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Se os alienígenas forem reais, sua aparência não será


como imaginamos
Yahoo Noticias International 19 de abril de 2016 01:18 GMT-7

Será que a humanidade irá encontrar outros seres vivendo em meio às estrelas? Eles estão
presentes em inúmeros livros e filmes, e descobertas recentes sugeriram que planetas com
condições semelhantes às da Terra (habitáveis), podem ser surpreendentemente comuns.

No entanto, se realmente conhecermos os habitantes de outros planetas, as diferenças entre


eles e nós provavelmente serão muito maiores do que os episódios de ‘Jornada nas Estrelas’ nos
fazem imaginar.

Eles não terão uma biologia humanoide.

A ideia muito presente nos filmes de ficção científica de que os alienígenas teriam
características semelhantes aos humanos, exceto por alguns traços casualmente rearranjados
para manter seu visual exótico, não tem nenhuma base científica. Embora o fenômeno da
evolução convergente tenha resultado em muitas espécies da Terra desenvolvendo
características parecidas de forma independente (como a habilidade de voar), estes atributos
evoluíram em semelhantes condições terrestres e evolucionárias.

Contos de homenzinhos verdes com olhos esbugalhados têm servido de entretenimento para os
humanos por gerações, mas a única teoria plausível para a presença verdadeira de alienígenas
humanoides na galáxia seria a panspermia, de acordo com a qual algum criador deliberadamente
semeou a vida em diferentes planetas, ou micróbios se espalharam pelo universo por meio do
lixo espacial. Caso contrário, as chances de que, entre as infinitas formas de vida que os
alienígenas podem ter, a “vencedora” fosse semelhante à da humanidade, são extremamente
pequenas.

Na verdade, a vida não se parecerá em nada com o que temos na Terra.

De acordo com um texto da Scientific American, as propriedades singulares do carbono, que


formam ligações duplas com outros átomos de carbono de forma “fácil e natural” quando
comparado a outros elementos como o silício, formam a base de toda a química orgânica. “O
carbono é o componente principal de açúcares, proteínas, gorduras, DNA, tecidos musculares, e
praticamente tudo que está presente em nosso corpo.”

No entanto, formas de vida com bioquímicas alternativas baseadas em elementos como o


silício poderiam evoluir em condições planetárias diferentes. Embora a água seja, de longe, o
solvente orgânico mais comum e adequado para permitir a vida em outros planetas, também é
possível que outros compostos como a amônia ou o sulfato de hidrogênio pudessem suprir este
papel. Alterando qualquer um dos blocos de construção fundamentais para a vida na Terra — ou
simplesmente alterando qualquer uma das condições locais nas quais estes blocos de
construção seriam montados — as chances da vida em outros mundos ser semelhante à nossa
se reduzem drasticamente.

De acordo com o New Scientist, Sara Seager, cientista planetária do MIT (Massachusetts Institute
of Technology em Boston, nos Estados Unidos), construiu juntamente com seus colegas William
Bains e Renyu Hu modelos com o objetivo de detectar exoplanetas nos quais os gases
atmosféricos não estão equilibrados, sugerindo portanto uma interferência biológica ou
mecânica na sua química natural.

Por exemplo, “Em planetas com a atmosfera dominada pelo hidrogênio, o modelo prevê que o
clorometano, o dimetilsulfureto e o óxido nitroso poderiam indicar a presença de vida.
Quantidades plausíveis de vida alienígena na superfície poderiam produzi-los em medidas
detectáveis.”

A vida nestes planetas pode ter formas biológicas radicalmente diferentes, apresentando
simetria radial em vez de bilateral ou até uma única célula. Tudo é possível.

Eles podem não querer se comunicar conosco ou nos destruir, ou até não ter a capacidade de
fazê-lo.

Embaixadores alienígenas dando boas vindas a Terra em uma união galáctica ou soldados
extraterrestres devastando cidades inteiras com máquinas de guerra incrivelmente modernas
são cenas comuns nos filmes de ficção. No entanto, mesmo que qualquer vida alienígena que a
humanidade descobrir no universo seja complexa e inteligente, esta inteligência pode ser tão
diferente da nossa que tornará extremamente improvável uma interação significativa entre
ambos.

Na verdade, considerando o histórico comprovado de violência, guerra e caos na Terra, e a nossa


incrível capacidade de adaptação a uma infinidade de condições diferentes, é possível que
outras espécies nos vejam como uma ameaça que deve ser evitada a todo custo, como ilustrado
no vídeo acima.

Também é impossível prever se a psicologia alienígena, tendo tão poucas semelhanças com a
nossa, veria o contato entre diferentes espécies como algo mais do que uma simples
curiosidade. Diferenças culturais e fisiológicas poderiam causar uma dificuldade intransponível.

“Há tantas criaturas na Terra que são tão incrivelmente diferentes de nós que nós mal
conseguimos compreendê-las,” disse o autor de ficção científica Aaron Rosenberg ao Popular
Mechanics. “Tente assistir a um polvo passando por uma pequena rachadura de um tanque de
vidro, examine uma manduca sexta, ou observe um Louva-a-deus bem de perto. Um alienígena
verdadeiro estaria tão longe de qualquer coisa que já imaginamos que praticamente não
conseguiríamos compreender a sua existência. E nós, por outro lado, pareceríamos
absurdamente bizarros para ele.”

Tom McKay

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