Você está na página 1de 18

UNIP – Universidade Paulista

Instituto de Ciências Humanas


Curso de Psicologia

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS: O SURGIMENTO DA


PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL

Taila Consani Sitta RA: T541AH4

Campinas/SP
2020
2

UNIP – Universidade Paulista


Instituto de Ciências Humanas
Curso de Psicologia

Taila Consani Sitta RA: T541AH4

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS: O SURGIMENTO DA


PSICOLOGIA COMPORTAMENTAL

Trabalho apresentado à disciplina “Psicologia


Comportamental” do 10º semestre do curso de
Psicologia da Universidade Paulista – UNIP.

Campinas/SP
2020
3

RESUMO

O presente trabalho, irá propor uma revisão bibliográfica que aborde o tema sobre a
Psicologia Comportamental. Os objetos serão pesquisar tanto sua origem, quanto
seu desenvolvimento ao decorrer dos anos, assim como sua narrativa em território
brasileiro. Neste sentido, a rica história das teorias comportamentais, abrangem não
somente um país, como o mundo todo. Passando por célebres estudiosos, seja por
americanos, como por profissionais do continente europeu e, essencialmente, da
América Latina. A este respeito, no Brasil, através de universidades e associações,
esta ciência metodológica foi sugestionada por intrínsecas lutas e transformações,
impulsionadas pelo advento da Psicologia a nível nacional e internacional. Os
estudos posteriores que se originaram, denotam como o comportamentalismo,
referencia-se entre as mais celebres abordagens de atuação existentes. Em suma,
esta pesquisa irá propor através de uma breve discussão, como ocorreu o primórdio
desta ciência, suas particularidades e o cenário atual.

Palavras chaves: Psicologia Comportamental, Comportamento Humano e


Sociedade.
4

SUMÁRIO

1. OBJETIVOS............................................................................................................ 5

1.1 Objetivo Geral...................................................................................................... 5

1.2 Objetivo específico..............................................................................................5

2. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO.....................................................................6

2.1 Breve resumo sobre a Psicologia Comportamental.........................................6

2.2 Grandes influenciadores atemporais: Ernst Mach, Bridgman e Skinner.......7

2.3 Psicologia Comportamental no Brasil – Um Breve Resumo...........................8

3. HIPÓTESES.......................................................................................................... 11

4. JUSTIFICATIVA....................................................................................................12

5. MÉTODOS.............................................................................................................13

5.1 Sujeitos...............................................................................................................13

5.2 Instrumentos......................................................................................................13

5.3 Aparatos de pesquisa........................................................................................13

5.4 Procedimentos para coleta de dados e análise de dados.............................14

5.5 Ressalvas éticas................................................................................................14

6. ANÁLISE DOS DADOS/RESULTADOS...............................................................15

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 16

8. REFERÊNCIAS.....................................................................................................17
5

1. OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Realizar pesquisas com o tema Psicologia Comportamental, seu início e suas


influências em território nacional.

1.2 Objetivo específico

 Investigar quais foram os passos iniciais das ciências comportamentais, com


base em sua origem;
 Inquerir os três principais autores que influenciaram estudos na área da
Psicologia comportamental;
 Averiguar como se sucedeu o primórdio do saber supracitado e quais foram
suas influências em território brasileiro.
6

2. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO

2.1 Breve resumo sobre a Psicologia Comportamental

Apesar da condição imposta a terminologia que refere-se as terapias


comportamentais, sua definição e atuação é muito mais ampla do que se pode
imaginar. Segundo Barbosa e Borba (2010), ela não dialoga para apenas um ou
outro comportamento observável, ou linha teórica, conforme muitos outros
estudiosos postulam. Segundo os autores citados acima, este tipo de saber, possui
em suas diversas ramificações de atuações, algumas mais difusas no campo
Psicológico de atendimento: 1) Psicoterapia Funcional-Analitica; 2) Terapia Cognitiva
Comportamental e 3) Terapia de Contingências. Observa-se, portanto, como este
espaço é muito mais abrangente, sendo baseada em algumas vezes pelo
behaviorismo.
Não obstante a isso, para Barbosa e Borba (2010), descrever sobre a origem
ou o começo destes tipos de saberes frente ao ideário de comportamento, é
remontar-se, por exemplo, ao início dos anos 50, na qual poderia ser encontrado
definições como: modificações comportamentais. O “nascimento” desta sentença
cientifica, concerne em três pilares centrais: 1) nos estudos fisiológicos da antiga
união soviética, começando após o desenlace do século dezenove; 2) no advento
dos estudos do behaviorismo em território americano e 3) em progressos de
alcançados através de saberes psicológicos da aprendizagem.
Contudo, ainda é importante citar como somente após o final da década de
30, que realmente surgiu um maior interesse nas referidas ciências, visto a
insatisfação de profissionais da Psicologia, por exemplo, com a Psicanalise
postulada por diversos autores, como Freud, no qual em muitas ocasiões este saber
em questão carecia sobre explicações mais acuradas que corroborassem sua
efetividade e diretividade (BARBOSA E BORBA, 2010).
Franks (1996), referência as primeiras menções acerca da terminologia
“terapia comportamental”, que remontaria aos seguintes estudiosos: Solomon,
Lindsey e Skinner após os anos 50. Essas referências, essencialmente em estudos
e consultas, inicia-se quando os mesmos atendiam pessoas com quadros psicóticos
em casas de saúde, estes atendimentos consistiam em condicionamentos
7

operantes. Ambos os profissionais, em alguns pontos acrescentavam demais


localidades que contribuíram com menções aos referidos campos de atuação
comportamentais. O estudioso Lazarus, citou tal como a África do Sul e sua
introdução à tradicionalidade comportamental.
O especialista Eysenck, também se referiu aos enfoques comportamentais
em prol de um novo protótipo de atendimento terapêutico. Gradativamente,
houveram menções sobre uma Psicologia diretiva, com foco propriamente no
comportamento humano. A começar pelos anos 80, Kohlenberg e Tsai (2001),
mencionaram a relevância em se considerar modelos psicológicos que abrangessem
terminologias operantes, ou mais conhecidas como comportamento funcionais.
Ainda assim, pensando sobre os elementos históricos e suas transformações
ao longo das décadas, é inevitável não pensar em John Watson e seus estudos que
influenciariam inúmeros profissionais dentre as aplicações psicológicas. Apesar
disso, um dos – se não o maior – precursor do referido saber, impactou noções
sobre lógicas comportamentais e temáticas operacionais, essencialmente a partir do
século vinte, sendo visível sua influência até os dias atuais, em pleno século vinte e
um (TOURINHO, 2011).

2.2 Grandes influenciadores atemporais: Ernst Mach, Bridgman e Skinner

As influências que permeiam as ciências comportamentalistas, é decorrente


tanto da interferência da física, quanto, principalmente de alguns celebres
estudiosos. Estes estudiosos, foram responsáveis por concepções que até hoje
persuadem os profissionais que utilizam-se deste referido saber: a Psicologia
Comportamental. Por isso, baseando-se em um modelo comportamentalista, é
importante citar algumas concepções sobre três grandes profissionais e, o primeiro
deles, refere-se ao Ernst Mach. Para Mach, o entendimento sobre a metafisica,
partiria de uma concepção empírica sobre as questões observacionais (SAMPAIO,
2005).
Bridgman, por sua vez, criticava da mesma forma os pareces sobre princípios
“mecânicos” da existência, assim como pelos efeitos causados entre instâncias do
polo A e B quando o assunto era a experiência científica. Este mencionado autor,
oferecia críticas as questões não constadas de maneira empírica. A caracterização,
no que lhe concerne, deveria essencialmente ser singularizada por modelos
8

operacionais, modelos estes utilizados em estudos sobre os episódios


exemplificados (SAMPAIO, 2005).
Não obstante a isso, Skinner tem sua grande influência para os
comportamentalistas desde antes da década de trinta, indo além das concepções de
“operante” (CRUZ, 2011). A este respeito, tanto Ernst Mach, quanto Bridgman, de
alguma forma – em primórdios a partir dos anos de 1838 e 1882 – respectivamente,
exerceram inúmeras influências em estudos e compreensões de Frederic Skinner
(seja em sua pós graduação e doutorado), assim como em prol de outros Psicólogos
(as) de Harvad, e até mesmo em compreensões sobre conceitos positivistas, da
metafisica e principalmente de profissionais que exercem a ciência comportamental
na atualidade (SAMPAIO, 2005).

2.3 Psicologia Comportamental no Brasil – Um Breve Resumo

Em um contexto brasileiro, o comportamentalismo teve seu início derivado de


intrínsecas e interessantes contribuições, essencialmente as publicações que se
baseavam nas obras de Keller e Schoenfeld, que tiveram máxima colaboração com
o advento de um livro que baseava-se nas concepções iniciais acerca da Psicologia.
Estes fatos, por exemplo, sugestionaram campo de debate seja para as ciências,
como também para compreensões a respeito de traços comportamentais humanos
(RAFIHI-FERREIRA, 2016).
A partir de 1960, outro marco importante aconteceu em território nacional: a
chegada de um celebre professor Keller, que começou sua trajetória na USP
(Universidade de São Paulo), ministrando seu oficio com aulas e afazeres que
envolvessem o tema supracitado. Ressalta-se ainda que, mediante este
acontecimento, outros profissionais da época participaram com Keller destas aulas,
até mesmo acadêmicos que estudavam sobre o tema. Ainda assim, poucas
universidades forneciam o curso de Psicologia no país, uma em São Paulo Capital e,
a outra, no estado no Rio de Janeiro (TODOROV e HANNA, 2010).
Na década de sessenta também, mais aproximadamente em 61, outros
profissionais contribuíram grandemente para a criação de um instituto chamado AEC
– Análise Experimental do Comportamento. Entretanto, o referido instituto, foi gerado
em outro curso. Com a chegada de psicólogos behavioristas americanos em solo
9

brasileiro, houve uma maior influência também para a criação de outros polos de
ensino da Psicologia, como por exemplo, a UNB (CESAR, 2002).
Entretanto, mesmo com as grandes mudanças que ocorreram, com o apoio
de exímios profissionais e a eclosão do curso em muitos lugares, houve também a
disseminação do golpe militar (mais aproximadamente após o ano de 1964), que
culminou em uma intensa perseguição. Sobre isso, ressalta-se que:

(...) Os cursos para formação do psicólogo foram regulamentados


pela Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962, dia em que se comemora o
dia do psicólogo. O primeiro centro de formação de analistas do
comportamento foi a Universidade de Brasília, sob o comando de
Carolina Bori. Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de
Ribeirão Preto, hoje Universidade de São Paulo (USP), o curso de
Psicologia começou a funcionar em março de 1964 (RAFIHI-
FERREIRA, p. 186).

Com a falta de regulamentação através de conselhos profissionais, a SBP


(Sociedade Brasileira de Psicologia), a partir de 1970, ajudou a estabelecer a
atuação de Psicólogos, no qual era um regulamentador profissional, uma vez que
ainda não existiam os órgãos da profissão. Com o advento dos conselhos regionais
e o Federal, houve uma então mobilização para a garantia de direitos destes
profissionais. No mesmo contexto e momento, fora criado a primeira especialização
– pós graduação – chamada Modificação de Comportamento, influenciando outros
locais a fazerem o mesmo (RAFIHI-FERREIRA, 2016).
Segundo Botomé (2006), após 1970 foi iniciada uma associação que visava
atender psicólogos comportamentais, com o nome de AMC e atendimento a nível
estadual. Entretanto, viu-se a necessidade em expandir para todo o território
brasileiro, devido à grande necessidade. De AMC, surgiu a emergiu a ABAC –
Associação Brasileira de Análise do Comportamento. Aos anos seguinte,
observaram-se várias transformações no cenário, desde a regulamentação da
profissão, até mesmo na promulgação dos conselhos regionais e federal.
Concernente a este cenário, inaugurou-se as primeiras aulas e treinamentos que
tinham como meta as alterações comportamentais.
Em sequência as diversas mudanças, na década de 80 (mais precisamente
em 1985), a AMC sugestionada pelas transformações da época teve seu cerne
revertido para a ABAC – Associação Brasileira de Análise do Comportamento. Vale
ressaltar que, a referida associação, teve seu nível de atuação alterada de estadual
para nacional (BOTOMÉ, 2006).
10

Observou-se após a isso também, o surgimento de novas universidade que


ministravam o curso de Psicologia, essas em grande parte influenciadas pela
estudiosa Carolina Bori. Essa influência é vislumbrada até hoje, especialmente com
relação a manutenção e firmamento das ciências naturais como objeto de estudo e
ciência, assim como pelos experimentos laboratoriais que visavam e ainda visam, o
estudo observável do comportamento. Também em 1990, outros responsáveis
adentraram a luta pela suscitação de uma Psicoterapia Comportamental. Além
disso, outro marco importante ocorreu: a criação da ABPMC - Associação Brasileira
de Psicoterapia e Medicina comportamental (RAFIHI-FERREIRA, 2016).
Todorov e Hanna (2010), exemplificam como na atualidade, os profissionais
das ciências comportamentais, em grande parte publicam seus estudos via artigos
científicos e revistas especializadas. Seguindo estes adventos, é significativo citar
alguns pontos:

 Analisando o números de publicações, observa-se como é crescente o índice


de publicações em periódicos, sobretudo, no idioma de base portuguesa;
 Após 1988, teve origem o precedente folhetim sobre a TCC, com edição da
Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental;
 Em um passado recente, houve a edição chamada de Perspectivas em
Análise do Comportamento;
 O agrupamento denominado de Comportamento e Cognição, reverteu-se
para uma nomenclatura conhecida como periódico;
11

3. HIPÓTESES

Corroborando com a intenção desta pesquisa – revisão bibliográfica – é


importante descrever como este assunto, ciências comportamentais, ilustra-se
como, por muitas vezes, temáticas densas e condicionantes a textos sumariamente
extensos. Observou-se, então, a grande relevância em apurar alguns fatos
primordiais desta ciência supracitada. O que se formulou como hipótese, para o
presente trabalho, concerne a nada mais, nada menos que:

 Os primórdios da Psicologia Comportamental, não compele apenas aos


autores mais conhecidos, como por exemplo, Frederic Skinner. Muito antes
de 1900, poderia ser encontrada demais menções ao tema;
 As ciências comportamentalistas, em território nacional, foi amplamente
sugestionada por profissionais de outros países, corroborando então com
seus interesses;
12

4. JUSTIFICATIVA

Justifica-se a procedência desta pesquisa, pela grande relevância que


Psicologia Comportamental concerne as áreas do conhecimento cientifico. Este
campo do saber, compele a máxima dos fenômenos psíquicos, o grande destaque
de se pesquisar os eventos em um nível observável. Isto não quer dizer que o
inconsciente e/ou sentimentos não tenham importância. Entretanto, um olhar mais
acurado sobre aspectos da psique e sua relação com o meio ambiente, torna-se
imprescindível quando um comportamento provavelmente vier a tornar-se como
“disfuncional”, ou até mesmo para o entendimento de quais atitudes são passiveis
de melhor bem estar para o indivíduo que a requere. Ou seja, entender mais afundo
a origem do comportamentalismo e suas influências no Brasil, confere ainda mais
conhecimento profissional, para aqueles (as) que intentam trabalhar com o que
chamamos de “conteúdos” observáveis e de passiveis de comprovação.
13

5. MÉTODOS

5.1 Sujeitos

Em acordo com os pressupostos desta pesquisa, que consistia em uma


revisão bibliográfica, não fora realizada um trabalho com destaque a sujeitos
específicos. Desta forma, intentou-se uma metodologia que embasasse diferentes
pessoas, sem colocar nenhuma amostra em risco. Ainda assim, os demais sujeitos
que podem ser citados, são caracterizados por possuírem algum tipo de correlação
com o tema: profissionais da Psicologia e de demais áreas, não sendo feita
nenhuma menção quanto ao gênero, idade ou identidade.

5.2 Instrumentos

Documento elaborado para a construção e embasamento do levantamento


bibliográfico, assim como informações posteriores. O trabalho em questão, utilizou
como instrumento para a coleta bibliográfica de dados: SCIELO, Pepsic e obras
literárias.

5.3 Aparatos de pesquisa

Revistas eletrônicas, cadernos para anotações adjacentes, aparelho celular


como fonte rápida de pesquisa e notebook.

5.4 Procedimentos para coleta de dados e análise de dados

Por tratar-se de uma pesquisa bibliográfica, que consiste em uma revisão de


conceitos científicos anteriormente analisados por outros (as) estudiosos (as), a
coleta de dados iniciou-se com pesquisas em fontes de consenso com a
comunidade acadêmica. Além disso, sobre o item análise de dados, primeiramente
foi realizada a categorização dos tópicos pesquisados, primando pela qualidade e
significância acerca do tema, construindo uma metodologia criteriosa em acordo
com os objetivos. Desta forma, intentou-se pesquisar as publicações já dispostas no
corpo do trabalho, afim de comprovar ou não preposições preliminares e novos
conteúdos.
14

5.5 Ressalvas éticas

O presente projeto, fundamentou-se em uma pesquisa e revisão bibliográfica,


com embasamento teórico em dados científicos, propiciando assim maior veracidade
nas informações e dados coletados. Referente aos aspectos éticos, assegura-se a
não discriminação nas informações, nem exposição a riscos de riscos, por não fazer
menção direta a nenhum indivíduo. Ainda com relação aos aspectos éticos, o
presente estudo por ser uma revisão bibliográfica não será submetido à avaliação do
Comitê de Ética em Pesquisa (de acordo com a Resolução Conselho Federal de
Psicologia N°007/2016). Não obstante, todos os preceitos éticos estabelecidos serão
respeitados no que se refere a zelar pela legitimidade das informações e, quando
necessário, tornando os resultados deste estudo público.
15

6. ANÁLISE DOS DADOS/RESULTADOS

Explorando as dimensões bibliográficas sobre o tema “Psicologia


Comportamental”, observa-se a grande importância que as instâncias do passado
possuem no entorno aos pressupostos do mencionado saber. O “presente”
demonstrou ter sua relevância, entretanto, foram as histórias pregressas que
cederam seus alicerces para que, a história atual, tivesse o reconhecimento nos dias
atuais. Além disso, denota-se como diferentes localidades tiveram seu apogeu
dentre as ciências comportamentais, contribuindo cada uma ao seu modo.
É interessante comtemplar como, através do tempo, houve uma gradativa
multiplicação de teorias comportamentais, tais como: Psicoterapia Funcional-
Analítica, TCC e a de Contingências. Observa-se, portanto, como este espaço é
muito mais abrangente, não sendo baseada, algumas vezes, somente pelo
behaviorismo. Não obstante a isso, essa abordagem metodológica, originou-se
também pela insatisfação com demais abordagens que não conseguiam explicar
com efetividade e diretividade, os fenômenos sobre o comportamento e o meio
ambiente (BARBOSA E BORBA, 2010).
Quando se pensa sobre os maiores influenciadores, nota ser considerável
não se ater apenas em um ou outro autor. Referindo-se a Frederic Skinner, muitos
podem pensar que, apenas ele, foi o precursor, a partir de uma determinada época.
Contudo, nas pesquisas expostas acima, dois grandes nomes despontaram muito
antes, sendo eles: Ernst Mach (1838) e Bridgman (1882). Estes autores, antes
mesmo da década de trinta, em determinadas publicações já mencionavam um
conglomerado de ideias que fazia citações as concepções comportamentais, o que
posteriormente sim, veio a influenciar Frederic Skinner e demais profissionais
(SAMPAIO, 2005).
Pensar então, em uma abordagem tão vasta, é inevitável não analisar o
contexto de seu surgimento em território brasileiro, que ocorreu de forma gradual,
impulsionada basicamente em universidades e pesquisas acadêmicas. Assim sendo,
pode ser compreendido que, o seu início, pode sim ter sido de maneira singela, mais
precisamente no interior do estado de São Paulo, porém o meio acadêmico foi o
principal responsável por disseminar a grande valia em pesquisar aspectos
16

relacionados ao meio em que as pessoas vivem e seu comportamento (RAFIHI-


FERREIRA, 2016).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através da pesquisa realizada, foi possível observar dados interessantes no


que se concerne ao tema de Psicologia Comportamental. Por exemplo, entender a
sua origem e transformações, também é compreender como as ciências
comportamentais na atualidade se formou, incumbindo de cada momento histórico, a
sua parcela de contribuição. Vários países também dedicaram contribuições, como
por exemplo: EUA, países da Europa, América Latina, dentre outros.
Sobre acontecimentos antecedentes e através das exímias experiências
observacionais, bem como por estudos sobre o comportamento humano em seu
meio, foi possível constatar como, muito antes de estudos de célebres autores
mundialmente conhecidos, já exemplificava-se algumas menções a respeito do
assunto. Ou seja, passando por ideias que antecederam o positivismo, concepções
primárias sobre metafísica, assim como a respeito de comportamentos operantes, e
outros conceitos. Destaca-se ainda que, por volta do começo do século passado,
haviam algumas publicações com menções honrosas a necessidade em se acurar o
comportamento humano mais de “perto”, indo assim em posição contrária as
abordagens que visavam o não “observável”.
Em suma, visto toda essa gama de informações, ainda denotou-se como este
campo científico é extensivo. Até mesmo em território nacional, impulsionado
excepcionalmente pelo meio acadêmico e por profissionais que vieram de outros
países para lecionar em universidades, começando por Ribeirão Preto no interior do
estado de São Paulo. A partir daí, com seu crescimento, muitas mudanças
ocorreram, tanto na garantia de direitos como também no crescimento da Psicologia
Comportamental, psicologia esta considerada como uma das maiores forças do
saber psicológico.
17

8. REFERÊNCIAS

BARBOSA, João Ilo Coelho; BORBA, Aécio. O surgimento das terapias cognitivo-
comportamentais e suas consequências para o desenvolvimento de uma abordagem
clínica analítico-comportamental dos eventos privados. Rev. bras. ter. comport.
cogn. São Paulo, v. 12, n. 1-2, p. 60-79, jun. 2010. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-
55452010000100004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 01 out. 2020.

Botomé, S. P. (2006). Contribuições, Participação, Organização e Representação o


da Análise Experimental do Comportamento nos Eventos e na Organização da
Psicologia no Brasil: A ABPMC como e ponto de partida. Revista Brasileira de
Terapia Comportamental e Cognitiva, p. 217 - 231.

Cesar, G. (2002). Análise do Comportamento no Brasil: Uma revisão histórica de


1961 a 2001, a partir de publicações. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-
Graduação em Psicologia Experimental: Análise do Comportamento, Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.

CRUZ, Robson Nascimento da. Percalços na história da ciência: B. F. Skinner e a


aceitação inicial da Análise Experimental do comportamento entre as décadas de
1930 e 1940. Psic: Teor. e Pesq. Brasília, v. 27, n. 4, p. 545-554, Dec. 2011.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
37722011000400020&lng=en&nrm=iso>. Acesso
em: 02 Out. 2020. https://doi.org/10.1590/S0102-37722011000400020.

Franks, C. M. (1996). Origens, história recente, questões atuais e estados futuros da


terapia comportamental: Uma revisão conceitual. In: V. E. Caballo (Org.), Manual de
técnicas de terapia e modificação do comportamento (pp. 3-22). Campinas:
Editorial Psy.

Kohlenberg, R. J., & Tsai, M. (2001). Psicoterapia Analítica Funcional (F. Conte, M.
Delliti, M. Z. Brandão, P. R. Derdyk, R. R. Kerbauy, R. C. Wielenska, R. A. Banaco,
R. Starling, trads.). Santo André, SP: ESETEc (Obra publicada originalmente em
1991).

RAFIHI-FERREIRA, Renatha et al. Clínica Analítico-Comportamental no Brasil:


Histórico, Treinamento e Supervisão. Perspectivas, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 183 -
196, 2016. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S2177-35482016000200003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em:
03 out. 2020. http://dx.doi.org/10.18761/pac.2016.001.

SAMPAIO, Angelo Augusto Silva. Skinner: sobre ciência e comportamento


humano. Psicol. cienc. prof. Brasília, v. 25, n. 3, p. 370-383, set. 2005 . Disponível
18

em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-
98932005000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 04 out. 2020.

Todorov, J. C. & Hanna, E. S. (2010). Análise do Comportamento no Brasil.


Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26 (Número Especial), 143-153.

TOURINHO, Emmanuel Zagury. Notas sobre o Behaviorismo de ontem e de


hoje. Psicol. Reflex. Crit. Porto Alegre, v. 24, n. 1, p. 186-194, 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722011000100022&lng=en&nrm=iso>. Acesso em:
10 Out. 2020. https://doi.org/10.1590/S0102-79722011000100022.

Você também pode gostar