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Santa Maria
2019
THAÍS IENTSEN FERREIRA
Santa Maria
2019
THAÍS IENTSEN FERREIRA
Aprovado em ___/____/____
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
Enf. Prof.ª Dra. Simone dos Santos Nunes - FISMA (Orientadora)
______________________________________________
Enf. Me. Elenir Terezinha Rizzetti Anversa - FISMA
______________________________________________
Enf. Me. Rosméri Elaine Essy Hoch – Doutoranda PUC -RS
Santa Maria
2019
EPÍGRAFE
Rubem Alves
``Descobri que não há nada melhor
para o homem do que ser feliz
e praticar o bem enquanto vive.´´
Eclesiastes 3:12
AGRADECIMENTOS
À Deus, que no seu infinito amor, agraciou-me com a vida e acreditou em mim.
À minha mãe Carmem, que mesmo tendo partido tão cedo, foi o segredo para que
encontrasse meu caminho.
Ao meu pai Ibanes, que mesmo às vezes discordando das minhas decisões, sempre esteve
disponível com seu amor e auxílio. TE AMO!
Aos meus irmãos Fabiane, Cassiano e Thiago, que mesmo não participando diretamente da
minha jornada, ficam felizes pela minha conquista.
Aos anjos que Deus tão gentilmente colocou no meu caminho, sem a ajuda de cada um de
vocês, tudo isso não seria possível,
FAMÍLIAS FERREIRA, MACHADO, LISCANO, FARIAS E LENCINA, AMO MUITO VOCÊS!
Às minhas AMIGAS-IRMÃS, de longa e de curta data: Paola Cauduro, Dolores Assunção,
Geneci Liscano, Suzieli Costa, Jady Farias, Priscila Vaccari, Catuice Brito e Tais da Costa.
Nosso laço de amor jamais se desfará...ele só pode aumentar.
À Geni Burg, que deu-me oportunidade de crescimento profissional e pessoal, além de
agregar anjos na minha vida.
À equipe do CTCRIAC-HUSM, a qual no convívio durante o estágio, direcionou-me para esse
estudo.
À minha profª orientadora Drª Simone dos Santos Nunes, que deu-me aporte pedagógico,
científico e emocional, sempre transmitindo-me boas vibrações, sem a qual meu trabalho
não teria saído,
GRATIDÃO!
Aos meus queridos mestres, que são a razão de eu ter chegado até aqui, desde a minha
querida e inesquecível professora Fátima até a novata Bruna, meu respeito, carinho e
admiração.
À minha diva do cuidado humanizado, Sandra Barros, que emprestou-me seus ``óculos´´ para
hemato-oncologia, onde fui imensamente feliz.
À todos que fazem parte da minha vida, aos que passaram por um período, mas
principalmente, aos que permanecem,
MUITO OBRIGADA!
RESUMO
DESCRITORES
Nursing cares about caring for the human being at all stages of life, from birth to death. The
difficulty is in finding out if there is adequate academic preparation and competence of
Nursing care in the final stage of life: death. The article aims to know how the context of
death in palliative care by the nursing team has been approached. In order to carry out this
work, the literature review of the narrative type was used as a methodology, in order to
present a broad research question and to contribute to the theoretical basis of the previously
published scientific works. A search was performed on the Virtual Health Library Portal,
which, after using the exclusion criteria, left 9 articles for the study. After reading them
dynamically and exhaustively, it was possible to classify them into 03 different categories.
Category 01: Nurses 'experience regarding the experience of palliative care and patients'
dying process, containing 06 articles; Category 02: The representativeness of spirituality in
the process of coping with death, containing 03 articles; and Category 03: The importance of
family support in the termination process, containing 05 articles. It is suggested that new
research be carried out in order to investigate how the process of dying in palliative care
occurs before the nursing team.
DESCRIPTORS
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................ 10
QUESTÃO DE PESQUISA............................................................................................ 13
1.1. OBJETIVO................................................................................................................ 13
1.2. JUSTIFICATIVA....................................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................... 15
2.1. Morte........................................................................................................................ 15
2.3. Enfermagem............................................................................................................... 19
3 METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................................. 23
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................................... 30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 38
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 40
10
1 INTRODUÇÃO
A morte faz parte da vida. Ambas vinculam-se desde o momento da
nossa concepção. O fato de não estarmos preparados para o momento da partida
não nos abona da separação. Segundo Kübler-Ross (1992), um paciente em
estágio terminal e seus familiares podem passar por cinco fases no processo do
morrer: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação.
Segundo Vicensi et al. (2016), a OMS divulgou a primeira preliminar de
cuidados paliativos como os cuidados ativos e totais aos pacientes no qual a doença não
corresponde aos devidos tratamentos curativos. Sendo assim, a supervisão da dor e de
outros sintomas, sejam psicológicos, sociais ou espirituais, tornaram-se primazia do
objetivo de atingir o progresso da qualidade de vida do paciente e dos familiares.
Cuidar de pessoas em fim de vida foi uma prática corrente ao longo da
evolução do mundo, muito antes da existência do “cuidado paliativo”.
Para Waldow (2010), o cuidado é visto como um fenômeno existencial
porque faz parte do ser e, este ser se difere dos demais por ser humano e
relacional. Isto só se dá, porque ocorre na convivência com outras pessoas,
assumindo desta forma, inúmeras variações, com intensidades e diferenças que
fazem de cada cuidado, um “ser” único, justificando assim, as diversas maneiras
de cuidar.
Boff (2000, p 33), provoca a reflexão de que cuidado “é mais do que um
ato, é uma atitude. Atitude de ocupação, preocupação, responsabilidade e de
desenvolvimento afetivo com o outro”. Reforça tal pensamento, Leininger
(1991) em seus pressupostos sobre cuidados de Enfermagem ao afirmar que
pode haver cuidado sem ser para cura. Apesar das limitações de conhecimentos
científicos e técnicos relativos ao período histórico dos cuidados paliativos,
aliviar o sofrimento do outro e ajudá-lo a morrer em paz era essencial para
aqueles que prestavam assistência aos então chamados, moribundos.
Na cultura ocidental, a concepção específica da criação de espaços para
acolher um enfermo, cuidá-lo e dar-lhe dignidade (hospice), surgiu durante a
Idade Média, com a construção das "casas de hóspedes" nas margens das
estradas para cuidar dos peregrinos e viajantes, que adoeciam ao longo do
caminho, como o de Santiago de Compostela (MACIEL, 2008).
A palavra francesa “hospice” é tradução do vocábulo latino hospitium,
cujo significado é “hospedagem, hospitalidade” e traduz um sentimento de
11
1.1. OBJETIVO
14
1.2. JUSTIFICATIVA
Ainda que a espécie humana tenha evoluído nos mais diversos aspectos
(científicos, tecnológicos e relacionais), transformado a forma como vive, aumentando a
expectativa de vida e expandido as possibilidades no espaço e no tempo, a finitude
humana permanece inalterada. A morte e o morrer são partes da vida e como define
Sêneca (2008), “deve-se aprender a viver por toda a vida e, por mais que te admires,
durante toda a vida, se deve aprender a morrer”. A morte é inevitável, independente de
quem somos ou em que acreditamos, o tempo de vida biológica tem, incondicionalmente,
o seu fim (ALVES; SELLI, 2007).
Na tela da vida, observa-se que ela se compõe de um jogo voraz que busca
adiar a morte, combatendo todos os tipos de situações que podem conduzir ao processo
de morrer. A luta é contínua, amarga e paradoxal: se de um lado se intervém de todas as
formas protocolais que a ciência oferece para adiar a morte, por outro lado, o adiamento
da morte por meio de técnicas e medicamentos sem, no entanto, impedir o sofrimento
do doente e dos familiares, instiga questionamentos e refl exões sobre a validade desses
processos diante da certeza da finitude (PESSINI; BARCHIFONTAINE, 2007).
Durante período de estágio curricular em um centro de tratamento à criança com
câncer, pude acompanhar a equipe da enfermagem no cuidado paliativo e no processo
da morte. No decorrer da graduação em enfermagem, tive a oportunidade de exercer
atividade como bolsista em uma Unidade de Tratamento Hemodialítico, e, a partir
destas vivências despertei o interesse pessoal em desenvolver um estudo voltado para a
temática, acompanho dia após dia, pacientes trabalhando em suas mentes a ideia de
terminalidade e finitude. O processo é lento e progressivo, visto que a a insuficiência
renal crônica é uma doença sem cura e o tratamento é paliativo.
Cada vez que se sabe que um colega de tratamento morreu, morre um pouco
de cada um. É como os pacientes pensam: o próximo pode ser eu. Cabe a equipe que os
acompanha durante o tratamento sanar dúvidas e ajudar a enfrentar seus medos e
receios.
Desse modo, o estudo busca disponibilizar subsídios que venham
implementar estratégias e enfrentamentos do processo morrer com
15
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. Morte
Ao nos aproximarmos da incógnita que é a morte, compreendemos que
há uma simbologia singular no processo de morrer. “O nó da complexidade
biológica é o nó górdio entre destruição interna permanente e autopoiese, entre o
vital e o mortal” (MORIN, 2003, p. 299). Muitos teóricos procuraram
esclarecimentos nas mais diversas ciências e religiões para a complexidade da
existência humana, sem ter chegado a uma conclusão definitiva. Hillman (1996,
p. 304-305) entende que “os humanos vivem tentando desvendar o código da
alma, descobrir os segredos de sua natureza”.
Nunca haverá uma fórmula mágica para compreendermos a morte dentro
de um contexto genérico, assim como não existe uma única resposta para o
enigma da essência vida. Desse modo, é possível direcionar um olhar para a
temática da morte através de uma perspectiva sócio-demográfico-cultural, na
qual se toma como princípio básico a concepção da morte, a partir do lugar de
seu evento. Para Holzer (1999, p. 69), “o lugar tem uma personalidade e um
sentido”. Existencialmente, a morte está associada a significados subjetivos da
relação entre o ser humano e seu mundo. A morte denota um sentido singular em
seu processo de interiorização, no qual quem morre se encontra diante do maior
desafio que é imposto pela natureza: nascemos e morremos sozinhos.
O lugar onde nascemos e as pessoas que nos acompanham são tão
importantes quanto o lugar onde morremos e as pessoas que nos acompanham
no processo de morte. O lugar da morte ultrapassa o espaço físico e assume uma
característica singular para cada ser humano. Antigamente, o lugar da morte era
o seio familiar, o ambiente social. Morríamos cercados de objetos e pessoas
familiarizadas conosco. Contudo, com passar do tempo, o lugar de escolha para
morrer adquiriu um endereço menos particular e mais padronizado: o hospital
(MEDEIROS, 2008, p. 153).
Morrer no hospital passou a ser um evento solitário e rodeado da
impessoalidade dos profissionais, de técnicas e tecnologias que, de certo modo,
desumanizaram o morrer. A desnaturalização da morte acarretou certa
incompreensão que levou muitos profissionais da saúde a combatê-la de todas as
maneiras, prolongando a vida(MEDEIROS, 2008, p. 153) .
17
2.3. Enfermagem
Em se tratando de profissionais da saúde, aprendemos a cuidar das dores
alheias, mas não aprendemos a cuidar de nossas próprias dores decorrentes do
sofrimento constante com que convivemos no ambiente profissional. De outro
modo, não há como cuidar de outra pessoa sem dar algo de si. O cuidado
estabelece que deixemos com o outro algo de nós mesmos, seja uma palavra,
seja um gesto, seja um simples olhar. Em alguns momentos, como o momento
que a morte se aproxima, nem sempre há o que fazer. Muitos de nós, aqueles que
21
3 MÉTODO
“Morte”
AND “Cuidados Paliativos”
AND “Enfermagem”
1.071 Documentos
95 84
“Texto completo
disponível”
71artigos
33 26
A5 Revista de LILACS Cuidado Thamirez A. Vieira1, 1Acadêmicas Identificar o saber dos A boa prática deve ser
Pesquisa paliativo ao Marcia Oliveira1, de acadêmicos de enfermagem resultado de muita
(Online): cliente Elizabeth Rose Costa Enfermagem com relação aos cuidados dedicação, de busca por
Cuidado é oncológico: Martins2, 2
Enfermeiros paliativos e discutir o conhecimentos científicos,
Fundamental percepções do Cristiane Maria diferencial deste e principalmente, pelo
(Online) acadêmico de Amorim Costa2, profissional para a fortalecimento do ser
2017 enfermagem Rafaela Nunes qualidade do cuidar ao humano que existe em
Alves2, cliente oncológico em cada profissional. Essa
Cristiano Bertolossi estágio avançado. característica é de extrema
Marta2. relevância para aplicação
do sentimento no cuidar.
Daniela Habekost
Cardoso1,
Julieta Carriconde
Fripp1.
Fonte: Própria Autora
32
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
2018 01 11,11
2017 03 33,33
2015 03 33,33
2014 02 22,23
Total 09 100%
dignidade e propiciar meios para manejar com as crises e com as experiências do viver e
do morrer (WALDOW, 1999).
No A5, os cuidados paliativos são voltados para a qualidade de vida do paciente,
sempre buscando o melhor para que ele tenha uma morte digna e tranquila, sem
sofrimentos. A equipe de enfermagem desempenha um papel importantíssimo na
qualidade de vida desses pacientes, pois somos nós que estamos o assistindo e cuidando
24 horas. O Enfermeiro deve ter conhecimento técnico e científico para um melhor
cuidar.
Apesar da universalidade desta nova conceituação de saúde, as falas dos
entrevistados evidenciam que, quando se trata da esfera dos CP, ela torna-se ainda mais
nítida. Ao falarem das dificuldades, dos aprendizados e das recompensas do
atendimento aos pacientes em final de vida, os alunos expressam a grande importância
da visão humanizada. O lidar com estes pacientes mostrou o que é preciso para exercer
o paliativismo, transpondo-se para suas práticas em saúde no geral, ao mesmo tempo em
que demostra as falhas teóricas em suas formações. Corroborando com outros estudos,
os dados apontam a incipiência de conteúdo específico sobre CP nos currículos da
graduação, levando à falta de preparo para lidar com situações de final de vida
(FONSECA, GEOVANINI, 2013).
O A6 relata que o alívio e o conforto são partes importantes do cuidado à
criança e a sua família quando a morte é inevitável, pois os familiares ficam confortados
ao perceber que a criança não sofre.
O tratamento oncológico pediátrico demanda ações paliativas intensas e
contínuas em razão da necessidade premente de controle da dor e de outros sintomas
que acometem crianças e adolescentes com desdobramentos na dinâmica familiar, pois
implica uma reorganização da família que necessita conciliar a vida doméstica com as
frequentes idas ao hospital (SILVA, et al, 2010).
A7 considera que, independente ou não do cenário da doença incurável, o papel
assistencial do enfermeiro abrange cuidados integrais ao paciente, seus familiares e
responsabilidades frente a equipe multiprofissional.
A enfermagem em Cuidados Paliativos no processo de Morte e Morrer vê
diariamente o sofrimento destes pacientes e de seus familiares na espera da morte, até
que ela chegue. Tais eventos tornam-se cotidiano da profissão, porém na maioria das
vezes, os profissionais não sabem como lidar estas situações. Isto é um evento comum
nos profissionais, onde já não conseguem enxergar a morte como natural. Então é
35
necessário que a Enfermagem desenvolva estratégias para que isto não lhe afete tão
nocivamente em longo prazo (SILVA et al, 2015).
A8 refere que o profissional de enfermagem é a pessoa que está mais próxima ao
paciente nos momentos difíceis e é quem o paciente e a família procura quando
necessita de explicação ou cuidados imediatos. O enfermeiro precisa saber e entender
como lidar com os sentimentos que envolvem a doença oncológica.
É essencial a enfermagem entender o impacto causado pelo câncer nos pacientes,
pois isso lhe possibilitará estabelecer estratégias de cuidado. A enfermagem imprimi no
cuidado a capacidade de interagir com o paciente, exercitando o diálogo, colocando-se
disponível para escutar o que o aflige, contribuindo para minimizar a sensação de medo
e angústia manifestada pelo seu surgimento. Essa atitude poderá facilitar o processo de
aceitação do câncer pelo paciente e sua reabilitação, bem como o tratamento da doença.
Isso porque, quando o paciente desenvolve uma relação de confiança com a equipe que
lhe presta cuidados, tende a responder melhor ao tratamento (BONASSA; SANTANA,
2005).
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Na categoria 2 foram escolhidos 3 artigos para discussão, os artigos A2, A4 e A9,
e demais artigos que tratam da temática da pesquisa.
O artigo A2 ressalta que o profissional de saúde, com a perspectiva de que algo
pode ser feito pelo paciente diante dessa situação, precisa ter em mente os
conhecimentos produzidos pelas as duas grandes personalidades na arte de cuidado no
final de vida: Kübler-Ross sobre o processo de morte e morrer, e Cicely Saunders com a
visão dos cuidados paliativos e o conceito de dor total, a qual atinge as dimensões física,
psíquica, social e espiritual da pessoa humana.
Kubler-Ross identificou os estágios pelos quais as pessoas passam quando estão
no final de vida, sendo os seguintes: Negação (o paciente desconfia da troca de exames
ou competência da equipe de saúde, podendo ser uma defesa temporária ou, em alguns
casos, podendo sustentar-se até o fim); Raiva (fase que sentimentos de ira, revolta, e
ressentimento surgem); Barganha (momento em que o doente faz promessas por um
prolongamento da vida ou alguns dias sem dor ou males físicos, sendo tais barganhas na
maioria das vezes feitas com Deus. Pode, psicologicamente, estar associada a uma culpa
recôndita); Depressão (referente às dificuldades do tratamento e hospitalização
prolongadas, que aumentam a tristeza aliada a outros sentimentos); Aceitação
(relacionada à etapa em que o paciente passa a aceitar a sua situação e seu destino).
O artigo A4 relata que a figura da morte é caracterizada como um estágio final
fisiológico, ou seja, um processo tecnicamente ordenado e natural da natureza; dessa
50
forma, é a única certeza que possuímos na vida, já que é um ponto crucial de nossa
existência, segundo o caráter irrevogável da morte, que é revestida de mistérios,
sedução, curiosidade, ansiedade, medo e sofrimento, sendo com certeza uma das
maiores interrogações de nossa sociedade.
Ainda em A4 discursa que, dentro do processo de construção da representação
do familiar entre as palavras morte e morrer, a ancoragem é responsável pela atribuição
do significado pessoal, seja ele de maior, seja de menor intensidade; dessa forma, vemos
que o homem é um ser social inserido nas malhas das relações sociais, agindo, pensando
e sentindo como um ser humano que possui processo de viver e morrer bem definido
durante a sua história de vida.
Para Freitas, et al,(2015) dentro dos cuidados paliativos, a figura do cuidador-
familiar representa a construção de uma estratégia de enfrentamento que permite a
expressão universo consensual ou do senso comum, trazendo conforto e confiança ao
paciente frente à possibilidade de morte, em que a figura estimula a formalizar o
cuidado dentro das necessidades a modo de incorporá-los na tomada de decisões
clínicas, havendo, dessa forma, um fortalecimento no vínculo entre cuidador, familiar e
equipe e multiprofissional.
No artigo A9, descreve que as necessidades espirituais das pessoas com doenças
que ameaçam a vida, geralmente, não são atendidas pelos profissionais da saúde, em
virtude de sua falta de preparo. Em um estudo australiano, os enfermeiros foram
mencionados como os profissionais mais próximos para atender tais necessidades
quando, por algum motivo, não forem atendidas por assistentes espirituais.
Para Rezende, et al(2012) buscar na espiritualidade sentido para a morte é
comum à grande diversidade de religiões que existe em nosso país. Todas as religiões
pregam a continuidade da vida: para os cristãos a morte conduz a alma ou o espírito
para outra dimensão, ou ainda, junto de Deus; já a doutrina espírita, o budismo, o
hinduísmo e o taoísmo consideram a possibilidade de reencarnar, ou seja, de o espírito
retornar à terra a partir do nascimento de um novo ser. Independentemente da religião,
esta é uma forma de atribuir sentido à morte, vendo-a, então, como continuidade da vida
em outra dimensão.
Frankl considera que uma pessoa, mesmo na iminência da morte, pode encontrar
um sentido positivo para o sofrimento decorrente desta situação. Isso se caracteriza pelo
encontro de um objetivo ou explicação para a situação, podendo recorrer à atividade
laboral, a projetos de vida, a experiências vividas e a atitudes positivas frente a essa
51
realidade existencial, evitando que o sofrimento seja destrutivo, pois, segundo o autor, o
que destrói a pessoa não é o sofrimento por si só, mas o sofrimento sem sentido.
Por meio da espiritualidade, é atribuído sentido ao sofrimento, aliviando-o. Ao
considerar a fé, a oração e a meditação como suportes para o enfrentamento, percebe-se,
inclusive, melhora nos sintomas e observa-se que com a doença a fé foi intensificada.
A espiritualidade oferece preparo para o enfrentamento da morte com
naturalidade, sendo, então, importante manter ativa esta relação com um pensamento
que os remeta à espiritualidade. Ou seja, a partir do cultivo desse valor, compreende-se
que a terminalidade da vida é apenas a morte física de um indivíduo, sendo que existe
algo muito além do viver humano (FRANKL, 2009).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
54
“Só podemos realmente viver e apreciar a vida se nos conscientizarmos de que somos
finitos. Aprendi tudo isso com meus pacientes moribundos que no seu sofrimento e
morte concluíram que temos apenas o agora, portanto, goze-o plenamente e descubra o
que o entusiasma, porque absolutamente ninguém pode fazê-lo por você”.
Elizabeth Kübler-Ross
Entendendo sobre a morte, percebemos que é algo natural da vida, mais um
estágio, ou até mesmo o último estágio da vida. É um clico natural de vida que assim
como nascemos e reproduzimos, também morremos.
Existe uma ligação efetiva entre paciente/família e a equipe de enfermagem,
portanto, deve a mesma, atuar de maneira harmoniosa na prestação dos cuidados ao
paciente em processo de morte e morrer, e considerar que somente através do cuidado
com vista à integralidade será possível instituir o cuidar/cuidado para uma boa morte em
sua plenitude.
Referente a dificuldade em lidar com a morte, percebo que a maioria dos
enfermeiros tem enfrentamentos com essa temática de modo que torne o processo mais
doloroso, já que mesmo sendo algo que faça parte do ciclo natural de vida, e mesmo
eles vivenciando sempre isso em seu trabalho e dia-a-dia, o fato de lidar com a morte é
sempre muito complicado, pois a perda é sempre muito difícil e o sofrimento inevitável.
Mas essa dificuldade não poderia existir de uma maneira tão drástica como temos visto,
pois isso afeta não só no cuidar do paciente terminal, como também em suas próprias
vidas, podendo desencadear problemas para os enfermeiros, seja eles de saúde como
tristeza e depressão.
.Conclui-se nesse estudo a experiência vivenciada por enfermeiros que atuam em
hospitais frente ao processo de morte e morrer do paciente terminal, sendo assim,
observar a visão do enfermeiro ao paciente terminal e identificar como o enfermeiro lida
com os pacientes e suas famílias. Portanto o ideal é que os enfermeiros tenham um bom
preparo já desde a graduação, para lidar com a morte, pois muitos passam pela
graduação sem de fato saber sobre a morte, já que é um assunto bastante complicado.
Este tema deveria ser algo muito bem abordado aos acadêmicos de enfermagem em sua
graduação.
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