Este capítulo discute como a racionalidade comunicativa proposta por Habermas pode contribuir para a formação de administradores de uma maneira que vá além da racionalidade instrumental. A filosofia pode ajudar a desenvolver uma abordagem que reconheça os administradores como seres sociais completos com responsabilidades éticas para com a sociedade, não apenas como técnicos. A formação deve prepará-los para interagir com sensibilidade e justiça, além de conhecimentos técnicos.
Este capítulo discute como a racionalidade comunicativa proposta por Habermas pode contribuir para a formação de administradores de uma maneira que vá além da racionalidade instrumental. A filosofia pode ajudar a desenvolver uma abordagem que reconheça os administradores como seres sociais completos com responsabilidades éticas para com a sociedade, não apenas como técnicos. A formação deve prepará-los para interagir com sensibilidade e justiça, além de conhecimentos técnicos.
Este capítulo discute como a racionalidade comunicativa proposta por Habermas pode contribuir para a formação de administradores de uma maneira que vá além da racionalidade instrumental. A filosofia pode ajudar a desenvolver uma abordagem que reconheça os administradores como seres sociais completos com responsabilidades éticas para com a sociedade, não apenas como técnicos. A formação deve prepará-los para interagir com sensibilidade e justiça, além de conhecimentos técnicos.
Reconstrução de novas perspectivas na formação do administrador: a racionalidade
comunicativa e o papel da filosofia.
Há uma discussão sobre o papel da filosofia no reducionismo da racionalidade que
limita a compreensão e a discussão sobre o próprio ser humano num contexto social, logo, esse capitulo busca entender a racionalidade instrumental como uma possível articuladora a racionalidade comunicativa que, propõem envolver todos os participantes de um discurso motivados ao entendimento no processo formativo de administração. O novo conceito de racionalidade para Habermas, está ligado a racionalidade comunicativa sem eliminar a racionalidade instrumental, como fonte de pesquisa no curso de administração, mas, sim superá-la de uma forma reflexiva ligada a uma formação de carácter moral, intelectual e comunicativa. Contudo a racionalidade comunicativa é capaz de superar as ações estratégicas com a possibilidade de reconhecimento das pretensões de validade presentes no mundo. A educação assume uma função dupla com a formação intelectual e moral dos indivíduos voltada para a emancipação e a formação técnica voltada ao atendimento das necessidades do mercado, e é nesse sentido que é possível acreditar no potencial de formação do administrador dotado de conhecimentos técnicos e também de formação moral intelectual. Prestes (1996), entende como racionalidade a capacidade dos indivíduos de estabelecer relações com o mundo físico, com objetos desejos e emoções. Ao refletir sobre o ensino da administração tem-se também um reflexo de uma crise da modernidade e das racionalidades predominantes apontadas por Habermas. A formação deve permanecer atualizada e contínua, desenvolvendo o conhecimento científico e tecnológico em benefício do ser humano e de uma sociedade justa assim de garantir uma vida social justa. Consequentemente a racionalidade presente no agir comunicativo e o papel da filosofia ganham um espaço privilegiado, é interessante reconhecer sua capacidade de produzir abordagens produtivas que permite compreender e ainda oferecer novas perspectivas de formação do futuro administrador. A racionalidade comunicativa proposta por Habermas e suas possíveis contribuições à formação do administrador, fundamenta-se sobre uma teoria crítica da sociedade com base na teoria da ação comunicativa. O conceito de ação comunicativa permite o acesso, segundo Habermas, a 3 complexos temáticos: a teoria da racionalidade teoria da sociedade e a teoria da modernidade. Assim, Habermas busca desenvolver uma nova teoria de racionalidade tendo como o tema fundamental a razão, pois acredita que esta seja o tema principal da filosofia. A relação e contribuição da filosofia para Habermas está ligado há um tipo de racionalidade comunicativa maior que a instrumental, capaz de ser uma base ética com pretensões universais, enfatizando a relevância da comunicação na humanidade. O Presente capítulo traz reflexões sobre 2 tipos de ações humanas, a ação estratégica e ação comunicativa. Na ação comunicativa o sujeito reconhece o outro como um ser que possui os mesmos direitos reconhecendo a autonomia e a Liberdade os membros da comunidade inserida e a ação estratégica se orienta para o êxito de uma moral do tipo individualista enquanto o processo decisório. Diante do exposto a contribuição da filosofia na formação do administrador deve-se ao fato do homem ser considerado um ser incompleto em permanente transformação que necessita de um processo formativo-educacional capaz de prepará-lo para a vida em sociedade não a uma mera adaptação. Nesse sentido a contribuição da filosofia para a formação do administrador está voltada a preparação da vida em sociedade, tornando-o apto para atender suas demandas técnicas e científicas e reconhecendo o próprio valor como pessoa capaz de estabelecer vínculos sociais de respeito aos semelhantes e ao meio ambiente na construção de uma visão de mundo coerente e crítica. A filosofia contribui no sentido de inserção social do profissional, onde o mesmo deve ser preparado para dar conta da função social de sua profissão, sendo fundamental que o processo de formação do administrador englobe elementos variados não somente técnico científico, mas um profissional com postura ética, responsável e comprometido com sua profissão e sua relação com a sociedade em que vive e atua colocando o de frente em situações que exigem tal postura. Assim, a formação do administrador não deve apenas possuir conteúdos gerais e específicos, mas deve traduzir uma postura de vida colocando o aluno diante de situações que exigem uma interação com o ambiente e as pessoas exigindo postura ética e responsável, colocando a comunicação num espaço privilegiado de construção do conhecimento envolvido no processo de responsabilidade e reprodução social. A filosofia procura inserir no currículo elementos morais e sociais, e reflexões que atenuem uma formação condizente com o mercado de trabalho e também com sua relação e papel diante de uma formação de carácter ético, autônomo e livre. O curso de administração possui um desafio que consiste em construir uma abordagem do conhecimento administrativo que não esteja norteado somente pela racionalidade instrumental, mas por outras capacidades que envolvam a emoção a sensibilidade, senso de justiça, ética, solidariedade, responsabilidade, a capacidade argumentativa sobre pretensões de validade e verdade etc.