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O folclore ligado aos cristais, gemas e pedras preciosas é tão antigo quanto
variado. Grande parte dessa tradição remonta aos primórdios da civilização, quando
as joias eram usadas não apenas como adorno, mas também como proteção contra as
forças ocultas e a tolice humana. Ametista, por exemplo, foi pensado para bêbados
sóbrios, reprimir a paixão sexual e curar a calvície. Acreditava-se que a água-marinha
protegia os marinheiros, enquanto as esmeraldas aumentavam a fertilidade e a
inteligência, transmitiam habilidade profética e outros talentos selvagens. Os rubis
ofereciam defesa contra todo tipo de infortúnio, tornavam amigáveis os vizinhos
hostis e promoviam a posição de alguém na comunidade.
Ao longo da história, enquanto muitas pedras foram valorizadas por suas qualidades
mágicas positivas, outras foram denunciadas como vasos do mal. Nenhuma joia era
mais vilipendiada do que a pobre opala. Bruxas e feiticeiros supostamente usavam
opalas negras para aumentar seus próprios poderes mágicos ou para focalizá-los
como raios laser em pessoas que eles queriam ferir. Os europeus medievais temiam a
opala por causa de sua semelhança com o “olho do mal” e sua semelhança superficial
com os órgãos ópticos de gatos, sapos, cobras e outras criaturas comuns com
afiliações infernais.
Acreditava-se que uma opala completamente contaminada com o mal era capaz de
mutilar ou mesmo matar uma pessoa tola o suficiente para usá-la ou possuí-la. Os
contos que alegam provar isso são poucos, mas a crença persiste, no entanto, como
aquelas velhas, mas curiosamente tenazes admoestações sobre passar por baixo de
escadas, pisar em uma rachadura na calçada ou permitir que um gato preto cruze seu
caminho. Superstições populares como essas sempre estarão conosco, mas, por mais
fantasiosas que sejam, a maioria tem origens prosaicas.
De fato, na época romana, a gema era carregada como um talismã de boa sorte, pois
acreditava-se que a gema, como o arco-íris, trazia boa sorte ao seu dono. Para os
romanos, era considerado um símbolo de esperança e pureza. Também era chamada
de “Pedra do Cupido” porque sugeria a tez clara do deus do amor. Os primeiros gregos
acreditavam que a opala conferia poderes de previsão e profecia ao seu dono,
enquanto no folclore árabe, diz-se que a pedra caiu do céu em relâmpagos. As
tradições orientais se referem a eles como “âncora da esperança”. Opala da sorte – a
pedra da esperança, a pedra do mês de outubro.
PODERES ESPECIAIS
As primeiras raças atribuíam à opala qualidades mágicas e, tradicionalmente, dizia-se
que a opala ajudava seu usuário a ver possibilidades ilimitadas. Acreditava-se que
esclarecesse amplificando e espelhando sentimentos, emoções e desejos
ocultos. Também foi pensado para diminuir as inibições e promover a
espontaneidade.
Na Idade Média, a opala era conhecida como a “pedra do olho” devido à crença de que
era vital para uma boa visão. Mulheres loiras eram conhecidas por usar colares de
opala para proteger seus cabelos da perda de cor. Algumas culturas pensavam que o
efeito da opala à vista poderia tornar o usuário invisível. As opalas foram colocadas
nas joias da Coroa da França e Napoleão presenteou sua imperatriz Josephine com
uma magnífica opala vermelha contendo flashes vermelhos brilhantes chamada “The
Burning of Troy”.
https://www.opalsdownunder.com.au/learn/are-opals-bad-luck/