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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

E ÉTICA NO TRABALHO
Aurélio Bona Júnior
Caros alunos

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2
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Profª. Fabíola de Medeiros


Design Educacional
fadamedeiros@yahoo.com.br

Murilo Holubovski
Diagramador
murilo@unicentro.br


AGRADECIMENTOS
Diretoria e Equipe do DETRAN-PR
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................5

1 CONCEITUANDO ÉTICA ................................................................................................... 7


2 ÉTICA E TRABALHO ..................................................................................................... 9
3 ÉTICA NAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ................................................................... 13

CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................... 16


REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................... 17

ÍNDICE

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APRESENTAÇÃO
Relacionamentos interpessoais são desafiantes pela própria natureza do humano que não pode viver de forma
isolada e, ao mesmo tempo, negocia com os demais seu espaço no grupo social a que pertence.
Em ambientes coletivos de trabalho, tais relacionamentos tendem a ficar mais difíceis ainda, principalmente
quando há conquistas que envolvem remuneração e reconhecimento em disputa.
Cada vez mais se é refém e protagonista de uma sociedade extremamente competitiva e egoísta, mas muito
se fala em cooperação e, para isso, quase sempre se recorre ao termo ética, com se ela fosse uma receita
para que os humanos convivam ordenada e pacificamente, até mesmo em ambientes muitas vezes insalubres
e desumanizadores. De uns tempos para cá, o termo ética é requisitado para muitas situações, na medida
em que crescem as organizações e as classes de profissionais e, com elas, os desafios de uma convivência e
colaboração interpessoais mínimas para o melhor êxito possível dos empreendimentos lucrativos.
Reclama-se da falta de ética na política, na profissão, na administração, no meio ambiente, nas religiões, etc.
Contudo, há um entendimento claro do que seja a ética e do que ela pode oferecer para a humanidade? Ao
que tudo indica, o termo foi banalizado e tem sido utilizado como senso comum sem, contudo, haver uma
compreensão precisa que garanta sua efetiva contribuição para a sociedade.
É de suma importância refletir sobre o próprio significado do termo ética e como ela contribui com os
relacionamentos interpessoais. Ele é empregado de tantas formas e se tornou tão comum que, na maioria dos
casos, seu emprego têm se dado de forma equivocada, o que impede uma contribuição efetiva a ponto de
facilitar ou melhorar as formas como o humano se relaciona.
Nas organizações, classes profissionais e outras formas de cooperação que visam prosperidade econômica
ou serviços para a sociedade, a ética é uma forma de manter o grupo coeso, evitando conflitos para que o
objetivo seja atingido com a maior economia de recursos e esforços. Mas cabe questionar: os objetivos maiores
das organizações visam sempre a elevação e a dignificação do ser humano? A ética presta-se a algo que esteja
contra tal elevação e dignificação?
Este e-book tem, inicialmente, o objetivo de propor a recuperação do sentido da ética em sua origem filosófica,
que é a forma mais adequada e frutífera para que ela contribua com uma sociedade que prima pela boa
convivência dos membros, segundo objetivos que realmente elevem e dignifiquem o humano.
O intento maior é perceber, num segundo momento, como a aplicação efetiva da ética melhora as relações
interpessoais nos ambientes profissionais, de modo a assegurar que o humano seja dignificado como fim –
no sentido de finalidade – ao mesmo tempo em que promove o aspecto econômico da sociedade tido como
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meio – no sentido de caminho para se atingir a finalidade. Parte-se do pressuposto de que a sociedade egoísta
e consumista em que se vive inverteu e confundiu os fins com os meios. O ser humano é sempre finalidade
das ações humanas e nunca um meio ou um instrumento para outras finalidades. Por outro lado, a riqueza e
tudo o que o humano constrói pelo trabalho nada mais são que meios para o crescimento e a dignificação do
humano.
O conteúdo está organizado em três partes: 1) Conceituando ética: em que é realizado um esforço de retomar
o sentido original do termo, diferenciando e mostrando as relações que tem com a moral, de modo a definir
o sentido em que é empregado o termo nas reflexões que se seguem, com base em autores e comentadores
selecionados. 2) Ética e trabalho: nesta parte é abordada a importância do trabalho na própria constituição do
humano e como ele é o fundamento da liberdade e das escolhas decorrentes de ser livre, que sempre implicam
em questões éticas. 3) Ética nas relações interpessoais: é feita uma síntese entre a primeira e a segunda parte,
focando a relevância das atitudes éticas nos meios de trabalho como condição da humanização e da decorrente
qualificação das relações interpessoais.
Embora haja uma divisão dos assuntos em três partes, para que se compreenda melhor cada um dos aspectos
aqui tratados, o entendimento que sobressa é que o trabalho é o elemento que, por excelência, dignifica
as pessoas e que a adoção de atitudes éticas em ambientes profissionais é determinante na qualidade das
relações interpessoais que constituem as condições de trabalho como verdadeiramente humanizadoras.
Entende-se humanização como o processo pelo qual os homens formam a personalidade de modo a promover
sua essência em favor do crescimento e engrandecimento pessoais, sem implicar na diminuição ou no
rebaixamento da humanidade dos demais.
Espera-se que o conteúdo aqui proposto contribua significativamente para uma visão sobre a ética que
ultrapasse o senso comum ao qual o conhecimento foi reduzido ultimamente, de modo a iluminar atitudes
profissionais que edifiquem a justiça, bem como relacionamentos saudáveis e humanizadores.

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1. Conceituando Ética
A Ética é, originalmente, o ramo da filosofia que se preocupa com o comportamento humano no sentido da busca racional dos princípios
necessários ao seu aperfeiçoamento com vistas à excelência das ações. Seu fim último é sempre a valorização da essência humana, no melhor
estágio possível.

Para maior aprofundamento do conceito filosófico de ética, ver o vídeo do Professor Clóvis de Barros Filho gravado no programa Café
Filosófico da TV Cultura.

A ética jamais terá respostas prontas sobre como o humano deve ou não agir, porque a compreensão sobre qual é ou deve ser a
essência do humano varia significativamente de tempos em tempos ou de uma sociedade para outra.
Sua vinculação com a filosofia faz com que a Ética esteja muito mais no campo das reflexões que iluminam a ação, dos questionamentos
que sempre são feitos em relação às atitudes humanas, independentemente do tempo ou da sociedade, do que das ações propriamente
ditas.
Quando se diz que determinado indivíduo teve uma atitude ética ou anti-ética por causa de uma ação moralmente aceitável ou
reprovável, na verdade, o termo ética não está sendo devidamente empregado. O mesmo se pode dizer dos chamados códigos de ética
profissionais que nada mais são do que regras definidas para pautar o relacionamento da classe em caso de divergência. Nem sempre são a
expressão do que é melhor para todos, o que equivale a dizer que, muitas vezes, podem até mesmo se configurar anti-éticos.
Em outras palavras, a ética é uma reflexão sobre o comportamento e não um apanhado de normas que o limitam. Sempre que se
emprega o termo para designar ações passíveis de julgamentos à luz de códigos ou costumes socialmente cristalizados ou impostos, na
verdade, se está confundindo ética com moral. Elas não são a mesma coisa.
Segundo Vazques “[...] moral vêm do latim mos ou mores, ‘costume’ ou ‘costumes’, no sentido de conjunto de normas ou regras
adquiridas por hábito [...]. Ética vem do grego ethos, que significa ‘modo de ser’ ou ‘caráter’” (2008, p. 24, grifos no original).
Enquanto a Moral define como o humano deve agir em conformidade com as determinações sociais, a Ética pauta a postura dele
diante destas determinações.

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Moral é “[...] um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação,
pela tradição e pelo cotidiano.” (TADÊUS; CUNHA,2009, p.142). Uma pessoa que age em desacordo com o que aprende e é prescrito na
família, no grupo social, na escola ou em qualquer instituição social, não pode ser julgada como antiética, mas sim como imoral. Instituições
sociais são moralizadoras e/ou moralizantes. Seguir ou não seus preceitos pertence à moralidade ou à imoralidade, mas nunca à ética ou falta
dela.
De acordo com Vazques

[...] será inútil recorrer à ética com a esperança de encontrar nela uma norma de ação para cada situação concreta. A ética
poderá dizer-lhe, em geral, o que é um comportamento pautado por normas, ou em que consiste o fim – o bom – visado pelo
comportamento moral do qual faz parte o procedimento do indivíduo concreto ou o de todos. O problema do que fazer em
cada situação concreta é um problema prático-moral e não teórico-ético. (2008, p.17).

O autor apresenta moral e ética em campos distintos: a primeira no universo da prática e a segunda no da teoria. Embora não se
conceba os dois campos em separado, eles atuam de forma distinta: um alimenta o outro. Toda teoria nasce de uma prática, como reflexão
que quer aperfeiçoá-la e, ao mesmo tempo, toda prática é fruto de uma reflexão que a precede, enquanto planejamento ou simples
intenção.
Moral e Ética, embora distintas, são dialeticamente inseparáveis. A relação que a ética tem com a moral é uma relação crítica, de
investigação, de reflexão. Os princípios morais não são fixos e periodicamente se alteram, em cada sociedade específica, contudo, a ética
é permanentemente um exercício de questionamento à moral.
Para Aranha e Martins, moral “[...] significa maneira de se comportar regulada pelo uso”, ou mais amplamente, “[...] conjunto de
regras de conduta admitidas em determinada época.” por um grupo de pessoas, enquanto a ética “[...] se ocupa com a reflexão a respeito
das noções e princípios que fundamentam a vida moral.” (1993; p.274-5).
Chauí (1994), afirma que a moral trata do comportamento normativo, das regras sociais e a ética do comportamento autônomo do
indivíduo. Assim sendo, a Moral estabelece regras para a ação bem como as punições para quem não as segue. Por outro lado, a ética alude
ao sujeito autônomo, que constrói os princípios de ação, agindo pelo bem comum, sem que para isso seja necessário coerção externa.
Em outras palavras, a Moral refere-se mais ao que é estabelecido em nível objetivo e social (costume), ao passo que a Ética se
efetiva pela reflexão subjetiva e individual (caráter). Não significa que a Ética não se refere ao conjunto das pessoas, mas que sempre parte
do indivíduo reflexivo em direção à normatização social para questioná-la e melhorá-la, enquanto a Moral sempre parte da sociedade em
direção aos indivíduos para normatizar as ações e guiar os comportamentos.
Concorda-se com Vazques, para quem “[...] a função fundamental da ética é a mesma de toda teoria: explicar, esclarecer ou
investigar determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes.” (2008, p.20).

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O vídeo a seguir é uma sugestão de aprofundamento para a distinção entre moral e ética.

É muito comum as pessoas falarem que um profissional faltou com a ética quando interferiu no trabalho de outro sem permissão
prévia. Muitos dos chamados códigos de ética profissionais estabelecem normas para pautar os limites da atuação profissional de modo a
garantir a boa convivência.
Contudo, dentro do que se reflete aqui sobre o conceito de Ética e a relação/distinção com a moral, cabem alguns questionamentos: se
a ética é a reflexão constante sobre os costumes e a conduta humana, ela pode ser expressa em códigos? A interferência no trabalho de outra
pessoa, sem o consentimento prévio, é considerada falta de ética, independentemente do contexto que a motivou? Se um médico observa
que o trabalho de outro está prejudicando a vida de um paciente, é eticamente correto ele ficar omisso em nome da Ética profissional?
Certamente a Ética não é definida por meio de códigos e normas. A busca pelo melhor para o ser humano deve ser o horizonte das
reflexões éticas em todas as circunstâncias. Intervir no trabalho de um colega, por ser algo relativo ao costume e à prática, não é uma atitude
julgada do ponto de vista da Ética, mas da Moral. Não obstante, é possível que a omissão, em casos que é necessário agir, revele a total falta
de uso da Ética como teoria que ressalta o caráter humano.

2. Ética e trabalho

O título dessa seção é ética e trabalho e não ética no trabalho porque parte-se do entendimento de que ela não é algo externo que se
aplica ao trabalho. Ao contrário, demonstra-se como o trabalho se configura um elemento de humanização que dá origem a todas as formas
de liberdade e sociabilidade, das quais decorrem os próprios problemas éticos.
Assim como a compreensão do que seja a ética ultimamente foi banalizada, afirma-se que o trabalho, desde o advento das formas
de apropriação da mão de obra para fins lucrativos também o foi. Quando se fala de trabalho na atualidade, logo se imagina uma atividade
remunerada que as pessoas exercem para obter a renda necessária ao sustento ou, em alguns casos, à manutenção de comodidades ou
prazer.
Certamente essa percepção é muito estreita e rasa diante de tudo o que ele significa na constituição do humano. É nela que se vale
toda a exploração que envolve atividades remuneradas que mais levam o humano ao adoecimento do que à dignidade. Mesmo as atividades
bem remuneradas ou exageradamente valorizadas da atualidade exigem uma contrapartida do humano que muitas vezes ultrapassa os
limites da sanidade física e/ou mental.

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Para melhor assimilar a centralidade do trabalho na constituição do humano – o que equivale a dizer, na humanização – recorre-se a
uma imaginação de como viviam os humanos pré-históricos, da época das cavernas. Não é uma demonstração científica, mas um recurso, na
tentativa de explicar as origens da sociabilidade humana.
Certamente o humano não dispunha desde o início – entendendo aqui o início no momento em que a espécie começa a habitar o
planeta, dentro da perspectiva evolucionista de Darwin – de formas muito eficientes de comunicação e convivência pacífica. Em sua origem,
o humano estava quase que totalmente determinado pela condição biológica, sua forma animal de ser. Respondia às necessidades com
movimentos puramente instintivos, muito mais agressivos do que pacíficos, muito mais animais do que sociais.
Ao agir para atender às necessidades, o humano toma consciência dos limites e das possibilidades dos seus atos; ao planejar uma ação
mais eficiente do que a anterior, avalia-as e, com isso, desenvolve formas novas de pensar sobre os problemas e de planejar outras ações. Ao
perceber que agindo coletivamente é mais eficiente na superação das necessidades, cria formas de se comunicar, inicialmente rudimentares
e limitadas, mas que com o tempo constituem-se em modos complexos e capazes de expandir, exponencialmente, a consciência.
Pois esta ação no mundo para atender às necessidades, modificando o meio em benefício próprio e em benefício dos outros, é o que
se chama, originalmente, de trabalho. Uma genuína ação de trabalho implica em um planejamento prévio (intencionalidade) e uma reflexão
posterior sobre o resultado (avaliação).
Todas as formas de cultura, de sociabilidade, de consciência e de linguagem existentes são resultado consciente dos atos de trabalho
que os humanos empreendem, articulando intencionalidades e avaliações, na tentativa de responder às necessidades básicas. Pelo trabalho,
o humano ascende gradativamente do nível puramente biológico e animal para o nível social e humanizado. Pelo trabalho ele constitui a
subjetividade, torna-se sujeito de sua humanização.
Assim, o trabalho não é apenas uma das formas do humano se colocar no mundo. É a dimensão sem a qual não é possível nem mesmo
a humanização necessária à convivência social. Pelo trabalho o homem torna-se quem é, amplia a consciência, constitui-se sujeito e dignifica-
se socialmente.
Este movimento está de acordo com as análises ontológicas do ser social desenvolvidas por Lukács (1979) que lhe permitiram concluir:
“[...] o homem se fez homem diferenciando-se do animal através de seu próprio trabalho” (p.84). A esta passagem do biológico para o social,
o autor denomina salto ontológico. Ontologia é o ramo da filosofia que estuda o ser e Lukács usa esta denominação para enfatizar que houve
uma mudança significativa no ser do humano que não foi apenas uma simples elevação evolutiva, mas um salto após o qual todas as formas
sociais desenvolvem-se.
Bona Júnior assevera que “[...] ao tentar entender o mundo e, nele, construir condições favoráveis à sua existência, o homem lança
mão do trabalho e por meio dele modifica o mundo ao mesmo tempo em que transforma a si mesmo.” (2013, p.101). O autor, na mesma
página, também cita Lukács para dizer que a vida humana não é possível sem o trabalho, que “[...] é uma condição da existência do homem,
independente de todas as formas de sociedade; é uma necessidade natural eterna que tem a função de mediatizar o intercâmbio orgânico
entre o homem e a natureza, ou seja, a vida dos homens”. (idem)

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E qual é a vinculação do trabalho com a Ética? Pois bem, o ser humano dá respostas para os problemas na medida em que, pelos atos
de trabalho, supre as carências e necessidades, ao mesmo tempo em que enriquece e expande a consciência. É típico do homem, ao se fazer
humano, buscar respostas e refletir sobre sua conduta.
A ética é essa reflexão do ser humano sobre a conduta, para extrair dela a excelência do ponto de vista social. À medida que amplia
a consciência sobre o mundo, o humano se depara com possibilidades distintas de ação diante de uma nova necessidade. Fazer escolhas e
refletir responsavelmente sobre os resultados é uma consequência da liberdade humana, adquirida pelo trabalho.
Ao romper com o nível estritamente biológico dado pela natureza, o ser humano se torna livre para escolher e abre as possibilidades de ser
ético, diferente dos demais animais que agem sempre de acordo com os instintos, limitados pela sua dimensão biológica.

O vídeo, a seguir, mostra a importância do trabalho na humanização, bem como a forma com a sociedade dele se apropria.

O trabalho exerce centralidade no ponto de partida da humanização do homem, por meio do qual refina as faculdades e desenvolve
domínio sobre si mesmo. Pelo trabalho, o humano cria possibilidades de escolhas. A abertura das escolhas é a gênese da liberdade como
capacidade inseparável da atividade prática como ser que transforma o mundo.
Segundo Barroco (2001, p.27-28) “[...] liberdade é, simultaneamente, a capacidade de escolha consciente dirigida a uma finalidade e
capacidade prática de criar condições para realização objetiva das escolhas e para que novas escolhas sejam criadas.” Para a autora, há duas
formas de liberdade: a negativa – estar livre de algo - e a positiva – estar livre e em condições para algo. Certamente a forma de liberdade que
se vincula à ética é a positiva.
Assim sendo, o trabalho é o movimento que amplia a consciência humana, cria opções de escolha que configuram a liberdade que
exige a reflexão ética. Trabalho (em sentido original), liberdade (em sentido positivo) e ética (em sentido reflexivo) são conquistas humanas
que só existem em relação uma com a outra. Se o trabalho é desvirtuado, a liberdade não é nada além do que um desejo em sentido negativo
e a ética impelida a se adequar em códigos e normas que não lhe dizem respeito.
Entretanto, desde que o resultado dos atos de trabalho de muitas pessoas passa a ser apropriado por poucas pessoas que detêm os
meios de produção das riquezas, seja na forma escravizada ou na forma remunerada, ele deixa de cumprir com sua finalidade humanizadora.
Uma pessoa que, para sobreviver, precisa vender ou entregar, pela força, seu trabalho, cujos resultados servirão para enriquecimento
ou benefício de outras, terá seu desenvolvimento cultural, a expansão da consciência e o protagonismo da condição social comprometidos.
Impedida de planejar a ação que supre suas necessidades básicas, bem como de refletir sobre os resultados, resta-lhe apenas a parte pesada
do processo: o agir físico ou intelectual que a esgota ou estressa com o passar do tempo. Não se sente dignificada, muito menos humanizada
pelo trabalho.
Desde a antiguidade, quando alguns humanos utilizam-se de outros como força física para o suprimento das carências, o trabalho
desvirtua-se de sua função primeira no processo de humanização. Contudo, é com o advento da industrialização e, posteriormente, com o
desenvolvimento das formas capitalistas de organização econômica da sociedade, que tal desvirtuamento atinge o auge.

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Para Bona Júnior (2013, p.107)

nas formas capitalistas de trabalho, a construção da subjetividade humana não se dá de forma plena e emancipada porque
a finalidade do ato é dissociada da intencionalidade prévia [...], ou seja, o resultado/produto do trabalho não é previamente
planejado pelo trabalhador, e tampouco será de sua posse; as finalidades e os resultados são de posse de quem detém os
meios de produção e as condições financeiras para comprar a mão de obra do trabalhador. O trabalho acaba por se tornar
[...] um bem de troca, uma mercadoria.

Se a possibilidade de expandir a consciência e ascender do nível biológico para o social, construindo a subjetividade dá-se no processo
todo do trabalho – do planejamento à avaliação da ação – nas formas capitalistas de apropriação do trabalho tal possibilidade é negada. O
trabalhador contratado geralmente cumpre ordens e troca a força física ou intelectual por uma remuneração.
Quando isso acontece, a relação entre ética e trabalho fica seriamente comprometida. Neste tipo de trabalho, a liberdade só é
reivindicada em sentido negativo – como livrar-se de algo – e jamais em sentido positivo – como escolha consciente e responsável.

O vídeo a seguir ilustra a desumanização das formas de trabalho.

Quando o trabalho é apropriado ou negociado para realizar as necessidades de outros, a reflexão ética sobre as escolhas diante das
reais necessidades humanas não tem espaço ou condições de se desenvolver e/ou expandir.
Segundo Barroco, “[...] o homem é um ser rico em necessidades e formas de satisfação. A resposta às suas carências só pode ser dada através
de sua apropriação desta riqueza. Na sociedade alienada os sentidos não se desenvolvem nessa direção.” (2003, p. 36).
A sociedade alienada a que se refere a autora é aquela em que a finalidade do trabalho é separada do trabalhador, e a mão de obra
é apropriada por quem detém os meios de produção. Neste tipo de sociedade, o trabalho não emancipa nem humaniza as pessoas. Ao
contrário, os trabalhadores são separados dentro de uma racionalidade técnica e produtiva que os coloca em ambientes de competição.
Para a autora,

na sociedade alienada, o indivíduo busca no dinheiro as formas de satisfação de suas necessidades egoístas. Torna-se cada
vez mais pobre como homem e isso faz do trabalhador um ser pobre em necessidades e formas de satisfação, uma vez que
seus sentidos e capacidades se desumanizaram. (BARROCO, 2003, p.37).

Somente o trabalho emancipado pode exigir um fundamento genuinamente ético, pois exige intercâmbio entre os trabalhadores, com
objetivos claros buscados por todos. Sem liberdade em sentido positivo, não há como discutir a ética.
Alguém que não se emancipa pelo trabalho, não consegue desenvolver nem mesmo a capacidade de compreender as próprias
necessidades. Quem não tem muitas experiências e formas de testar suas capacidades, não se compreende nem mesmo como portador de
necessidades.

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Quando o dinheiro adquire um valor em si e as pessoas se movem em função dele, elas se colocam como objeto dele e não sujeiros das
riquezas, limitando-se na possibilidade de se compreender como humanos com carências e decisões pautadas na ética.
A própria moral, na sociedade capitalista, deixa de significar o conjunto de normas e costumes (mores) e passa a significar subordinação dos
indivíduos à integração social pela moral dominante.
Um trabalho que não abre possibilidades do humano refletir e agir em função das carências, não é propulsor da liberdade e, por
consequência, não oportuniza o agir ético.
Não é à toa que a sociedade atual reduz a ética a códigos e normas para a boa convivência dos profissionais. É o que lhe resta quando
as formas de trabalho são alienantes, estressantes e desumanizadoras. Em ambientes de trabalho com estas características, as pessoas
tendem a ficar mais agressivas, competitivas e relutantes ao estabelecimento de relacionamentos saudáveis.

3. Ética nas relações interpessoais


O humano é o ser que mais cuidados exige ao nascer e prolonga isso por toda a existência. Como afirma Aristóteles, é um animal que
só sobrevive e pode se realizar na pólis (zoon politikon ou animal político), na convivência e na segurança que decorrem da vida compartilhada
em sociedade.

Para aprofundar o conceito de animal político de Aristóteles, segue o link do vídeo:

Ser político é uma condição do humano, o único animal que não tem sua conduta pré-definida pela natureza, que faz escolhas e
negocia com os demais a realização na polis, único que tem liberdade de escolha na proporção da expansão da consciência, produto do
trabalho dignificante, o único para quem cabe a reflexão ética por ser também o único que responde por suas escolhas conscientes.
Da reflexão feita até aqui, afirma-se que: 1) o humano constitui-se tal pelo trabalho emancipador; 2) do trabalho decorrem a cultura,
a expansão da consciência e a habilidade de se comunicar e conviver socialmente; 3) da convivência social decorrem os problemas éticos,
que só existem de fato quando há liberdade; 4) das formas capitalistas de trabalho decorre a desumanização, o empobrecimento cultural, a
limitação da consciência, as dificuldades no convívio social geradas pelo egoísmo, pela competitividade e pela intolerância.
Para Paulo Freire, “[...] respeito aos outros, coerência, capacidade de viver e de aprender com o diferente, não permitir que o mal-
estar pessoal ou a antipatia com relação ao outro o façam acusá-lo do que não fez.” (1996, p.14-22), são obrigações a que o sujeito deve se

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dedicar. Dito de outro modo, não há ética nas ações sorrateiras, no fomento à intriga, à maledicência, à traição. Por isso, o autor afirma que
“[...] a ética de que se fala é marca da natureza humana, algo indispensável à convivência, que lhe dá suporte quando constata, compara,
avalia, valora, decide e rompe”(idem).
Somente em ambientes democráticos convive-se com liberdade e tolerância. Por outro lado, a democracia só é exercida em sociedades
que têm uma consciência mínima necessária para o bom funcionamento deste regime. Em lugares em que as pessoas não ampliam a
consciência porque são subjugadas por um trabalho alienante, em que o próprio sistema econômico coloca uns contra os outros na busca
pela sobrevivência ou posições de destaque, jamais há democracia plena e tampouco espaço para a ética e a liberdade.
A civilização grega é o berço da democracia na antiguidade e do pensamento filosófico, do pensamento político e do pensamento
ético. Nela, a figura do outro não é um empecilho para o desenvolvimento do eu. Ao contrário, o eu só é pensado na relação com o outro,
sem o qual ninguém existe. As formas de exploração das pessoas para benefício de outras não nega a importância da relação, mas a impõe de
acordo com a vontade de quem detém o poder de subjugar. Ao fazer isso, impede o desenvolvimento da democracia pois impossibilita que
todos tenham condições de participar, conscientemente, da política.
A ética faz parte da prática social dos indivíduos, mas nem todos têm condições de refletir sobre suas ações, por isso acabam repetindo
comportamentos morais, muitas vezes inadequados, sem pensar sobre eles.
De acordo com Barroco,

presume-se que o sujeito ético seja consciente e dotado de vontade, uma vontade que, pela natureza da ética, deve ser livre,
ou seja, seu portador não deve ser coagido por outros indivíduos em suas decisões; não deve ser obrigado a decidir pelo uso
da força, psicológica ou física, deve ter um mínimo de controle sobre seus impulsos, isto é, ter autodomínio. (2003, p.59).

O empreendimento educacional é fundamental neste processo, mas não num sistema que valoriza a meritocracia, a competitividade,
a exploração e a estratificação social. É necessário um modelo que valoriza, como sugere Chauí (1994), um outro tipo de sujeito, o coletivo,
que vincula ética e moral, ética e direito, ética e cidadania, ética e democracia, de maneira que a distinção entre a esfera privada da ética e a
esfera pública da moral não mais se mantenha, pois não há ética sem garantia de direitos. Nas palavras da autora,

a questão ética tornou-se inseparável da democrática, na medida em que a democracia afirma os princípios da igualdade, da
justiça, da liberdade e da felicidade como direitos universais, criados pelos agentes sociais, assim como o princípio do direito
às diferenças, universalmente reconhecidas, como legítimas, por todos. (1994, p. 56)

Não faz sentido discutir modelos éticos que venham a balizar relações humanas saudáveis antes de se intervir nos mecanismos que
levam os sujeitos a odiarem aquilo que os constitui como indivíduos, a sociedade. Em uma sociedade doente, que faz da exclusão e da

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exploração o motor da acumulação e das riquezas materiais uma finalidade da conduta humana, qualquer tentativa de estabelecer relações
verdadeiramente éticas é inútil.
Sem condições de desenvolvimento da consciência crítica, os indivíduos tendem a incorporar determinados papéis e comportamentos
e a reproduzi-los espontaneamente, evidenciando claramente que nem sempre as escolhas representam ações conscientes.
Isto significa que se está fadado ao fracasso da ética em uma sociedade como a atual? Significa que é impossível o estabelecimento de
relações interpessoais saudáveis?
Não se pode generalizar desta maneira. O fato do capitalismo ser um sistema econômico muito forte e determinante nas relações dos
indivíduos, não significa que seus efeitos nocivos não sejam minimizados com atitudes conscientes e esclarecidas.
O capitalismo em si não é ruim. O potencial libertador e humanizador que ele carrega desde a derrubada do feudalismo é gigantesco.
As facilidades e as possibilidades de liberdade e democracia nele presentes são maiores do que qualquer outro regime de que se
tem conhecimento. Ruim é a apropriação que se fez dele. Ruins são a acumulação, a exclusão e a alienação do trabalho que foram geradas
em seu seio.
Há pessoas esclarecidas que, por oportunidade ou por esforço, têm condições de acesso aos níveis mais elevados de consciência
democrática. Estas pessoas fazem um esforço maior no sentido de compreender e contribuir com a emancipação das outras. Se fizerem da
sua situação privilegiada um motivo para segregação, para levar vantagem sobre as outras, a tendência é que os relacionamentos humanos
piorem cada vez mais.
Só se pode ser feliz como humanidade numa sociedade em que todos os humanos têm acesso ao mínimo necessário para a
dignidade e a felicidade. Traduzindo o pensamento de Aristóteles em outras palavras, mas com sentido parecido, ou todos são felizes
na pólis ou ninguém o é!
Pressupõe-se que as pessoas que estudam no curso para o qual é direcionado este e-book têm um nível de esclarecimento acima
da média da sofrida população brasileira, por vários fatores já tratados aqui e até mesmo outros que não vêm ao caso. Para elas, é possível
alguns ensinamentos que iluminem a construção de um ambiente saudável de trabalho, que favoreçam as relações interpessoais.
Barroco (2003, p.75) enumera algumas exigências do agir ético: 1) autodomínio, autocontrole das paixões em função da vontade e da
razão: sabe-se que os colegas de trabalho e o público que se atende nos ambientes profissionais agem motivados pelas vivências acumuladas
em sua trajetória de vida. Muitas vezes despertam emoções nem sempre boas e, por isso, o autocontrole é fundamental; 2) liberdade, no
sentido de autonomia: saber tomar uma decisão baseada no conhecimento, na experiência, no desapego e na humildade são essenciais;
3) consciência moral no sentido de alteridade: ter clareza de que o outro, mesmo que diferente ou inconveniente, é também um ser com
defeitos e virtudes, carente e com problemas às vezes maior que os dos outros; 4) responsabilidade: medir as consequências das atitudes que
influenciam as relações; 5) constância ou permanência: não ser temperamental e manter uma linha de ação coerente, para que o outro não
se sinta inseguro na relação.
Por outro lado, a autora alerta para ações a serem evitadas em situações de divergências explícitas:1) (pré) conceituar o outro sem
aguardar seu pronunciamento, 2) trocar o espaço do debate pelas intrigas dos bastidores, 3) fugir dos enfrentamentos ou jamais estabelecer

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o diálogo aberto, preferindo falar do outro, no público e no privado, na sua ausência, 4) buscar, a qualquer preço, a promoção pessoal
desqualificando o outro, manipulando conceitos, fatos e informações ou mesmo mentindo, 5) negar ao outro manifestação e defini-lo por
palavras que ainda sequer pronunciou ou por atitudes que sequer tomou, 6) julgar o outro por procedimentos tomados sem considerar as
razões que os motivaram.
Estas são situações que, nos desafios do cotidiano, podem facilitar um ambiente profissional que valoriza e promove relações interpessoais
saudáveis. Entretanto, a promoção da ética em sentido pleno só será possível quando os próprios princípios da sociedade forem mudados e
o acesso aos níveis mais altos de consciência e democracia for ampliado a todas as camadas sociais.

Segue uma playlist sobre relacionamentos interpessoais, segundo Leandro Karnal

Considerações finais
No início deste e-book questionou-se: há um entendimento claro do que seja a ética e do que ela pode oferecer para a humanidade?
Certamente falta muito este entendimento pelo motivo mesmo das formas como o ser humano está subjugado por formas de trabalho que
o impelem à ignorância, à desumanização em favor da busca pelo dinheiro. Mas não resta dúvidas de que a ética oferece muito.
Se as pessoas emancipadas fizerem um esforço coletivo para compreender melhor os determinantes históricos, políticos e sociais
daquelas que não são livres pelo simples fato de que estão à margem de ao menos entenderem suas reais necessidades, de modo a melhorar
o relacionamento com elas, já é um importante passo para o caminho da emancipação de todos.
Se aqueles que compreendem a natureza e a potencialidade da ética agirem de modo a melhorar as relações interpessoais nos
ambientes profissionais, tratando as pessoas como finalidade e as riquezas como meio, muito se conquistará na dignificação humana.
A simples forma de se relacionar contribui imensamente para isso.
A grande maioria dos conflitos entre as pessoas decorre muito mais de questões mal compreendidas do que efetivamente de
incompatibilidade.
Dom Miguel Ruiz (2005) resume em quatro atitudes a sabedoria de vida dos índios Toltecas (povos pré colombianos que viveram no
México) para a boa convivência e a busca da felicidade. Considera-se oportuno transcrevê-las aqui de forma sucinta como atitudes que criam
condições para o estabelecimento de posturas éticas que sustentam bons relacionamentos interpessoais.
A primeira diz respeito a nunca utilizar da palavra se não for de forma construtiva. Mesmo dizendo coisas duras, que a intenção nunca
seja a de diminuir ou desvalorizar alguém.
A segunda refere-se a nunca tomar nada como pessoal. Toda calúnia ou ofensa diz muito mais da pessoa que a proferiu do que de
quem foi caluniado ou ofendido. Deve-se compreender o momento de raiva que a outra pessoa está passando quando faz este tipo de coisa.
A terceira convida para nunca julgar as pessoas, pois nunca se sabe tudo o que ela passou para fazer o que fez ou dizer o que disse.
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Por fim, a última sabedoria dos Toltecas indica que se deve dar sempre o melhor de si naquilo que o faz ser quem é. Pode-se dizer, com
base na reflexão que foi proposta até aqui, que se trata do trabalho.
Quando se faz do próprio trabalho um instrumento de dignificação pessoal se transforma a si mesmo ao mesmo tempo em que
contribui com a sociedade de forma positiva.
Ambientes profissionais saudáveis, em que as pessoas se conhecem e se cuidam, se unem e se valorizam como classe, tendem a ser
ambientes promotores da ética e da humanização.

Referências
ARANHA, M. L.; MARTINS, M. H. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.
ARISTÓTELES. Política. São Paulo: Martin Claret, 2007.
BARROCO, M. L. S. Ética e Serviço Social: fundamentos ontológicos. São Paulo: Cortez, 2001.
BONA JÚNIOR, A. A dessubjetivação humana nas formas capitalistas de trabalho. In BONA JÚNIOR, A. O corpo na educação
emancipatória da sexualidade: uma análise das iniciativas do Governo do Paraná (2008-2009). Tese (doutorado) –
Universidade Estadual de Campinas, 2013.
CHAUÍ, M. Ética e democracia. São Paulo: SNB, 1994.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
LUKÁCS, G. Ontologia do ser social: os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo: Livraria Editora Ciências
Humanas, 1979.
RUIZ, M. Os quatro compromissos. São Paulo: Best Seller, 2005.
TADÊUS, P. A.; CUNHA, N. A. F. Ética na Educação. Revista Triângulo: Ensino, Pesquisa. v.2. n. 2, p.139-152, jul./dez. 2009
VÁSQUEZ, A.S. Ética. Civilização Brasileira, 1992.

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