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DIOCESE DE AFOGADOS DA INGAZEIRA

PARÓQUIA DO SENHOR BOM JESUS DOS REMÉDIOS


ENCONTRO DE FORMAÇÃO LITÚRGICA
A MISSA

A missa não é uma reza; é um encontro. É um trabalho comunitário e tem tudo a ver com
nossa vida pessoal e social. Não pode ser feita apenas pelo padre para o povo assistir; todos
somos chamados a participar. É uma ação simbólica, ritual. Jesus deixou essa ação simbólica,
para que a realizemos sempre de novo. “Fazei isto em memória de mim”.
A Missa só é possível porque nós, cada uma das pessoas participantes resolvemos sair de casa
e nos dirigirmos ao local do encontro. A missa começa com a decisão pessoal de cada um:
“Vou à missa”.
RITOS INICIAIS - tem por objetivo constituir a assembleia celebrante, fazendo com que todas
as pessoas presentes se unam num só corpo, num corpo comunitário, num corpo
ressuscitado. A atitude básica dos ritos iniciais é de Acolhida alegre e afetuosa.

 Procissão de entrada – canto de entrada: o canto de entrada não é para a colher o padre, é
expressão de fé da comunidade reunida, como Corpo de Cristo, no Espírito Santo, louvando
a Deus. Deve sempre estar relacionado com o tempo litúrgico
 Beijo do altar – incensação – o beijo do altar é um gesto muito significativo, pois o altar
representa o próprio Cristo. Ao beijar o altar, o que preside expressa sua relação com o
Senhor e em nome dele irá presidir a santa liturgia.
 Saudação de quem preside – abraço de acolhida – recordação da vida - Fazer sentir a
Assembleia reunida em torno da Presença de Nosso Senhor. Retirada na sua maioria dos
cumprimentos de Paulo, o presidente da celebração e a assembleia se saúdam. O encontro
eucarístico é movido unicamente pelo amor de Deus,
 Rito penitencial - O sacerdote convida toda assembleia a, em um momento de silêncio,
reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus.
 Hino de glória - nas solenidade e festas O Glória é um antiguíssimo e venerável hino com
que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é
permitido substituir o texto deste hino por outro.
OBS: Não se canta o Glória no advento e nem na Quaresma
 Oração coleta - Encerra o rito de entrada e introduz a assembleia na celebração do dia. “Após o
convite do celebrante, todos se conservam em silêncio por alguns instantes, tomando consciência
de que estão na presença de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote
diz a oração que se costuma chamar de ‘coleta’, a qual a assembleia dá o seu assentimento com o
‘Amém’ final” (IGMR 32). Dentro da oração da coleta podemos perceber os seguintes elementos:
invocação, pedido e finalidade.

LITURGIA DA PALAVRA
Sentados em torno da mesa da Palavra, abrimos o ouvido e o coração para acolhermos a boa
palavra viva e eficaz que vem alimentar nossas vidas
2 – Leituras Bíblicas Devem sempre ser proclamadas do Ambão. Normalmente são tiradas do
Antigo e Novo Testamento. Tais leituras correspondem ao desejo de abrir aos fiéis os tesouros
da Sagrada Escritura e propõem-se a ilustrar "a unidade de ambos os Testamentos e da
história da salvação”. As leituras bíblicas para os domingos são divididas em três anos (A:
Mateus; B:Marcos; C:Lucas), enquanto para as missas da semana dentro do tempo comum é
dividida em ano par ou ímpar. OBS: Somente há 2ª leitura nos domingos e solenidades
próprias.
3 - Salmo Responsorial "A primeira leitura é seguida do salmo responsorial, que é parte
integrante da liturgia da palavra e tem, por si mesmo, grande importância litúrgica e pastoral,
pois favorece a meditação da Palavra de Deus." Trata- se dum texto bíblico poético, em forma
de oração, geralmente retirado do livro dos Salmos. Pode ser proclamado de várias formas,
mas a mais comum, e também mais recomendada, é aquela em que um salmista canta uma
estrofe de cada vez, intercaladas por um refrão cantado por todos.
4 - Aclamação ao Evangelho “Depois da leitura, que precede imediatamente o Evangelho,
canta- se o Aleluia ou outro cântico, indicado pelas rubricas, conforme o tempo litúrgico.” “A
assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que vai lhe falar no Evangelho.” OBS: Não se
canta o Aleluia (Trata-se duma palavra hebraica Halləlu ya que significa “Louvai a Jah!”. É uma
aclamação alegre e vigorosa ao Criador, cujo nome é Javé) na Quaresma.
5. Proclamação do Evangelho – toda a Liturgia da Palavra converge para o Evangelho, que é 0
clímax, faz crescer a nossa atenção e nossa expectativa. A atitude básica é de escuta
respeitosa e amorosa, para que Deus possa dizer sua Palavra no momento atual de nossas
vidas. Também é de resposta, de adesão, de decisão, de mudança de rumo, para que
frutificar e dar bons frutos em nossa vida.
6. Homilia A homilia faz a transição entre a palavra de Deus e sua resposta. É feita
exclusivamente por um ministro ordenado, pois este recebeu, através da imposição das mãos
o dom especial para pregar o Evangelho. A função da homilia é confrontar o mistério
celebrado com a vida da comunidade. Na homilia, o sacerdote anima o povo, exorta-o e se for
preciso o denuncia, mostrando a distância entre o ideal proposto e a vida concreta do povo.
7 - Profissão de fé “O símbolo ou profissão de fé, na celebração da missa, tem por objetivo
levar o povo a dar seu assentimento e resposta à palavra de Deus ouvida nas leituras e
homilia, bem como lhe recordar a regra da fé antes de iniciar a celebração da eucaristia”
(IGMR 43). Existem dois símbolos próprios: Símbolo Apostólico e o Símbolo Niceno-
Constatinopolitano
8 - Oração universal - (Preces dos Fiéis) “Na oração dos fiéis ou oração universal, a assembleia
dos fiéis, iluminada pela graça de Deus, à qual de certo modo responde, pede normalmente
pelas necessidades da Igreja universal e da comunidade local, pela salvação do mundo, pelos
que se encontram em qualquer necessidade e por grupos determinados de pessoas” (IGMR
30). É bom que se faça preces curtas e objetivas.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Há duas partes bem distintas na missa: a Liturgia da Palavra e a Liturgia Eucarística. Não se
trata de dois momentos desligados um do outro, os dois nos ajudam a viver um único
encontro, com uma mesma pessoa: Jesus Cristo. Como nos discípulos de Emaús, primeiro nos
fala, conversa sobre nossa vida, à Luz das Sagradas Escrituras e depois, preside a fração do
pão, a Liturgia Eucarística
3 Oração eucarística - Elementos principais da Oração eucarística:
a) Ação de graças (no Prefácio);
b) Aclamação (Sanctus);
c) Epíclese (invocações especiais);
d) Narração da instituição e consagração
e) Anmnese
f) Mistério da fé
g) Oblação; h) Segunda epíclese
i) intercessões
J) Doxologia final (exprime a glorificação de Deus).

Liturgia Eucarística a) Prefácio: antecede o momento da narrativa da instituição da Eucaristia.


Ou seja, a Oração Eucarística se abre com um grande louvor a Deus pelas maravilhas que Ele
operou na história da Salvação e continua fazendo ainda hoje entre nós. 
a) Prefácio: antecede o momento da narrativa da instituição da Eucaristia. Ou seja, a Oração
Eucarística se abre com um grande louvor a Deus pelas maravilhas que Ele operou na história
da Salvação e continua fazendo ainda hoje entre nós. 
b) Santo: O prefácio termina com a aclamação do Santo. Toda a Igreja, a celeste e a peregrina
neste mundo, é convidada a um grande louvor e glorificação. Ele deveria ser sempre cantado
por toda a assembleia. E não deveria ser qualquer música que traz a palavra “Santo”, mas
deve ser o texto mesmo que está no missal.
c) Epíclese: Terminado o canto do Santo, o presidente da celebração suplica que o Espírito
Santo santifique as oferendas do povo, pão e vinho, para que se tornem Corpo e Sangue de
Cristo.
d) Narrativa da Instituição e consagração: Quando pelas palavras de cristo e ações de Cristo
se realiza o sacrifício que Ele instituiu na última ceia, ao oferecer seu corpo e sangue nas
espécies do pão e do vinho. (IGMR 55)
e)Anamese: Cumprindo a ordem recebida do Cristo Senhor, a igreja faz memória do próprio
Cristo, relembrando a sua bem- aventurada paixão, ressurreição e e Ascenção. “Fazei isto em
memória de mim”.
f) Mistério da Fé: Eis o mistério da fé! Quando o presidente da celebração diz isto, ele não está
referindo-se única e exclusivamente aquele momento específico do relato da instituição da
eucaristia, como podemos achar, mas quer referir-se à toda a vida de Cristo na terra e a vida
de Cristo em nós e, consequentemente, nossa vida em Cristo.
g) Oblação: Na sequência, vem o que nós chamamos de oblação, isto é, a assembléia reunida,
realizando esta memória, oferece ao Pai a hóstia imaculada. Não só ela, mas todos os fiéis
oferece-se a si mesmos e se aperfeiçoam, cada vez mais, pela mediação de Cristo, na união
com Deus e com o próximo, para que Deus seja tudo em todos. Onde a assembleia responde:
“recebei ó Senhor a nossa oferta”.
h) Segunda epíclese: Houve uma primeira epíclese que foi a invocação do Espírito Santo sobre
as oferendas de pão e vinho para que se tornassem Corpo e Sangue de Cristo  Trata de uma
nova invocação do Espírito Santo, agora para que todos os participantes daquele ato litúrgico,
pela ação do Espírito Santo, sejam transformados numa única assembleia, sem divisões, com
os mesmos sentimentos de Cristo, todos unidos num só coração e numa só alma. A
assembleia responde: “fazei de nós um só corpo e um só espírito”.
i) Intercessões: Chegado o momento que chamamos de intercessões. As intercessões
exprimem que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto a celeste como
a terrestre, e que a oblação é feita também por ela e por todos os membros vivos e mortos.
j) Doxologia Final: A oração eucarística termina com a doxologia. Esta palavra vem da língua
grega, de doxa, que significa final. A oração termina com o grande ofertório do Corpo e do
Sangue de Cristo ao Pai. Exprime a glorificação de Deus e é confirmada e concluída pela
aclamação do povo de Deus. O amém que respondemos no final deveria ser o amém mais
empolgante de toda a liturgia. Por isso mesmo ele deve ser sempre cantando.
4. Rito de comunhão - Inicia-se com a oração do Pai-Nosso - Após a oração, o sacerdote diz
sozinho o embolismo (Livrai-nos de todos os males, ò Pai e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados
pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos,
enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vida do Cristo Salvador).
5. Rito da Paz “A Igreja implora pela paz e a unidade para si própria e para toda a família
humana.” Todos se saúdam fraternalmente. “É conveniente que cada um dê a paz com
sobriedade e apenas aos que estão perto de si”.
6 – Fração do pão - O gesto da fração, praticado por Cristo na última Ceia, e que serviu para
designar, nos tempos apostólicos, toda ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de
muitos, se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e
ressuscitado pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17) Agnus Dei (cordeiro de Deus) - Para
acompanhar o rito da fração do pão, pode-se repetir essa invocação quantas vezes for
necessário, terminando sempre com as palavras Dai-nos a Paz. A seguir o Sacerdote mostra
aos fiéis o pão eucarístico que será recebido na comunhão, e convida-os a ceia de Cristo.
7 – Comunhão “Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor
indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si
mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe
indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do
Senhor” (I Coríntios 11:27-29).
8 – Oração depois da comunhão O sacerdote, implora os frutos do mistério celebrado.
Conclui-se então a Liturgia Eucarística
9. Ritos Finais 1 - Avisos 2 - Saudação e bênção do sacerdote 3 - Despedida da Assembleia 4 -
Beijo no altar por parte do sacerdote. 5 – Procissão de saída.

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