Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vânia Ormundo
TEATRO UNIVERSAL
No início de tudo, em uma época chamada pré história existiam seres humanos que não sabiam
falar direito e usavam gestuais, imitavam animais, gestos e utilizam de expressões corporais para
se comunicarem, dessa forma ritualística podemos dizer que já é uma forma de fazer teatro. Por
isso o teatro já teve início com o próprio ser humano nas formas de se comunicarem com suas
expressões físicas e corporais.
O teatro brasileiro teve início com grandes exibições por padres jesuítas no século XVI, cujo nome
de referência e grande importância foi o padre José de Anchieta (1534 a 1597), considerado o
primeiro dramaturgo brasileiro.
Chegando em solo brasileiro, com a finalidade de dominação dos povos indígenas e do lugar,
utilizaram o teatro como ferramenta de doutrinação criando assim o “teatro de catequese”, com
finalidade de converter os índios para o cristianismo. Essa forma foi escolhida, porque facilitava a
forma didática dos padres e a defesa das ideias cristãs da época.
As principais preocupações dos padres da época com essa tomada de decisão, era transmitir
ensinamentos católicos, a valorização da palavra bíblica em referência à expressão artística, locais
para expressividades, como: escolas, praças, ruas, locais públicos de lazer, mistura de elementos
indígenas como música e dança e etc.
Com o passar do tempo, os índios passaram a ser ensinados e começaram a fazer parte do teatro,
das amostras cênicas realizadas pelos padres, porém sempre com a mesma finalidade bíblica.
Dessa forma começam a nascer os primeiros índios no teatro brasileiro.
De acordo com historiadores baianos, foi a partir de XVIII que começaram a surgir as primeiras
casas de espetáculos na Bahia, a primeira sala permanente apareceu em salvador em 1729, na
praça principal, na câmara dos vereadores que apresentavam espetáculos que passavam pela
cidade, com o passar do tempo, no século XIX surge o teatro são João, construído na praça castro
Alves que por sua vez a dos vereadores foi considerada ultrapassada, se mantendo viva até a
independência, porém depois da república desmoronou em um incêndio misterioso.
O teatro São João se tornou um grande ponto de encontro de aristocratas e intelectuais baianos,
apresentavam grandes nomes, como Xisto Bahia, considerado um grande comediante da época, o
poeta Castro Alves, era um dos mais assíduos poetas e nele estreou Gonzaga 1867.
Com apoios e investimentos estatais, foi criado o Teatro Castro Alves, que foi o maior
investimento cultural nesse setor até hoje, porém inexplicavelmente pegou fogo, tendo que ser
inaugurado 1958, 9 anos depois da construção.
Com a reforma do poder executivo, foram criadas secretarias para cuidar da gestão cultural e da
educação, que anos mais tarde foi alterado para administração da cultura e do turismo. Em 1972 a
Fundação cultural do estado, passou a apoiar vários espetáculos, trazendo assim nos anos 80
novas aberturas políticas, buscando atuar em oficinas teatrais e cursos livres. Aperfeiçoando
tecnicamente atores e artistas.