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JUROS COMERCIAIS

ARTIGO 102.º DO CÓDIGO COMERCIAL


• As obrigações comerciais vencem juros quando haja acordo entre as partes ou nos casos
previstos na lei.
• Quando convencionados têm que ser reduzidos a escrito.

• Artigo100º, n.º 3 – os juros sobre os crédito que sejam titulares as empresas são fixados
em portaria em conjunta dos Ministros das Finanças e da Justiça (Portaria n.º 277/2013
de 26 de agosto)
PORTARIA N.º 277/2013 DE 26 DE AGOSTO

• A Portaria fixa:
• a) A taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam titulares
empresas comerciais, singulares ou coletivas;
• b) A taxa supletiva de juros moratórios prevista na alínea anterior no caso de transações
comerciais sujeitas ao Decreto -Lei n.º 62/2013, de 10 de maio
• 1. A taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam titulares
empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do § 3.º do artigo 102.º do Código
Comercial, é a taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu à sua mais recente operação
principal de refinanciamento efetuada antes do 1.º dia de janeiro ou de julho, consoante se
esteja, respetivamente, no 1.º ou no 2.º semestre do ano civil, acrescida de 7 pontos
percentuais, sem prejuízo do disposto no número seguinte.
• 2. No caso de transações comerciais sujeitas ao Decreto- Lei n.º 62/2013, de 10 de maio, a
taxa supletiva de juros moratórios, nos termos do § 3.º do artigo 102.º do Código Comercial,
é a taxa de juro aplicada pelo Banco Central Europeu à sua mais recente operação principal
de refinanciamento efetuada antes do 1.º dia de janeiro ou de julho, consoante se esteja,
respetivamente, no 1.º ou no 2.º semestre do ano civil, acrescida de 8 pontos percentuais.
DL N.º 62/2013, DE 10 DE MAIO

• Aplica-se a todos os pagamentos efetuados como remuneração de transações


comerciais.
• «Transação comercial», uma transação entre empresas ou entre empresas e entidades
públicas destinada ao fornecimento de bens ou à prestação de serviços contra
remuneração;
• Os juros aplicáveis aos atrasos de pagamentos das transações comerciais entre empresas
são os estabelecidos no Código Comercial ou os convencionados entre as partes nos
termos legalmente admitidos.
• Sempre que do contrato não conste a data ou o prazo de vencimento, são devidos juros de mora após
o termo de cada um dos seguintes prazos, os quais se vencem automaticamente sem necessidade de
interpelação:
• a) 30 dias a contar da data em que o devedor tiver recebido a fatura;
• b) 30 dias após a data de receção efetiva dos bens ou da prestação dos serviços quando a data de
receção da fatura seja incerta;
• c) 30 dias após a data de receção efetiva dos bens ou da prestação dos serviços, quando o devedor
receba a fatura antes do fornecimento dos bens ou da prestação dos serviços;
• d) 30 dias após a data de aceitação ou verificação, quando esteja previsto, na lei ou no contrato, um
processo mediante o qual deva ser determinada a conformidade dos bens ou serviços e o devedor
receba a fatura em data anterior ou na data de aceitação ou verificação.
• Quando se vençam juros de mora em transações comerciais o credor tem direito a
receber do devedor um montante mínimo de 40,00 EUR (quarenta euros).
AVISO N.º 1535/2022 – 1.º SEMESTRE 2021
DIREÇÃO-GERAL DO TESOURO E FINANÇAS
• i) A taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam
titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do § 3.º do
artigo 102.º do Código Comercial, em vigor no 1.º semestre de 2022, é de 7%;
• ii) A taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam
titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do § 5.º do
artigo 102.º do Código Comercial e do Decreto-Lei n.º 62/2013, de 10 de maio,
em vigor no 1.º semestre de 2022, é de 8%.
AVISO N.º 13997/2022 D.R. N.º 135, SÉRIE II DE 14-JULHO-2022 – 2º
SEMESTRE 2022 -DIREÇÃO-GERAL DO TESOURO E FINANÇAS

• i) A taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam


titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do § 3.º do
artigo 102.º do Código Comercial, em vigor no 2.º semestre de 2022, é de 7%;
• ii) A taxa supletiva de juros moratórios relativamente a créditos de que sejam
titulares empresas comerciais, singulares ou coletivas, nos termos do § 5.º do
artigo 102.º do Código Comercial e do Decreto-Lei n.º 62/2013, de 10 de maio,
em vigor no 2.º semestre de 2022, é de 8%.
PRESCRIÇÃO DAS DÍVIDAS COMERCIAIS

• Prazo ordinário – 20 anos – artigo 309.º C. Civil


• Prescrição de cinco anos – art. 310º CC: Exemplo, - As rendas e alugueres devidos pelo
locatário; - Juros convencionais ou legais (líquidos ou ilíquidos), e os dividendos das
sociedades.
PRESCRIÇÃO PRESUNTIVA DAS DÍVIDAS
COMERCIAIS
• A prescrição presuntiva encontra-se prevista no art. 317º/b) do CC.
• “Prescrevem no prazo de dois anos:
• b) Os créditos dos comerciantes pelos objetos vendidos a quem não seja comerciante
ou os não destine ao seu comércio, e bem assim os créditos daqueles que exerçam
profissionalmente uma indústria, pelo fornecimento de mercadorias ou produtos,
execução de trabalhos ou gestão de negócios alheios, incluindo as despesas que hajam
efetuado, a menos que a prestação se destine ao exercício industrial do devedor” – art.
317.º, b) Cód.Civ. (v., a propósito, o Ac. Rel. Porto de 15-9-2009
• A prescrição presuntiva (art. 317º/b) do C.Civil.)
• Esta não é uma verdadeira prescrição, mas antes uma presunção de cumprimento das
dívidas, ou seja, decorrido o prazo de dois anos, presume-se o cumprimento da dívida.
BENEFÍCIO DE EXCUSSÃO PRÉVIA – FIANÇA

• Relativamente à fiança (garantia pessoal), o regime comum, prevê o benefício da excussão


prévia (art. 638º do CC) nas condições do art. 639º.
• Artigo 638.º (Benefício da excussão) 1. Ao fiador é lícito recusar o cumprimento enquanto o
credor não tiver excutido todos os bens do devedor sem obter a satisfação do seu crédito.
• 2. É lícita ainda a recusa, não obstante a excussão de todos os bens do devedor, se o fiador
provar que o crédito não foi satisfeito por culpa do credor.
• Artigo 639.º - (Benefício da excussão, havendo garantias reais) 1. Se, para segurança da mesma
dívida, houver garantia real constituída por terceiro, contemporânea da fiança ou anterior a
ela, tem o fiador o direito de exigir a execução prévia das coisas sobre que recai a garantia
real

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