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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS (UFG)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCONT)


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Aula VI - 17/05/2021

Disciplina: Metodologia de Pesquisa Aplicada à Contabilidade


Professora: Dra. Juliano Lima Soares
Acadêmico: Sheyla Veneziani

RESENHA- EMPERISMO

1.
Caracterização da fonte de dados

Livro: Ensaio Acerca do entendimento humano –Autor: John Locke.

Tradução de Anoar Aiex.

2.
Informações do autor:

JOHN LOCKE: filósofo inglês conhecido como o Pai do iluminismo, o principal representante
do empirismo britânico um dos principais teóricos do contrato social.
1652 - Estudou medicina, ciências naturais
1656 – Formou-se em e filosofia em Oxford.
1658- Conclui o mestrado
1660 – Nomeado professor em Oxford
Foi líder da oposição ao rei Carlos II
1667 - ornou-se secretário de Lord Ashley Cooper tendo grande envolvimento em
questões relacionadas ao liberalismo politico.
1668- Tornou-se membro da Academia Científica da Sociedade Real de Londres
1665 – 1679 Morou na França
1683 Devido a problemas políticos precisou refugiar nos Paises Baixos por cinco anos.
1689 contribuiu para a confecção da Declaração dos Direitos.
Em 1704 faleceu

Principais tópicos da pesquisa: Teoria da Tabula rasa (pessoas nascem sem conhecimento algum) Defendia a Liberdade intelectual e a tolerância

Resumo bibliográfico: Carta Sobre a Tolerância, Ensaio Sobre o Entendimento Humano, e os Dois Tratados Sobre o Governo Civil.

Conceitos:

O ensaio se propõem a buscar a origem a certeza e a extensão do conhecimento humano, examinando como forma nosso pensamento, realidade, ideias e coisas. O

autor Locke escreve que objetivo de seu trabalho é relacionado a origem, a certeza e a extensão do conhecimento humano. De fato, a noção fundamental da

epistemologia do livro refere-se a noção de ideia, assim como trazer críticas as ideias de Descartes.

A primeira parte o autor faz críticas ao princípio do inatismo que defendia que a criança já nascia com conhecimento.

Para o autor, a mente é como uma tela em branco, desprovida de conhecimento. Para que se tenha ideias é necessário ter experiências, pois as mesmas só podem

ser adquiridas pela vivencia, sensação ou reflexão. Assim, Locke defende que a experiência é a fonte do conhecimento, que depois se desenvolve por esforço da

razão.

“Por conseguinte, é inegável que a mente humana tem várias ideias, expressas, entre outras, pelos termos brancura, dureza, doçura, pensamento,

movimento, homem, elefante, exército, embriaguez. Disso decorre a primeira questão a ser investigada: como elas são apreendidas?”.
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Em alguns momentos do livro é possível compreender a intenção do autor em evidenciar que os princípios práticos, ou seja, os que estão presentes no dia a dia

não podem ser usados como argumento para justificar o inatismo. O autor reconhece que a maioria das regras foram estabelecidas e criadas pelos homens, sendo

estes responsáveis pelo existência das crenças, costumes, leis e etc.

O autor relata que somente a experiência pode fornecer as ideias que habitam nossos pensamento, ou seja o conhecimento começa pelo ambiente externo. Como

fonte das ideias, cita a sentido externo que remete a sensação de um gosto, um cheiro ou uma visão e em segundo traz o sentido interno que é a maneira de

perceber como se comporta a mente diante das ideias já concebidas, ou seja, caracteriza as questões relacionadas a dúvidas, crenças, desejo, sendo nesse estágio o

alcance do entendimento sobre as coisas. Ao analisar a sensação e a reflexão, chega ao entendimento de que as ideias são divididas em simples e complexas.

As ideias simples são concepções ou aparências uniformes na mente, entretanto as complexas são formuladas na mente pela junção da ideia simples, ou seja as

ideias complexas são consequências da união de ideias simples.

Contudo, observa-se que o estudo dos livros I e II, estão os pontos chaves da teoria de John onde a principal crítica ao inatismo deriva da evidência da não

existência de caracteres originais impressos na mente.

FICHAMENTO DE ARTIGO

3.
Caracterização da fonte de dados

ARTIGO: As armadilhas dos paradigmas da liderança

4.
Informações dos autores:

GÉRARD OUIME

Professor titular de psicologia organizacional no departamento de administração da HEC Montreal,

Doutorado pela University of Montreal,

Ph. D. em psicologia

Ph. D. em ciências políticas. 

M. Sc. (psicologia), Université de Montréal

Sua linha de pesquisa: psicologia do poder, o desenvolvimento de habilidades políticas, psicopatologia

organizacional (personalidades patológicas e culturas patogênicas), a psicologia de líderes destrutivos e

gerenciamento de estresse. 

Membro da Ordre des psychologues du Québec

Pesquisa sobre a dinâmica das alterações patogênicas que sacodem o mundo do trabalho.

Livros: OUIMET, Gérard; Psychologie du Leaders Pathologique, Chenelière Éducation, 2017.

5. Resumo: objetivo, metodologia, resultados (Extraído do Artigo)

Aborda questões do conhecimento referente à liderança, tendo como objetivo estabelecer uma classificação original de diferentes tipos de estudos relativos à

liderança, trazendo conceitos e definições sobre: racionalista, empírico, sensacionista e dogmático, por meio de um ensaio teórico. Foi possível identificar que

embora os conhecimentos produzidos em qualquer um dos quatro paradigmas possam revelar-se úteis para a compreensão do fenômeno da liderança, todos eles

correm o risco de cair na armadilha de um entusiasmo heurístico.

Principais teorias:

O autor baseou-se nos estudos realizados por Carl Gustav Jung (1967) que identificou quatro Funções Psíquicas que a consciência usa para fazer o

reconhecimento do mundo exterior e orientar-se diariamente representando os tipos Psicológicos. Para Jung existem duas maneiras oposta pelas quais das quais se

percebe as coisas (Sensação e Intuição) – e as que são usadas para julgar os fatos (Pensamento e Sentimento).
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O autor considerou que poderia então sintetizar os quatro paradigmas o racionalismo, o empirismo, o sensacionismo e o dogmatismo da mesma forma como Jung

fez a relação com os tipos psicológicos.

Ao abordar o paradigma racionalista o autor estabelece uma ligação com o intelectual da liderança assim, é considerado que exista uma relação com

comportamento do líder baseadas nas ações, características dos subordinados, o cenário que é envolvido. Nesses casos é possível que se tenha um posicionamento

diferente em casa situação, onde o posicionamento do líder está ligado a tarefa a ser executada. Esse paradigma está muito ligado a razão, nesse ponto o autor

estabelece o possível erro ou armadilha, pois tudo que é logico nem sempre pode ser tomado como verdade. O autor faz críticas aos modelos desenvolvidos na

década de 60, um aumento em querer analisar teoricamente sobre um determinado fenômeno quando na verdade, o que se observa é que a realidade quase sempre

difere da racionalidade. Dentre os modelos mencionados pode-se destacado o modelo da árvore da decisão de Vroom e Jago (1988) e a contingência de Fiedler

(1967), ambos ainda utilizados por grande parte dos líderes.

No paradigma racionalista, os diferentes papéis dos líderes podem mobilizar uma equipe de trabalho e orientar suas ações para alcançar os objetivos da
empresa (p. 10).

Em relação ao paradigma empírico refere-se ao sensorial que traz questões relacionadas a capacidade do líder dominar domínio das técnicas de influência que

permite aos líderes a criação de uma sinergia. Nesse sentido, o paradigma empírico pretende observar empiricamente as manifestações da liderança (modo

sensorial de apreensão do real) por meio de fatores objetivos amplamente reconhecidos pela comunidade científica (modo objetivo de avaliação da informação). O

paradigma empírico constitui o prolongamento experimental do paradigma racionalista, assim propõe-se a sondar a verdade. O autor menciona a necessidade de se

realizar os estudos de campo, recorrendo a experimentação correlacional para o essencial.

O que se observa nesse paradigma é que ele vai servir como um experimento da teoria racionalista, por esse motivo o autor menciona os estudos relacionados a

teoria da liderança transacional e transformacional de Bass que contribuiu com estudos quantitativos baseados em teorias.

O paradigma empírico de certo modo pode ser fascinante porque permite uma verificação quantitativa do diversos modelos teóricos. Entretanto, o autor rebate

esse modelo com a crítica relacionada as limitações das pesquisas que podem deixar os estudos reducionistas. Perguntas sem embasamentos não contribui em nada

para o conhecimento.

De que serve a um pesquisador descobrir que a lã é uma proteína se ele não souber que ela cresce no lombo dos carneiros?

O Paradigma sensacionalista compreende que a liderança é uma filosofia de vida explícita, onde os valores e as crenças pessoais dos líderes podem contribuir

para influenciar as pessoas em torno de um projeto comum. Diferentemente, do racionalista que trata o teórico, e do empirismo que quantifica os estudos teóricos,

o sensacionalista comumente se baseia no estudo de caso descritivos e qualitativos. O autor menciona estudos em que há uma abordagem mais pessoal, como por

exemplo depoimentos de gestores.

Nessa parte do artigo é observado que o autor distingue muito claramente a diferença de líder e administrador. Enquanto o líder tem uma maior facilidade em

administrar as incertezas, o administrador tender a obedecer regras. O autor menciona a influência desse tipo de estudo no campo da administração e do

comportamento organizacional.

Observa-se que esses estudos que abordam “histórias de sucesso”, onde uma pessoa consegue se destacar no mercado, ou obter sucesso na carreira, trazem um

caráter muito inspiração remete a ideia de que todos podem ter sucesso. Entretanto, para alcançar esse case de sucesso, os estudos precisam ter uma abordagem

mais simplistas, e é nesse ponto que está a maior crítica do autor, o simplismo que pode trazer nos estudos de caso, assim como também critica as entrevistas

tendenciosas, onde é apresentado um modo de vida, ou uma realidade fantasiosa, pois inconscientemente o entrevistado pode camuflar algumas verdades.
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O orgulho é uma inclinação tipicamente humana. Assim, não é uma surpresa constatar sua presença nos líderes

No paradigma dogmático define a liderança como a expressão da psiquê dos dirigentes. No paradigma dogmático, são os processos dinâmicos que nascem no

inconsciente dos dirigentes que determinam a força e o estilo de sua liderança”. Esse paradigma é chamado de dogmático porque o instrumento de análise dos

pesquisadores, a teoria e/ou o método psicanalítico, envolve conceitos que não satisfazem às exigências do método científico.

Sua capacidade explicativa revela-se um tanto quanto frágil quando se trata de justificar a existência de transformações no estilo de liderança do dirigente. De fato,

se a psiquê, um dado estrutural fundamentalmente invariável – ao menos segundo o paradigma dogmático –, fosse a única variável determinante do estilo de

liderança, esta não deveria modificar-se a priori ao sabor dos sobressaltos do ambiente da empresa.

Contribuições prática e teórica

 Contribuição teórica – O artigo proporciona reflexões no que tange a teoria comportamental organizacional.

 Contribuição prática – O artigo é de cunho teórico. Enfatizando as metodologias aplicadas para os quatro tipos de paradigmas.

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