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DIRECTIVA 96/71/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 16 de Dezembro de

1996 relativa ao destacamento de trabalhadores no âmbito de uma prestação de serviços

Artigo 1º
Âmbito de aplicação
1. A presente directiva é aplicável às empresas estabelecidas num Estado-membro que, no
âmbito de uma prestação transnacional de serviços e nos termos do nº 3, destaquem
trabalhadores para o território de um Estado-membro.
2. A presente directiva não é aplicável às empresas da marinha mercante no que se refere ao
pessoal navegante.
3. A presente directiva é aplicável sempre que as empresas mencionadas no nº 1 tomem uma
das seguintes medidas transnacionais:

a) Destacar um trabalhador para o território de um Estado-membro, por sua conta e sob a sua
direcção, no âmbito de um contrato celebrado entre a empresa destacadora e o destinatário
da prestação de serviços que trabalha nesse Estado-membro, desde que durante o período de
destacamento exista uma relação de trabalho entre a empresa destacadora e o trabalhador;
ou
b) Destacar um trabalhador para um estabelecimento ou uma empresa do grupo situados num
Estado-membro, desde que durante o período de destacamento exista uma relação de
trabalho entre a empresa destacadora e o trabalhador;
ou
c) Destacar, na qualidade de empresa de trabalho temporário ou de empresa que põe um
trabalhador à disposição, um trabalhador para uma empresa utilizadora estabelecida no
território de um Estado-membro ou que nele exerça a sua actividade, desde que durante o
período de destacamento exista uma relação de trabalho entre o trabalhador e a empresa de
trabalho temporário ou a empresa que põe o trabalhador à disposição.
4. As empresas estabelecidas num Estado que não seja um Estado-membro não podem
beneficiar de um tratamento mais favorável do que as empresas estabelecidas num Estado-
membro.

Artigo 2º
Definição
1. Para efeitos da presente directiva, entende-se por «trabalhador destacado» qualquer
trabalhador que, por um período limitado, trabalhe no território de um Estado-membro
diferente do Estado onde habitualmente exerce a sua actividade.
2. Para efeitos da presente directiva, a noção de «trabalhador» é a que se aplica no direito do
Estado-membro em cujo território o trabalhador está destacado.

Artigo 3º
Condições de trabalho e emprego
1. Os Estados-membros providenciarão no sentido de que, independentemente da lei aplicável
à relação de trabalho, as empresas referidas no nº 1 do artigo 1º garantam aos trabalhadores
destacados no seu território as condições de trabalho e de emprego relativas às matérias
adiante referidas que, no território do Estado-membro onde o trabalho for executado, sejam
fixadas:
- por disposições legislativas, regulamentares ou administrativas
e/ou
- por convenções colectivas ou decisões arbitrais declaradas de aplicação geral na acepção do
nº 8, na medida em que digam respeito às actividades referidas no anexo:
a) Períodos máximos de trabalho e períodos mínimos de descanso;
b) Duração mínima das férias anuais remuneradas;
c) Remunerações salariais mínimas, incluindo as bonificações relativas a horas extraordinárias;
a presente alínea não se aplica aos regimes complementares voluntários de reforma;
d) Condições de disponibilização dos trabalhadores, nomeadamente por empresas de trabalho
temporário;
e) Segurança, saúde e higiene no trabalho;
f) Medidas de protecção aplicáveis às condições de trabalho e emprego das mulheres grávidas
e das puérperas, das crianças e dos jovens;
g) Igualdade de tratamento entre homens e mulheres, bem como outras disposições em
matéria de não discriminação.
Para efeitos da presente directiva, a noção de «remunerações salariais mínimas» referida na
alínea c) do nº 1 é definida pela legislação e/ou pela prática nacional do Estado-membro em
cujo território o trabalhador se encontra destacado.

Segunda Directiva do Conselho, de 22 de Junho de 1988, relativa à coordenação das


disposições legislativas, regulamentares ou administrativas respeitantes ao seguro directo
não vida, que fixa as disposições destinadas a facilitar o exercício da livre prestação de
serviços – Directiva 88/357/CEE

Art. 2.º, al. d)

Para efeitos da presente directiva, entende-se por:

d) Estado-Membro onde o risco se situa:

- O Estado-Membro onde se encontram os bens, sempre que o seguro respeite, quer a


móveis, quer a imóveis e ao seu conteúdo, na medida em que este último estiver
coberto pela mesma apólice de seguro;

- o Estado-Membro da matrícula, sempre que o seguro respeite a veículos de qualquer


tipo;

- o Estado-Membro em que o tomador tiver subscrito o contrato, no caso de um


contrato de duração igual ou inferior a quatro meses relativo a riscos ocorridos
durante uma viagem ou férias, qualquer que seja o ramo em questão;

- o Estado-Membro em que o tomador tenha a sua residência habitual ou, quando o


tomador for uma pessoa colectiva, o Estado-Membro onde se situe o estabelecimento
da pessoa colectiva a que o contrato se refere, em todos os casos não explicitamente
referidos nos travessões anteriores.

DIRECTIVA 2002/83/CE DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO, de 5 de Novembro de


2002, relativa aos seguros de vida

Art. 1.º, n.º 1

Para efeitos da presente directiva, entende-se por:

g) Estado-Membro do compromisso, o Estado-Membro em que o tomador reside


habitualmente ou, quando se trate de pessoa colectiva, o Estado-Membro em que está situado
o estabelecimento da pessoa colectiva a que o contrato diz respeito;
Artigo 2.º

Âmbito de aplicação

A presente directiva diz respeito ao acesso à actividade não assalariada do seguro directo
praticada por empresas estabelecidas num Estado-Membro ou que nele pretendam
estabelecer-se, bem como ao exercício das seguintes actividades:

1.Os seguintes seguros, quando decorram de um contrato:

a) O ramo «Vida», isto é, o que inclui, nomeadamente, o seguro em caso de vida, o seguro em
caso de morte, o seguro misto, o seguro em caso de vida com contra-seguro, o seguro de
nupcialidade, o seguro de natalidade;

b) O seguro de renda;

c) Os seguros complementares praticados por empresas de seguros de vida, isto é, os seguros


de danos corporais, incluindo-se nestes a incapacidade para o trabalho profissional, os seguros
em caso de morte por acidente, os seguros em caso de invalidez por acidente ou doença,
sempre que estes diversos seguros forem complementares dos seguros de vida;

d) O seguro praticado na Irlanda e no Reino Unido, denominado «permanent health


insurance» (seguro de doença a longo prazo), não rescindível.

2.As seguintes operações, quando decorrem de um contrato, desde que estejam submetidas à
fiscalização das autoridades administrativas competentes para a fiscalização dos seguros
privados:

a) As operações de tontinas, que se traduzem na constituição de associações que reúnam


aderentes com o objectivo de capitalizar em comum as suas quotizaçõess e de repartir o
capital assim constituído, quer entre os sobreviventes, quer entre os herdeiros dos falecidos;

b) As operações de capitalização baseadas numa técnica actuarial, que se traduzam na


assunção de compromissos determinados quanto à sua duração e ao seu montante, como
contrapartida de prestações únicas ou periódicas, previamente fixadas;

c) As operações de gestão de fundos colectivos de reforma, isto é, as operações que consistem


na gestão, pela empresa em causa, de investimentos e, nomeadamente, dos activos
representativos das provisões de organismos que liquidam prestações em caso de morte, em
caso de vida, ou em caso de cessação ou redução de actividades;

d) As operações indicadas na alínea c), quando conjugadas com uma garantia de seguro
respeitante quer à manutenção do capital, quer à obtenção de um juro mínimo;

e) As operações efectuadas pelas empresas de seguros, tais como as previstas no «Code


Français des Assurances» — Livro IV, título 4, capítulo 1.

3.As operações dependentes da duração da vida humana, definidas ou previstas na legislação


dos seguros sociais, desde que sejam praticadas ou geridas em conformidade com a legislação
de um Estado-Membro por empresas de seguros, suportando elas próprias o risco inerente.

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