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Rodrigo Costa nº 17 & Tiago Guimarães nº 21

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TRABALHO DE HIS

TIAGO- Olá a todos, antes de mais bom dia.... Então, hoje, eu e o Rodrigo vamos falar à cerca de duas
revoluções liberais, nomeadamente a revolução francesa e a revolução portuguesa!

Breve resumo da apresentação:

Iremos, então, começar por dar um pequeno contexto histórico da época, de seguida eu irei falar acerca da
revolução liberal Francesa, posteriormente a isso, o Rodrigo irá apresentar a Revolução Liberal
Portuguesa e para finalizar teremos uma surpresa para vocês que não vamos revelar já…

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Contextualização Histórica:

RODRIGO- Então, encontramo-nos nos séculos XVIII e XIX e esta, é uma época em que as ideias
iluministas estão se a expandir cada vez mais... (agora deixo-vos com o meu colega)

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TIAGO-Pronto, vou então começar por falar da Revolução Francesa…

Estávamos na segunda metade do séc. 18 e em frança, vivia-se numa monarquia absoluta, liderada por
Luís XVI, um rei que era facilmente manipulável e não tinha uma mão forte para governar o país.

Como vocês devem saber, a sociedade francesa daquela época era marcada por grandes desigualdades.
Esta, era tripartida e hierarquizada constituída, então, por 3 grupos sociais sendo o clero e a nobreza os
grupos mais privilegiados, ou seja, não tinham de pagar impostos bem como detinham os cargos mais
importantes, e o terceiro estado o grupo menos privilegiado, sendo sobrecarregado de impostos, rendas e
serviços.

Dadas estas desigualdades sociais, o terceiro estado, principalmente a burguesia e alguns filósofos,
começaram a ficar descontentes e a lutar pelos ideais iluministas de liberdade e igualdade, tomando a
Revolução Americana como exemplo… E assim começou uma crise social!

Além de uma crise social, França também estava a passar por uma crise económica!

Os gastos com as guerras, e os luxos da corte e do rei, juntamente com maus anos agrícolas, arruinaram
os cofres do Estado e aumentaram a dívida do reino.

Sendo assim, para solucionar esta crise económica, o Estado Francês, durante a Assembleia dos Notáveis
em 1787, colocou a hipótese de cobrar impostos também aos grupos privilegiados, mas estes, claro, não
concordaram.

O rei resolveu então convocar os Estados Gerais, que basicamente era uma assembleia com os deputados
representantes dos 3 estados sociais… Como vocês devem imaginar isto foi uma grande alegria para o
povo, já que a última assembleia do tipo tinha sido há mais de 150 anos.

Todavia o que, de certa forma, muito incomodava o povo era o facto de cada estado ter apenas direito a 1
voto, mesmo o terceiro estado sendo o maior…. Então, o povo defendeu a votação por cabeça ao que os
privilegiados recusaram.

Mas enfim, como estes não chegaram a nenhum acordo, o terceiro estado, alegando representar a maioria
da população francesa, formou a Assembleia Nacional com o objetivo de formar uma constituição, e foi

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nessa, mesma, assembleia que ocorreu o Juramento do Jogo da Péla, onde os presentes juraram que não
iam parar de se reunir até que se consiga uma constituição para França.

Contudo, as frequentes reuniões do terceiro estado não agradaram ao rei que resolveu reagir mandando
avançar tropas para cercarem Paris. Em resposta, o povo organizou-se, formando assim a Guarda
Nacional, saiu à rua e tomou a prisão da Bastilha, onde eram detidos os presos políticos. Este ato
simbólico marcou o início da Revolução Francesa a 14 de julho de 1789. Depois deste acontecimento
foram muitas as pessoas que começaram a formar grupos para assim atacarem os seus senhores,
invadindo castelos, fazendas o que fez com que se instalasse um grande medo!

Então, o rei, vendo-se sem alternativa, obrigou os elementos do clero e da nobreza a reunirem-se com o
terceiro estado formando uma Assembleia Nacional Constituinte.

Esta, reunida entre agosto de 1789 e setembro de 1791, comprometeu-se a criar uma constituição para
França que defendesse os direitos e os princípios que motivaram a revolução: igualdade e liberdade.

Para pôr em prática estas ideias aprovou muitas leis, das quais se destacam a abolição dos direitos feudais
e da dízima que era paga ao clero. Foi também aprovada a declaração dos direitos do Homem e do
cidadão onde foram defendidos os princípios de liberdade igualdade de todos perante a lei, o direito à
propriedade privada entre outros.

Em 1791, foi aprovada a primeira Constituição francesa, adotando-se, assim, o regime de monarquia
constitucional no qual havia uma clara separação de poderes. O rei detinha o poder executivo, o poder
legislativo era exercido por uma Assembleia de deputados eleitos e o poder judicial era entregue aos
juízes.

Contudo, esta constituição não assegurava a plena igualdade política. O voto era censitário, ou seja,
apenas os cidadãos ativos, homens e que pagavam uma determinada quantia de impostos, tinham direito
de voto.

A monarquia constitucional não agradou a todos, particularmente aos grupos privilegiados que
lamentavam a perda de privilégios. Também a povo tinha queixas, pois via a situação económica piorar
devido à instabilidade política.

Mesmo entre os revolucionários havia divisões tendo-se então formado 2 partidos: um mais moderado,
os girondinos, e outro mais radical, os jacobinos.

Em agosto de 1792, os mais radicais tomaram o poder e proclamaram a República, pondo fim à
monarquia constitucional. França passou então a ser governada por uma Convenção.

Foi aprovada uma nova Constituição em 1793 e para assegurar o novo regime foi criado um Comité de
salvação pública, que declarou a pátria em perigo e instaurou um clima de terror.

Só para vocês terem uma noção, durante o chamado regime do Terror, qualquer pessoa que fosse suspeita,
de ser contra o regime, era imediatamente decapitada numa guilhotina em praça publica, sem julgamento
prévio…. Além disso, instaurou-se também a censura, os cristãos foram perseguidos, centenas de locais
religiosos foram destruídos, etc

Depois deste tempo de Terror, digamos assim, em 1794, a população francesa, sobretudo a burguesia
deixou de apoiar o governo da República e pediu a sua deposição.

França passou então, entre 1795 e 1799, a ser com governada por um diretório, composto por 5 diretores
e foi neste ambiente decréscimo na política que Napoleão Bonaparte, um jovem general, depôs o diretório
e apoiado pela alta burguesia, instalou um novo regime político, o consulado, no qual o governo era
exercido por 3 cônsules. O prestígio e poder de Napoleão foram aumentando e então este fez-se nomear
imperador dos franceses.

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Depois de Napoleão ser nomeado imperador, este vai continuar a revolução francesa além-fronteiras,
deixando um rasto de destruição, sendo que acabará por ser definitivamente derrotado na batalha de
Waterloo, levando à sua queda como imperador de França.

LIBERDADE, IGUALDADE FRATERNIDADE OU MORTE (CLARLES DICKENS)

Para terminar queria mostrar vos esta frase da autoria de Charles Dickens, onde podemos notar a que
pretende realçar a contradição dos que supostamente defendiam os ideais da revolução, porque dado que
quem fosse desfavorável à revolução francesa tinha à sua espera a guilhotina!

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E eu vou falar-vos da Revolução portuguesa:

No início do século XIX, Napoleão decretou o Bloqueio Continental e isso impedia, mais
concretamente proibia os países da Europa comercializarem com a Inglaterra. Sendo Portugal
um aliado da Inglaterra, recusou essa ordem e como consequência Napoleão mandou invadir
Portugal. O território nacional sofreu 3 Invasões Francesas, a primeira comandada por Junot, a
segunda por Soult e a terceira por Massena estas decorridas entre 1807-1811. Os Britânicos foram dar
apoio a Portugal durante a guerra, pois tinham uma aliança, mas essa ajuda não foi o suficiente, porque
Portugal continuou em guerra por muito mais tempo. Agora para além de Portugal parecer uma colónia
do Brasil, também passou a ficar sob o domínio britânico, por William Beresford. As invasões deixaram
Portugal numa situação de grande crise, uma crise política provocada pela ausência do Rei. A família
Real, a corte e outros nobres chegados fugiram para o Brasil, para conseguirem escapar às invasões.
Instalou-se então, uma crise política, e ao mesmo tempo uma crise económica que desencadeava,
também, grandes consequências sociais e as suas causas eram péssimas. Como por exemplo, a abertura
dos portos brasileiros ao comércio com nações estrangeiras e o tratado assinado em 1810, denominado
por Tratado do Comércio, assinado com a Grã-Bretanha. Isto provocou enormes prejuízos aos
portugueses, porque até aí só eles tinham o benefício de ter relações comerciais com os brasileiros. As
invasões deram por terminadas em 1811.

O tempo foi passando e o Rei D. João não estava com intenções de voltar para Portugal, até porque este
em 1815 promoveu o Brasil a estatuto de Reino o que levou a um maior aumento do mal-estar da
metrópole. As pessoas cada vez mais sentiam que Portugal tinha trocado com o Brasil, passando este a ser
o centro do Império e Portugal foi como se tivesse tornado uma mera colónia.

Assim sendo começou a difundir-se em Portugal as ideias Liberais, através de jornais publicados por
portugueses como José Liberato Freire de Carvalho em Paris e Londres, mas como sempre as autoridades
tentaram impedir a difusão dessas ideias.

Em Janeiro de 1818, no Porto, foi fundada uma organização secreta, denominada por Sinédrio que tinha
como objetivos: observar a opinião pública, a marcha dos acontecimentos, vigiar as notícias da Espanha
vizinha e que se iniciasse uma revolução para o bem do país.

Durante 2 anos a organização secreta foi recrutando elementos da burguesia do Porto, e em 1820, na
primavera, após haver uma estabilização do regime constitucional espanhol, é que se considerou o
contexto aceitável, para planear um movimento e recrutar militares para estes ajudarem a pôr o plano em
prática. Esta tarefa foi um sucesso, conseguindo então um grande número de adesões de oficiais.

Finalmente tinha chegado o dia, na manhã de 24 de agosto de 1820, no Campo de Santo Ovídio, no
Porto, as tropas comandadas pelo Coronel Cabreira reuniram-se para assistir a uma missa, depois desta
decorre uma salva de 21 tiros de artilharia. De seguida reúnem-se as forças dos outros dois coronéis,
Sepúlveda e Domingos António Gil, constituindo-se então, um conselho militar e ter-se feito duas

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proclamações lidas, respetivamente, pelos coronéis Cabreira e Sepúlveda. Na primeira proclamação


apelava-se que devia haver uma reforma, guiada pela razão e pela justiça, que se criasse um governo
provisório que chame as Cortes e que estas preparem uma Constituição que se assegura os direitos de
todos. Os revolucionários liderados pelo jurista Manuel Fernandes Tomás, comprometeram-se para
elaborar uma Constituição, o que levaria ao fim da monarquia absoluta e marcaria o início da Monarquia
Constitucional. A elaboração da constituição, antes de mais uma constituição é um conjunto de direitos e
deveres que cada cidadão tem a cumprir. A Constituição foi feita a partir da elaboração de Cortes
Constituintes, em 1821, e os seus deputados eram, na maioria burgueses e profissionais liberais.

Esta constituição foi aprovada em 1822, e por isso ter o nome de Constituição de 1822.

A Constituição tinha como princípios as ideias iluministas, o bem-estar e a felicidade do homem, a


liberdade, a separação dos poderes políticos, a igualdade dos cidadãos perante a lei e os direitos, etc...

Depois da finalização da constituição, o Rei D. João VI, regressou do Brasil e jurou cumpri-la, a partir
daí em vez de Portugal ser governado por uma Monarquia Absoluta, passou a ser governado por uma
Monarquia Constitucional. Com o regresso do Rei a Portugal, a população brasileira ficou descontente,
pois o Brasil tornou-se, de novo, uma colónia, perdendo privilégios. Com isto as pessoas queriam a
independência do Brasil e então, o principie D. Pedro, filho do Rei D. João VI de Portugal, proclamou a
Independência do mesmo a 7 de setembro de 1822, através do grito do Ipiranga “Independência ou
Morte”. Assim tornou-se tornando-se o primeiro imperador do Brasil.

Em 1826, o Rei Português morre, e Portugal ficou nas mãos de D. Pedro, mas como este é o Imperador
do Brasil passa a Coroa para a sua filha, Maria da Glória, tendo esta apenas 7 anos. Ela ficou prometida
em casamento ao seu tio, Miguel e este torna-se Rei regente.

D. Miguel era um pensador absolutista, então, não aceitou a Constituição e o seu irmão, D. Pedro criou,
nesse mesmo ano a Carta Constitucional de 1826 que defendia ideais mais absolutistas, passando mais
poderes para os grupos sociais mais privilegiados e para o próprio rei.

O novo Rei regente português jurou respeitar a Carta Constitucional, mas não o cumpriu e intitulou-se
Rei Absoluto e mandou perseguir todos os liberais e estes, refugiaram-se, na sua maioria, nos Açores ou
no estrangeiro. D. Pedro apercebe-se dos problemas que o país português estava a sofrer, em 1831, assim
abdica do trono brasileiro para libertar Portugal daquele sufoco. Organizou um exército e em 1832 partiu
para a cidade do Porto e ocupou a mesma e os seguidores do Rei, os miguelistas cercaram a cidade.

Entre 1832 e 1834 o país viveu uma guerra civil que acabou quando os liberais saíram vitoriosos. A
guerra terminou com a assinatura do tratado de paz na Convenção de Évora Monte, contudo ainda havia
certas divisões e lutas liberais, pois uns eram a favor da Carta (os cartistas) e outros da Constituição (os
vintistas).

O movimento liberal levou a certas reformas no país, com o objetivo de criar um “novo Portugal”,
abolindo certas estruturas absolutistas. Isto foi possível graças a Mouzinho da Silveira e Joaquim António
de Aguiar, ambos ministros.

Mouzinho da Silveira foi ministro da Fazenda e da Justiça, das suas reformas destacaram-se os
morgadios, da dízima e de muitos impostos senhoriais, também criou leis que visavam a proteção dos
pequenos industriais e comerciais.

Já Joaquim António de Aguiar retirou grande parte do poder do Clero, até era conhecido por Mata-
Frades. Este era ministro dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça e implantou uma lei que decretava que
todos os conventos, mosteiros, colégios e outras casas de ordem religiosa estavam extintas. A burguesia
conseguiu tirar benefício disso, pois conseguiam comprar as propriedades confiscadas a preços mais
baixos.

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Como podemos ver a Revolução Liberal Portuguesa, foi uma data marcante para Portugal, pois a partir
daí as pessoas tinham uma maior liberdade e também levou a reformas no país, o que é bom, mas também
teve as suas desvantagens, pois decorreram invasões, Portugal ficou sob o domínio britânico e
desencadeou uma guerra civil.

Cheguei ao fim da minha apresentação espero que tenham compreendido um pouco mais sobre o nosso
belo país!

https://www.youtube.com/watch?v=rlmhBsXUXwA

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$revolucao-francesa

WEBGRAFIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa

https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$revolucao-francesa

https://www.parlamento.pt/Parlamento/Paginas/A-Revolucao-Liberal-1820.aspx

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$revolucao-de-1820

https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_liberal_do_Porto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Controv%C3%A9rsia_da_Revolu%C3%A7%C3%A3https://slidesgo.com/
pt/tema/dia-da-leitura-nos-eua

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