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Mais um livro emocionante onde a ficção se mistura com a realidade de uma forma que não conseguimos

distinguir o que existe do que não existe, rico em detalhes científicos e em adrenalina.

Em meio a disputa pela presidência dos Estados Unidos entre o atual presidente: Zack Heyner e o seu
adversário: senador Sedgewick Sexton, acontece uma trama elaborada por um dos principais orgãos
responsáveis pela segurança nacional o NRO (National Reconnaissance Office).

O candidato Sexton, tem como principal tema de campanha, a desmoralização da NASA, a divulgação das
vultuosas quantias que são gastas com suas experiências e o baixo índice de sucesso que ela obtêm.

O atual presidente Zack Herney, acredita na NASA e no poder que ela confere ao país com suas pesquisas,
além de controlar tudo que se refere ao espaço, mais do que isso quer protegê-la dos investidores que gostariam
de poder dividir o espaço em pedaços e vendê-los como lotes, inclusive espaços para mídia como outdoor nos
lotes e merchandising em foguetes.

Quando tudo indica que o senador vai ganhar esta eleição pois a população passou a ver a NASA com outros
olhos, a descoberta de um meteorito na plataforma de gelo milne no hemisfério norte, de aproximadamente 190
milhões de anos que comprova a existência de vida no espaço, faz com que o jogo vire.

Para dar credibilidade a descoberta sem margens de refutação, o presidente convoca cinco civis para estudarem
o meteorito e comprovarem sua legitimidade: três cientistas, altamente credenciados cada um na sua
especialidade, Mike Tolland, um oceanógrafo apresentador de programa científico, documentário semanal de
alto índice de audiência e Raquel Sexton, uma depuradora do NRO (responsável por elaborar relatórios para a
Casa Branca de todos os assuntos que qualificar como importantes)que estrategicamente foi chamada por ser
filha do senador Sexton, rival do presidente.

Depois de todos darem seu aval e concordarem que é a descoberta do século, o presidente vai a público em
cadeia nacional e emociona todos os americanos.

O problema é que surgiu uma dúvida entre os civis e quando eles vão á fundo para tentar desvendá-la, começam
á ser caçados e assassinados, passam por maus lençóis mas três deles conseguem sobreviver, dentre os quais
está a filha do senador. Conseguem reunir provas de que o meteorito é falso, mas não conseguem imaginar que
quem está por traz da armação é o diretor do NRO, chefe da depuradora e que nem o presidente dos Estados
Unidos e nem a Nasa tem conhecimento do fato.

Poderia até considerar escrever uma resenha sobre o livro de Dan Brown, mas vou ficar pelas poucas palavras
com o comentário do volume e deter a atenção em um assunto curioso que ele levanta, que bem ou mal Isaac
Asimov já havia alertado em seus ensaios, sem o dizer de fato.
Dan Brown nunca esteve mais cinematográfico quanto nesse volume, talvez ao final de Anjos e Demônios ele
se supere, mas a mão está certa ao fotografar cada capítulo com extremo cuidado. Sem pudor algum ele nos dá
mais um livro-cinema, onde as cenas se intercalam em uma montagem frenética, misturando cenários e
prendendo a atenção do leitor até o final.
Como em qualquer filme de ação o autor peca em alguns detalhes. Torna-se muitas vezes claro e direto que
determinada informação vai ser relevante dali a alguns capítulos. Mas ele o faz de determinadas maneiras que
as informações que recebemos nos faça esfriar o próprio acontecimento que delas depende.
Nada muito grave, mas para um leitor nível 2 isso pode incomodar um pouco, só um pouquinho. E como
estamos falando de livro de ação no velho e correto sentido da palavra o final é meio broxante já que sabemos
que de qualquer jeito o maldito senador vai se ferrar, só não sabemos como, mas isso é meio irrelevante já que
temos a certeza do fato.
O livro é bem escrito e atende quase em 100% as demandas de tal tipo de literatura, deixando umas oito horas
da vida do leitor (eu li o livro em oito horas) mais prazerosas. Como li a versão traduzida, também, tenho que
concordar que ela mesmo feita com primor peca em alguns detalhes. Para conhecedores da língua americana
em alguns trechos isso se mostra claro.
Partindo para um lado mais próprio da literatura, acho que alguns personagens são tratados muito
superficialmente e eles poderiam ser um pouco mais profundos, isso contribuiria para algumas reviravoltas ao
longo do volume. O manjado flashback fotográfico que ele faz para alguns personagens já é batido e isso
compromete um pouco essa exploração na construção dos personagens (me desculpe mas não consigo dizer das
personagens).
Mas no balanço final é uma ótima aquisição e, mesmo de leitura fácil e rápida, diverte, entretém e nos deixa
imersos na estória durante todo o desdobrar dos acontecimentos. Com ótimo timing no clímax e um desfecho
para fechar a última página com aquele riso de canto de boca Ponto de Impacto é boa leitura de entretenimento.
O que já é bastante, para quem aspira não ser mais que isso.

Segunda parte

Um assunto interessante que Dan Brown, não sei se conscientemente, abrange no livro é a corrida espacial. Não
mais aquela corrida entre duas potências globais, mas uma mais destrutiva ainda, a corrida das corporações ao
espaço.
Na trama do Ponto de Impacto o chefão da NASA é colocado muitas vezes defendendo seus interesses e da
própria instituição dizendo que o monopólio de exploração espacial pela NASA é a coisa mais acertada que
existe e não deveriam nunca deixar a coisa escapar para a “iniciativa privada”.
Mesmo operando no vermelho em muitos casos a instituição, longe de ser a mil maravilhas que parece, pelo
menos mantém a integridade na operação espacial. Como vemos, e quem não vê é porque não está ainda apto a
tal, nossa sociedade atual não liga a mínima para os cuidados com o que quer que seja, desde que seja
consumível está ótimo.
Liberar o espaço para exploração de corporações é banalizar ao máximo as pesquisas e desenvolvimentos sérios
que podem ser alcançados se o fizermos com intuitos científicos. O paralelo que posso traçar é quando na
década de 30 nos EUA uma gama enorme de aparelhos invadiu o mercado, refrigeradores, ar condicionados,
carros, lava louças, lava roupas etc. Devido a certo avanço tecnológico isso foi possível, mas devido a ganância
dos produtores esses produtos foram na contramão da evolução tecnológica fechando as portas para qualquer
reestruturação que pudessem ter. Ao mesmo tempo que são o sinal de nosso avanço científico eles nos atrasam
no mesmo quesito.
Por quase uma centena de anos vivemos com os mesmo aparelhos e quem diz que o funcionamento, a máquina,
mudou? Vemos sim uma gama impressionante de adicionais, de superficialidades adicionadas a maquina
original. Essa, em si, nunca mudou e porque?
Pois não é interessante do ponto de vista comercializável. Uma máquina de lavar que antes tinha certo ritmo de
funcionamento hoje tem 4 programas independentes, suporta um pouco mais de carga, dura um pouco menos,
mas o maquinário é o mesmo. E nisso se vê com tudo o que nos rodeia.
Enfim, deixar que o espaço seja explorado por empresas sem pensamento cientifico é o mesmo que nos atrasar
e nos estagnar em determinado nível social. Lembrando que a gama de descobertas feitas para atender
necessidades da exploração espacial se disseminaram em nossa sociedade com incrível aplicabilidade e,
lembremos, que mesmo tendo sido descartadas pelas instituições que vão ao espaço, continuam a povoar nosso
dia a dia. Porque não mudar? Pois não compen$a.
Nesse quesito o livro abre uma idéia bastante abrangente de quanto pode ser prejudicial se empresas
particulares começarem a explorar, de fato, o espaço com seus intuitos puramente monetários. Creio que entre
correr para o espaço deveríamos olhar para os cantos de nossa própria terra, onde crianças morrem de fome.
Não deveríamos estar pensando em enviar humanos ao espaço se metade deles passa fome aqui.

No começo da história o geólogo Charles Brophy é assassinado, e logo depois somos apresentados ao senador
Sedgewick Sexton, homem frio e calculista que tem como ajudante Gabrielle Ashe, candidato à presidência e
sua filha Rachel Sexton, que trabalha no N.R.O. Escritório Nacional de Reconhecimento. O patrão de Rachel é
William Pickering, diretor do N.R.O. Zachary Herney é o presidente dos EUA, que tem como ajudante
Marjorie Tech, e adversário político de Sedgewick.
Rachel é convocada pelo presidente que a manda ao Ártico para avaliar uma descoberta da NASA, um
meteorito é encontrado contendo, em seu interior congelado, artrópodes que mostram existirem vida em outro
planeta. Essa descoberta é de extrema importância para o presidente, pois ele financia a NASA generosamente e
a campanha de Sedgewick Sexton se baseia no desperdício de dinheiro que é financiar a Agência. Lawrence
Ekstrom é o administrador do local, que conta a Rachel a respeito do meteorito. Rachel se junta a Norah
Mangor, Michael Tolland, Wailee Ming e Corky Marlinson, especialistas civis convocados pelo presidente para
corroborar a descoberta da NASA.
Quando Ming e Norah são assassinados, Rachel, Tolland e Corky percebem que há algo errado com o
meteorito. Ele pode ter sido colocado no Ártico de propósito. Então eles são atacados por Forças Especiais e
são dados como mortos, porém, acabam resgatados pelo submarino U.S.S. Charlotte e de lá Rachel informa
Pickering do ocorrido, então eles são resgatados e enviados de volta a Washington.
O presidente anuncia em cadeia nacional a descoberta da NASA, mas Gabrielle acaba descobrindo por conta
própria, que existe algo errado. Ela acaba obtendo a confissão de um funcionário da Agência Espacial de que o
administrador Ekstrom mentiu a respeito do meteorito. Não foi a NASA que o encontrou, foi Charles Brophy,
que foi assassinado logo em seguida.
Marjorie Tech marca um encontro com Pickering para falar sobre o meteorito e acaba assassinada a mando do
próprio. Antes de chegar no ponto de desembarque, Tolland sugere que usem os equipamentos em seu navio
para avaliarem melhor o meteorito, já que possuem um pedaço do mesmo. Então eles pousam no navio de
Tolland e acabam constatando que realmente o meteorito é falso. Rachel contata Pickering para informar o que
está acontecendo, só que Pickering está envolvido, juntamente com Ekstrom, nas mortes e na falsidade da
descoberta. Pickering estão chega com um grupo de apoio ao navio de Tolland para eliminar os sobreviventes
que sabem a verdade do meteorito. Porém o professor Corky consegue escapar em uma lancha e Rachel usa o
fax do navio para enviar os documentos que comprovam a falsidade do meteorito para seu pai, esperando que
ele consiga ajuda.
Rachel, Tolland e Corky escapam e Pickering acaba morrendo no mar. Mesmo sem a ajuda do pai, que só
pensava em tirar proveito dos documentos em causa própria e o senador Sexton pensava que se sua filha
morresse ainda seria melhor para a campanha.
Sedgewick Sexton convoca uma coletiva para contar sobre o meteorito e distribui para a imprensa cópias dos
documentos enviando por Rachel, só que eles haviam sido trocados por Gabrielle, que fora humilhada pelo
senador, e ele acaba entregando documentos que o comprometem e arrasam sua campanha.
O presidente vai a público contar para a população tudo que ocorrera e consegue se manter no cargo. Rachel e
Tolland terminam juntos na Casa Branca, no Quarto Lincoln.

Ponto de Impacto de Dan Brown é um livro que prende a atenção do leitor do começo ao fim, da primeira a
última página.
O autor reúne qualidades espetaculares de narrador ficcionista, compondo cenas visíveis aos olhos dos leitores.
Descreve com detalhes, com minúcias, pessoas, sentimentos, gestos, atos, lugares e objetos, dando vida emotiva
a cada elemento da estrutura narrativa.
Quando li este livro tive a impressão de estar nestes lugares: vi o pesquisador no início sendo obrigado a passar
mensagem, sendo atirado do helicóptero com trenó e cães.
Seguindo a leitura pude ver a cena do Senador Sexton conversando com a filha no restaurante, suas mãos
nervosas, o olhar de recriminação ao pai que faria qualquer coisa para chegar ao ponto máximo de sua ambição:
a presidência da república dos Estados Unidos. Segui o helicóptero quando ela foi levado para o deserto de
gelo; sua perplexidade, seu medo por não saber o que estava acontecendo nem por quê.
O desenrolar da trama criada por Dan Brown, é crescente, e envolve o leitor. Fica-se sabendo de vários detalhes
sobre a NASA alguns verdadeiros. Em um ponto do livro há alusão a um projeto americano, o Projeto Mogul
do qual até hoje nunca havia ouvido qualquer citação. Pesquisei na Internet e lá estava o projeto e várias outras
citações até pouco tempo sufocada pelo silêncio e pelo descrédito,ou, receio de convulsão popular.
Dan Brown, é surpreendente quando resolve desvendar o suspense e esclarecer a trama. Dá até raiva quando ele
mostra o personagem criador de tantas desventuras, e sua capacidade de defender, de forma equivocada a
imagem de uma instituição, fosse a que preço fosse, mesmo causando a morte da própria filha.
O responsável pela segurança dos projetos do governo, a pessoa, mais íntegra, mais honesta, em quem o
presidente e todas as pessoas devotavam enorme confiança e consideração era o responsável por todo um
arcabouço de mentiras, para salvar a campanha a reeleição do presidente que estava perdendo terreno para seu
oponente , o pai da agente enviada secretamente para as geleiras Milnes.
A filha do candidato a presidente, um senador corrupto, funcionária do governo, era cientista e responsável
pelos relatórios à presidência dando como bom ou com ruim as pesquisas da NASA que estava sendo
combatida pelo outro candidato por gastar muito e não apresentar resultado satisfatório para a população.
Na geleira Mlnes, Raquel, testemunhou a retirada de um meteorito encravado no gelo, trazendo o espectro de
um inseto que tudo indicava ser do espaço e enterrado há muitos anos naquela geleira. Ela e o outros cientistas
dão conta de que o meteorito era verdadeiro e em cadeia nacional divulgam para o Presidente o achado da
NASA como estratégia de elevar o moral da NASA perante a opinião pública e desbancar a candidatura do
oponente que prometia acabar com a instituição que considerava falida.
Acontece que tudo era uma farsa, pois no lugar do meteorito retirado aparece sinais de plânctos que não podiam
de forma alguma estar naquele lugar. Em conseqüência desse aparecimento, morre um cientista de forma
acidental pois que ao ver sinais de luminosos no fosso onde estava o meteorito, tenta colher amostra de água
local e acaba escorregando e morrendo no gelo. A equipe de Raquel e seus amigos é atacada por aparelhos e
armas ultra modernos que só o governo teria . É jogada no oceano gelado a muitos metros de altura, mas escapa
da morte por sua inteligência e senso de preservação, auto domínio, e rapidez de raciocínio, pois com o que
restou de sua instrumentação consegue mandar sinais de SOS captado por uma submarino estacionado há
alguns quilômetros dali.
São resgatados e aí outros acontecimentos e perseguições acontecem. Impressionante a forma como ele
descreve cada cena dando visibilidade e a muitos sentimentos de raiva, ou de solidariedade para com os
“mocinhos perseguidos pelos bandidos”. Raquel tem que fugir de alguém que pensa ser o presidente dos
Estados Unidos e da NASA. Conseguem ser levados para o barco de um cientista, um repórter que faz
pesquisas e reportagens sobre os seres oceânicos e lá descobre pelas pesquisas, fotos e análises que o meteorito
era realmente falso e envia mensagens para quem? Pickering.
O ponto alto da leitura é quando você descobre que quem está mandando executar todas as mortes, que
comandou e arquitetou toda a fraude era o homem mais insuspeito da trama. Pickering
É, a meu ver um livro muito bom e recomendo a leitura, sim. È melhor que o Código Da Vinci, melhor de
Anjos e Demônios.
Ele, é o autor, polêmico... Muito polêmico. Os personagens, logicamente são fictícios, agora, os lugares reais e
bem descritos. Descrevendo a Casa Branca, O Salão Oval, o oceano Pacífico tormentoso, o barco do cientista,
uma megapluma (nunca tinha também ouvido este termo). Algumas curiosidades sobre algumas personalidades
dos Estados Unidos...Um excelente livro.
A história do livro Ponto de Impacto se passa em meio à disputa eleitoral pela presidência dos Estados Unidos,
onde o atual presidente Zack Heyner enfrenta o senador Sedgewick Sexton. O senador vem conseguindo uma
grande vantagem sobre o presidente, principalmente por suas pesadas críticas à Agência Espacial Norte
Americana (NASA) que consome bilhões de dólares anualmente enquanto crianças não têm aula por falta de
professores.
A vitória do senador atenderia interesses de empresas privadas do ramo espacial que financiam sua campanha e
lucrariam lançando satélites em órbita e até mesmo vendendo espaço de propaganda em seus foguetes. A
NASA fatalmente sucumbiria à concorrência privada e colocaria em risco a segurança americana, já que muitas
tecnologias secretas descobertas por ela e de uso exclusivo do governo estariam ao alcance de todos.
Na fase final da disputa eleitoral algo inacreditável aconteceu: a descoberta de um meteorito enterrado nas
geleiras do Ártico com fósseis de espécies primitivas de insetos que vivem no espaço promete mudar a imagem
da NASA e destruir os argumentos do senador. Cientistas são levados ao local onde o meteorito foi encontrado
para analisar o material e para dar mais veracidade à notícia, a NASA optar por levar quatro cientistas civis de
renome mundial para presenciar o ocorrido e transmitir a novidade à população.
Tudo transcorre com esperado e a vitória do atual presidente é dada como certa, mas os cientistas descobrem
uma espécie de plâncton luminoso típico de águas salgadas que jamais poderiam estar dentro da cavidade de
onde o meteorito foi retirado. Para piorar a situação, esses cientistas passam a ser perseguidos e mortos.
A partir daí começa uma longa ação para os outros cientistas fugirem dos assassinos e averiguar se há
possibilidade do meteorito ter sido plantado naquele local com a intenção de salvar a honra da NASA.
Esse livro segue a mesma linha de perseguição e suspense dos livros de Dan Brown, mas desta vez sem
conspirações religiosas e com uma boa dose de política. As informações sobre tecnologia e ciência inseridas no
meio da trama são espetaculares e agregam bastante conhecimento ao leitor, como exemplo a megapluma que
se forma a partir de bolsões de magma no fundo dos oceanos gerando grandes correntes espirais ascendentes,
similar a encher uma pia com água e depois retirar o tampão pra ela descer.
Vale registrar a predileção do autor por situações de afogamento, presentes em quase todos os livros dele.

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