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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS (UFG)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCONT)


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Aula VII – 31/05/2021

Disciplina: Metodologia de Pesquisa Aplicada à Contabilidade


Professora: Dra. Juliano Lima Soares
Acadêmico: Sheyla Veneziani

RESENHA- FENOMENOLOGIA

1.
Caracterização da fonte de dados

Livro: HUSSERL, Edmund. A ideia da fenomenologia. Lisboa: Edições 70, 1990

2.
Informações do autor:

EDMUND HUSSERL: matemático e filósofo Alemão

Matemático e filósofo alemão que estabeleceu a escola da fenomenologia. Ele rompeu com a orientação
positivista da ciência e da filosofia de sua época. Elaborou críticas do historicismo e do psicologismo na lógica.
Nasceu em 08 de abril de 1859 em Prossnitz, na Morávia.
Em 1884 mudou-se para Viena onde começou a estudar filosofia nas universidades de Leipzig, Berlim e Viena
Durante os ano de 1887 converteu-se a Igreja Luterana.
No período de 1887 a 1901 em Göttingen
Nos anos de 1901 a 1918 em Freiburg
Por fim, 1918 a 1928 ano quem que aposentou

Faleceu em 27 de abril de 1938 na cidade de Freiburg, Alemanha

3.
Principais Tópicos de Pesquisa

A consciência é sempre intencional. Todo conhecimento se dá a partir de como a consciência interpreta os fenômenos.

4.
Bibliografia do autor

 (1887) Über den Begriff der Zahl. Psychologische Analysen


 (1891) Philosophie der Arithmetik. Psychologische und logische Untersuchungen
 (1901)Logische Untersuchungen. Zweite Teil: Untersuchungen zur Phänomenologie und Theorie der Erkenntnis
 (1911) Philosophie als strenge Wissenschaft
 (1913) Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie. Erstes Buch: Allgemeine - - Einführung in die reine
Phänomenologie
 (1928) Vorlesungen zur Phänomenologie des inneren Zeitbewusstseins
 (1929) Formale und transzendentale Logik. Versuch einer Kritik der logischen Vernunft
 (1931) Méditations cartèsiennes
 (1936) Die Krisis der europäischen Wissenschaften und die transzentale Phänomenologie: Eine Einleitung in die phänomenologische Philosophie
(1936).
7. Recensão crítica

O foco do livro A Ideia da Fenomenologia se baseia em apresentar as raízes da sua reflexão filosófica. O autor divide o livro metodologicamente em cinco lições

às quais foram pronunciadas em 1907, onde ele apresenta uma nova visão da razão, o que implica em sua linha de pensamento. Nota-se que antes de iniciar as

cincos lições, e destacado os graus da consideração a fenomenologia demonstrando o conhecimento intuitivo, das ciências objetivas, ciências da natureza e ciência

do espirito.
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A primeira lição refere-se se a atitude espiritual natural advinda da ciência natural e atitude espiritual filosófica, da qual provém a ciência filosófica, o autor traz

críticas sobre a reflexão do conhecimento na atitude natural. Na crítica está relacionado com o modo de pensar natural.

Para o autor, atitude espiritual não é capaz de atingir o conhecimento, tendo em vista que as coisas presentes no mundo tornam-se de alguma forma objeto da

investigação natural. Nesse sentido, compreende-se que conhecimento é como um fato de natureza, e vivencia dos seres orgânicos e um fator psicológico.

O autor cita que atitude intelectual filosófica é esclarecida em seus propósitos profundos, ou seja, existe uma incógnita relacionada com a possibilidade do

conhecimento. Ou seja, a busca dessa abismo esteja a essência do conhecimento. Compreende-se então que conhecimento torna-se uma vivência de natureza

psicológica.

A segunda lição demonstra o começo da crítica do conhecimento, Para o autor, é necessário que o ser humano na busca pelo conhecimento questione a natureza

física e psíquica; devidos essas críticas sobre a compreensão do conhecimento e que foi possível formar teorias para tratar do assunto, tendo em vista que o

conhecimento é um problema de difícil compreensão. Assim, essas críticas buscam elucidar, clarificar, e ilustrar a essência do conhecimento e a pretensão de

validade que pertence a sua essência.

Husserl traz pensamentos acerca da ideia de Descartes nas questões Metafísicas. Para o autor, mesmo haja dúvida de tudo, é inaceitável que se duvide de tudo, ou

seja, pois quando se assume que tudo é duvidoso, pois, ao afirmar que tudo é duvidoso, seria incoerente a manutenção de uma dúvida universal.

A terceira lição refere-se a redução gnosiológica, nessa lição ele busca investigar sobre essência do conhecimento e a validade desta essência sendo que este

conhecimento inicialmente está ligado a uma verdade intuitiva imanente como um dado da percepção. A redução gnosiológica ou psicológica, então, “suspende o

juízo relativamente à existência de tudo o que é exterior ao sujeito” e restringe a investigação aos fenômenos imanentes, compreendidos enquanto vivências que

estão dentro da consciência natural

Quarta lição o autor traz questões relacionadas a intencionalidade, investigando o campo das essências universais do conhecimento. Compreende-se que essas

essências, estão relacionadas às vivências cognitivas imanentes e intencionais, ou seja, visam algo ou fazem referência a uma objetividade.

A quinta e última lição aborda sobre a constituição do sentido das objetividades que manifestam no fluxo da consciência, correlacionando os atos cognoscitivos e

suas objetividades, no qual compõem campo da fenomenologia. A questão da consciência do tempo é exemplificada como é construído a imagem do nosso

conhecimento e como isso ocorre. O autor menciona o S. Jorge e sua luta com o dragão, embora seja abstrato para o ser humano é criado uma imagem que é o

construto de uma representação de fantasiosa. Assim como, quando é observado o som, embora não seja visto ele acaba se materializando. Então, Husserl traz que

a essência seria livre de qualquer diferenças entre percepção e fantasia.

FICHAMENTO DE ARTIGO I

1.
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Artigo: Cultura de Inovação em uma Escola de Negócios: um estudo inspirado pela teoria da prática

2
Referência

PIMENTEL, RICARDO. Cultura de Inovação em uma Escola de Negócios: um estudo inspirado pela teoria da prática. RECADM: revista eletrônica de ciência

administrativa, v. 18, p. 63-84, 2018.5

2.
Informações do autor

Doutor em Administração pela Universidade Positivo (UP) com estágio

doutoral (período sanduíche) com a Profa. Bente Elkjaer na Aarhus

University em Copenhagen - Dinamarca.

Mestre em Administração Estratégica pela Pontifícia Universidade Católica

do Paraná (PUCPR)

Especialista em Administração pelo Centro Universitário Franciscano do

Paraná (FAE)

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista

(UNESP).

É atualmente professor e pesquisador do Programa de Mestrado Profissional

em Governança e Sustentabilidade do ISAE - Curitiba - PR, onde coordena o

Núcleo de Referência em Inovação, Governança e Sustentabilidade, e onde

já coordenou o Comitê de Inovação. Atua também como professor

convidado do programa de pós-graduação latu sensu do Centro Universitário Franciscano do Paraná (FAE), em cursos abertos de especialização e in company,

nessa última modalidade com foco em cooperativas. Seu interesse de pesquisa mais amplo insere-se no campo da Aprendizagem Organizacional, a partir de uma

abordagem da teoria da prática e da fenomenologia. Tem conduzido pesquisas envolvendo os temas da inovação e da sustentabilidade, entendidos como

fenômenos sociais e de aprendizagem, tanto no âmbito de organizações privadas quanto públicas. Atua há 25 anos em instituições privadas em atividades de

docência e de gestão.

Principais Tópicos de Pesquisa

Praticas

Subjetividades

Organizações.

Publicações recentes

PIMENTEL, R.; LOIOLA, G. F. ; DIOGO, T. M. . INNOVATION CULTURE AND LEARNING: THE PROGRAM CLUBE DOS APAIXONADOS POR DESAFIOS (CHALLENGE
LOVERS CLUB). RAM. REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO MACKENZIE (ONLINE), v. 21, p. 1-25, 2020.
PIMENTEL, R.. PRACTICE-BASED STUDIES ON SUSTAINABLE CONSUMPTION: A METHODOLOGICAL PROPOSAL.. REVISTA PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO EM

ADMINISTRAÇÃO (UFF), v. 14, p. 36-54, 2020.


ALVARENGA, G. L. ; PIMENTEL, R. . Desigualdade, diversidade e os termos da equidade. SOCIEDADE EM DEBATE, v. 26, p. 12-28, 2020.
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Resumo: objetivo, metodologia, resultados (Extraído do Artigo)

Resumo

O objetivo do estudo é compreender os sentidos da inovação e como constituem a inteligibilidade da(s) prática(s) que suporta(m) a cultura de inovação em uma

escola de negócios. A pesquisa adotou a fenomenologia como método, a observação participante e entrevistas em profundidade como estratégias de coleta de

dados e a semiótica fenomenológica como método de análise. Os resultados mostram que os sentidos da inovação estão em constante construção e são

perpassados paro contradições, na organização estudada os resultados impactaram no Comitê de Inovação que mudou o foco da análise do portfólio de produtos já

existentes para a criação de uma nova cultura.

Conceitos

Teoria da prática de Schatzki (2006; 2012; 2015), que compreende que a organização social está em constante construção e só pode ser apreendida e
compreendida in situ.
A prática é entendida aqui como a unidade de análise da organização social, constituída pelas atividades humanas coletivamente organizadas por meio de
arranjos sociomateriais, ou seja, arranjos de pessoas, objetos e artefatos, em uma determinada configuração espaço-temporal que se manifesta por meio de
“fazeres” e “dizeres” (Schatzki, 2012).

Martins e Terblanche (2003, p.67) para quem “o contexto de criatividade está no nível organizacional, e o conceito de criatividade pode ser definido como a
geração de novas e valiosas ideias [...] por indivíduos e grupos”

Fenomenologia de Heidegger (2010). Há algo que precede a intencionalidade da consciência que ele chama de being-in-the- -world. O being-in-the-world parte
da ideia de lifeworld de Husserl (2006), mas avança no sentido de considerar o entwinement, que é o entrelaçamento dos seres humanos com as coisas a sua
volta e a condição ontológica (e não epistemológica) que distingue a cultura da natureza.

Sandberg e Tsoukas (2011) defendem que essa condição ontológica apontada por Heidegger é a mais adequada para se pensar a relação sujeito-objeto a partir
de uma racionalidade oriunda da prática.

Contribuição prática e teórica


Contribuição teórica – ampliar a compreensão da inovação como uma prática; questionar a noção de cultura da inovação; apontar um caminho para

estudar as condições nas quais a inovação ocorre;


Contribuição prática – aponta elementos importantes na criação de condições favoráveis à inovação

Recensão crítica

A pesquisa adotou a fenomenologia como método e a observação participante combinada com entrevistas em profundidade. Trata-se de um estudo empírico

realizado em uma instituição privada, tendo como objetivo compreender os sentidos que a inovação tem para os membros dessa comunidade e de que forma esses

sentidos constituem a inteligibilidade da(s) prática(s) que suporta(m) a cultura de inovação.

No referencial teórico o autor traz conceitos de inovação (SCHUMPETER, 1982), cultura organizacional ( AHMED, 1998) e (DOBNI, 2008) e cultura de inovação

(MARTINS; MARTINS, 2002; MARTINS; TERBLANCHE, 2003)

Como metodologia foi utilizado o método fenomenológico com contribuição da semiótica. A coleta de dados ocorreu no período de novembro de 2016 a maio de

2017 e ocorreu por meio de observação participante.Como estratégia, a entrevista foi realizada com 19 participantes destes 09 não tinha cargo de gerencia, 03

gerentes, 03 assessores de diretoria, 03 diretores e um supervisor de preparação. A análise fenomenológica permitiu identificar três unidades de sentido que

expressam a cultura de inovação presentes na instituição. São elas: a inovação como autorreferência, a inovação como atividade paralela e excedente e, inovação

como atividade individual e comportamental.


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Ao mencionar a inovação como autorreferência, o autor compreende os dizeres e fazeres, expressos na sociomaterialidade, transmite a ideia de inovação. Em

relação a inovação como atividade paralela e excedente o autor considera que o passado é a principal referência para a inovação. Para o autor, os valores e crenças

da instituição acabam sendo limitadores o que dificulta identificação da inovação

O autor cita que alguns elementos que propiciam a inovação apareceram na coleta de dados sendo dois deles relevantes para se entender algumas das contradições,

o primeiro elemento trata-se da produção e compartilhamento do conhecimento gerador de inovação, trazendo como exemplo os programas que a instituição

oferece. Para o autor, embora os participantes saibam sobre o que é inovação, existe um limitador sobre inovação no caso concreto. O segundo elemento

propiciador da inovação e a existência de um discurso por parte da liderança da organização de que o erro faz parte do processo de inovação.

Contudo, pode-se perceber que, os estudos priorizam o enfoque na relação com a cultura organizacional contribuem para a ampliação da compreensão do

fenômeno ao colocarem em evidencia seus aspectos intangíveis porem, enfatiza o dualismo e a relação causal entre os temos.

FICHAMENTO DE ARTIGO II

3.
Caracterização da fonte de dados

Artigo: USO FIEL DA FENOMENOLOGIA: UM FENÔMENO RARO?

3
Referência

TROCCOLI, Irene Raguenet. USO FIEL DA FENOMENOLOGIA: UM FENÔMENO RARO? Revista de Administração FACES Journal, v. 15, n. 3, p. 108-123, 2016.

4.
Informações do autor

Pós-doutoranda em Administração de Empresas na Ebape/FGV,

Doutorado e mestrado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica

do Rio de Janeiro, e graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de

Janeiro.

Foi professora titular do Mestrado Profissional em Administração e Desenvolvimento

Empresarial (MADE) da Universidade Estácio de Sá de 2008 a 2020, onde ministrou as

disciplinas Marketing de Serviços e Metodologia da Pesquisa. Foi professora do curso de

especialização em Marketing Estratégico da Universidade Federal Fluminense (UFF). É

membro do corpo editorial das revistas acadêmicas European Business and Management,

Revista Pensamento Contemporâneo em Administração (RPCA), e Economia e Gestão (E&G).

Atuou como analista sênior na Embratel durante oito anos, nas áreas de Marketing Estratégico, de Planejamento Estratégico, e Financeira. Atualmente dirige sua
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pesquisa para Marketing de Serviço, para valores pessoais do cliente, para coprodução e cocriação de valor, e para metodologia da pesquisa com ênfase na

abordagem qualitativa.

Principais Tópicos de Pesquisa

 Marketing de Serviços

Estudar as especificidades do segmento de serviços que possam agregar informações úteis à formação de estratégias de Marketing voltadas ao seu

atendimento.

Com base na lógica dominada por serviço, que considera que todo consumo - seja de serviços, seja de produto físico - é movido pela busca de algum tipo

de benefício por parte do consumidor, essa linha de pesquisa objetiva estudar o comportamento dos consumidores, com ênfase no caso do consumo de

serviços.

 Métodos de Pesquisa

Estudar os métodos qualitativos de pesquisa existentes, com vistas a não só melhor compreendê-los como a propor melhorias em suas aplicações.

Publicações recentes

COSTA, A. M. B. M.; TROCCOLI, I.R.; ABDALLA, Márcio M. WHY FOLLOW BLOGGERS? A CONFIRMATORY-REVEALING RESEARCH. International Journal of Internet Marketing

and Advertising, v. 15, p. 281-301, 2021.

D.ABREU, I. M.; TROCCOLI, I.R.; SAUERBRONN, J. F. R. Rapport Building during Retail Encounters with Embarrassed Clients. Journal of Personal Selling & Sales Management, v. 1, p. 1-

22, 2021.

SCATULINO, P. L. S.; TROCCOLI, I.R.; FELIZARDO JR., N. A.. USO DA TÉCNICA LADDERING EM ESTUDO DE CADEIA MEIOS-FIM: UM EXEMPLO APLICADO.

PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS, v. 15, p. 3-23, 2020.

TROCCOLI, I.R.; FELIZARDO JR., N. A. . EXCHANGING ROLES: AN INSIGHT INTO THE THEORY OF VALUE CO-CREATION. Journal of Marketing Theory and Practice, v. 28, p. 1-

20, 2020.

.
VIEIRA, P. R. C. ; TROCCOLI, I.R. ; ORIOL, E. C. ; DIAS, H. R. . Quality of teaching, corporate image and satisfaction of students enrolled in the night session of a Brazilian private university:

a study with structural equation modeling. EUROPEAN JOURNAL OF SCIENTIFIC RESEARCH, v. 156, p. 315-326, 2020.

BRANCO, L. A. C. C. ; TROCCOLI, I.R. . SÓ PRA VARIAR? VALORES PESSOAIS E CUSTO DE PERMANÊNCIA EM SERVIÇO DE RESTAURANTES. REVISTA PENSAMENTO

CONTEMPORÂNEO EM ADMINISTRAÇÃO (UFF), v. 14, p. 47-62, 2020.

Resumo: objetivo, metodologia, resultados (Extraído do Artigo)

Resumo

A fenomenologia pode ser entendida como filosofia ou como método. Enquanto método, é útil na pesquisa organizacional e de consumo, já que possibilita a

compreensão de questões intrincadas que podem não estar implícitas de forma imediata em respostas superficiais. Contudo, há consenso de que não se trata de

algo trivial. Lançando mão de amostra de artigos de Administração, extraídos da base Spell, este artigo, qualitativo, que se caracteriza como levantamento

bibliográfico, quanto aos meios, e descritivo-exploratório, quanto aos fins, investiga até que ponto os pesquisadores dessa área de fato utilizam corretamente o

método fenomenológico em pesquisas empíricas. Sua conclusão é de que, além de poucos serem os artigos que se dizem fenomenológicos, uma proporção

diminuta deles de fato cumpre as exigências para assim se qualificar. Reflexões são realizadas a respeito desse resultado e novas pesquisas são sugeridas
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Conceitos

Como qualquer outro movimento filosófico, compreender a fenomenologia é tarefa árdua e exige muita dedicação em seu entendimento e em sua posterior
utilização. Giorgi (1985) atribui a dificuldade do pensamento fenomenológico a três questões principais: (1) a de ir contra a tendência natural da consciência de
dirigir-se às coisas em vez de a seus processos; (2) à evolução que o trabalho de Edmund Husserl, fundador da fenomenologia, teve durante toda a sua vida,
além das alterações que se seguiram e ainda continuam; e (3) à incerteza quanto à consistência das interpretações dos discípulos de Husserl (SILVEIRA;
GUERRA; GONÇALVES, 2012, p. 270)

Para Husserl (1962, 1967), tratava-se de uma maneira nova de fazer filosofia, porque, ao dar destaque ao chamado mundo da vida – ou seja, ao mundo
cotidiano, à experiência da vida, propunhase a entrar em contato diretamente com as chamadas coisas próprias.

[...] momento em que são selecionadas as partes da descrição que são consideradas essenciais e aquelas que não o são, através da variação imaginativa. O
pesquisador imagina cada parte como estando presente ou ausente na experiência, até que a descrição seja reduzida ao essencial para a existência da
consciência da experiência (CORREA, 1997).

A redução fenomenológica tem o objetivo de obter uma descrição conceitual rica da experiência na qual, deliberada e propositalmente, o pesquisador se abre
para o fenômeno (GROENEWALD, 2004). Para buscar limitar o conhecimento ao fenômeno da experiência de consciência, procura desconsiderar o mundo real,
em uma espécie de suspensão do juízo (MAISONNAVE; ROCHA PINTO, 2007, p. 92).

Husserl (1962, 1967) nunca propôs um método fenomenológico de realização de pesquisa empírica, há autores que entendem que “A passagem da
fenomenologia como filosofia para um método fenomenológico de pesquisa tem sido reivindicada por muitos pesquisadores, mas [...] [essa passagem] não fica
muito clara” (SILVEIRA; GUERRA; GONÇALVES, 2012, p. 270).

Contribuição prática e teórica


Contribuição teórica – Os presentes capítulo proporcionam importantes reflexões no que tange utilização do método fenomenológico em pesquisas

empíricas;


Contribuição prática – Apresentar a forma correta do uso fenomenológico em pesquisas empíricas;

Recensão crítica

O presente artigo traz a respeito da utilização a empregabilidade dos métodos fenomenológicos em pesquisas do curso de administração. Já na introdução faz

críticas mencionando que como qualquer outro movimento filosófico, compreender a fenomenologia é tarefa árdua e exige muita dedicação em seu entendimento

e em sua posterior utilização.

Nesse sentido, busca responder a seguinte problemática: até que ponto os pesquisadores da área de Administração de Empresas de fato utilizam corretamente o

método fenomenológico em pesquisas empíricas? No referencial teórico, a autora traz obras de de Husserl (1962, 1967) e de Heidegger (1962); no segundo caso, a

gênese estaria em Schutz (1967).

Para alcançar o objetivo central da estudo, a autora utiliza como metodologia a pesquisa descritivo-exploratória. Para a coleta de dados foi utilizado a plataforma

Spell e como critério de inclusão para a amostra foi considerado os artigos publicados na Spell nos anos de 2010 a 2015 utilizando as palavras chaves

“fenomenologia” ou “fenomenológico” ou “método fenomenológico. Totalizando 11 artigos aptos a participarem do estudo.

Dentre os 11 artigos, quatro Faria, Vergara e Carvalho (2014); Costaito e Gimenez (2012) não se trata de artigo empírico. Bazanini et al. (2014) o termo

fenomenológico foi usado como sinônimo de qualitativo e Villardi e Vergara (2011): a fenomenologia foi utilizada em nível iminentemente epistemológico

Foi observado o emprego incorreto do termo fenomenológico, considerando-o como qualitativo, sem que, de fato, tenha sido aplicado o método fenomenológico.
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Apenas o artigo de Simonetti e Silva (2013) utilizou a fenomenologia como filosofia. Seis estudos que utilizaram a fenomenologia como método embora tenham

empregado corretamente os tópicos adequados à aplicação, apenas dois fizeram reduções fenomenológicas e eidética. Os autores Ventura e Leite (2014) embora

tenha empregado a citação teórica, não cumpriu um dos aspectos principais da fenomenologia, assim como Alvarenga e Pitombo (2015). Sabendo-se que sem a

redução, não se pode atingir a atitude filosófica fenomenológica.

Macedo et al. (2012) e Macedo e Antonialli (2013) embora menciona as reduções fenomenológica não informam detalhes a respeito.

Bazanini e Berton (2011) e Maravalhas e Odelius (2010) apresentaram, em detalhes, as providências tomadas para garantir o atendimento às exigências do método

fenomenológico,

A autora faz críticas sobre a publicação dos artigos em revista, principalmente nas classificações B2, A2, B3 e B2 que foram publicados em revistas conceituadas

e passam por um critério rigoroso de avaliação.

Indicações para pesquisas futuras

 Replicação em outras amostras – por exemplo, artigos dos Encontros da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração

(ENANPADs),

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