Você está na página 1de 130

V1

INVESTIMOS NO TEU FUTURO

INTRODUÇÃO ANÁLISE TÉCNICA ESTRATÉGIA


ÍNDICE

QUEM SOMOS? .................................................................................................. 4


O QUE É O FOREX? .............................................................................................. 5
Os termos básicos do Forex ......................................................................... 6
Pares de Moedas ............................................................................................................... 6
O que é o Pip?.................................................................................................................... 8
O que é o Lote (lot)? .......................................................................................................... 8
O que é o Spread? ............................................................................................................. 9
O que é a Alavancagem (leverage)? ................................................................................ 10

O que é a Margem? ......................................................................................................... 11


O que é o Swap? .............................................................................................................. 14

As Plataformas de Negociação ........................................................................................ 14

Quem negoceia no Mercado Cambial? ....................................................... 15


Fatores que influenciam o Mercado Cambial ............................................. 15
Tipos de Ordens ......................................................................................... 16
Ordem Instantânea.......................................................................................................... 16
Ordens Pendentes ........................................................................................................... 17

Explicação das siglas – LOT SIZE, SL e TP ......................................................................... 18

Tipos de Análise ......................................................................................... 19


Análise Técnica ................................................................................................................ 19

Análise Fundamental ....................................................................................................... 19


Por que tipo de análise optamos? ................................................................................... 20

BAIXO RISCO, ALTA RECOMPENSA .................................................................... 21


Rácio Risco/Retorno (Risk/Return Ratio) ................................................... 21
Qual a razão de uma boa relação de risco/recompensa ser tão importante? ................ 21
Como verificar se um rácio de risco/recompensa é bom? .............................................. 22

Rácio Ganho/Perda (Win/Loss Ratio) ......................................................... 22


O que é o rácio ganho/perda? ......................................................................................... 22

Limitação da relação ganho/perda .................................................................................. 22

Gestão de Risco ......................................................................................... 23


Quanto devo arriscar? ..................................................................................................... 23
Como uso a calculadora? ................................................................................................. 24

1
ANÁLISE TÉCNICA ............................................................................................. 26
Plataformas de Análise .............................................................................. 26
Gráficos de Velas ....................................................................................... 27
O que é uma Vela (Candlestick)? ................................................................ 27
Tendência do mercado ou ausência dela .................................................... 29
Touros (Bulls) ................................................................................................................... 29
Ursos (Bears) ................................................................................................................... 30
Linha de tendência (trendlines) ....................................................................................... 30

O que são resistências e suportes e como os identificar? ........................... 33


O que é uma Resistência?................................................................................................ 33
O que é um Suporte? ....................................................................................................... 34

Um suporte passa a resistência? ..................................................................................... 34

Zonas de Oferta e Procura (Supply & Demand) .......................................... 37


O que é oferta e procura? ............................................................................................... 37

Quais as razões dos desequilíbrios? ................................................................................ 37


Um exemplo da vida real ................................................................................................. 38
Como identificar zonas de oferta e procura? .................................................................. 38
Oferta e Procura vs Resistência e Suporte ...................................................................... 42

Correções .................................................................................................. 43
O que é uma Correção? ................................................................................................... 43
Como delimitar? .............................................................................................................. 43

Diferentes tipos de correção ...................................................................... 45


O que fazer? .................................................................................................................... 47

Tipos de Velas ............................................................................................ 49


Vela Impulsiva Bullish ...................................................................................................... 51
Vela Impulsiva Bearish ..................................................................................................... 51

Velas de inversão (reversal candlesticks) ................................................ 52


Vela de inversão bearish (venda) .................................................................................... 52
Bullish Reversal Candlesticks (compra) ............................................................................ 55
Quando se deve realmente procurar por velas de inversão?.......................................... 57
Exemplos de entradas usando candles de inversão ........................................................ 59

Leitura de Velas (candlesticks) ................................................................ 61


Padrões .................................................................................................. 62

2
O que são? ....................................................................................................................... 62
Double Bottom (duplo fundo) ......................................................................................... 62
Double Top (duplo topo).................................................................................................. 63

Head & Shoulders (cabeça e ombros) .............................................................................. 64


Inverted Head & Shoulders (cabeça e ombros invertido) ................................................ 65
Falling Wedge (cunha descendente) ............................................................................... 66
Rising Wedge (cunha ascendente) .................................................................................. 67

Fibonacci Retracement ........................................................................... 68


INDICADORES ................................................................................................... 71
Sim ou Não? Quais usar? ........................................................................... 71
RSI – Relative Strength Index ..................................................................... 72
RSI – DIVERGÊNCIAS ........................................................................................................ 73

Médias Móveis (Moving Averages) ............................................................ 73


Cruzamento de médias móveis ....................................................................................... 75

Utilizando as EMAs para confirmação de continuação ................................................... 78


EMAs como suporte e resistência ................................................................................... 80

Como começar uma análise? ..................................................................... 82


O porquê de começar sempre por um timeframe mais alto ........................................... 87

Fatores de entrada .................................................................................... 91


A ESTRATÉGIA DA FASE CORRETIVA E IMPULSIVA ............................................. 96
O mercado está sempre em correção e impulso ......................................... 97
Capitalizar dentro de uma correção ........................................................... 99
Como posso melhorar o posicionamento do meu SL? .............................. 110
Com base num bom rácio, quando é que não se deve abrir uma posição? 112
PSICOLOGIA .................................................................................................... 114
DIÁRIO DE NEGOCIAÇÃO................................................................................. 117
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 118

3
QUEM SOMOS?
Fundada em 2018, a Wevesting é uma empresa de investimentos que opera
maioritariamente no mercado cambial. Para além disso, também damos um grande
destaque à educação dentro do nosso leque de serviços.

Apesar de ter começado exclusivamente como uma empresa de trading, a Wevesting


encontra-se neste momento segmentada em duas áreas: investimentos no mercado
cambial e educação em mercados financeiros.

O objetivo deste curso passa por uma exposição dos formandos ao mercado cambial,
permitindo-lhes desenvolver as competências necessárias e preparando-os para
avançar de forma autónoma neste ramo de atividade.

4
O QUE É O FOREX?

O Forex (Foreign Exchange Market), também conhecido como o Mercado Cambial, é


o maior mercado financeiro do mundo, tendo um volume diário de transações que
ultrapassa os cinco biliões de dólares. Neste mercado, as operações são sempre
realizadas na forma de troca de uma moeda por outra (euros por dólares, por exemplo):
as alterações nas taxas de câmbio, que estão em contante mudança, permitem a
obtenção de lucros na compra e venda de divisas.

Por ser o mercado com mais movimento diário no mundo, atrai uma grande
pluralidade de investidores. Apesar da sua volatilidade e risco acrescido (aliás,
precisamente devido a esses fatores) tem também uma possibilidade de retorno
bastante maior do que outros mercados financeiros, especialmente para quem não tem
um grande capital inicial. O Forex acaba por oferecer uma oportunidade de
rentabilidade maior, apresentando um nível de risco acrescido como contrapartida.

5
A maior parte das pessoas perde dinheiro no Forex por falta de conhecimentos
(sejam eles técnicos ou teóricos) e porque encara a negociação como um jogo. Não têm
qualquer tipo de estratégia nem executam qualquer tipo de gestão de risco, falhando
também no controlo do fator psicológico. Todas estas temáticas serão abordadas neste
curso, sendo o objetivo final a transformação dos nossos alunos em investidores
profissionais no mercado cambial.

Os termos básicos do Forex

Antes de tudo, o mais importante é saber os termos mais básicos (e essenciais) do


Forex:

O Par de Moedas;

O Pip;

O Lote (lot);

O Spread;

A Alavancagem (leverage);

A Margem;

O Swap;

As Plataformas de Forex.

Pares de Moedas

Os pares de moedas/divisas são a base do Forex, e como tal é essencial perceber bem
este conceito.

No caso do par GBP/USD: a libra esterlina é a moeda base. O dólar americano


denomina-se como moeda de contraparte. A avaliação da moeda base em relação à
contraparte dá a cotação.

6
Como se pode observar na imagem seguinte, a cotação dos pares de moeda numa
plataforma de trading está disposta em dois valores. O valor de venda à esquerda, e o
valor de compra à direita.

No Forex, o lucro é conseguido através da apreciação ou depreciação do valor de uma


determinada moeda face a outra. Supondo que se investe no par de moeda GBP/USD
(libra/dólar americano): para lucrar, neste caso, será necessário que em caso de compra
(BUY), a libra valorize face ao dólar, e em caso venda (SELL), que a libra desvalorize face
ao dólar.

Isto porque, no mercado cambial, as trades acabam sempre por ser “revertidas”
quando se fecha a posição. Ainda utilizando o exemplo acima: no par GBP/USD, se
comprar (abrir uma posição de BUY) libras utilizando dólares, ao mais tarde fechar a
posição terá de trocar essas libras de volta. Se a libra tiver apreciado durante o período
em que a trade esteve ativa, vai receber mais dólares de volta do que aqueles que pagou.
Lucro!

7
O que é o Pip?

O pip é a menor unidade de variação possível na cotação de um par de moedas. Uma


vez que habitualmente a cotação de um par de divisas se estende até às quatro casas
decimais, 1 pip equivale a uma variação de uma unidade na última casa decimal.

Vejamos um exemplo no par GBP/USD, onde a cotação passa de 1.2928 para 1.2929.
Aqui a variação da cotação representa 1 pip.

É importante mencionar que nem todos os pares de moedas apresentam o mesmo


número de casas decimais; como tal, é importante saber distinguir tais casos, de forma
a conseguir calcular a variação no valor de qualquer par, independentemente da
configuração específica da cotação.

Por exemplo, o par GBP/JPY (libra/iene) apresenta uma cotação de apenas duas casas
decimais (134.20). Como tal, a sua variação será calculada a partir da sua segunda casa
decimal, ou seja: se a sua cotação passar de 134.20 para 134.21, verifica-se uma variação
de 1 pip.

No entanto, nos dias de hoje existem corretoras que também disponibilizam os


“pipets” – figura esta que não passa de uma casa decimal adicional. Vejamos o exemplo
do par GBP/USD, onde a cotação passa de 1.29282 para 1.29295: temos uma variação
de 1 pip e 3 pipets. No caso de a cotação do par GBP/JPY passar de 134.200 para 134.216
temos uma variação de 1 pip e 6 pipets. Apesar desta nova adição feita por certas
corretoras, o pip “normal” continua a ser a unidade de contagem que realmente importa
saber.

Concluindo, é com esta unidade de variação, denominada de pip, que se vai calcular
o ganho ou perda em cada operação.

O que é o Lote (lot)?

O lote é a unidade padrão utilizada no Forex para medir o volume de uma posição.
Isto significa que um trader não abre posições que representam diretamente uma
quantia monetária, mas sim posições que se representam por lotes. Os lotes podem
dividir-se em mini lotes e micro lotes, sendo que 1 mini lote corresponde a 0.1 de 1 lote

8
e um micro lote corresponde a 0.01 de 1 lote. 1 lote padrão equivale a 100 mil unidades
da moeda base.

A tabela em baixo indica-nos o valor de 1 pip em diferentes pares, assumindo que se


está a utilizar o tamanho padrão de lote:

O cálculo para obter o valor de 1 pip por lote é bastante simples. Tomemos como
exemplo o par EUR/USD, onde abrimos uma posição com um volume de 1 lote. Neste
caso devemos multiplicar $100 000 (valor de 1 lote) x 0.001 (valor de 1 pip) = $10. Isto
aplica-se a qualquer outro par; no entanto, é necessário ter atenção aos pares onde a
contraparte é o iene japonês, já que no seu caso o valor de 1 pip é de 0.01. Como tal, os
valores devem ser ajustados no cálculo de modo a refletir essa diferença.

O que é o Spread?

O spread representa, em parte ou na sua totalidade, o lucro que as corretoras obtêm


através da abertura de posições pelos seus clientes. Varia de corretora para corretora e
pode ser fixo ou variável. É expresso em pips e identifica-se através da diferença entre

9
as cotações apresentadas como valor de compra e venda de um par de moedas, como
é possível observar na imagem em baixo:

Por exemplo, tendo em consideração as cotações representadas na imagem acima,


se abrirmos uma posição de compra no par EUR/USD, o spread nessa altura seria de 1.9
pips; como tal, a nossa posição seria aberta com uma desvalorização de 1.9 pips face ao
seu valor de compra. Isto é, em vez de a posição ser aberta com uma cotação de 1.1157,
seria sim aberta com uma cotação de 1.11551, implicando uma perda imediata de 1.9
pips.

O spread é a razão pela qual as posições apresentam sempre um valor negativo


aquando da sua abertura.

Atualmente já encontramos no mercado corretoras que anunciam cobrar zero de


spread (o spread estará sempre lá, mas em valores bastante reduzidos, o que por norma
se traduz em menos de 1 pip); em contrapartida, cobram comissões de abertura de
posições. Esta dinâmica é favorável a certos tipos de estratégia, pelo que a escolha entre
cada uma destas opções dependerá de trader para trader.

O que é a Alavancagem (leverage)?

A alavancagem é uma ferramenta que as corretoras oferecem de forma a permitir


que os seus clientes operem com valores superiores aos que possuem e,
consequentemente, que a margem afeta às suas posições seja menor.

+ LEVERAGE = - MENOS MARGEM RETIDA POR OPERAÇÃO

10
Os valores da alavancagem variam de corretora para corretora, sendo que as
mesmas, por norma, oferecem uma alavancagem até 1:1000, o que permite que os
traders abram posições justamente até 1000 vezes o valor do seu capital investido.
Tendo isto em consideração, o que precisamos de reter é que uma posição que ocupe
uma determinada margem, utilizando uma leverage superior, irá consequentemente
ocupar menos margem, o que nos permite a abertura de mais posições sem ocupar
tanta margem disponível.

Se tomarmos como exemplo uma posição com um volume de 1 lote no par EUR/USD,
usando uma alavancagem de 1:30, podemos observar que esta ocupará uma margem
de 3 333,33€. Por sua vez, se usarmos uma leverage de 1:500, esta mesma posição
apenas irá ocupar uma margem de 200€, o que nos permite abrir mais posições porque
estamos a usar menos margem por posição.

Visto isto, convém clarificar que a alavancagem não tem efeito no valor nominal de
uma posição, ou seja, 1 lote vai valer o mesmo com mais ou menos leverage; a diferença
é que a margem que esta posição ocupa será maior ou menor de acordo com a leverage
usada.

Por ser um termo tão complexo para um trader iniciante, muitas vezes é criada uma
ideia errada sobre o que a utilização de alavancagem realmente implica. As pessoas
acabam por pensar que a mesma pode fazer com que ganhem muito mais (ou percam
muito mais) por posição, o que não é tecnicamente verdade já que, como explicado, a
alavancagem não altera o valor da posição em si, mas sim o facto de a mesma ocupar
mais ou menos margem, o que leva à possibilidade de se poder abrir mais posições
consoante a leverage que se utiliza (+ alavancagem = + mais posições/- menos
alavancagem = - posições).

O que é a Margem?

A margem é outro termo do Forex que para um iniciante se pode tornar bastante
confuso e complexo; como tal, vamos procurar ser tão claros e objetivos quanto
possível.

11
A margem ou margem retida representa o montante (normalmente 2%, 1%, 0,5%,
0,25%) que uma corretora toma como garantia, retida sobre o capital do cliente, para
que este possa manter uma posição aberta. A mesma varia de corretora para corretora
e também depende do nível de alavancagem usado na operação. Por outras palavras, a
margem representa o capital que é necessário ter para manter uma posição em aberto,
evitando que a mesma feche automaticamente. A imagem abaixo mostra como
normalmente se dispõe a margem nas plataformas de trading:

Neste caso a margem representa o capital retido pelas posições abertas pelo
investidor. A margem divide-se em margem disponível e nível de margem; como tal, é
importante diferenciar estes dois conceitos de forma a entender quais as suas
implicações.

Mais uma vez, vamos simplificar ambos os conceitos de modo a facilitar a


compreensão dos mesmos.

12
A margem disponível é o montante do capital que não foi usado para garantir
qualquer posição; como tal, representa o capital disponível para ser usado para esse
mesmo efeito.

O nível de margem, por sua vez, representa o valor percentual da margem retida. O
seu cálculo é bastante simples:

NÍVEL DE MARGEM = (CAPITAL / MARGEM RETIDA) X 100

O nível de margem é uma ferramenta usada pelas corretoras para determinar se o


investidor pode ou não abrir novas posições, e varia consoante o capital do investidor
(à medida que o capital do investidor sofre alterações, o nível aumenta e decresce
também em sua função). O limite de margem usado pelas corretoras pode variar; no
entanto, a maioria determina que seja usado até 100% da margem. Isto significa que
que uma vez que o nível de margem atinja os 100%, o investidor não pode abrir mais
posições. A isto damos o nome de chamada de margem (ou margin call) e acontece
quando as posições que temos abertas estão em perda e, consequentemente,
diminuem o nosso nível de margem até aos 100% do limite. Como foi explicado acima,
uma vez que esta chegue aos 100% o investidor não pode abrir mais posições (pode
também acontecer uma situação onde uma posição que o investidor pretende abrir
ocupe um nível de margem que ultrapassa o limite dos 100%. Como tal, esta também
não lhe será permitida abrir, uma vez que a sua abertura irá ocupar um nível de margem
que ultrapassa os 100%.).

De forma a protegerem-se contra a possibilidade de um investidor alcançar um saldo


negativo, as corretoras têm níveis de “stop out” que determinam o fecho automático
das posições do investidor assim que o nível de margem chegue a determinado ponto.
O limite varia de corretora para corretora; no entanto, por norma enquadra-se entre os
20% a 50%. Isto significa que, uma vez atingidos estes níveis de margem, as posições são
fechadas pela corretora de forma a proteger-se contra a possibilidade de o investidor
ficar com saldo negativo.

13
O que é o Swap?

O swap, também conhecido por rollover, representa o custo diário de manutenção


de uma posição. Isto é, qualquer posição aberta antes das 23h de Portugal será cobrada
com um valor de swap após as 23h. O mesmo continuará a ser cobrado todos os dias
pelas 23h até a posição ser fechada. Como tal, se a posição estiver aberta três dias será
cobrada uma taxa de swap três vezes.

O valor do swap pode ser consultado na própria corretora, e é um valor que se deve
ter em consideração ao criar uma conta numa corretora.

Esta taxa por norma apresenta um valor negativo; no entanto, existem exceções onde
os swaps são positivos, ou seja, a correta basicamente paga ao investidor por este ter
uma posição de um par específico em aberto.

As Plataformas de Negociação

Para operar no mercado cambial é necessária uma plataforma de trading. A


plataforma de trading permite, com acesso à conta de trading numa corretora, operar
no mercado cambial, abrindo e fechando posições.

As plataformas de trading que recomendamos são o Metatrader 4 e o Metatrader 5.

Milhões de traders com as mais variadas necessidades escolhem estas plataformas


para executar operações de negociação no mercado. Independentemente do nível de
preparação do trader, a plataforma dispõe de uma ampla gama de ferramentas: análise
técnica avançada, sistema de negociação flexível, trading algorítmico e experts, bem
como aplicativos para o trading móvel.

14
Quem negoceia no Mercado Cambial?

Os intervenientes mais importantes no mercado Forex são:

Os Bancos Centrais;

Os Governos;

Os Outros Bancos;

Os Fundos de Investimento;

As Corretoras;

Os Investidores Profissionais e Particulares.

Fatores que influenciam o Mercado Cambial

O mercado Forex e os preços das divisas são influenciados por vários fatores:

Taxas de Juro;

Inflação;

Eventos políticos, económicos e catástrofes naturais;

Taxas de crescimento económico;

Oferta e Procura de um par de moedas.

15
Estes mesmos fatores são explicados mais detalhadamente no livro de fundamentals
que é fornecido juntamente com o curso!

Tipos de Ordens

Uma ordem é o processo pelo qual se abre uma posição no mercado cambial. Existem
dois tipos de ordens: a ordem de execução instantânea e as ordens pendentes (buy
limit; sell limit; buy stop; sell stop)

Ordem Instantânea

Execução instantânea: Ordem em que a posição abre de imediato no preço em que


o mercado está de momento.

Processo de abertura de uma posição:

16
Ordens Pendentes

Buy Limit: Ordem que se utiliza quando o preço está acima do desejado, ou seja,
quando o preço descer e atingir o valor pretendido irá ser automaticamente
aberta uma posição de compra (BUY);

Sell Limit: Ordem que se utiliza quando o preço está abaixo do desejado, ou seja,
quando o preço subir e atingir o valor pretendido irá ser aberta uma posição de
venda (SELL);

Buy Stop: O buy stop é uma espécie de sell limit, mas aqui a ordem ao ser aberta
será de compra e não de venda, ou seja, quando o preço sobe e atinge o valor
pretendido abre-se uma posição de compra (BUY);

17
Sell Stop: O sell stop é uma espécie de buy limit, mas aqui a ordem a ser aberta
será de venda, ou seja, quando o preço desce e toca no valor pretendido abre-se
uma posição de venda (SELL).

Explicação das siglas – LOT SIZE, SL e TP

Lot size – O lot size indica o tamanho da posição, ou seja, o valor por pip a ser
investido; quanto maior o lot size, maior será o nível de investimento nessa posição.

Stop Loss (SL) – Valor máximo de perda estipulado ao abrir a posição. Funciona como
um limite: quando o preço toca neste valor, a posição é fechada para precaver mais
perdas. Com o SL consegue-se impedir que a banca chegue a zero devido a um
movimento impulsivo do mercado. O lot size e o SL são muito importantes, pois são os
principais responsáveis por uma boa ou má gestão de banca.

18
Take Profit (TP) – Valor máximo de ganho estipulado ao abrir a posição
(objetivo/target): quando o preço toca neste valor, a posição é fechada em lucro. É
bastante útil para que se consiga segurar o lucro em possíveis movimentos “chicote”
impulsivos, ou seja, movimentos em que o preço sobe muito impulsivamente e depois
desce ainda mais: um TP fecha a posição em lucro assim que o preço cruza o target.

Tipos de Análise

Análise Técnica

A análise técnica é a análise que se baseia apenas no que o gráfico nos apresenta,
sem qualquer tipo de fator externo. No fundo, é uma análise que se baseia na
especulação de movimentos através de certos padrões que o gráfico demonstra.

Na base da análise técnica está o pressuposto de que a ação do mercado não é mais
do que o reflexo da interação entre a oferta e a procura – esta interação é a força que
faz movimentar o mercado, da qual resulta a formação dos preços. A análise técnica
baseia-se nos seguintes pressupostos:

Tudo se reflete nos preços de mercado;

Os preços movem-se em tendências e as tendências perduram;

O comportamento do mercado repete-se.

Análise Fundamental

A análise fundamental é uma análise que se baseia apenas em fatores externos e não
no que o gráfico apresenta. Relatórios, reuniões económicas/políticas, notícias sobre a
economia no geral ou até mesmo um simples tweet de uma entidade poderosa (Donald
Trump, por exemplo) são alguns dos fatores que podem afetar a cotação dos pares de
moedas; como tal, é nesse tipo de informações que se baseia a análise fundamental. É
necessário manter um equilíbrio apropriado entre análise técnica e fundamental, dado
que ambas se completam mutuamente.

19
Por que tipo de análise optamos?

Utilizamos ambos os tipos de análise. Como referido acima, é bastante importante


conciliar o uso das mesmas de forma a obter uma contextualização do mercado mais
correta. No entanto, é importante frisar que a análise técnica é sem sombra de dúvida
a que nos dá mais fundamentos na abertura de uma posição.

20
BAIXO RISCO, ALTA RECOMPENSA

Rácio Risco/Retorno (Risk/Return Ratio)

O risco/retorno representa a relação que temos entre o montante arriscado (SL) e a


potencial recompensa (TP) por posição.

O que chamamos de gestão de risco é uma das “ferramentas” mais importantes a ter
em consideração na abertura de posições. De forma a potencializar o crescimento de
uma conta de trading, é muito importante utilizar um bom rácio risco/retorno
(risk/return ratio). Por norma aconselhamos no mínimo um rácio de 1:2 (TP duas vezes
maior que o SL), pois permite ter uma vantagem sobre as perdas: por cada posição
ganha, cobrem-se duas perdas. Quanto maior este rácio for, melhor será, desde que os
limites sejam definidos de forma apropriada (informados pela price action).

Qual a razão de uma boa relação de risco/recompensa ser tão


importante?

Quando se trata de abrir uma posição, temos sempre de ter em conta o quanto
iremos estar a arriscar para atingir o nosso objetivo. Digamos que neste processo
executamos uma má gestão de risco, arriscando 2% para ganhar apenas 1%:

V - V - D - D - D = - 4%

Presumindo agora que optamos por um rácio positivo de, no mínimo, 1% de risco
para 2% de ganho:

V - V - D - D - D = +1%

Como se pode verificar, esta relação pode afetar bastante a lucratividade de uma
conta, devendo ter-se sempre cuidado com o quanto se arrisca; a longo prazo, estes
valores (que aparentam ser mínimos) serão a diferença entre um trader bem-sucedido
e lucrativo e um trader que falhou no mercado cambial, não tendo nada mais que
prejuízo no mesmo.

21
Como verificar se um rácio de risco/recompensa é bom?

No que toca a verificar se estamos a utilizar um bom rácio, não é necessária nenhuma
matemática avançada; muito simplesmente, se para uma certa posição necessitamos de
arriscar 15 pips, o nosso objetivo de ganho terá de ser no mínimo 30, executando assim
o tal mínimo risk/reward de 1:2.

Rácio Ganho/Perda (Win/Loss Ratio)

O que é o rácio ganho/perda?

O rácio de ganhos / perdas é a diferença entre o número total de negociações


vencedoras sobre o número de negociações perdidas. Não tem em consideração quanto
foi ganho ou perdido, mas simplesmente se elas foram vencedoras ou perdedoras.

Um rácio de ganhos / perdas acima de 1.0 ou uma taxa de sucesso superior a 50%
são sinais favoráveis acerca da viabilidade de uma estratégia de trading.

Por outras palavras, o rácio de ganhos / perdas indica quantas vezes é que um
negociador tem operações bem-sucedidas em relação a quantas vezes perdeu dinheiro.

Exemplo de como utilizar o rácio:

Supondo que realizamos 30 trades, das quais 12 foram vencedoras e 18 foram


perdedoras: estes resultados tornam a relação de ganho / perda de 12/18, o que reduz
para 2/3 ou 2:3. Em formato percentual, o rácio de ganhos / perdas é 12/18 = 0.67, o
que significa que se está a perder 67% das vezes. Usando o número total de negociações
(30), a taxa de ganho ou taxa de sucesso seria 12/30 = 40%.

Limitação da relação ganho/perda

Embora o rácio de ganhos/perdas seja usado para determinar a taxa de sucesso e a


probabilidade de sucesso futuro dos negociadores, ela não é muito útil por si só porque
não leva em consideração o valor monetário ganho ou perdido em cada negociação.

Por exemplo, um rácio de ganho/perda de 2:1 significa que o negociador tem o dobro
de negociações vencedoras do que perdedoras. Parece bom, mas se as negociações
perdedoras forem três vezes maiores que os ganhos das negociações vencedoras, ou

22
seja, se tiver sido utilizado um rácio risco/retorno de 1:3, o negociador terá uma
estratégia perdedora.

Abaixo partilhamos uma tabela que demonstrará o que aqui foi falado de maneira
mais simples.

Gestão de Risco

Quanto devo arriscar?

No que diz respeito ao assunto de risk management (gestão de risco), na Wevesting


temos uma gestão bastante defensiva: recomendando arriscar no máximo entre 1 a 3%
da conta atual. As razões para isto são as seguintes:

Supondo que um trader arrisca por posição cerca de 20% da banca, e esse mesmo
trader acaba por perder cinco posições seguidas (algo bastante normal no mundo do
mercado cambial):

- 20% - 20% - 20% - 20% - 20% = - 100%

Obviamente, quanto maior for o montante investido por posição, também o risco de
perda de banca aumentará exponencialmente. Agora veremos esta mesma situação,
mas com um risco máximo de 3%:

- 3% - 3% - 3% - 3% - 3% -3% + 6% + 6% + 6% + 6% = 6% de lucro

23
Deste modo, conseguimos facilmente entender a importância de um risco adequado;
por muitas perdas consecutivas que um trader possa ter (neste caso, ainda mais do que
o trader de 20%), com apenas metade das posições ganhas conseguiria recuperar o
montante perdido, fazendo com que uma taxa de sucesso de apenas 40% (com um
risk/reward de 1:2) seja suficiente para se ser lucrativo no mercado cambial.

Como saber o equivalente de uma certa % da banca em lot size?

É possível calcular este valor manualmente com umas simples equações, mas hoje
em dia não há necessidade de efetuar as contas quando já há calculadoras que tornam
tudo mais simples e prático. Assim sendo, gostaríamos de recomendar a calculadora
disponível no website https://www.myfxbook.com/forex-calculators/position-size (ou
então, basta apenas pesquisar no Google “myfxbook calculator”).

Como uso a calculadora?

24
Agora é simples: basta preencher os espaços vazios com os requerimentos e ter-se-á
o tamanho/unidades de lot que se deve usar.

Usando o exemplo do par de moedas EUR/GBP, com uma conta de $10 000, 3% de
risco e 30 pips de SL:

Teria de se comprar 0.76 lotes para arriscar apenas 3% da conta.

Esta é sem dúvida a maneira mais fácil e rápida de se calcular o tamanho de lote
adequado.

25
ANÁLISE TÉCNICA

Plataformas de Análise

No que toca a plataformas de análise, aconselhamos apenas duas: o TradingView


(website que fornece gráficos e várias ferramentas de análise) e o MetaTrader (software
de trading que inclui análise de gráficos).

O TradingView oferece uma maior liberdade do que o MetaTrader em termos de


personalização de gráficos. Isto pode parecer insignificante para os menos entendidos,
mas no que toca a análise técnica todo o controlo que se possa ter sobre o gráfico é
importante, e nisso o TradingView é bastante superior. Nesta plataforma podemos
encontrar várias ferramentas de ajuda, vários indicadores e ainda temos a possibilidade
de ter vários gráficos abertos na mesma janela.

O único contra é que algumas destas funcionalidades requerem o pagamento de uma


mensalidade; no entanto, para traders avançados é um investimento que vale a pena,
tendo em conta o quão superior é em relação à versão gratuita.

26
Gráficos de Velas

Antes de explicar o que é uma vela (candlestick), tem de se saber que as mesmas só
são utilizadas no gráfico de velas ou “Japanese candlestick chart”. Este é o tipo de
gráfico mais usado nos mercados financeiros, pois cada vela (candle) dá informação
exata sobre o preço de abertura/fecho durante aquela hora e também sobre o
máximo/mínimo atingido.

O que é uma Vela (Candlestick)?

A vela não é nada mais do que um meio gráfico de transmissão de informação,


nomeadamente sobre o modo como o preço se movimentou durante um certo período
de tempo. Através de uma vela é possível saber qual era o preço quando começou
aquele determinado período de tempo, o mínimo e o máximo que atingiu, e onde
fechou quando esse período de tempo terminou. Pode parecer complicado, mas é mais
simples do que parece.

Supondo que observamos um gráfico com o período temporal de 1 hora, cada vela
irá representar 1 hora de movimento do preço.

27
A verde temos uma vela de alta (bullish), que fecha num preço acima da sua abertura.

A vermelho temos uma vela de baixa (bearish), que fecha num preço abaixo da sua
abertura.

Podemos verificar os nomes das diferentes partes da estrutura das velas na imagem
acima, e o que cada secção representa na imagem abaixo:

28
Tendência do mercado ou ausência dela

Um movimento no preço pode assumir três direções: subida, descida ou


lateralização. Estes três tipos de movimentos podem ser reagrupados em duas
situações: mercado em tendência ou mercado sem tendência (lateralização).

Mercado em tendência de alta define-se por máximos e mínimos


consecutivamente crescentes;

Mercado em tendência de baixa define-se por máximos e mínimos


consecutivamente decrescentes;

Mercado sem tendência, ou seja, em lateralização define-se por formações de


preço onde os máximos e mínimos não são consecutivamente ascendentes nem
descendentes.

Touros (Bulls)

Bulls (bullish) é o nome que se dá às tendências ascendentes na cotação de um par


de moedas, ou seja, quando a moeda base de um par ganha valor face à moeda de
contraparte. Por exemplo, no caso do EUR/USD: quando o EUR ganha força face ao USD
(cotação sobe) chama-se a isso um movimento bullish.

29
Ursos (Bears)

Bears (bearish) é o nome que se dá às tendências descendentes na cotação de um


par de moedas, ou seja, quando a moeda base de um par perde valor face à moeda de
contraparte. Por exemplo, no caso do EUR/USD: quando o USD ganha força face ao EUR
(cotação desce) chama-se a isso um movimento bearish.

Linha de tendência (trendlines)

As trendlines ou linhas de tendência são linhas que determinam a tendência do preço.


São determinadas a partir dos máximos e mínimos crescentes, no caso de uma
tendência ascendente, ou máximos e mínimos decrescentes, no caso de uma tendência
descendente. A trendline é uma das ferramentas de análise mais úteis e, logo, mais
utilizadas na análise técnica: permite-nos perceber a tendência do preço, identificar
eventuais quebras na mesma, e ainda serve como linha de resistência ou suporte ao
preço (dependendo do seu posicionamento).

30
Como se delimita uma trendline?

A delimitação de uma trendline prevê o seu início nos dois pontos iniciais da
tendência. A imagem em baixo ajuda a perceber como se delimita corretamente uma
trendline.

“Bastam dois pontos para delimitar uma trendline, mas são necessários três para
confirmar a mesma.”

É importante perceber que uma trendline representa uma tendência do preço; como
tal, deve apenas ser delimitada nos máximos de preço (1º e 2º ponto na imagem acima)
da tendência no caso de uma tendência descendente (como observamos na imagem) ou
nos pontos inferiores da tendência no caso de uma tendência ascendente.

A trendline pode ser (re)ajustada conforme o desenvolvimento do preço, algo que


pode acontecer em casos onde, após movimentos posteriores na cotação, o preço saia
da zona delimitada pelos pontos originais (1º e 2º) da tendência. Nessa situação,
devemos reajustar a trendline ao novo nível do preço. As imagens abaixo ajudam a
perceber como devemos fazer o ajuste ao desenvolvimento do preço.

31
Nesta imagem observamos a trendline inicial e o momento em que a mesma é quebrada. Nesse momento devemos
ajustar a trendline ao novo higher high por forma a termos uma melhor ideia do desenvolvimento do preço no
decorrer da tendência. Consideramos uma quebra quando o corpo ca vela fecha acima da nossa linha de tendência.

Nesta imagem vemos a nossa trendline ajustada a um novo segundo ponto. É possível identificar os momentos em
que a trendline foi quebrada, e também os locais onde o preço apenas fez retest. Como podem verificar na imagem,
após o preço voltar ao interior da trendline esta foi devidamente respeitada - temos agora novos pontos que nos
indicam outra possibilidade de abertura de posição.

No processo de desenho de uma trendline, deve-se ter em conta que numa tendência de
subida, a trendline desenha-se na parte inferior do movimento, enquanto numa tendência de
baixa, a trendline desenha-se na parte superior do movimento.

32
O que são resistências e suportes e como os identificar?

O que é uma Resistência?

Chama-se resistência a um nível em que o preço demonstra dificuldade a quebrar


para cima; um nível que o preço já rejeitou uma, duas ou mais vezes. Quantos mais
toques forem dados (preço a testar o nível) mais forte e viável essa resistência se torna.

Neste caso podemos observar um nível de resistência constituído por quatro


diferentes toques.

O que acaba por acontecer quando o preço faz vários testes malsucedidos no mesmo
nível é uma inversão do preço, ou seja, o preço não teve força para quebrar aquele nível
e após um certo período de tempo a tentar fazê-lo, acabou por descer até um ponto
mais apropriado para o valor do par, tendo em conta as condições de mercado naquele
momento.

33
O que é um Suporte?

Um suporte não é nada mais do que um nível que o preço tem dificuldade em
ultrapassar, neste caso para baixo. Quantas mais rejeições tiver, mais viável se torna.

Neste caso, tem-se um suporte com uma viabilidade acrescida devido ao número de
vezes que o preço falhou em quebrar o nível (círculos amarelos):

Um suporte passa a resistência?

Através de um suporte podemos averiguar a formação de um novo nível de


resistência (e vice-versa); este tipo de situações são possíveis devido às quebras
constantes de suportes/resistências. Passamos a exemplificar nas imagens mais abaixo:

34
Na imagem abaixo podemos observar uma zona de suporte a ser quebrada:

Após termos estes tipos de quebras, a primeira coisa a fazer é analisar o que o
mercado nos deixou para trás – possíveis pistas para prevermos os futuros movimentos
do preço. Neste caso, temos apenas a nossa zona de suporte que acabou de ser
quebrada.

35
Quando avançamos um pouco no tempo podemos averiguar que a nossa zona, que
outrora foi um suporte, agora é uma resistência:

Identificamos estes níveis como “stress zones” – níveis que tanto podem ser
resistência como suporte.

Este método também funciona para a descoberta de novos suportes. Tudo o que o
mercado faz tem uma razão para tal, e toda a informação deve ser processada
igualmente, seja atual ou passada; quanto mais informação se tiver, mais certeza se terá
relativamente aos setups encontrados, e mais seguros estaremos.

De salientar que este tipo de acontecimentos são bastante vulgares e poderão


facultar uma enorme variedade de entradas.

Não convém apressar o que não pode ser apressado: o melhor é aguardar, tirar
conclusões, e esperar que o preço reaja como se pretende.

36
Zonas de Oferta e Procura (Supply & Demand)

O que é oferta e procura?

A única razão pela qual um preço se move em todo e qualquer mercado é devido a
um desequilíbrio entre a oferta e a procura. Quanto maior o desequilíbrio, maior a
movimentação de preço.

Quais as razões dos desequilíbrios?

O mercado cambial (Forex), tal como o mundo financeiro em geral, é dominado


e governado por grandes investidores, instituições, bancos centrais e
negociadores profissionais. Eles têm a capacidade e a habilidade para mover e
mudar os mercados com milhares de ordens – esses pedidos criam o chamado
desequilíbrio entre a oferta e a procura;

Notícias diárias ocorrem e afetam as economias do mundo;

Notícias positivas geralmente aumentam a procura e reduzem a oferta, levando


a um aumento de preços;

Notícias negativas geralmente diminuem a procura e resultam num aumento da


oferta;

O pequeno investidor acaba por se tornar um isco, fornecendo a liquidez


necessária para os negociadores profissionais que precisam de lançar muitas
ordens. Eles não podem vender se não houver compradores interessados.

Todos os profissionais / instituições têm uma perceção diferente do preço justo e do


valor futuro. A oferta é simplesmente a quantidade disponível, enquanto a procura é a
quantidade desejada. Oferta é a quantidade disponível a um preço específico, a procura
é a quantidade desejada a um preço específico. À medida que os preços aumentam, a
disposição de um vendedor para vender produtos também aumenta. De modo oposto,
à medida que os preços aumentam também vemos uma redução na procura. Os
compradores tendem a comprar mais quando os preços são mais baixos.

37
Um exemplo da vida real

Esta semana, fomos ao supermercado e vimos que o bife estava a metade do preço
que normalmente costumamos pagar: encontra-se com um desconto de 50% face ao
preço da semana passada. Por esta altura, já estamos a pensar em levar mais bifes, ou
seja, uma maior quantidade do que normalmente levamos porque o preço encontra-se
mais barato. À medida que o preço do bife baixa, a procura aumenta – não apenas por
nós, mas para o público em geral. Este exemplo apresenta dinâmicas semelhantes às
que vemos no mercado cambial (Forex).

Como identificar zonas de oferta e procura?

Existem várias formas de identificar as zonas de oferta e procura. No entanto, nós


adotamos o método da quebra das linhas de tendência.

Zonas de procura.

No exemplo abaixo, observamos a quebra de uma linha de tendência descendente,


o que por sua vez irá originar uma zona de procura. A quebra da linha de tendência
descendente é confirmada através de um fecho acima desta. A partir deste momento
podemos desenhar uma zona de procura.

38
Essa zona de procura é delimitada pelo mínimo da vela bearish e vai até ao máximo
do corpo da vela bullish seguinte.

No gráfico abaixo, podemos observar como o preço reagiu em alta face à zona de
procura. Mesmo após uma vela bearish impulsiva, a zona de procura absorveu
completamente a oferta, o que vez com que o preço subisse.

39
Zonas de oferta

No exemplo abaixo, observamos a quebra de uma linha de tendência ascendente, o


que por sua vez irá originar uma zona de oferta. A quebra da linha de tendência
ascendente é confirmada através de um fecho abaixo desta. A partir deste momento
podemos desenhar uma zona de oferta.

Essa zona de oferta é delimitada pelo máximo da vela bullish e vai até ao mínimo do
corpo da vela bearish seguinte.

40
No gráfico abaixo, podemos observar como o preço reagiu em baixa face à zona de
oferta. Mesmo após uma vela bullish impulsiva, a zona de oferta absorveu
completamente a procura, o que fez com que o preço descesse.

Em suma, linhas de tendência descendentes identificam zonas de procura, enquanto


que as linhas de tendência ascendentes identificam zonas de oferta.

41
Oferta e Procura vs Resistência e Suporte

Níveis de suporte e resistência e zonas de oferta e procura são dois conceitos de


negociação que estão intimamente relacionados. Cada um deles define pontos no
mercado onde é provável que o preço inverta o sentido ou pelo menos abrande, e
ambos poderão ser encontrados por todo o gráfico. As zonas de oferta e procura são
geralmente desencadeadas por grandes instituições, criando um grande desequilíbrio
entre a oferta e procura. Estas zonas fornecem ótimos pontos de entrada e saída.

Principais diferenças entre oferta e procura e resistência e suporte:

As zonas de oferta e procura formam-se com menos frequência do que os


níveis de suporte e resistência;

Os suportes e resistências são mais fortes quanto mais toques tiverem – quanto
mais frequentemente o preço reagir a esse ponto, mais forte será o nível de
suporte ou resistência;

Os suportes e resistências são geralmente desenhados em pontos máximos ou


mínimos do preço;

Os suportes e resistências funcionam melhor a níveis históricos de preço,


enquanto que as zonas de oferta e procura evidenciam zonas frescas onde o
preço poderá reagir.

42
Correções

O que é uma Correção?

Uma correção é quando o mercado se está a mover no meio de duas linhas, uma de
resistência e uma de suporte, formando assim um canal corretivo, movendo-se
lateralmente ou diagonalmente.

Como delimitar?

Ao delimitar uma correção, vamos recorrer ao mesmo método de desenho de uma


trendline. A diferença aqui é que as duas linhas que indicariam uma trendline, em
conjunto, irão indicar um canal no qual o preço reage a ambas, tornando essas linhas
em resistências e suportes diagonais.

Na imagem abaixo demonstramos um canal corretivo formado, mas ainda não


delineado.

43
Na seguinte imagem iremos demonstrar este mesmo canal, mas agora com as linhas
de resistência e suporte delineadas.

Gostaríamos de salientar que no caso de ser um canal corretivo ascendente, o


suporte acaba por ser também uma trendline, enquanto que num canal corretivo
descendente a resistência é que é a trendline.

44
Diferentes tipos de correção

No que toca a correções, na nossa visão do mercado apenas existem três tipos:

Correção Ascendente – correção enquanto o preço sobe, formando novos altos


mais altos (higher highs) (AA/HH) e baixos mais altos (higher lows) (AB/HL).

45
Correção Descendente – correção enquanto o preço desce, formando novos
altos mais baixos (lower highs) (BA/LH) e baixos mais baixos (lower lows) (BB/LL).

Correção lateral – O preço sobe e desce, mas não forma novos altos nem novos
baixos.

46
O que fazer?

Conhecendo os três tipos de correções existentes no mercado, tem de se saber o que


esperar das mesmas, o que fazer enquanto se está em fase corretiva e, claro, identificar
as imensas oportunidades de capitalizar nestes momentos.

Começando por “o que esperar” das correções: depois de se perceber o conceito,


acaba por ser algo bastante simples e intuitivo. No entanto, se está no mercado Forex
há algum tempo irá perceber que provavelmente já perdeu certas posições por não ter
este conhecimento. Reforçamos que correções não passam de duas linhas, uma de
resistência e uma de suporte, a formar um canal.

Começando pela Correção Ascendente: quando se está numa correção ascendente


procura-se sempre uma queda no preço (SELL) – mas porquê?

O preço no fundo está numa fase corretiva, fase em que eventualmente atingiremos
um esgotamento de preço e teremos uma queda enorme a corrigir todo esse
movimento lateral que tinha sido efetuado anteriormente. Façamos agora uma
avaliação da seguinte imagem:

47
O par teve um impulso do preço (primeiro retângulo azul) e logo de seguida começou
um movimento corretivo (retângulo verde), corrigindo lentamente até ao valor do início
do impulso. Após um certo período de tempo e a criação deste canal ascendente,
podemos verificar uma nova queda enorme (segundo retângulo azul), confirmando
assim a nossa teoria.

Com as Correções Descendentes é exatamente a mesma situação, só muda o sentido


do movimento:

No que toca a Correções Laterais preferimos manter-nos distantes e operar com


cautela adicional, pois o preço está numa consolidação e, no que toca à nossa estratégia
de negociação, não fornece qualquer visão sobre o que poderá acontecer futuramente.
Tendo isso em conta, por norma efetuamos trading noutros pares mais promissores até
que o par em correção lateral se volte a tornar um bom partido, ou então tentamos ir
capitalizando ao longo dos toques no suporte e resistência.

48
Gostaríamos de salientar que nem todas as correções têm uma forma tão perfeita
como as que aqui foram demonstradas. Há vários outros tipos de movimentos
corretivos, os quais iremos aprofundar e elaborar mais para a frente neste curso,
nomeadamente no tópico “Padrões”.

Tipos de Velas

Velas impulsivas, assim como o nome indica, são velas que demonstram um enorme
impulso do preço (demonstrando força no preço). Há dois tipos de velas impulsivas: as
bullish, que indicam uma força do preço para cima, e as bearish que indicam uma força
do preço para baixo.

Determinamos que uma vela é impulsiva quando visualmente o corpo é superior à


soma do seu pescoço e da sua perna.

49
50
Vela Impulsiva Bullish

Vela Impulsiva Bearish

51
Velas de inversão (reversal candlesticks)

Vela de inversão bearish (venda)


Bearish Engulfing

Bearish engulfing é uma vela que,


como o nome sugere, “engole” as últimas
velas formadas; neste caso, este conjunto
de velas indicaria uma possível inversão
numa correção ascendente, podendo até
determinar o início de uma correção
descendente.

Doji

Doji é uma vela sem corpo, ou seja, o


preço abre e fecha no mesmo sítio. É
conhecida por ser uma das velas mais
precisas no que toca a momentos de
inversão do preço, uma vez que
representa um momento de indecisão.
Por norma, a observação da mesma,
aliada a um nível de suporte ou
resistência, é um possível indicador de
inversão do preço.

52
Hanging Man

Hanging Man é uma vela bearish com


uma perna longa. É chamada de “hanging
man” porque supostamente faz lembrar a
imagem de um homem enforcado. Esta
vela indica-nos que o movimento bullish de
uma correção ascendente perdeu força;
também indica que podemos estar perante
um momento de inversão do preço, onde
os vendedores (sellers) começarão a
empurrar o preço para baixo.

Shooting Star

Shooting Star é provavelmente a vela


mais conhecida, tendo um pescoço
enorme e pouca ou nenhuma perna. É uma
vela que indica uma grande probabilidade
de inversão do preço para bearish, uma vez
que nos indica um possível topo – o
pescoço representa a sua rejeição à
continuação de uma correção ascendente.

53
Evening Star

Evening Star é uma das formações mais


usadas para identificar reversões bearish
numa correção ascendente. Este conjunto
de velas é formado por uma vela bullish
com um corpo grande, uma vela com um
corpo pequeno (pode até ser uma doji), e
uma vela bearish com um corpo grande; no
que toca à vela bearish, em alguns casos
chega a ser uma bearish engulfing, dando
ainda mais enfâse a esta formação e à sua
viabilidade!

Tweezer Tops

Tweezer Tops é uma formação bearish


que indica o final de uma correção
ascendente. Este conjunto de velas
consiste em duas velas com pescoços
iguais/semelhantes, dando assim enfâse
ao começo de uma correção descendente.

54
Bullish Reversal Candlesticks (compra)

Bullish Engulfing

Bullish engulfing é uma vela que,


como o nome sugere, “engole” as últimas
velas formadas; neste caso, este conjunto
de velas indicaria uma possível inversão
numa correção descendente, podendo
até determinar o início de uma correção
ascendente.

Hammer

Hammer é também uma das velas de


inversão mais populares, sendo usada
como um indicador de inversão do preço
para compra. Esta vela indica-nos que
uma correção descendente perdeu força;
também indica que podemos estar
perante um momento de inversão do
preço, onde os compradores (buyers)
começarão a empurrar o preço para cima.

55
Inverted Hammer

Inverted Hammer é uma vela com um


pescoço enorme e pouca ou nenhuma
perna. É uma vela que indica uma grande
probabilidade de inversão do preço para
compra, uma vez que nos pode indicar um
possível fim de uma correção
descendente e o começo de uma
correção ascendente.

Morning Star

Morning Star é um dos setups mais


usados para identificar reversões bullish
numa correção descendente. Este
conjunto de velas é formado por uma vela
bearish com um corpo grande, uma vela
com um corpo pequeno (pode até ser uma
doji), e uma vela bullish com um corpo
grande; no que toca à candle bullish, em
alguns casos chega a ser uma bullish
engulfing, dando ainda mais enfâse a esta
formação e à sua viabilidade!

56
Tweezer Bottoms

Tweezer Bottoms é um setup bullish


que indica o final de uma correção
descendente. Este conjunto de velas
consiste em duas velas com pernas
iguais/semelhantes, dando assim enfâse
ao começo de uma correção ascendente.

Quando se deve realmente procurar por velas de inversão?

Por norma procura-se uma destas velas quando o preço atinge possíveis áreas de
inversão (suportes, resistências e linhas de tendência são alguns exemplos) ou quando
estamos em movimentos corretivos (ascendentes ou descendentes). Exemplificando:

57
Aqui podemos observar uma vela impulsiva a tocar na resistência e na trendline após
uma quebra do nível de suporte – esta seria uma altura perfeita para realmente procurar
uma vela de inversão para se efetuar a entrada.

Se avançarmos umas horas podemos ver um fecho de uma certa vela bearish
(hanging man); se considerarmos a vela como confirmação, juntamente com o toque na
trendline e na resistência, teríamos então a altura ideal para efetuar uma entrada.

58
Exemplos de entradas usando candles de inversão

Bullish Engulfing

Bearish engulfing

59
Doji + Evening Star

60
Leitura de Velas (candlesticks)

A leitura das velas vai muito para além das velas de inversão. As velas indicam-nos o
“momentum” do mercado e qual o seu sentimento, isto é: através destas podemos
observar se o mercado apresenta força para continuar numa certa direção ou se está a
estagnar (perder momentum) e qual a direção em geral (por norma observado em
timeframes de 4H/Daily ou Weekly) que o mesmo apresenta (sentimento).

Passando a exemplificar o básico no que toca à nossa leitura de velas: podemos


observar velas impulsivas no primeiro retângulo (com a exceção da doji), indicando que
o mercado saiu da sua fase anterior bearish e segue agora na direção contrária.
Normalmente, o que a falta de conhecimento originaria seria um fecho da posição por
ver velas similares às de inversão (retângulos amarelos); no entanto, é importante ter
em consideração que após um impulso vem por norma uma correção, e isso é
precisamente o que está aqui a acontecer após cada movimento impulsivo (retângulos
azuis). As velas que observamos indicam indecisão, não uma inversão; como tal,
devemos considerar que o preço está meramente a efetuar uma correção, acumulando
liquidez para continuar o movimento para cima.

61
O mesmo padrão repete-se durante duas/três vezes até que o preço finalmente
atinge uma resistência e começa a deslocar-se lateralmente.

De salientar que conseguimos identificar as velas corretivas quando o corpo da mesma começa
a ser inferior ao pescoço e pernas, indicando assim uma correção/indecisão no preço.

Padrões

O que são?

Padrões no Forex são certos movimentos que o mercado faz dos quais se pode
esperar um certo resultado; são padrões que quando ocorrem dão mais confiança para
a trade. Na nossa estratégia não utilizamos muito padrões, até porque vários deles são
raros de acontecer e outros não são assim tão precisos. No entanto, os padrões abaixo
descritos são os que utilizamos para complementar a nossa estratégia.

Double Bottom (duplo fundo)

Double bottom, como o próprio nome indica, são dois toques no mesmo sítio
(suporte). Quanto mais rápido se obtiver o segundo toque no suporte após uma ligeira
conciliação, mais valido será o setup, ou seja, supondo que se tem o toque em 4H no

62
suporte, um movimento impulsivo para cima, uma correção durante 16H (ou seja,
quatro velas) e logo a seguir tem-se outro movimento impulsivo para o suporte, isso
seria um setup mais que válido de double bottom.

Double Top (duplo topo)

Double top, como o nome revela, são dois toques no mesmo sítio (resistência), dando
assim o alerta para uma inversão seguida de um movimento impulsivo no sentido
contrário.

63
Head & Shoulders (cabeça e ombros)

Head & Shoulders, como o nome indica, é um padrão que se assemelha a dois ombros
e uma cabeça. A utilidade deste padrão é indicar o possível ponto de inversão do preço;
normalmente utiliza-se a resistência criada pelo primeiro ombro como possível entrada
para venda na formação do segundo ombro.

64
Inverted Head & Shoulders (cabeça e ombros invertido)

Inverted Head & Shoulders, como o nome indica, é um padrão que se assemelha a
dois ombros e uma cabeça invertidos (um ser humano de pernas para o ar). A utilidade
deste padrão é indicar o possível ponto de inversão do preço; normalmente utiliza-se o
suporte criado pelo primeiro ombro como possível entrada para compra na formação
do segundo ombro.

65
Falling Wedge (cunha descendente)

Um falling wedge é um padrão que tanto pode indicar uma inversão como uma
continuação. No caso de uma downtrend, um falling wedge indicará uma possível
inversão para cima (imagem acima), enquanto que numa uptrend a formação de um
falling wedge irá indicar uma possível continuação dessa mesma trend (imagem abaixo).

66
Rising Wedge (cunha ascendente)

Um rising wedge é um padrão que tanto pode indicar uma inversão como uma
continuação. No caso de uma uptrend, um rising wedge indicará uma inversão de trend
(imagem acima), enquanto que numa downtrend a formação de um rising wedge irá
indicar uma possível continuação (imagem abaixo).

67
Fibonacci Retracement

Retração de Fibonacci (ou FIB) é uma ferramenta de apoio à análise técnica que tem
como objetivo indicar possíveis níveis de inversão do preço, nomeadamente através de
um conjunto de linhas horizontais; usamos o Fibonacci para identificar possíveis
entradas/saídas após a tendência formar um novo máximo ou mínimo. No FIB original
os níveis de retração são os 23,6%, 38,2%, 61,8% e 78,6%.

No nosso caso (e para a nossa estratégia de inversão em particular) usamos apenas


o 38,2%, o 61,80%, o 78,60% e, apesar de não ser um nível de retração oficial, também
o 70,02% – quando uma inversão é efetuada nestes patamares, o nosso valor alvo será
sempre o nível dos -27,00%.

Quanto ao método de execução, o FIB desenha-se sempre do início ao fim de uma


tendência, ou seja: no caso de uma uptrend, desenha-se do ponto mais baixo para o
ponto mais alto, enquanto que no caso de uma downtrend já será do ponto mais alto
para o mais baixo.

Passamos a demonstrar um FIB (já com os nossos níveis), neste caso numa tendência
de baixa:

68
Neste caso, tendo o nosso FIB desenhado, iremos então procurar por reversões,
principalmente no nível dos 38,2%. Em caso de quebra do mesmo, o foco passa para as
zonas entre o 61,80% e os 78,60% – o objetivo é efetuar uma entrada para venda até ao
nível dos -27,00%.

Avançando um pouco à frente no nosso gráfico:

Aqui já podemos ver uma retração nos 38,2% – efetuada com uma clara rejeição do
preço – dando assim confirmação para abertura de uma posição de venda. Colocando o
SL acima do nível dos 38,2% e o nosso TP no nível dos -27%, neste caso estaríamos a
arriscar 40 pips para um ganho de 200 pips, tendo assim um rácio de risco/recompensa
de 5.00.

69
Avançando novamente no gráfico:

Podemos verificar que o preço efetivamente atingiu o nosso objetivo de 200 pips,
formando assim o movimento previsto através do FIB. Gostaríamos de salientar que o
FIB consegue ser ainda mais poderoso quando aliado a outros instrumentos de análise
técnica, tais como trendlines, suportes, resistências, etc.

70
INDICADORES

Sim ou Não? Quais usar?

No que toca a indicadores, o mercado Forex é provavelmente o que tem mais


indicadores atribuídos (então para quem usa o MetaTrader, ainda pior é). Qualquer
pessoa pode criar um indicador e publicá-lo para uso público, o que saturou
completamente este “mercado” – que acaba por ser maioritariamente utilizado por
novatos, que procuram o conjunto de indicadores perfeito. Spoiler alert: tal conjunto
não existe. Essa procura não passa de uma manifestação do desejo (talvez até
subconsciente) de encontrar um método “fácil” de investir. Muitos desses investidores
iniciantes querem passar à frente da fase de aprendizagem, pois estudar análise técnica
requer esforço e dedicação; esquecem-se que a paciência é uma virtude (especialmente
no trading) e não sabem (ou recusam-se a acreditar) que nenhum conjunto de
indicadores consegue superar uma análise bem feita.

A informação necessária para fazer trading está (e sempre esteve) no gráfico. No


entanto, existe um conjunto de indicadores que consideramos um ótimo complemento
à análise técnica.

Outra razão pela qual muita gente usa indicadores e procura o conjunto “perfeito” é
o simples facto de que uma das plataformas mais usadas (MetaTrader) inicia logo o
gráfico com imensos indicadores abertos.

71
Na nossa opinião, a utilidade dos indicadores limita-se às médias móveis e ao RSI.

Gostaríamos também de salientar que os indicadores, por natureza, não


conseguem interpretar imediatamente os novos movimentos do preço, pelo que a
informação que os mesmos nos dão tem sempre um certo tempo de atraso
relativamente à price action propriamente dita.

RSI – Relative Strength Index

O RSI (Relative Strength Index) é um dos indicadores mais usados e tem como
objetivo ajudar o trader a perceber a força atual do mercado, indicando se um par de
divisas está a ser excessivamente comprado (overbought) ou excessivamente vendido
(oversold). O RSI está disposto numa escala que vai de 0 a 100 valores:

Valores acima de 70 dão a informação de que o par de divisas se encontra


sobrecomprado, apontando assim para uma oportunidade de vender esse
mesmo par;

Valores abaixo de 30 dão a informação de que o par se encontra sobrevendido,


apontando assim para uma oportunidade de compra do par de divisas.

72
RSI – DIVERGÊNCIAS

Apesar de o RSI ser maioritariamente usado como um indicador de sobrecompra,


também pode ser interpretado em termos de divergências com o preço. Estas
divergências ocorrem quando o RSI indica uma tendência descendente e o preço indica
uma tendência ascendente (e vice-versa).

Este tipo de divergências são um ótimo sinal de inversão quando estamos em zonas
de suporte/resistência. A trend que está disposta no RSI (contrária à trend do preço)
aponta para o possível movimento futuro do preço; logo, se durante uma tendência
descendente o preço atingir uma zona de suporte e, ao mesmo tempo, o RSI estiver a
seguir uma tendência ascendente, temos uma indicação de que na zona de suporte
poderemos ter uma inversão para cima (ver imagem abaixo).

Médias Móveis (Moving Averages)

Médias móveis, assim como o RSI, faz parte do grupo de indicadores mais usados.

Há vários tipos de médias móveis – a que nós usamos denomina-se média móvel
exponencial (EMA – Exponential Moving Average). Ao contrário das outras variantes,

73
este tipo de média coloca uma maior enfâse nas ações mais recentes do preço, o que
acaba por combinar perfeitamente com a nossa estratégia de day trading.

Assim, e como o nome indica, o objetivo da média móvel é efetuar uma suavização
do movimento do preço.

Ao configurar uma média móvel há três fatores a ter em conta:

Tipo de média móvel - Simples (SMA), exponencial (EMA) e ponderada (WMA);

Comprimento (Length) – Número de velas que a média terá em consideração.


Este número faz com que o peso da média móvel varie de período temporal para
período temporal – uma média móvel exponencial com um comprimento de oito
velas, no período temporal de 1H, fará uma suavização do preço dando uma
enfâse maior às últimas 8H;

Origem (Source) – Origem do valor que a média irá usar. Podemos escolher entre
a abertura da vela (open), o ponto mais baixo da vela (low), o ponto mais alto da
vela (high) e o fecho da vela (close) – uma média móvel com origem no fecho das
velas irá fazer uma suavização do preço com base no valor de fecho.

Em relação ao offset, mantemos sempre a 0 – o intuito da média móvel é


representar uma média correta, e o offset introduz um certo desvio.

74
No que toca à nossa estratégia em particular, optamos por usar um conjunto de duas
EMAs:

Média Móvel exponencial de 8 (fecho);

Média Móvel exponencial de 14 (fecho).

No que toca à utilização de médias móveis, nós incorporamos as mesmas na nossa


estratégia em três situações diferentes: usamos o cruzamento para identificar uma
possível inversão na tendência do preço, usamos como suporte/resistência, e em vários
casos usamos como confirmação de continuação do preço.

Cruzamento de médias móveis

O cruzamento de médias móveis verifica-se quando a linha de uma média móvel se


cruza com a da outra – este acontecimento indica uma possível inversão na tendência
do mercado.

75
Na imagem abaixo podemos ver uma correção do preço após um movimento
impulsivo.

Durante uma correção/consolidação, podemos ver que as EMAs se cruzam bastantes


vezes – isto é completamente normal, especialmente tendo em conta que, como o preço
está lateral, não há uma direção certa da tendência do mercado. Neste tipo de situações
só entraremos numa posição quando o preço de facto quebrar a nossa linha de
tendência e as EMAs se cruzarem no mesmo sentido da quebra.

76
Verificando-se a quebra da linha de tendência em conjunto com um cruzamento das
EMAs, teríamos então confirmação suficiente para a abertura de uma posição de
compra, colocando o TP sempre no início da linha de tendência e o SL ligeiramente
abaixo do cruzamento das nossas médias móveis, de modo a manter uma margem
saudável.

Recapitulando o cruzamento das EMAs:

Cruzamento ascendente – Média de 8 cruza para cima da média de 14,


identificando assim uma possível inversão do preço para cima;

Cruzamento descendente – Média de 8 cruza para baixo da média de 14,


identificando assim uma possível inversão do preço para baixo.

77
Utilizando as EMAs para confirmação de continuação

Após o início de um movimento impulsivo, há sempre várias ocasiões em que o preço


demonstra uma possível inversão – é necessário reagir com cautela, pois algumas destas
“falsas inversões” podem levar ao fecho prematuro de posições. Para prevenir que isso
aconteça, utilizamos as médias móveis como um nível de segurança em reversões.

Na imagem abaixo iremos dar continuação ao nosso setup de compra do tópico


anterior, demonstrando o potencial das médias móveis neste tipo de situações.

78
O preço começa por ultrapassar o nosso alto mais alto, efetuando de seguida uma
retração e uma falsa quebra para baixo – durante essa falsa quebra, podemos ver um
toque nas médias móveis e um fecho da vela a indicar uma força bullish.

Ao efetuar uma entrada neste nível, podemos ver que apesar do grande movimento
bullish já feito anteriormente, o preço ainda tem mais para oferecer (imagem abaixo).
Neste tipo de entradas baseadas em médias móveis, o SL deverá ser colocado
ligeiramente abaixo da média e o TP deverá ser colocado de acordo com o próximo nível
de resistência/suporte; em caso de não existir um, o TP deverá ser no mínimo o dobro
do SL.

Após o impulso, podemos ver mais um teste nas nossas médias móveis – efetuando
assim um alívio no preço e dando a possibilidade de um movimento bullish maior.
Gostaríamos de salientar que enquanto o preço não quebrar e/ou as médias móveis
não se cruzarem, a tendência do mercado deverá continuar. Na imagem seguinte
demonstramos o resultado final de abrir/aguentar a posição com base nos toques das
nossas médias móveis. Gostaríamos também de sublinhar que as médias móveis
deverão ser complementadas com price action – uma entrada unicamente baseada em
médias móveis não é de todo a estratégia mais viável e/ou recomendável.

79
EMAs como suporte e resistência

Na imagem apresentada acima, podemos visualizar o que aparenta ser um setup de


compra claro, com três fatores a fundamentar uma entrada; neste tópico iremos
demonstrar como é que uma média móvel, ao servir de resistência/suporte, pode

80
facilmente alterar a nossa perceção do movimento do preço. Com isto não queremos
cancelar este tipo de setups de compra – o setup em si continua a ser viável. Queremos
apenas advertir que este tipo de situações poderá ser um aviso do mercado para
efetuar o fecho da posição enquanto ainda se tem a oportunidade.

Na imagem abaixo vamos dar continuação a este mesmo setup, mas agora com uma
ligeira subida já efetuada. Também podemos ver que após essa subida o preço
demonstrou enormes dificuldades em quebrar as nossas médias móveis,
transformando-as deste modo numa resistência.

Neste tipo de situações, a conclusão que acabamos por tirar é que este movimento –
que outrora parecia uma inversão do preço – trata-se apenas de uma correção do
mesmo, para que possa continuar com a sua tendência (neste caso para baixo).

A mesma situação também ocorre várias vezes no sentido oposto, onde as médias
móveis se tornam um suporte – a regra básica é que enquanto o preço não quebrar as
médias móveis e/ou as mesmas não se cruzarem, não haverá confirmação de inversão.

81
Como podemos averiguar no último gráfico, após várias tentativas de quebra da
média o preço acabou por reverter impulsivamente e continuar a sua tendência de
descida.

Para terminar o tópico das médias móveis, gostaríamos de sublinhar novamente que
as médias móveis, por si só, não são suficientes para efetuar uma entrada – devemos
sempre conciliá-las com outros fatores de abertura.

Como começar uma análise?

Ao começar uma análise, devemos sempre dar enfâse ao período temporal mais alto,
porque quanto maior for o período temporal, mais importante e relevante vai ser a
informação demonstrada no gráfico. Um período temporal de 15 minutos não nos dará,
nem de perto nem de longe, níveis tão certeiros como um período temporal de 1
semana (em breve discutiremos este tema de forma mais aprofundada).

82
A primeira coisa a fazer é abrir o gráfico num timeframe mais alto – neste caso está-
se a usar o semanal (weekly):

Com o gráfico aberto em semanal, começa-se por identificar suportes e resistências


próximos, assim como qualquer padrão que esteja presente:

83
Com isto feito, reduzimos o período temporal para averiguar que informação
adicional podemos retirar do gráfico. Verificando agora em diário (daily):

No período temporal diário já conseguimos ver que existem vários níveis de inversão
próximos do preço atual. Reduzindo ainda mais o período temporal para 4H, temos:

84
Em 4H conseguimos ver uma trendline ascendente formada, que já foi quebrada no
terceiro toque, e também dois possíveis objetivos de TP (toques prévios que formaram
esta tendência ascendente).

Descendo ligeiramente o timeframe para 1H, iremos executar algumas operações


(exemplificadas na imagem abaixo) de modo a verificar se realmente temos alguma
entrada confirmada ou se temos de ter algo em atenção:

Podemos então ver que apesar da quebra impulsiva da trendline, o RSI está a
demonstrar um nível excessivo de vendas (oversold), dando assim enfâse a uma possível
inversão para cima.

Neste tipo de situações, o melhor é reavaliar o que já temos no gráfico e aguardar


que surja algum novo indício – algo que possa ajudar na entrada para uma posição de
venda.

Neste caso podemos então aguardar por um retest da nossa trendline (preço quebra
e efetua um novo teste na linha de tendência) e entrar com uma candle/padrão de
inversão.

85
Avançando um pouco no tempo:

Com este movimento bullish até à nossa trendline, podemos verificar que o RSI já se
encontra em níveis completamente aceitáveis para se abrir uma posição de venda (não
está nem sobrecomprado nem sobrevendido) e que, após o toque na nossa trend,
tivemos a formação de uma bearish engulfing, dando assim a confirmação necessária
para efetuar uma entrada para venda.

Neste caso colocaríamos o nosso SL no topo da candle, dando assim espaço para uma
ligeira correção antes da queda do preço esperada, e colocaríamos o nosso TP
ligeiramente antes da primeira zona de suporte/reversal – assim, caso o preço falhe o
toque, a nossa posição dará lucro na mesma. O SL ficou a 30 pips e o TP a 100 pips, o
que equivale a um risk/reward de 3.33.

86
Avançando mais uma vez no tempo para vermos o resultado da posição:

Posição bem-sucedida e sem qualquer tipo de complicações; podemos também ver


que na altura em que o nosso TP foi atingido, já tínhamos o RSI num nível bastante
sobrevendido, sinalizando assim a aproximação de um novo movimento para cima.

Salientamos que todas as entradas e saídas devem ser efetuadas apenas após o
fecho das velas relevantes; enquanto a vela em questão não fechar, não há como
atribuir um significado à mesma, pois a sua configuração só fica fixa com o fecho.

O porquê de começar sempre por um timeframe mais alto

No que toca a análise técnica, recomendamos sempre uma abordagem de cima para
baixo, ou seja, começar a análise num período temporal mais alto e ir reduzindo (dia →
4 horas → 1 hora) de maneira a conseguir ter uma perceção mais completa de potenciais
zonas de tendência e de inversão do preço. De seguida iremos demonstrar como a
desconsideração de timeframes superiores pode resultar em erros.

87
Na imagem acima podemos observar uma possível formação de venda no período
temporal de 15 minutos: temos uma clara rejeição do nosso nível de resistência (uma
candle com um pescoço enorme, similar a uma doji), o que indicia uma inversão do preço
para baixo.

88
Simulando a entrada, podemos ver que o nosso rácio de risco/recompensa é
aceitável: arrisca-se 20 pips para ganhar 40 pips, o que equivale a um rácio de 2.00.

Avançando ligeiramente:

O preço bateu no SL, tendo-se movido na direção contrária à nossa previsão. Perdas
são normais no mercado cambial, inevitáveis até. Aliás, fazem parte do grande processo
de aprendizagem – mas há perdas que podemos considerar desnecessárias, pois são
causadas por um erro da parte do analista e, logo, poderiam ter sido evitadas.

Tudo aqui indicava que de facto o preço fosse efetuar uma inversão para baixo; a
análise e a estratégia foram executadas corretamente, mas o período temporal tão
baixo faz com que tudo seja menos relevante, ou seja, quanto mais baixarmos o nosso
período temporal de análise, menos importância terão os fatores que lá forem
encontrados.

Na imagem abaixo veremos esta mesma entrada, mas num período temporal quatro
vezes mais longo, ou seja, de 1H:

89
No gráfico de 1H, encontramos um cenário completamente contrário: uma quebra
da nossa resistance trendline, seguida de um retest, com duas candles de pernas longas
a rejeitar as nossas EMAs (formando uma morning star). Com base nesta informação,
uma venda seria algo fora de questão; aliás, com todos os fatores aqui reunidos,
teríamos o necessário para uma entrada em BUY.

Com isto queremos reforçar que por vezes não é a estratégia em si que está a falhar,
mas sim a abordagem que o analista utiliza na prossecução da mesma. Perdas são mais
que normais no mercado Forex, mas cabe-nos a nós tentar minimizá-las ao máximo e,
especialmente, tentar compreender o que correu menos bem, usando essa informação
para corrigir a nossa atuação. Perder faz parte da aprendizagem de um analista – para
se ter sucesso no longo prazo, analisar as perdas é tão importante como atingir um TP.

90
Fatores de entrada

Quando falamos em fatores de entrada, a verdade é que não há nenhuma regra geral
ou alguma combinação que vá indicar a inversão ou continuação do preço a 100%; o
mais importante na abertura de uma posição é obter vários fatores que fundamentem
a entrada, de modo a que o analista esteja psicologicamente confiante na posição em
si. Se algum destes fatores falhar, a probabilidade de um fecho prévio ou de uma má
abertura são significativamente mais elevadas.

Comecemos por denominar os nossos fatores de entrada:

Candles de Reversão;

Zonas de suporte e resistência;

Zonas de procura e oferta;

Quebra de trendlines;

Quebras e retest de trendlines + zonas de suporte e resistência;

Cruzamento das médias móveis;

RSI em níveis sobrecomprados ou sobrevendidos;

Divergências do RSI.

Para efetuar uma entrada temos de ter um mínimo de dois fatores a confirmar
essa mesma entrada. Também é de salientar que se tivermos dois ou mais fatores a
confirmar e apenas um a demonstrar o oposto, a entrada não será válida!

91
Na imagem disposta acima podemos identificar uma possível entrada de compra –
estamos no período temporal de 2H (apenas estamos neste período temporal para a
imagem do setup ser perfeitamente visível) e podemos ver que, neste setup em
particular, temos:

Um toque na nossa zona de suporte;

A informação de que o RSI se encontra próximo de níveis sobrevendidos;

Um claro abrandamento do preço, estando há cerca de 10H a consolidar nesta


zona de suporte;

Os dois possíveis TPs em caso de inversão.

De seguida, o que se deve fazer é mudar o período temporal para um período inferior,
que seja compatível com a nossa correlação de pares – neste caso, o de 1H – e aí
procurar mais sinais que nos possam dar uma melhor confirmação de entrada.

92
Já no período temporal de 1H podemos ver que o RSI, para além de ter alcançado
níveis sobrevendidos, também está a demonstrar uma clara divergência com o preço,
aumentando o nível de confiança na nossa posição de compra.

Nesta situação, tendo em conta os dois fatores que já temos acumulados (divergência
RSI + rejeição nível suporte), apenas necessitaríamos da quebra das EMAs em 1H (preço
fechar acima das mesmas) para realmente confirmar uma possível corrida bullish.

93
Passadas umas horas, podemos ver então a quebra das EMAs no período temporal
de 1H, precisamente o que nós queríamos para confirmar esta possível corrida do preço
para cima.

No que toca ao posicionamento do SL, colocamos um SL de 25 pips logo abaixo do


ponto mais reduzido do preço – caso o preço realmente quebre esse nível, o setup fica
automaticamente invalidado. No que toca ao TP, colocamo-lo na primeira área de
resistência (que fica a cerca de 100 pips), apontando assim para um target mais realista.
Ao definir TPs, devemos ter em atenção o quão longe estamos a colocá-lo, pois um TP
muito longo não é de todo favorável – dará mais margem de erro para uma possível
reversão do preço, e poderá levar a custos de swaps alargados no caso de a posição
continuar em aberto durante mais que um dia.

94
Deixamos o resultado desta posição na imagem abaixo:

Como referimos mais acima, nem todas as posições terão os mesmos fatores de
entrada. O importante na abertura de posições é acumular o maior número possível de
fatores de confirmação (se porventura houver apenas dois fatores de entrada, deve-se
verificar se não há nenhum outro que a invalide); quanto mais confirmação tiver, mais
seguro o analista se vai sentir na sua previsão. Especial atenção ao estado psicológico
quando se abre uma posição: uma sensação de insegurança irá sem dúvida afetar o
julgamento de um trader, tanto na hora de tomar decisões de fecho como até no
posicionamento de SLs.

95
A ESTRATÉGIA DA FASE CORRETIVA E IMPULSIVA
Esta estratégia baseia-se na ideia de que existem apenas duas fases no mercado:
temos a fase corretiva, em que o mercado está em consolidação, e temos a fase
impulsiva, que ocorre quando o preço quebra a fase corretiva e efetua um movimento
forte e repentino.

Durante este tópico, iremos consolidar e aplicar tudo o que aprendemos ao longo do
curso.

96
O mercado está sempre em correção e impulso

Pode parecer uma afirmação demasiado categórica para se fazer, mas a verdade é
que o mercado está sempre ou numa fase corretiva, ou numa fase impulsiva.

Na imagem acima podemos facilmente identificar essa dinâmica: vê-se claramente


que o preço, antes de efetuar qualquer impulso, tem sempre uma fase corretiva por trás
(nas fases corretivas conseguimos sempre colocar o preço entre duas linhas de
resistência e suporte, enquanto que na fase impulsiva não existe tal possibilidade). O
mais importante nesta estratégia é perceber que dentro destes “macroperíodos”
corretivos há ainda mais períodos corretivos, ou seja, dentro de uma grande correção
(correção situada no período temporal superior) há correções e impulsos mais
pequenos, como podemos comprovar na imagem abaixo.

97
A grande correção disposta na imagem anterior tornou-se num conjunto de
correções e impulsos; quanto mais se diminuir o período temporal, mais possíveis
entradas teremos. Isto faz com que, apesar de nós procurarmos entrar apenas nas fases
impulsivas, tenhamos sempre imensas oportunidades de entrada, devido à quantidade
enorme de movimentos corretivos e impulsivos que ocorrem dentro de cada macrofase
corretiva.

Reforçamos que ao diminuir o período temporal com o objetivo de identificar mais


entradas, deve-se sempre ter em atenção as linhas de tendência do canal original –
apesar de existirem várias correções num período temporal menor, a correção que se
encontra no período temporal mais elevado será sempre mais precisa de que as que se
encontram no inferior.

98
Capitalizar dentro de uma correção

Na imagem acima podemos observar uma correção descente já formada; no entanto,


antes deste canal corretivo ter chegado a este ponto houve várias oportunidades de
entrada. Neste tópico iremos demonstrar como se pode capitalizar com essas zonas, e
também com o canal corretivo maior em si.

Nas imagens abaixo iremos começar a abordar todo este movimento, desde a
primeira oportunidade de capitalizar até à quebra desta correção maior.

DICA RÁPIDA: NO TERCEIRO E APÓS O TERCEIRO TOQUE NA ESTRUTURA, A


HIPÓTESE DE A QUEBRAR É MAIS ELEVADA.

99
Nesta primeira janela de entrada, vemos a quebra de uma linha de tendência seguida
de um retest da mesma, sinalizando uma possível entrada para compra (baseada apenas
em price action). Averiguando todos os outros parâmetros que temos disponíveis,
podemos observar que temos um cruzamento das nossas EMAs e que o RSI está em
níveis aceitáveis (não estando nem sobrecomprado nem sobrevendido), dando assim
ainda mais confirmação a esta posição de compra. Por último, adicionamos um
Fibonacci para termos uma ideia dos níveis em que o preço poderá parar o seu
movimento ascendente, o que nos irá ajudar no posicionamento do TP.

100
No momento de abertura da posição adicionamos uma zona de oferta, onde o preço
poderá reverter no futuro; para além disso, colocamos o nosso SL ligeiramente abaixo
das EMAs, o que acaba por também se situar abaixo da nossa linha de tendência (caso
o preço quebre as médias, o setup torna-se nulo). Se depois colocarmos o TP no último
ponto alto da tendência, ficamos com um rácio de risco/recompensa de 2.00 – um nível
de risco aceitável.

No posicionamento do SL, devem ter sempre uma perceção do que anularia a


razão de entrada – só assim poderão otimizar o posicionamento dos SLs. Seja uma
resistência, trendline, quebra das médias móveis, ou qualquer outro fator, o SL
deverá ficar sempre abaixo/acima desses níveis.

Para além disso, o SL deverá ter uma margem de no mínimo 3 pips + spreads, ou
seja, se o spread do par GBP/USD for de 1,5 pips, o SL terá de ficar a 4,5 pips de
distância do fator no qual se baseia (um suporte, por exemplo).

101
O preço acabou por atingir o TP e reverter impulsivamente no nível 61,80% do nosso
FIB, não fornecendo assim mais nenhuma oportunidade de entrada.

Depois da última posição podemos ver uma lateralização do preço, que acaba por
resultar numa queda maior (não fornecendo, mais uma vez, qualquer oportunidade de

102
entrada). Estes tipos de movimentos são completamente normais no mercado cambial,
e nem sempre haverá oportunidades de entrada associadas.

Após este movimento corretivo terminar, verifica-se a formação de uma nova


oportunidade para capitalizar.

Nesta nova oportunidade deparamo-nos com um setup similar ao anterior – só que


neste caso, a quebra da tendência não foi seguida por um retest. De qualquer modo,
continuamos a ter todos os outros fatores presentes (quebra da linha de tendência +
cruzamento das EMAs). O pensamento por trás do TP e do SL também é exatamente o
mesmo: SL abaixo das médias móveis e TP no ponto alto anterior.

103
O preço acabou por efetuar o movimento desejado, quebrando a nossa zona de
oferta e testando novamente a trendline – um possível setup para BUY. Infelizmente,
neste caso o rácio de risco/recompensa não compensaria a entrada; às vezes, o melhor
é mesmo deixar a oportunidade passar (a paciência é uma virtude). Podemos também
averiguar que o processo de subida do preço levou à formação de uma nova linha de
tendência – e que essa linha foi agora quebrada.

104
Analisando novamente todos os parâmetros de entrada verificamos que, mais uma
vez, temos todos os fatores necessários reunidos – podemos entrar em venda, com o TP
numa possível zona de procura e o SL ligeiramente acima do último cruzamento das
médias móveis.

105
O preço não só atingiu o nosso TP, como rasgou a zona de procura onde o colocámos,
passando para baixo dela. Depois desta quebra, a zona de procura foi testada
novamente (desta vez servindo já como resistência), o que nos indica uma nova
oportunidade de venda. Este retest foi seguido por um breve período de consolidação,
que terminou abruptamente com o surgimento de uma grande bearish engulfing (fecho
em 1H) – e como este movimento abrupto impediu que as EMAs se cruzassem,
obtivemos mais uma indicação de que o preço iria continuar para o downside. Desta vez,
o SL deveria ser colocado ligeiramente acima das médias, e o TP na zona de procura mais
próxima.

106
Aumentando agora a timeframe (imagem acima), podemos verificar que já temos um
canal corretivo formado em 4H – e como salientámos anteriormente, o terceiro toque
na linha de tendência tem sempre uma maior chance de quebra. Isto significa que o
próximo toque na trendline superior poderá resultar numa quebra da estrutura.

107
No processo de subida até à linha de tendência superior surge uma nova
oportunidade de entrada; no entanto, como já aconteceu anteriormente, o nosso rácio
de risco/recompensa não permite tal entrada, sendo a possível perda superior ao
possível ganho.

Após cerca de 14 dias (período de tempo desde o início do movimento corretivo até
à quebra) podemos ver o preço a quebrar o canal corretivo. Neste caso já temos a
quebra do canal corretivo confirmada (vela fechou acima da resistance trendline), o
cruzamento das EMAs a identificar uma possível inversão na tendência do preço, e ainda
podemos ver o RSI em níveis completamente normais. No processo de abertura da
posição, utilizamos a zona de inversão mais próxima como TP e, como sempre, o SL fica
situado ligeiramente abaixo do cruzamento das nossas médias móveis.

108
Mais uma vez o preço acaba por atingir o nosso objetivo, chegando até a quebrar
esse nível.

Gostaríamos de salientar que ao longo de aproximadamente 10 dias de trading,


tivemos cerca de cinco entradas válidas e duas entradas inválidas. Quando se trata de
negociar em qualquer mercado de alto risco, não devemos tentar apressar o movimento
do preço, ou seja: aguardar pelos fechos das velas é crucial no que toca à abertura de
posições. Uma vela de 1H pode demonstrar um sentimento de compra durante 59
minutos e 51 segundos, só para depois reverter nos últimos 9 segundos da hora,
mudando toda a nossa análise em relação à possível compra; neste departamento irá
ser importante a gestão emocional, assunto que iremos abordar num capítulo posterior.

109
Como posso melhorar o posicionamento do meu SL?

No que toca a melhorar o posicionamento de SLs, é importante ter a perceção de que


nem sempre maior significa melhor: só porque temos um TP de 200 pips, não significa
que teremos de ter um SL de 100 pips. De forma a clarificar esta ideia, vejamos o
seguinte exemplo:

110
Podemos ver que temos um SL de 30 pips para um ganho de 90, o que resulta num
rácio de risco/recompensa de 3.00 (rácio que em si é de facto bom); no entanto, não há
de todo a necessidade de arriscar tanto quando temos uma entrada tão junta ao nosso
nível de resistência. Nestas situações, o propósito do SL é cobrir a posição ligeiramente
acima da zona de resistência mais próxima, até porque caso o preço quebre esta mesma
resistência, o setup de entrada torna-se inválido (como referimos mais acima, o SL
também deve ter uma margem extra de 3 pips + spread do par). Nesta situação em
particular, com os 30 pips de SL, apesar do bom rácio de risco/recompensa estaríamos
a arriscar o dobro do que realmente é necessário:

Através de uma análise de risco completa (verificando todos os possíveis níveis de


reversão) podemos observar que apenas 15 pips seriam mais que suficientes para cobrir
o nosso nível de resistência e ainda dar alguma margem (para o preço poder oscilar por
volta daquela zona); deste modo, conseguimos reduzir o risco para metade, ao mesmo
tempo que potencializámos o nosso rácio de risco/recompensa.

Salientando o que foi referido mais acima, devemos sempre procurar ter o mínimo
de risco possível, e devemos usar todos os fatores à nossa disposição ao efetuar a análise
de risco, desde resistências e suportes até às médias móveis (todos os fatores estão
descritos no capítulo 5.5 – “Fatores de Entrada”).

111
Ao investir no mercado cambial, deve-se sempre ter uma leitura correta antes de
efetuar qualquer entrada. Estes 15 pips que aqui foram “poupados” podem fazer toda a
diferença no estado psicológico de um trader, especialmente quando tem várias perdas
seguidas – perder 15 pips três vezes é muito mais leve para a nossa saúde mental do
que perder três vezes 30 pips.

Com base num bom rácio, quando é que não se deve abrir uma
posição?

É muito comum que, no processo de abertura de uma posição, acabemos por desistir
da mesma devido ao rácio de risco/recompensa. Mais importante que um bom setup de
venda é ter um bom rácio no que toca a risco vs recompensa.

Utilizando o gráfico disposto acima como exemplo: no processo de abertura de uma


posição neste nível, iríamos observar que temos duas resistências acima do nosso ponto
de entrada. Se quiséssemos abrir esta posição, o nosso SL teria de cobrir a zona de
resistência seguinte (isto porque o preço já está a efetuar uma possível quebra da
resistência atual), o que significaria colocar a SL a uma distância de 70 a 80 pips. Tendo
em conta que o nosso objetivo de ganho são apenas 80, estaríamos a arriscar 80 para

112
ganhar 80 – um rácio de apenas 1.00, algo que não é de todo recomendável. O ideal,
como já referimos várias vezes ao longo do curso, é que a posição tenha um rácio
mínimo de 2.00 (por cada posição que ganham, cobrem duas possíveis perdas).

Tendo tudo isto em conta, o melhor aqui seria ignorar a posição atual e procurar uma
entrada num nível superior (próximos níveis de resistência, neste caso em particular),
no qual o nosso rácio já fosse positivo.

É preciso analisar sempre o risco vs recompensa ao efetuar uma entrada, um mau


rácio de risco/recompensa pode levar a um número elevado de perdas
irrecuperáveis!

113
PSICOLOGIA
Quando se começa a operar nos mercados financeiros, ainda mais importante do que
ter uma boa análise técnica é ter um ótimo controlo emocional e psicológico. Abrir e
fechar posições pode parecer simples, mas manter estabilidade emocional durante
perdas (e até ganhos) é bem mais complicado e difícil do que parece.

O importante quando se fala em gestão emocional é entender que todas as posições


são iguais, tanto em ganhos como em perdas; devemos manter o nosso psicológico
sempre estável, para que uma perda ou um ganho não vá afetar a próxima abertura de
posição.

Há vários sentimentos que acabam por fazer com que um analista não consiga ser
lucrativo – sentimentos de dúvida, medo, ganância e vingança são alguns dos muitos
com que lidamos diariamente.

Não é segredo que a maioria das pessoas que transacionam no mercado cambial
acaba por perder todo o seu capital em cerca de três meses; algumas ao fim de apenas
um mês já perderam mais de 50% do seu capital inicial. Nós acreditamos que isto seja
devido à má gestão de emoções e à falta de preparação psicológica, dois fatores
essenciais no trading. Um exemplo desta dinâmica é um analista que consegue ter
sucesso numa conta demo, mas que ao passar para uma conta real acaba por perder o
seu capital, mesmo não tendo feito alterações à sua estratégia. Qual é a grande
diferença entre os dois contextos? Abordar o mercado em condições reais é muito
diferente pelo simples facto de que as nossas emoções só são efetivamente ativadas
quando temos o nosso dinheiro em risco. Perder o capital numa conta demo não
significa nada, mas a hipótese de perder o nosso dinheiro no mundo real enche-nos de
receio; ganhar dinheiro falso na conta demo é pouco importante, mas o desejo de
aumentar os fundos na nossa conta de trading traz consigo a impaciência e a ganância.

114
Alguns exemplos de erros comuns:

Aumentar o montante de investimento após cada perda na tentativa de


recuperar rapidamente o que perdeu, fazendo com que acabe por perder toda a
banca – ganância;

Entradas por impulso e não por análise técnica (“eu acho mesmo que isto vai
long!”) – medo (medo de perder a entrada);

Saídas precoces das posições vencedoras, fazendo com que o rácio de


risco/recompensa fique invertido: as posições atingem sempre o SL, mas o
analista não as deixa atingir o TP – medo;

Retirada do SL na expetativa que o preço inverta (“isto tem de reverter


obrigatoriamente”) – medo de perder o montante investido e esperança que o
preço reverta para os níveis desejados;

Perda de capital numa posição, o que leva a uma entrada imediata noutra
posição na tentativa de recuperar o perdido, acabando por não ter todos os
fatores em conta (perde-se a dobrar) – vingança;

A perda de várias posições consecutivas cria um medo enorme de efetuar novas


entradas, deixando assim passar as posições vencedoras que iriam recuperar o
perdido – dúvida.

115
O mais importante ao lidar com estas emoções é entender que, ao negociar num
mercado financeiro de alto risco, nenhuma posição é uma posição 100% vencedora –
tal coisa não existe, e deve-se sempre ter em mente que qualquer posição poderá gerar
lucro ou perda.

Manter um psicológico quase robótico (dentro dos possíveis) é a melhor opção;


tentar eliminar e suprimir ao máximo qualquer emoção que possa afetar o nosso
julgamento de forma prejudicial pode ser a diferença entre conseguir ser lucrativo ou
fazer parte da maioria que perde todo o seu capital em três meses. Em certos casos,
poderá ser impossível controlar as emoções – o melhor que têm a fazer nessas situações
é mesmo afastarem-se do ecrã e deixarem as trades para o dia seguinte. A paciência é
uma virtude, e o mercado estará sempre à vossa espera quando regressarem: nunca vão
faltar setups para encontrar ou posições para abrir, pelo que fazer uma pausa de vez em
quando é mesmo a melhor opção. De modo a manter um bom controlo mental e a
suprimir ao máximo qualquer tipo de emoção influenciadora, um bom diário de trading
é sem dúvida uma das ferramentas mais importantes.

O facto de termos toda a informação sobre as nossas entradas descrita e


constantemente disponível – razão de entrada (com análise), rácio risco/recompensa
usado, padrão de entrada, hora e data e até mesmo o fecho (com print screen, para mais
tarde podermos analisar o movimento efetuado pelo preço desde a abertura até ao
fecho) – pode ser o nosso maior recurso quando o medo e a dúvida começam a afetar a
nossa lucratividade. Através deste diário, o analista consegue entender o que mudou no
mercado, como cada par se comporta e qual o padrão que respeita mais, entre muitos
outros dados, o que lhe vai permitir perceber se está a operar de forma errada e ajudá-
lo a corrigir a sua atuação no mercado.

116
DIÁRIO DE NEGOCIAÇÃO
Um diário de negociação será a nossa maior ajuda quando algo começar a falhar.
Quando se está no mercado diariamente durante um longo período de tempo, é normal
que por vezes se comece a perder o foco e a efetuar alguns erros nas entradas; um diário
de negociação permite saber o que efetivamente mudou, o que realmente resulta, e o
que não funciona. Os diários de negociação são uma das ferramentas de trading mais
utilizadas de sempre – o facto de podermos ter uma base de dados com todas as
entradas e fechos que fazemos é algo com um valor imenso. Estando o mercado em
constante mudança, esta base de dados vai permitir que nós nos consigamos adaptar a
estas alterações de forma muito mais rápida e fácil.

Há vários tipos de dados que um diário de negociação deve incluir:

Entradas no mercado (incluindo par de divisas em questão, lot size, preço de


entrada, preço de saída e lucro/prejuízo obtido);

Razões de entrada em cada posição (uma breve descrição acompanhada de uma


foto a demonstrar a entrada e a saída);

Transações efetuadas na conta de trading (depósitos e levantamentos);

Percentagem de Lucro Mensal;

Número de posições ganhas vs perdidas (com percentagens);

Média de ganhos vs média de perdas;

Número de entradas por par de divisas, com o número de posições ganhas vs


perdidas.

O que faz com que esta informação seja ainda mais valiosa para o futuro é o facto de
assim conseguirmos saber que pares são lucrativos com a nossa estratégia atual e quais
não o são. Não há nenhuma estratégia que vá ter resultados iguais em todos os pares
de divisas, e com este tipo de dados conseguimos compreender melhor essas dinâmicas
– podendo até fazer ajustes para que a estratégia funcione melhor noutros pares, ou
então excluir os “pares maus” da nossa lista de negociação e tentar aprimorar ainda
mais os resultados nos que já são lucrativos.

117
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Agora que chegaste ao fim do curso, esperamos que tenhas compreendido que a
análise técnica em si não é suficiente para se ter sucesso no mercado cambial – a melhor
análise pode facilmente ser inviabilizada por falhas a nível psicológico, pelo que nenhum
trader conseguirá ser lucrativo no longo termo sem uma boa gestão emocional.

Salientamos que todos os tópicos abordados devem ser lidos e relidos com o máximo
grau de atenção, até que tenhas entendido e interiorizado completamente o nosso
método de execução. Para além disso, queremos relembrar uma última vez que a
utilização de um diário de trading é altamente vantajosa para todo e qualquer analista
– a velocidade de aprendizagem pode ser exponencialmente acelerada através da
utilização desta ferramenta.

Recomendamos que comeces por usar uma conta DEMO, para que possas colocar
em prática tudo o que aprendeste no curso sem arriscares capital. Acredita que durante
a fase inicial da tua jornada a solo vais sofrer muitas perdas; isto é inevitável e faz parte
do processo de aprendizagem, mas mais vale que aprendas estas duras lições práticas
com fundos fictícios. Assim sendo, deves treinar até sentires que dominas
absolutamente a nossa estratégia (isto inclui seres consistentemente lucrativo) – dessa
maneira, conseguirás ir para uma conta REAL com outro nível de preparação psicológica.
Ainda mais do que noutros campos, no trading a preparação (tanto técnica como
mental) é extremamente importante – quanto mais estudares e treinares, melhores
resultados terás. Deixamos ainda o alerta de que quando passares da conta demo para
uma real vais sentir todas as trades com um nível de intensidade muito maior; mais uma
vez, faz parte do processo, e é a partir deste ponto que deves focar-te ao máximo em
manter as tuas emoções sob controlo. Também poderás usar o teu diário para registar
como te sentiste ao fazer cada trade – deste modo, poderás detetar com mais facilidade
padrões psicológicos que estejam a afetar os teus investimentos de forma negativa.

Procuramos, em paralelo, captar talentos para fazerem parte de uma futura


expansão na equipa da Wevesting, pelo que se após terminares o curso acreditares que
estás apto para integrar a nossa equipa, envia-nos um email para geral@wevesting.pt

118
(as candidaturas devem idealmente ser acompanhadas de um trading record sólido,
obtido em condições reais).

Da parte da equipa da Wevesting, desejamos-te todo o sucesso do mundo e


esperamos mesmo que tenhas gostado e aprendido imenso com este curso.
Agradecemos também pela escolha dos nossos serviços de educação – é algo que
significa muito para nós. Se sentires que tens algo a acrescentar, encorajamos todos os
nossos alunos a enviarem-nos feedback sobre o curso, que servirá para melhorarmos
ainda mais o nosso método de ensino. Em modo de despedida (temporária!),
relembramos que estamos completamente disponíveis para esclarecer quaisquer
dúvidas que tenhas: podes contactar-nos a qualquer momento, e nós responderemos o
mais brevemente possível.

119
COPYRIGHT © 2020 WEVESTING

Você também pode gostar