O exercício da profissão de Engenharia Química é regulado tanto pela
Lei 5.194/66 (lei dos engenheiros), como pela Lei 2.800/56 (lei dos químicos). Tanto o CREA como o CRQ detém o direito de fiscalizar essa profissão, em que seus objetivos incluem: proteção da integridade social, impedir o exercício de profissionais não habilitados, registrar as empresas e profissionais e sua fiscalização, consequentemente o recolhimento dos respectivos tributos. No entanto, esses órgãos de fiscalização se esquecem de suas reais funções e acabam forçando o registro para defender mercado de trabalho ou melhorar arrecadação financeira.
De acordo com o Decreto 85.877 que regulamentou a Lei 2.800 somente
excluiu das atribuições dos químicos as atividades de planejamento e projeto, que são exclusivas dos engenheiros químicos. Desse modo, todas as empresas e profissionais da área de engenharia química que não tenham suas atividades restritas a planejamento e projeto, mesmo que estejam registradas no CREA, também deveriam se registrar no CRQ. No entanto, a Lei 5.194 dá a esses engenheiros atribuições que incluem atividades específicas dos químicos, e assim sendo, os profissionais e empresas da área da engenharia química, devidamente registrados no CREA, estão legalmente habilitados a praticar a química, independente de registro no CRQ.
Enfim, o registro em um desses conselhos vai depender da atividade
desempenhada pela empresa e pelo profissional: se não forem exclusivas de planejamento e projeto na área de engenharia química, então tanto um como o outro dará habilitação para o exercício profissional.
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