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NORMA TÉCNICA COPEL - NTC

MATERIAIS DE DISTRIBUIÇÃO - ESPECIFICAÇÃO

DUTOS, TAMPÕES E LUVAS EM POLIETILENO DE ALTA


DENSIDADE PARA REDES SUBTERRÂNEAS

810106

Fevereiro / 2018

ÓRGÃO EMISSOR: COPEL DISTRIBUIÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE REGULAÇÃO, PLANEJAMENTO E EXPANSÃO DA DISTRIBUIÇÃO - SRD


DEPARTAMENTO DE PLANEJAMENTO, CONTROLE E EXPANSÃO DA DISTRIBUIÇÃO - DPLD
DIVISÃO DE NORMALIZAÇÃO TÉCNICA DA DISTRIBUIÇÃO - VNTD
NTC 810106

APRESENTAÇÃO

Esta Norma tem por objetivo estabelecer as condições mínimas exigíveis para o fornecimento do material em

referência a ser utilizado nas Redes Aéreas de Distribuição Urbana e Rural na área de concessão da Companhia

Paranaense de Energia - COPEL.

Para tanto foram consideradas as especificações e os padrões do material em referência, definidos nas Normas

Brasileiras Registradas - NBR da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, particularizando-os para as

Normas Técnicas COPEL - NTC, acrescidos das modificações baseadas nos resultados de desempenho destes

materiais na COPEL.

Com a emissão deste documento, a COPEL procura atualizar as suas Normas Técnicas de acordo com a

tecnologia mais avançada no Setor Elétrico.

Em caso de divergência esta Norma deve prevalecer sobre as outras de mesma finalidade editadas anteriormente.

Esta Norma encontra-se na INTERNET:

www.copel.com

- acesso rápido

- normas técnicas

- materiais padrão para Redes de Distribuição : consulta ou

- especificações de materiais

Fernando Antônio Gruppelli Jr.


SRD

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NTC 810106

SUMÁRIO

1 OBJETIVO......................................................................................................................................................................... 4
2 NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES................................................................................................... 4
3 DEFINIÇÕES .................................................................................................................................................................... 4
4 CONDIÇÕES GERAIS ...................................................................................................................................................... 4
4.1 Identificação ................................................................................................................................................................ 4
4.2 Acabamento ................................................................................................................................................................ 5
5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................................................................ 5
5.1 Material........................................................................................................................................................................ 5
5.2 Características mecânicas .......................................................................................................................................... 5
5.3 Características químicas ............................................................................................................................................. 5
5.4 Embalagem e Acondicionamento. .............................................................................................................................. 5
6 INSPEÇÂO EM FÁBRICA ................................................................................................................................................ 5
7 RECEBIMENTO DOS DUTOS NA OBRA ......................................................................................................................... 6
8 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO ............................................................................................................................................... 6
9 Garantia ............................................................................................................................................................................ 6
Anexos ..................................................................................................................................................................................... 7

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NTC 810106

1 OBJETIVO

Esta NTC padroniza as dimensões e estabelece as condições gerais e específicas dos dutos corrugados flexíveis de
seção circular, a serem utilizados como proteção de cabos elétricos em redes subterrâneas.

Os dutos em barras de 6 e 12 metros poderão ser aceitos somente em obras de incorporação (particulares) ou por
compras através de obras (empreiteiros). Para tal o empreiteiro deverá se responsabilizar pelo custo das emendas e luvas
dos dutos.

Para compras realizadas diretamente pela COPEL, somente o padrão de rolos será permitido.

2 NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Para fins de projeto, seleção de matéria prima, fabricação, controle de qualidade, inspeção, utilização e acondicionamento dos
dutos corrugados, esta NTC adota a norma abaixo relacionada, bem como as normas nela citadas:
- ABNT NBR 15.715/2009, inclusive para planos de amostragem, devendo também ser utilizada para itens não detalhados
nesta NTC.

3 DEFINIÇÕES

3.1. Duto Corrugado Flexível em rolo:

Duto de seção circular, cujo perfil é corrugado ao longo de seu eixo longitudinal podendo ser anelado ou espiralado, e
ser composto por uma ou mais paredes.

3.2. Tampão:

Peça de seção circular, rosqueável, colocado nas extremidades dos dutos corrugados, evitando a penetração de agentes
externos durante o armazenamento, lançamento e instalação do sistema.

3.3. Luva:

Peça de seção circular rosqueável, destinada a unir dois dutos corrugados flexíveis, do mesmo diâmetro nominal e mesmo
perfil, por meio de rosqueamento, sendo capaz de garantir a estanqueidade do sistema, desde que aplicado em conjunto
com o kit de vedação (mastique e filme de PVC). A luva adaptadora é própria para emendar dois dutos corrugados
flexíveis de mesmo diâmetro nominal a serem utilizados em redes subterrâneas;

3.4. Fio-guia interno:

Peça em arame de aço galvanizado , com resistência mínima à tração de 50 kgf, fornecido no interior do duto, destinado
ao puxamento primário da corda ou cabo de aço que posteriormente tracionarão os condutores podendo, após o
tracionamento, conviver harmonicamente com o sistema. As extremidades devem ser amarradas nas pontas dos dutos.

4 CONDIÇÕES GERAIS

4.1 Identificação

4.1.1. Deve ser gravado no duto corrugado flexível no máximo a cada 1 m, de forma legível, visível, e indelével,
preferencialmente em alto revelo, no mínimo:
- nome ou marca de identificação do fabricante; (*)
- a sigla “PEAD”;
- NBR 15.715;
- a expressão “ENERGIA/TELECOM”;
- diâmetro externo (DE) nominal correspondente;
- código que permita a rastreabilidade da sua produção, tal que contemple um indicador relativo ao mês e ano
de fabricação.

Deve ser gravado no tampão e na luva, de forma legível, visível, e indelével, no mínimo:
- nome ou marca de identificação do fabricante;
- a sigla “PE”, “PP” ou “PVC”;
- NBR 15.715;
- diâmetro externo (DE) nominal correspondente;

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4.2 Acabamento

As superfícies internas e externas das espirais do duto e tampão devem ser lisas, não devendo ter bolhas, vazios, trincas,
fissuras, rebarbas, escamas de qualquer tipo, estrangulamentos ou outras irregularidades. A cor deve ser uniforme, não
sendo permitido tratamento ou pintura com o objetivo de dissimular defeitos.

5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1 Material

5.1.1. Duto:

Polietileno de Alta Densidade (PEAD), na cor preta, resistente a intempéries e aos raios ultravioleta.

5.1.2. Tampão e da Luva:

Polietileno (PE) , polipropileno (PP) ou PVC , na cor preta, resistente a intempéries e aos raios ultravioleta.

5.2 Características mecânicas

a) Compressão (achatamento): O duto deve suportar uma carga mínima de 680 N de compressão, conforme
Tabela 4 desta NTC, com procedimento conforme NBR 15.715.

b) Dobramento: Os corpos-de-prova quando submetidos ao ensaio de dobramento conforme NBR 15.715, devem
permitir a passagem de uma esfera com diâmetro de 95 % do diâmetro interno mínimo do duto corrugado antes
do dobramento.

c) Impacto: doze corpos-de-prova de dutos corrugados devem ser submetidos ao impacto com características
conforme Tabela 4 e NBR 15.715. No mínimo nove corpos-de-prova devem resistir ao ensaio.

d) Verificação da estanqueidade da junta: As juntas de vedação entre os dutos, luvas de emenda e/ou luvas de
transição devem ser ensaiadas conforme NBR 15.715.

5.3 Características químicas

a) Determinação do tempo de indução oxidativa – Teste de OIT (min). Aplicável apenas ao duto, este ensaio deve
ser realizado a 200 °C, e a amostra deve suportar um tempo mínimo de 20 minutos. O procedimento do ensaio
deve ser conforme NBR 14.692 ou outra indicada pelo fornecedor / laboratório, desde que não afete nos
resultados do ensaio.

b) Determinação do teor de negro de fumo ou cinzas – Aplicável apenas ao duto. A massa do composto deve ser
pigmentada com 2,5±0,5% de negro-de-fumo, disperso de forma homogênea no material. Sendo teor de cinzas,
o máximo admitido é de 0,2%. O ensaio deve ser realizado conforme NBR 14.685 ou outra indicada pelo
fornecedor / laboratório, desde que não afete nos resultados do ensaio.

5.4 Embalagem e Acondicionamento.

Para informações sobre a embalagem destes materiais consultar no sítio da COPEL, no seguinte endereço:

www.copel.com
Fornecedores → Informações → Guia para confecção de embalagens unitizadas

6 INSPEÇÃO

6.1 Fornecimento direto à COPEL - licitações

As inspeções devem ser feitas preferencialmente nas instalações do fornecedor / fabricante na presença do inspetor da
COPEL.

O fornecedor / fabricante deve proporcionar ao inspetor os meios necessários e suficientes para certificar-se que o
material está de acordo com a presente especificação, assim como comunicar com antecedência a data em que o lote
estará pronto para inspeção.

Os ensaios a serem realizados são os classificados como de recebimento, conforme item 7.

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6.2 Fornecimento indireto à COPEL - obras por particulares e contratos tipo TK (Turn-Key)

No caso de obras realizadas por iniciativa particular ou via contratos tipo Turn-Key, celebrados entre a Companhia e
empresas especializadas na execução de obras de redes de distribuição, a inspeção de recebimento será feita após o
recebimento dos dutos no local da obra. Antes da sua instalação, deverão ser realizados os ensaios de determinação do
tempo de indução oxidativa (OIT) (7.e), e da verificação do teor de negro de fumo e cinzas (7.c) em uma amostra a ser
retirada do lote pela COPEL.

Os ensaios devem ser executados por laboratório de terceira parte, de livre escolha do fabricante/fornecedor, sem ônus à
COPEL.

A realização destes ensaios não exclui a possibilidade da realização de uma inspeção complementar, em fábrica, para a
realização dos demais ensaios de recebimento descritos no item 7, conforme critérios definidos pela COPEL.

7 ENSAIOS

A amostragem e critérios de aceitação ou rejeição devem estar de acordo com a NBR 15.715. Os ensaios de tipo (T) e
recebimento (R) devem ser executados conforme segue:

a) Inspeção Visual (T e R): aplicável ao duto, ao tampão e às luvas.

b) Verificação Dimensional (T e R): aplicável ao duto, ao tampão e às luvas - devem ser verificadas todas as
dimensões e tolerâncias do duto e acessórios e estas devem estar de acordo com as indicadas nas Tabelas 1, 2
e 3 desta NTC, conforme NBR 15.715.

c) Ensaio de Teor de negro de fumo e teor de cinzas (T e R): aplicável à parede externa do duto corrugado.

d) Dispersão de pigmentos (T): aplicável à parede externa do duto corrugado.

e) Determinação do tempo de indução oxidativa (T e R) aplicável à parede externa (e interna se existir) do duto
corrugado.

f) Índice de fluidez (MFI) (T); aplicável ao duto corrugado.

g) Densidade: aplicável ao duto corrugado (T).

h) Resistência à compressão (T e R) aplicável ao duto corrugado e à luva.

i) Resistência ao impacto (T e R) aplicável ao duto corrugado e à luva.

j) Ensaio de dobramento (T e R) aplicável ao duto corrugado.

k) Verificação da estanqueidade das juntas (T e R): aplicável ao duto e à luva.

8 ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

A aceitação do lote é condicionada aos requisitos de ensaio de aceitação do item .


No caso de qualquer requisito desta especificação não ter sido atendido, o fornecedor / fabricante deverá proceder à
substituição para posterior reapresentação do lote, sendo que esta substituição ou reposição não deve onerar a COPEL.

9 GARANTIA

A aceitação de um lote de dutos corrugados dentro do sistema de amostragem adotado, não isenta o fabricante da
responsabilidade de substituir qualquer unidade que não estiver de acordo com a presente especificação no período de,
no mínimo, 12 (doze) meses.
O fabricante deverá comprovar, sempre que solicitado pela COPEL, o controle de qualidade do processo de fabricação.

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ANEXOS

FIGURA 1 – DUTO CORRUGADO FLEXÍVEL, TAMPÃO E LUVA PARA DUTOS EM ESPIRAL

FIGURA 2 – DUTO CORRUGADO FLEXÍVEL, TAMPÃO E LUVA PARA DUTOS EM ANEL

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TABELA 1 - DUTO CORRUGADO FLEXÍVEL EM ROLO


DIMENSÕES DO DUTO
DIÂMETRO DIÂMETRO
CÓDIGO DIÂMETRO APLICAÇÃO
EXTERNO INTERNO
EXTERNO
COPEL MÉDIO
NOMINAL (mm) MÉDIO (mm)
MÍNIMO (mm)
20000351 63 49 63 ± 2,0 Ramais de consumidores em BT até 16mm²
20015895 90 72 90 ± 2,5 Ramais de consumidores em BT até 35mm²
Rede em baixa tensão de BT até 185mm²
20015887 125 103 125 ± 3,0
Rede em MT 12/20kV até 50mm²
Rede em baixa tensão de BT até 240mm²
20015902 160 135 160 ± 3,5
Rede em MT 12/20kV até 120mm²

(3) 190 150 190 ± 4,0


20015886 Rede em MT 12/20kV até 400mm²
200 167 200± 4,5
20016984 250 200 250 ± 4,5 Rede em MT 20/35kV até 400mm²

TABELA 2 – TAMPÃO PARA DUTO CORRUGADO FLEXÍVEL EM ROLO


APLICAÇÃO EM DUTO
CORRUGADO FLEXÍVEL
CÓDIGO COPEL
DIÂMETRO EXTERNO NOMINAL
(mm)
15001458 63
15003284 90
15001456 125
15015407 160

(3)
190
15001457
200
15015230 250

TABELA 3 – LUVA PARA DUTO CORRUGADO FLEXÍVEL EM ROLO


APLICÁVEL A DUTO
COMPRIMENTO MÍNIMO
CORRUGADO COM
CÓDIGO COPEL DA BOLSA / PONTA DA
DIÂMETRO EXTERNO
LUVA (mm)
NOMINAL (mm)
15001450 63 35
15015206 90 50
15001452 125 70
15015332 160 90
(3) 190 110
15001453
200 110
15015239 250 150

OBS.:
1 - Em cada duto deve vir fixado em suas extremidades dois tampões, e mais uma luva anexa, conforme Figuras 2 e 3.
2 - Quando fornecidos junto com o duto, o tampão e a luva devem ser do mesmo fabricante do duto.
3 - A COPEL aceitará propostas contemplando as duas seções, segundo a NBR 15.715

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TABELA 4 – CARACTERÍSTICAS PARA ENSAIOS


ENSAIOS

DIÂMETRO
COMPRESSÃO IMPACTO
EXTERNO
CÓDIGO
CARGA ALTURA
COPEL MASSA DO
NOMINAL MÍNIMA DEFORMAÇÃO DA ENERGIA
PERCUSSO
(mm) APLICADA MÁXIMA (%) QUEDA (J)
(kg)
“F” – (N) (mm)

20000351 63 680 5 3 200 6

20015895 90 680 5 3 200 6

20015887 125 680 5 3 400 12

20015902 160 680 5 3 500 15

190 680 5 3 500 15


20015886
200 680 5 3 500 15

20016984 250 680 5 3 500 15

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