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hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius) ou hipopótamo-do-nilo[1] é


um mamífero herbívoro de grande porte da África subsariana e uma das duas
únicas espécies não extintas da família Hippopotamidae, sendo a outra o hipopótamo-
pigmeu (Choeropsis liberiensis ou Hexaprotodon liberiensis). O seu nome provém
do grego antigo, significando "cavalo do rio" (ἱπποπόταμος). Apesar das suas
semelhanças físicas com os porcos e outros ungulados artiodáctilos (sendo por isso
designado de animal porcino[2]), os seus parentes vivos mais próximos são
os cetáceos (baleias, os golfinhos, etc.) dos quais divergiram há cerca de 55 milhões de
anos. O antepassado comum das baleias e dos hipopótamos demarcou-se dos outros
artiodáctilos há cerca de 60 milhões de anos. O fóssil mais antigo conhecido de
hipopótamo, pertencente ao género Kenyapotamus em África, data de há cerca de 16
milhões de anos. Já foi designado como cavalo-marinho e peixe-cavalo.[3]
O hipopótamo-comum é reconhecível pelo seu enorme torso em forma de barril, bocas
com grande capacidade de abertura revelando grandes presas caninas, corpo quase
glabro (sem pelos), patas em forma de coluna e pelo seu grande tamanho. As patas
terminam com quatro dedos distintos com membrana interdigital. Cada dedo assenta no
solo pelo seu respetivo casco.[3] Constituem o terceiro maior animal de vida terrestre no
que diz respeito ao peso (entre 1½ e 3 toneladas): as únicas espécies em média mais
pesadas são os rinocerontes-brancos e os rinocerontes-indianos, bem como os elefantes.
Tem um comprimento, em média, de 3,5 m e uma altura de 1,5m.[3] O hipopótamo é um
dos maiores quadrúpedes e, apesar do seu aspeto entroncado e patas curtas, consegue
facilmente ultrapassar um ser humano. Há registos de velocidades de 30 km/h atingidas
por hipopótamos em curtas distâncias. É um animal altamente agressivo e de
comportamento imprevisível, sendo considerado um dos animais africanos mais perigosos.
Contudo, são uma espécie vulnerável devido à perda dos seus habitats e devido à caça
pela sua carne, dentição canina de marfim e pela sua pele.[3]
É um animal semiaquático que habita as margens de rios, lagos e pântanos do género
dos mangais, podendo mesmo chegar às águas salobras dos estuários,[3] onde um macho
dominante preside sobre um troço de rio onde agrupa entre cinco a trinta fêmeas e jovens
crias. Durante o dia, mantêm o corpo fresco ficando na água ou na lama; tanto
o acasalamento como o parto ocorrem na água. Emergem dela ao anoitecer para
se apascentarem na erva. Ainda que se mantenham perto uns dos outros na água, a
pastagem é uma atividade solitária, não tendo hábitos territoriais em terra seca.

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