Você está na página 1de 4

Exercício ilegal da profissão de engenheiro

Há punição?
Segundo a lei 5194/66 que Regula o exercício das profissões de Engenheiro,
Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências, exerce
ilegalmente a profissão de engenheiro, arquiteto ou engenheiro-agrônomo:

a) a pessoa física ou jurídica que realizar atos ou prestar serviços público ou


privado reservados aos profissionais de que trata esta lei e que não possua
registro nos Conselhos Regionais;
b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições
discriminadas em seu registro;
c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou
empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos
trabalhos delas;

d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade;

e) a firma, organização ou sociedade que, na qualidade de pessoa jurídica,


exercer atribuições reservadas aos profissionais da engenharia, da arquitetura
e da agronomia, com infringência do disposto no parágrafo único do art. 8º
desta lei.

E qual a punição?

Aquele que exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce,


sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício:

Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa.

Sem prejuízo ainda de responder por qualquer outro crime que cometer
advindo de sua conduta, por exemplo, caso um não engenheiro faça uma obra
se passando por engenheiro e disso ocorrer um desmoronamento e matar
alguém, responderá pelos crimes previstos nos art. 256 e 121 do Código Penal.
Responderá ainda civilmente pelos danos materiais e morais que causar a
quem quer que seja.

Portanto, não exerça nenhuma profissão ilegalmente, isso pode custar vidas e
lhe trazer inúmeros prejuízos.
Você Engenheiro(a), pode ter seu registro cancelado?
Entenda o porquê isso acontece!

O que é necessário para um profissional exercer a sua função? Além do


conhecimento e experiência na área operada, é preciso ter um registro
profissional.
Mas o que seria isso? O registro é uma forma de comprovar a
regularidade na atuação profissional em determinadas atividades
regulamentadas por lei. É essencial para o profissional exercer a
profissão.
Para além de um número de identificação, o registro profissional prevê a
garantia do exercício do profissional, de acordo com o que é imposto
pelo Ministério do Trabalho e pela legislação. Nestes casos, o
profissional deve estar registrado no conselho regional referente à
profissão.
Ou seja, para o profissional continuar com o registro profissional, deve
seguir algumas regras. No caso da área da Engenharia, não poderia ser
diferente. Nesse sentido, ele precisa estar registrado no Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).
Para a realização do registro, o engenheiro deve ir até o CREA da sua
cidade, portando o diploma da graduação ou mesmo a declaração de
conclusão de curso. Além disso, ele também deve apresentar o histórico
escolar e as cargas horárias do curso. Outra opção é realizar o cadastro
online via site do CREA da sua região.
De acordo com a Resolução nº 1.007, de 5 de dezembro de 2003, é
obrigatório tal registro para exercer as atividades. Dessa forma, caso o
engenheiro não siga tais normas, pode sofrer algumas penalidades,
incluindo o cancelamento do registro ou a imposição de encerrar as
atividades profissionais.
Quais são as instituições que podem aplicar as penalidades?
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia – Confea
Fiscalização em âmbito nacional
Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia – Creas
Fiscalização em âmbito estadual/regional
De acordo com a Lei n° 5.194/1966, é responsabilidade dos Conselhos:
“julgar, em grau de recurso, as infrações do Código de Ética Profissional
do engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo, elaborado pelas
entidades de classe”.
Qual lei regulamenta a prática?
De um modo geral, as penalidades aplicadas pelos Conselhos são de
cunho administrativo. Isto é, importam a imposição de penalidades
administrativas pelo Conselho Regional ou Federal quando o profissional
infringe normas como prática de crime e má conduta, por exemplo.
A análise do ato deve ser considerada de acordo com o Código de Ética
e aplicação da Lei 5194/66, no exercício da profissão com registro
profissional. Tal lei regulamenta as atividades profissionais no âmbito da
Engenharia.
Segundo o parágrafo único do art. 1º da referida Lei, “O exercício das
atividades de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo é garantido,
obedecidos os limites das respectivas licenças e excluídas as expedidas,
a título precário, até a publicação desta Lei, aos que, nesta data, estejam
registrados nos Conselhos Regionais”.
As exigências para a prática profissional
Para entender o porquê o cancelamento do registro profissional pode
acontecer, é importante entender mais sobre a lei que rege os
profissionais da área.
No art. 2°, da Lei nº 5.194/1966, estão prescritas as exigências para a
prática da profissão. Confira abaixo:
O exercício, no País, da profissão de engenheiro, arquiteto ou
engenheiro-agrônomo, observadas as condições de capacidade e
demais exigências legais, é assegurado:
a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou
escola superior de engenharia, arquitetura ou agronomia, oficiais ou
reconhecidas, existentes no País;
b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no País,
diploma de faculdade ou escola estrangeira de ensino superior de
engenharia, arquitetura ou agronomia, bem como os que tenham esse
exercício amparado por convênios internacionais de intercâmbio;
c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e
Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, considerados a
escassez de profissionais de determinada especialidade e o interesse
nacional, tenham seus títulos registrados temporariamente.
Quais são as penalidades aplicadas?
As penalidades administrativas aplicáveis aos profissionais da
Engenharia encontram-se presentes no art. 71 da mencionada Lei. No
entanto, tais penalidades são aplicadas de acordo com a gravidade da
ação.
Confira o que diz a Lei:
a) advertência reservada;
b) censura pública;
c) multa;
d) suspensão temporária do exercício profissional;
e) cancelamento definitivo do registro.
Parágrafo único. As penalidades para cada grupo profissional serão
impostas pelas respectivas Câmaras Especializadas ou, na falta destas,
pelos Conselhos Regionais.
Por que o cancelamento do registro profissional acontece?
Como previsto na Lei nº 5.194/1966, a partir de análises jurídicas em
meio ao processo administrativo, o profissional da área da Engenharia
pode perder o registro profissional, após a aplicação da resolução
jurídica.
O cancelamento do registro do Engenheiro é uma penalidade imposta
pelo próprio Conselho de Classe, principalmente como uma maneira de
assegurar a segurança da sociedade.
O art. 75, da Lei nº 5.194/1966, reforça as espécies de infração que
serão passíveis de punição com o cancelamento do registro profissional
no âmbito do exercício do processo administrativo perante o Conselho de
Classe: “O cancelamento do registro será efetuado por má conduta
pública e escândalos praticados pelo profissional ou sua condenação
definitiva por crime considerado infamante”.
Entretanto, existe a possibilidade do registro profissional ser novamente
utilizado pelo profissional penalizado. Após 5 anos da aplicação do
cancelamento, o profissional pode conseguir a reabilitação do registro.

Você também pode gostar