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GRUPO I
Volvox carteri é um organismo haplonte utilizado para estudos sobre a origem da
multicelularidade. Analisando a linhagem evolutiva de Volvox carteri (figura 1) distinguem-se
várias espécies que foram desenvolvendo características presentes na maioria dos seres
multicelulares atuais, tais como: a adesão celular e o estabelecimento de ligações
intercelulares; a diferenciação celular e a realização de divisões mitóticas responsáveis pela
formação de células somáticas e reprodutoras assimétricas; e o dimorfismo sexual (indivíduos
de diferentes sexos).
Habitualmente, a Volvox carteri reproduz-se por multiplicação vegetativa, originando
colónias com cerca de 2000 pequenas células somáticas biflageladas, cuja disposição origina
a configuração esférica da colónia, e 16 grandes células reprodutoras (gonídios) que se
localizam na matriz extracelular. Contudo, a reprodução sexuada deste organismo colonial é
induzida sempre que este se encontra num ambiente com temperaturas mais elevadas.
A análise ao genoma de Volvox carteri revela uma quantidade elevada de regiões não
codificantes, cerca de 82%, e uma percentagem de 56% do par de bases CG. Comparando
o genoma desta espécie com o do seu ancestral unicelular conhecido – Chlamydomonas
reinhardtii –, conseguimos descobrir a origem dos genes que atualmente codificam as
proteínas reguladoras do desenvolvimento de Volvox carteri, como, por exemplo, os genes
responsáveis pelas divisões mitóticas assimétricas e pela realização da reprodução sexuada.
Baseado em Russel, J. J. et al. (2017). Non-model model organisms: Volvox – revealing the origins of multicellularity and germ-soma
division of labor. BMC Biology, 15, 55. Doi 10.1186/s12915-017-0391-5
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1. Segundo os sistemas de classificação de Whittaker e de Woese, Volvox carteri é integrada
no Reino _______ e no Domínio _______.
(A) Monera ... Bacteria
(B) Monera ... Eukarya
(C) Protista ... Bacteria
(D) Protista ... Eukarya
3. Os dados da análise do genoma de Volvox carteri permitem afirmar que o DNA desta
espécie tem
(A) a mesma quantidade de citosina e timina.
(B) menos adeninas do que guaninas.
(C) mais bases púricas do que bases pirimídicas.
(D) mais timinas do que adeninas.
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6. Segundo o neodarwinismo, a evolução de seres unicelulares para seres coloniais
(A) implicou mutações ao nível dos genes que regulam o desenvolvimento dos seres.
(B) ocorreu devido ao esforço individual realizado para a adaptação ao meio ambiente.
(C) implicou o desenvolvimento de mecanismos que inibem a adesão celular.
(D) ocorreu devido a recombinações génicas resultantes da fusão de células somáticas
idênticas.
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GRUPO II
Um grupo de investigadores realizou um estudo filogenético sobre um conjunto de nove
espécies de tubarões que possuem adaptações ao nível dos músculos das barbatanas que
lhes permitem locomoverem-se de forma diferente dos restantes tubarões. Estas espécies
caminham em zonas onde a maré se encontra baixa, e essa capacidade dá-lhes uma
vantagem notável na predação de pequenos crustáceos e de moluscos.
Através da análise do DNA mitocondrial das nove espécies de tubarões Hemiscyllium
e dos seus ancestrais Rhincondon typus e Chilluscyllium punctatum, os investigadores
identificaram há quanto tempo surgiram as espécies deste grupo de tubarões (figura 2) e
concluíram que um dos mecanismos que promoveram esta especiação foi a ação do
isolamento reprodutivo que sofreram devido ao aumento da profundidade das águas do mar
que confinou os tubarões Hemiscyllium à costa do arquipélago indo-australiano, já que não
conseguem migrar através de águas profundas.
Figura 2. Árvore filogenética que representa a evolução das nove espécies de Hemiscyllium.
Baseado em Dudgeon, C. et al. (2020). Walking, swimming or hitching a ride? Phylogenetics and biogeography of the walking shark genus
Hemiscyllium. Marine and Freshwater Research. Doi.org/10.1071/MF19163
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1. De acordo com as regras de nomenclatura, os tubarões Hemiscyllium pertencerão à
família
(A) Hemiscylliidae.
(B) Hemiscylliceae.
(C) Chordata.
(D) Rhincodon.
2. O facto de o DNA mitocondrial dos tubarões estudados ser circular, tal como o DNA dos
seres procariontes, sustenta a teoria _______. Segundo esta teoria, os seres procariontes
maiores capturaram primeiramente seres _______.
(A) autogénica ... autotróficos
(B) endossimbiótica ... heterotróficos aeróbios
(C) endossimbiótica ... autotróficos
(D) autogénica ... heterotróficos aeróbios
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5. Ordene as letras A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
estiveram na base da evolução dos sistemas de classificação estudados.
A. As teorias evolucionistas de Darwin obrigam a repensar os sistemas de classificação de
seres vivos utilizados na época.
B. O fixista Lineu classificou os seres vivos de acordo com a análise de várias
características estruturais.
C. Whittaker agrupa os seres vivos em diferentes reinos de acordo com o tipo de célula,
organização celular, modo de nutrição e interações nos ecossistemas.
D. A utilidade em relação ao Homem é usada como principal critério de classificação dos
seres vivos.
E. As relações filogenéticas entre os seres vivos são determinadas por análises
bioquímicas.
(A) D-B-A-C-E
(B) D-B-C-A-E
(C) B-D-E-A-C
(D) B-D-C-A-E
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GRUPO III
A sequência estratigráfica da Bafureira (figura 3), onde foi descrita pela primeira vez a
ocorrência de âmbar em Portugal, pertence à Formação do Rodízio, do Cretácico Superior,
no contexto tectónico da Bacia Lusitânica, e corresponde a um afloramento que atinge os 8
metros à superfície. Todo o afloramento é atravessado por uma falha vertical. Os exemplares
de âmbar são de reduzidas dimensões, muito fraturados e ricos em bioinclusões (fragmentos
de plantas).
A sequência é composta por depósitos de sedimentos silicatados de descarga fluvial. Na
base há alternância de níveis de arenito grosseiro, arenito fino e siltoargilitos cinzento-escuros
com abundantes restos de carvão (âmbar), cujo topo corresponde a um paleossolo com
possíveis rizoconcreções (nódulos que preservam a estrutura de raízes).
A sedimentação dos sedimentos do topo da sequência ocorreu em meio marinho, com
uma componente carbonatada (carbonato de cálcio) muito significativa. A secção
compreende níveis calcoareníticos intercalados com níveis calcossiltíticos ricos em
macrofósseis de bivalves de grandes dimensões e margas sem macrofósseis. Esta sequência
evidencia, portanto, um ambiente de deposição fluvial, passando a marinho no topo.
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1. O ambiente de deposição foi sofrendo alterações, provavelmente justificadas pela
ocorrência de
(A) uma transgressão marinha.
(B) uma regressão marinha.
(C) um aumento da velocidade da corrente.
(D) um aumento da capacidade de carga do rio.
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5. O facto de ainda não se terem encontrado reservatórios petrolíferos na Bacia Lusitânica
pode ser explicado
(A) por não ter ocorrido a deposição de material vegetal.
(B) pela deposição ter ocorrido em ambientes de sedimentação redutores e anaeróbios.
(C) pela natureza permeável das rochas que a constituem.
(D) pelo facto de a diagénese ter ocorrido em ambiente aquático.
(A) B-A-E-C-D
(B) B-E-A-C-D
(C) E-A-B-D-C
(D) A-E-B-C-D
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8. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a propriedades de minerais,
expressas na coluna A, à designação correspondente, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B
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GRUPO IV
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3. A abundância de piroxenas, em comparação com a abundância de olivinas, pode
justificar- se com o facto de
(A) a temperatura de solidificação das piroxenas ser superior à das olivinas.
(B) a temperatura e o tempo em que decorreu a cristalização das piroxenas terem sido
mais favoráveis.
(C) o magma que deu origem aos gabros ter sido enriquecido de ferro e magnésio.
(D) a quantidade de cálcio ser superior à de sódio.
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7. Ao contrário do diamante, a anortite é um mineral ________ e apresenta, na escala de
Mohs, uma dureza _________.
(A) polimorfo ... inferior
(B) polimorfo ... superior
(C) isomorfo ... inferior
(D) isomorfo ... superior
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GRUPO V
2. Os minerais metálicos da FPI, dos quais se destacam o ouro, o estanho, o zinco, o ferro
e o volfrâmio, são considerados
(A) recursos minerais metálicos renováveis.
(B) reservas minerais não renováveis e não rentáveis na atualidade.
(C) recursos geológicos não renováveis.
(D) reservas geológicas metálicas renováveis e rentáveis na atualidade.
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3. Os jazigos de sulfuretos polimetálicos associados às rochas vulcânicas do Complexo
Vulcano-Sedimentar da FPI apresentam
(A) volfrâmio, cobre e pirite.
(B) cobre, zinco e estanho.
(C) ouro, estanho e volfrâmio.
(D) prata pirite e urânio.
6. As minas que já não são exploradas, como é o caso de São Domingos, ainda se
apresentam como focos de poluição, porque
(A) ainda existe uma grande acumulação de clarke mineral nas escombreiras.
(B) a ganga apresenta uma elevada concentração de material radioativo.
(C) ainda existem minerais acumulados nas escombreiras.
(D) não está devidamente vedada e delimitada a zona de extração.
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GRUPO VI
Notas: Os resultados para a concentração de 500 µM de cádmio, aos 21 dias, não estão
representados devido à morte das plantas.
Baseado em Azevedo, H; Gomes, C; Pinto, G.; Fernandes, J.; Loureiro, S. and Santos, C. (2005). Cadmium Effects on
Sunflower Growth and Photosynthesis, Journal of Plant Nutrition, 28:12. 2211-2220
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1. O cádmio ocorre em rochas magmáticas e sedimentares. O cádmio existente nas rochas
sedimentares tem origem nos processos de
(A) meteorização e erosão das rochas magmáticas.
(B) compactação e desidratação das rochas sedimentares.
(C) transporte em ambientes de fraco hidrodinamismo.
(D) deposição de materiais detríticos em bacias sedimentares.
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6. No ciclo de vida de Helianthus annus, as células correspondentes aos esporos formam-
se através da _______, sendo o ciclo de vida designado _______.
(A) meiose ... diplonte
(B) mitose ... haplodiplonte
(C) meiose ... haplodiplonte
(D) mitose ... diplonte
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COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1 2 3 4 5 6 7
I
5 5 5 5 5 5 5 35
1 2 3 4 5
II
5 5 5 5 5 25
1 2 3 4 5 6 7 8
III
5 5 5 5 5 5 5 5 40
1 2 3 4 5 6 7 8
IV
5 5 5 5 5 5 5 5 40
1 2 3 4 5 6
V
5 5 5 5 5 5 30
1 2 3 4 5 6
VI
5 5 5 5 5 5 30
TOTAL 200
20/20