do processo educativo subordinado a uma concepção politicosocial.
A didáctica é uma das disciplinas da pedagogia que estuda o processo de ensino através dos
seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem para, com o
ambasamento numa teoria da educação, formular directrizes orientadoras da actividade
profissional dos professores.

2.1.2 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM AS DIDÁCTICAS ESPECIAIS


A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou seja, Metodologias de
Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática, linguas, etc). De facto, as metodologias das
diferentes disciplinas analisam as questões de ensino de uma determinada disciplina, enquanto
a Didáctica Geral tem um objecto de natureza geral: Se abstrai das particularidades das distintas
disciplinas e generaliza as manifestações e leis especiais do ensino e aprendizagem nas
diferentes disciplinas e formas de ensino.
Assim, as Didácticas ou Metodologias especificas são uma base importante para a Didáctica
Geral, e esta, por sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino das disciplinas
específicas.

2.2 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM OUTRAS CIÊNCIAS

2.2.1 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM PSICOLOGIA

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A Psicologia indica a Didáctica as oportunidades que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor garantem a
efectivação da aprendizagem.

2.2.2 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM SOCIOLOGIA


A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a
liderança, a responsabilidade no contexto de interções sociais, pois a aprendizagem acontece
no contexto socialmente construído o que implica reconhecer o papel dessas relações na
educação dos alunos.

2.2.3 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM BIOLOGIA


A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos, a nutrição
e a herança também tem o seu peso na aprendizagem dos alunos.

2.2.4 RELAÇÃO DA DIDÁCTICA GERAL COM FILOSOFIA


A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base a Didáctica,
coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o educando como um ser completo que
necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectuar os
propósitos de educação.
A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de poder planificar, realizar e
avaliar o processo de ensino-aprendizagem, com garantia de que os seus alunos aprendam,
desenvolvam saber, saber fazer e saber ser/estar. Igualmente vemos que esta complexidade se
refere em parte, ao facto de que o professor deve ensinar a partir de uma concepção da direcção
do processo educativo subordinada a uma concepção politico-social, agindo, portanto, como
pedagogo; e oa mesmo tempo o professor deve:
▪ Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor favorecem a
expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos que melhor
garantem a afectivação da aprendizagem.
▪ Orientar-se sobre o desenvolimento físico e os índices de fádiga dos alunos e, a partir
disso, por exemplo, conceder aos alunos intervalos depois de um período significativo
de trabalho para permitir o repouso dos estudantes, programar actividades em função
das capacidades de resistência física dos alunos, etc.

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▪ Criar formas de trabalho na sala de aulas e na escola que permitem desenvolver a
solidariedade, a liderança, a responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter
social da sua actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo.
▪ Visionar o educando como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

2.3 ORIGEM E DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DO PROCESSO ENSINO-


APRENDIZAGEM
O termo EDUCAÇÃO origina-se do latim “educare”, que significa alimentar, criar, fazer sair,
conduzir para fora.
Do ponto de vista social, a educação refere-se à transmissão através das gerações adultas, de
valores, normas, usos, costumes e conhecimentos aos mais jovens; os fins da educação têm
variado conforme a época e as sociedades.
Do ponto de vista individual, pode-se considerar que a educação é um processo contínuo e
permanente de desenvolvimento e de humanização.
Segundo DELORS (2003), a Educação surge como um trunfo indispensável à humanidade na
sua construção dos ideais de PAZ, de LIBERDADE e de JUSTIÇA SOCIAL.
No contexto do mundo atual, a educação deve vir ao encontro das necessidades contemporâ-
neas, contribuindo para:
• articular progressos científicos e tecnológicos e o desenvolvimento econômico e social,
favorecendo a inclusão de todos;
• a preservação do ambiente natural do planeta;
• superar as tensões entre a tradição cultural e a contemporaneidade e a competição e a
igualdade de oportunidades;
• construção de valores éticos e morais;
• respeitar a pluralidade de ideias.
O conceito de educação ao longo da vida aparece como uma das chaves de acesso ao século
XXI, segundo o relatório da UNESCO, no ano de 2003, que coloca quatro pilares considerados
como bases da educação do futuro: aprender a conviver, aprender a conhecer, aprender a fazer
e aprender a ser.
A educação deve, pois, constantemente, acompanhar as transformações da sociedade, sem
deixar de reconhecer as aquisições e os saberes construídos pela humanidade, frutos da
experiência humana, contribuindo para a construção da cidadania (DELORS, 2003).

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A sociedade humana, ao longo dos anos, criou a instituição escolar por entendê-la como um
meio pelo qual são assegurados os valores, os saberes, as crenças e as tradições de sua cultura
de forma sistemática.
A educação escolar, portanto, dependendo da compreensão de mundo e de homem, pode
desenvolver ações educativas mantenedoras ou transformadoras da sociedade.
Pedagogia:o termo vem do grego (pais, paidós = criança; agein = conduzir; logos = tratado,
ciência), significa “conduzir o aprendiz”.
Porém, constitui-se em um estudo sistemático sobre a educação, com direcionamento para agir.
Uma concepção pedagógica é um conjunto de princípios e diretrizes que orientam a ação
educativa.
SMOLER (2007), salienta que seu objecto de estudo é a prática educativa como ponto central
de referência de sua investigação e consequentes direções teórico-práticas.
A DIDÁTICA tem a sua origem na língua grega, significando “fazer aprender”, “instruir”,
“ensinar”. A Didática, por muitos anos, foi compreendida como um conjunto de procedimentos
técnicos cujo objectivo principal era o de garantir o bom ensino, técnicas pedagógicas
eficientes e bem conduzidas produziam a eficácia educativa.
Actualmente, sabe-se que a Didática tem como objectivo os processos de ensino e de apren-
dizagem, ultrapassando a técnica, sendo um meio de compreensão crítica da educação e dos
processos de ensino e de aprendizagem, SMOLER (2007).
A Didática, em termos técnicos e práticos, possui um conteúdo implícito, uma concepção de
sociedade, de homem e de educação.
Nesse sentido, vamos distinguir, nessa disciplina, as diferenças e implicações teórico - práticas
entre a visão da didática como uma simples aplicação de técnicas ou como uma compreensão
crítica dos processos de ensino e de aprendizagem, tendo o professor como um mediador no
processo didático de ensino e de aprendizagem.
As reflexões sobre educação, a escola como instituição social, os procedimentos pedagógicos,
a avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem do aluno e outros aspectos que dizem
respeito ao ato educativo são tratados pela Didática de forma crítica e comprometida com a
formação da CIDADANIA e com o modo de aquisição do CONHECIMENTO. Com a
preocupação de enfatizar a importância desses dois processos na educação, a DIDÁTICA
compromete-se com a reflexão dos caminhos que levam à construção do conhecimento em
todas as áreas do currículo escolar.

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O ser humano apreende a realidade do mundo ao seu redor num processo que se realiza em
variadas situações contextualizadas, participativas e, sobretudo, culturais.
É importante para o educador reflectir sobre o processo de aquisição do conhecimento no
sentido de auxiliar a mediação entre o aluno (sujeito) e o que ele aprende (objeto de conhe-
cimento), (DELORS, 2003).
O professor não é um simples executor das prescrições do currículo. O professor tem um papel
muito mais importante que o de simplesmente transmitir conhecimentos aos seus alunos. Nesse
sentido, o professor tem o papel de mediar, porque ele está no meio, como um agente de ligação
entre o conhecimento e os aprendentes. Assim, o professor deve interpretar como um agente
de ligação entre o currículo e os alunos.
A concepção que o professor tem do conhecimento e os valores que ele julga importante
trabalhar constituem as bases da prática pedagógica. Esta se concretiza nas relações que
ocorrem nos espaços pedagógicos. Os espaços pedagógicos, como você sabe, são aqueles em
que as pessoas estabelecem relação com o conhecimento. A escola é um deles, mas, na atu-
alidade, há outros espaços como os espaços virtuais, pelo qual você vai estabelecer interati-
vidade com o conhecimento.

2.3.1 CONSEQUÊNCIAS PEDAGÓGICAS


Podemos registrar alguns aspectos relacionados às consequências didático-pedagógicas do
estudo deste capítulo, tais como:
▪ O aluno pode aprender por múltiplos caminhos e usar diversos meios e modos de
expressões (SMOLER, 2007);
▪ O processo de ensino e aprendizagem deve possibilitar o desenvolvimento e a valoriza-
ção de todas as competências intelectuais: espaciais, corporais, pictóricas (pinturas),
inter e intrapessoais, além das linguísticas e lógico-matemáticas (ibid).
▪ O professor é um mediador para a aquisição e para o desenvolvimento da apren-
dizagem, orientando a busca de diversas fontes, além das tradicionais, os melhores sites,
indicando links, etc.
▪ O aprendizagem escolar é um processo ativo do ponto de vista do aluno; ele constrói,
modifica, enriquece seus esquemas de conhecimento a respeito de diferentes conteúdos
escolares.
▪ O ponto de partida da aprendizagem é o significado; deve estar ligado à prática social,
à importância do contexto.

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▪ A aprendizagem é um processo resultante do cruzamento da rede de saberes construídos
(prévios) pelos alunos, saberes sociais de referências e saberes escolares.
▪ A habilidade de aprender a aprender e a pensar é possibilitada ao aluno através da
INVESTIGAÇÃO. Os desafios devem provocar questionamentos e modificação dos
esquemas prévios, ou seja, na maneira de ver, interpretar e atuar no mundo.
▪ A Professor e estudantes se consideram como pessoas e não, como papéis; hipóteses e
pensamento divergentes fazem parte do processo criativo; o professor é também aluno,
aprendiz dos estudantes.

2.4 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM


O Manual da Didáctica Geral da UCM, frisa-nos que o processo de ensino-aprendizagem é
uma actividade particular que se destingue pelas suas características próprias. Logo, as
características do PEA são as seguintes:
▪ Carácter social;
▪ Carácter educativo;
▪ O PEA desenvolve a personalidade;
▪ O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialéctico;
▪ O PEA tem carácter sistemático e planificado;
▪ O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidade.

2.5 ESTRUTURA DA AULA – FUNÇÕES DIDÁCTICAS


Funções didácticas são todo o processo de ensino e aprendizagem que facilita o bom
funcionamento do professor na sala de aulas e que permite a assimilação do conteúdo por parte
dos alunos na sala de aulas, (PILLETI, 1991).
Cada fase corresponde a uma só Função Didáctica Dominante embora nesta mesma fase se
regista o envolvimento das restantes como fim elas ajudam a eficiência de assimilação da
material. Cada Função Didáctica como momento ou passo que reflecte as regularidades do
PEA e proposto o tempo da sua duração, conteúdo, método dominante, conjunto de formas de
ensino e utilização das actividades concretas dos educados.

Para PILLETI (2004), cada Função Didáctica da aula reflecte as regularidades do PEA, e
proposto o tempo da sua duração, conteúdo, método dominante, conjunto de meios e formas
de ensino a utilizar inclusive as actividades concretas dos alunos.

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As funções didácticas tem uma ligação entre si e se realizam isoladamente, sobrepondo-se uma
das outras durante as diferentes etapas do PEA e que geralmente uma Função Didáctica abre o
caminho para efectivação da outra e que o sucesso de uma possibilita o sucesso da outra,
assumindo-se como uma unidade, no sentido de totalidade e não de soma e tal totalidade
reflecte as relações específicas de cada Função Didáctica com a outra de maneira recíproca.
A realização de uma aula ou conjunto de aulas requer uma estruturação didáctica, isto é, etapas
ou passos mais ou menos constantes que estabelecem a sequência do ensino de acordo com a
matéria ensinada, características do grupo de alunos e de cada aluno e situações didácticas
específicas.

2.5.1 PRINCIPAIS FUNÇÕES DIDÁCTICAS


Segundo o Manual da Didáctica Geral da UCM, as Principais Funções Didácticas são:
▪ Função Didáctica de Introdução a Motivação;
▪ Função Didáctica Mediação e Assimilação;
▪ Função Didáctica de Dominio e Consolidação;
▪ Função Didáctica de Controlo e Avalição.

2.5.2 FUNÇÃO DIDÁCTICA DE INTRODUÇÃO A MOTIVAÇÃO


Antes de ver as tarefas do professor para assegurar a motivação doa alunos, você compreendeu
que na FD I + M (função didáctica Introdução e Motivação) o objectivo principal consiste
em conseguir a mobilização psíquica e física dos alunos para a aprendizagem do (não) novo
conteúdo. Para o efeito devem, por exemplo, serem realizadas as seguintes tarefas:
a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão efectivamente
disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o empenho do professor está em
estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a emitir opiniões próprias sobre o que
aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a cousas ou eventos do cotidiano. A correcção dos
trabalhos de casa trona-se importante factor de reforço e consolidação. As vezes haverá
necessidade de uma breve revisão (recapacitação) da matéria, ou a rectificação de conceitos ou
habilidades insuficientimente assimilados.
b) Estabelecer a ligação entre noções que oa alunos ja possuem com a matéria nova, bem coo
estabelecer vinculos entre a prática cotidiana e o assunto. Para isso, o melhor procedimento é
apresentar a matéria como um problema a ser resolvido, embora nem todos os assuntos se
prestem a isso. Mediante perguntas e troca de experiências, colocação de possíveis soluções,

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estabelecimento de relação causa-efeito, os problemas atinentes ao tema vão-se encaminhando
para se tronarem também problemas para os alunos em suas vidas práticas.
Para isso é necessario:
c) Criar ou obter uma atmosfera propícia para a aprendizagem;
d) Dar informações sobre o conteúdo da aula;
e) Orientar para os objectvos em vista;
f) Procurar curiosidade;
g) Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem recursos ao medo, ao castigo,
mas sim com base na persuação e envolvimento dos alunos na aula que (vai) iniciar (iniciou).
Conseguir o interesse e a atenção dos alunos: se os alunos não estiverem interessados, não
estiverem atentos, então, não há aprendizagem.
Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no PEA, é fundamental:
▪ A orientação para objectivos concretos atingiveis pelos alunos, que se encontrem na
zona de desenvolvimento próximo.
▪ A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo professor), da turma e de cada
aluno.

2.5.3 MEDIAÇÃO E ASSIMILAÇÃO

A mediação é um processo essencial para tornar possível as actividades psicológicas


voluntárias, intencionais, controladas pelo próprio indivíduo OLIVEIRA (2002, apud
MARTINS & MOSER, 2012, p.10).
LIBÂNEO (2004), considera a escola como:
o “lugar de mediação cultural” do nosso tempo. Para ajudar a
desenvolver as capacidades de leitura e escrita nos alunos, o professor
deve possuir suficientes conhecimentos para poder organizá-los e
encaminhar o processo do desenvolvimento acompanhado as
práticas de modo “afectivo, cognitivo e moral dos indivíduos”.
É essa a única maneira por meio da qual se pode inserir, de facto, os alunos no mundo da
escrita, por desenvolver uma aprendizagem significativa. Graças aos adultos, a criança assimila
um amplo círculo de conhecimentos adquiridos pelas gerações precedentes, aprende as
habilidades socialmente elaboradas e as formas de conduta criadas na sociedade.
ELKONIN (1960, apud GONZALEZ, 2012), realça que “à medida que assimila a experiência
social, formam-se nas crianças distintas capacidades”, (p. 192).
Assimilação é a compreensão do mundo pelo sujeito através de interpretações.

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O sujeito quando passa por novas experiências, vendo e ouvindo, tenta adaptar esses novos
estímulos às estruturas cognitivas que já possui até aquele momento, ocorrendo a incorporação,
o entendimento desta situação, sem necessariamente implicar modificação interior nas
concepções de nossos esquemas cognitivos.
WADSWORTH (1996), afirma que assimilação é o processo cognitivo pelo qual uma pesssoa
integra (classifica) um novo dado perceptual, motor ou conceitual às estruturas cognitivas
prévias.
A Mediação e Assimilação consiste em novas matérias. É o trabalho do professor de viabilizar
a relação activa do aluno com a material de estudo, através de objectivos, conteúdos, métodos
e formas organizativas do ensino. É a acção concreta do PEA em que o professor passa os
conteúdos e envolve o diálogo e no fim faz a síntese.
Mediação facilita o processo da assimilação dos conteúdos. Os alunos orientam-se para o
conteúdo e este, por sua vez torna-se um condicionante para a actividade de aprendizagem e,
assim sendo a atenção do professor centra-se no aluno e nos conteúdos.

2.5.4 DOMÍNIO E CONSOLIDAÇÃO

PILLETI (2004), concorda que Domínio e Consolidação é o momento da aula em que se


realizam acções com a finalidade de sistematizar, reflector e aplicar.
Na medida em que domínio constitui a formação e desenvolvimento de habilidades, por sua
vez a consolidação consiste em recorder a material sobre habilidades e conhecimentos.
Nesta fase didáctica pretende-se conseguir o aprimoramento do aprendido por parte dos alunos,
para isso o professor deve criar condições de retenção e compreensão das matérias através de
exercícios e actividades práticas para solidificar a compreensão. Ainda nesta ordem de ideias
é preciso que os conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos
afim de que sejam disponíveis para orientá-los nas situações concretas de estudo de vida, em
paralelo com os conhecimentos. Esta etapa deve ser caracterizada por repetição, sistematização
e aplicação, que constituem o suporte metodológico através das quais se torna realidade o
domínio e consolidação da matéria.
Portanto, a aplicação constitui o centro do PEA e, é a etapa superior do incremento e
desenvolvimento das capacidades através da resolução de problemas e tarefas em situações
análogas e novas.

2.5.5 CONTROLO E AVALIAÇÃO

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A etapa do Controlo e Avaliação está presente em todo o PEA e forma simultaneamente
conclusão das unidades do ensino.
LIBÂNEO (1994), sustenta que para o professor poder dirigir efectivamente o PEA deve
conhecer permanentemente o grau das dificuldades dos alunos na compreensão da mtéria.
Este controlo vai consistir também em acompanhar o PEA avaliando-se as actividades do
professor e do aluno em função dos objectivos definidos.
A avaliação como parte integrante do PEA, é uma actividade contínua de pesquisa que visa
verificar até que ponto os objectivos definidos no programa estão sendo alcançados de modo a
se decidir sobre alternativas do trabalho do formador, do formando ou da escola como um todo.
PILLETI (2004), denomina-se de avaliação ao conjunto de instrumentos com a finalidade de
medir o grau de alcance de objectivos na vertente do professor e do aluno, desta maneira, ela
não deve ser entendida como um fim em si, mas um meio para verificar as mudanças de
comportamentos.
O Controlo e avaliação da aprendizagem dos alunos caracteriza-se por ser simultaneamente
meio didáctico e meio pedagógico. A avaliação é um meio didáctico e pedagógico por causa
das suas finalidades.
Portanto, a avaliação é:
1. Meio didáctico, isto é, de condução do PEA pelo professor para:
▪ Comparar o decorrer e os resultados da aprendizagem com os objectivos pretendidos;
▪ Avaliar o nível de aprendizagem atingido;
▪ Analisar problemas e possibilidades de desenvolvimento;
▪ Decidir sobre a continuação do processo.

2. Meio pedagógico, isto é, de educação dos alunos para:


▪ Consolidar saber, saber fazer e saber ser/estar;
▪ Desenvolver as capacidades de expressão linguística;
▪ Desenvolver a capacidade de auto-avaliação;
▪ Desenvolver a autoconfiança;
▪ Influencia a auto-avaliação;
▪ Desenvolve a capacidade de autocorrecção.
Corroborando com autores como CORTESÃO e TORRES (1990), NÉRICI (1989), PILETTI
(1990), LIBÂNEO (1992) e outros, podemos distinguir três tipos de avaliação no PEA,
nomeadamente:
▪ Avaliação diagnóstica;

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▪ Avaliação formativa;
▪ Avaliação sumativa.

A avaliação diagnóstica realiza-se no início do curso, do ano lectivo, do semestre, da unidade


ou do novo tema.
A avaliação formativa realiza-se continuamente ao longo das aulas. Também tem uma função
formativa, uma vez que dá a conhecer ao professor e ao aluno se os objectivos estão a ser
alcançados, identifica os obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem, a razão de ser
desses obstáculos, permitindo assim estabelecer estratégias que ajudem os alunos e os
professores a ultrapassar as dificuldades detectadas.
A avaliação sumativa realizada no fim de uma determinada etapa de aprendizagem para
avaliar se os objectivos traçados foram ou não alcançados pelos alunos. A função desta
avaliação é, pois, emitir um juízo de valor final.

CAPÍTULO III

3.1 CONCLUSÃO

Enfim, o presente trabalho proporcionou a compreensão das relações da Didáctica com a


Pedagogia e outras ciências. Como não bastasse, a origem e desenvolvimento histórico da
educação, características do PEA e por fim, as funções didácticas, foram abordagens que
marcaram o cume neste trabalho.

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Por meio das abordagens, nos foi possível perceber de maneira diversificada os conteúdos
embasados neste trabalho e, quanto a isso, é necessário mudar o modo como ensinamos e como
pensamos sobre a educação. Nossa relação com o meio educacional deve pensar numa
educação plural, uma educação que valorize os conhecimentos dos alunos, que favoreça e foque
no seu aprendizado.
Cada aluno é único, cada um tem sua forma de aprender, cabe ao professor ter um bom
planejamento. Ensinar não é uma tarefa fácil, é um desafio a ser enfrentado constantemente.
No entanto, não há uma forma única de realizar explicações sobre os conteúdos, estar sempre
se reinventando, buscando soluções inovadoras e relacionando com o cotidiano dos alunos.
Modificar o ensino tradicional é uma barreira que precisa ser rompida com urgência em nossas
escolas. É necessário recriar o modelo de ensino. Devemos pensar na educação que queremos
ter no futuro e executá-la o quanto antes, a começar pelos dias actuais.
Para garantir o sucesso da aprendizagem é necessário o rompimento das fronteiras, sem
diferenciar o ensino para cada aluno. O que garantirá o bom desempenho será a exploração dos
conhecimentos de cada aluno. Nesse sentido, o professor deve estar preparado para uma nova
forma de ensino, que vise a aprendizagem dos alunos.

3.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CANDAU, V. M. (1996). A Didáctica em questão. Petrópolis: Vozes.


CORTESÃO e TORRES. (1990). Avaliação Pedagógica II-Mudança na Escola, Mudança na
Avaliação; Porto Editora, Porto.

16
DELORS, J. (2003). Educação: um tesouro a descobrir. Relatório da UNESCO. São Paulo:
Cortez.
GIL, A. C. (199). Metodologia do Ensino Superior. 3ª Edição. São Paulo: Atlas.
GOLIAS, M. (1999). Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo.
LIBANEO, J. (1992). Didáctica; Cortez editora; SP.
LIBÂNEO, J. C. (1994). A avaliação escolar. São Paulo: Cortez.
PILETTI, C. (1990). Didáctica; Cortez editora; SP.
PILETTI, C. (2007). Didáctica. Cortez editora. São Paulo.
SMOLER, K. C. S. (2007). Aprendizagem Significativa: o lugar do conhecimento e da
inteligência. Revista Construir Notícias, n.34, Ano 06, Recife, maio/jun.

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