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Ensino Secundário 11º ANO

PROVA DE AVALIAÇÃO ESCRITA N.º 7

Nome: ____________________________________ N.º: __-_____ Turma ___ 4/6/2020

A impossibilidade de identificar na folha de respostas de forma inequívoca a versão da


prova implica a classificação com zero pontos das respostas aos itens de seleção.
Na sua folha de respostas, identifique claramente os grupos e os itens a que responde.
Utilize apenas caneta ou esferográfica de tinta azul ou preta.
É interdito o uso de lápis, de «esferográfica – lápis» e de corretor.
A avaliação das respostas aos itens de resposta aberta centra-se nos tópicos de referência,
tendo em conta o rigor científico dos conteúdos e a organização lógico-temática das ideias
expressas no texto elaborado. Nos itens de resposta aberta com cotação igual ou superior a
15 pontos, para além das competências específicas, são avaliadas competências de
comunicação escrita em língua portuguesa. A valorização a atribuir neste domínio faz-se de
acordo com níveis de desempenho. Não é atribuída qualquer pontuação relativa ao
desempenho no domínio da comunicação escrita em língua portuguesa se a cotação atribuída
ao desempenho inerente às competências específicas for de zero pontos.
Nos itens fechados de resposta curta, caso a resposta contenha elementos que excedam
o solicitado, só são considerados para efeito da classificação os elementos que satisfaçam o
que é pedido, segundo a ordem pela qual são apresentados na resposta. Porém, se os
elementos referidos revelarem uma contradição entre si, a cotação a atribuir é zero pontos.
Nos itens de associação (por exemplo, verdadeiro/falso) ou de correspondência:
- a classificação a atribuir pode ter em conta o nível de desempenho revelado na resposta;
- deve ser respeitado o número de opções pedidas. Caso se exceda esse número, a
resposta terá cotação zero.
As respostas de ordenação só têm cotação quando estiverem totalmente corretas e
completas.
Nos itens de escolha múltipla a cotação só é atribuída às respostas integralmente corretas.
É atribuída a cotação de zero pontos aos itens em que apresente:
- mais do que uma opção (ainda que nelas esteja incluída a opção correta);
- o número e/ou a letra ilegíveis.
Em caso de engano, este deve ser riscado e corrigido, à frente, de modo bem legível.
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

GRUPO I
Volvox carteri é um organismo haplonte utilizado para estudos sobre a origem da
multicelularidade. Analisando a linhagem evolutiva de Volvox carteri (figura 1) distinguem-se
várias espécies que foram desenvolvendo características presentes na maioria dos seres
multicelulares atuais, tais como: a adesão celular e o estabelecimento de ligações
intercelulares; a diferenciação celular e a realização de divisões mitóticas responsáveis pela
formação de células somáticas e reprodutoras assimétricas; e o dimorfismo sexual (indivíduos
de diferentes sexos).
Habitualmente, a Volvox carteri reproduz-se por multiplicação vegetativa, originando
colónias com cerca de 2000 pequenas células somáticas biflageladas, cuja disposição origina
a configuração esférica da colónia, e 16 grandes células reprodutoras (gonídios) que se
localizam na matriz extracelular. Contudo, a reprodução sexuada deste organismo colonial é
induzida sempre que este se encontra num ambiente com temperaturas mais elevadas.
A análise ao genoma de Volvox carteri revela uma quantidade elevada de regiões não
codificantes, cerca de 82%, e uma percentagem de 56% do par de bases CG. Comparando
o genoma desta espécie com o do seu ancestral unicelular conhecido – Chlamydomonas
reinhardtii –, conseguimos descobrir a origem dos genes que atualmente codificam as
proteínas reguladoras do desenvolvimento de Volvox carteri, como, por exemplo, os genes
responsáveis pelas divisões mitóticas assimétricas e pela realização da reprodução sexuada.

Figura 1. Cladograma da linhagem evolutiva de Volvox carteri que representa os sucessivos


desenvolvimentos celulares necessários à transição da unicelularidade para a
multicelularidade.

Baseado em Russel, J. J. et al. (2017). Non-model model organisms: Volvox – revealing the origins of multicellularity and germ-soma
division of labor. BMC Biology, 15, 55. Doi 10.1186/s12915-017-0391-5

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1. Segundo os sistemas de classificação de Whittaker e de Woese, Volvox carteri é integrada
no Reino _______ e no Domínio _______.
(A) Monera ... Bacteria
(B) Monera ... Eukarya
(C) Protista ... Bacteria
(D) Protista ... Eukarya

2. As divisões que ocorrem em Volvox carteri originam células somáticas e reprodutoras


assimétricas com _______ e terão sido desenvolvidas pela espécie _______.
(A) a mesma ploidia ... Gonium pectorale
(B) ploidias diferentes ... Gonium pectorale
(C) a mesma ploidia ... Pleodorina starrii
(D) ploidias diferentes ... Pleodorina starrii

3. Os dados da análise do genoma de Volvox carteri permitem afirmar que o DNA desta
espécie tem
(A) a mesma quantidade de citosina e timina.
(B) menos adeninas do que guaninas.
(C) mais bases púricas do que bases pirimídicas.
(D) mais timinas do que adeninas.

4. Os intrões presentes no genoma de Volvox carteri


(A) serão removidos no processo de síntese proteica antes da migração do mRNA para o
citoplasma.
(B) não são constituídos por nucleótidos, uma vez que correspondem a regiões não
codificantes.
(C) formam codões que serão traduzidos em aminoácidos.
(D) ligam-se aos anticodões do tRNA.

5. Na multiplicação vegetativa de Volvox carteri ocorre


(A) o emparelhamento dos cromossomas homólogos durante a prófase.
(B) a passagem da diploidia para a haploidia na anáfase.
(C) a reorganização do invólucro nuclear na telófase.
(D) o alinhamento dos cromossomas no plano equatorial, definido pelos centrómeros, na
prófase.

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6. Segundo o neodarwinismo, a evolução de seres unicelulares para seres coloniais
(A) implicou mutações ao nível dos genes que regulam o desenvolvimento dos seres.
(B) ocorreu devido ao esforço individual realizado para a adaptação ao meio ambiente.
(C) implicou o desenvolvimento de mecanismos que inibem a adesão celular.
(D) ocorreu devido a recombinações génicas resultantes da fusão de células somáticas
idênticas.

7. Ao contrário dos fungos, as algas


(A) apresentam organitos membranares.
(B) são constituídas por células eucarióticas.
(C) utilizam uma fonte interna de carbono orgânico.
(D) possuem um elevado grau de diferenciação.

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GRUPO II
Um grupo de investigadores realizou um estudo filogenético sobre um conjunto de nove
espécies de tubarões que possuem adaptações ao nível dos músculos das barbatanas que
lhes permitem locomoverem-se de forma diferente dos restantes tubarões. Estas espécies
caminham em zonas onde a maré se encontra baixa, e essa capacidade dá-lhes uma
vantagem notável na predação de pequenos crustáceos e de moluscos.
Através da análise do DNA mitocondrial das nove espécies de tubarões Hemiscyllium
e dos seus ancestrais Rhincondon typus e Chilluscyllium punctatum, os investigadores
identificaram há quanto tempo surgiram as espécies deste grupo de tubarões (figura 2) e
concluíram que um dos mecanismos que promoveram esta especiação foi a ação do
isolamento reprodutivo que sofreram devido ao aumento da profundidade das águas do mar
que confinou os tubarões Hemiscyllium à costa do arquipélago indo-australiano, já que não
conseguem migrar através de águas profundas.

Figura 2. Árvore filogenética que representa a evolução das nove espécies de Hemiscyllium.
Baseado em Dudgeon, C. et al. (2020). Walking, swimming or hitching a ride? Phylogenetics and biogeography of the walking shark genus
Hemiscyllium. Marine and Freshwater Research. Doi.org/10.1071/MF19163

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1. De acordo com as regras de nomenclatura, os tubarões Hemiscyllium pertencerão à
família
(A) Hemiscylliidae.
(B) Hemiscylliceae.
(C) Chordata.
(D) Rhincodon.

2. O facto de o DNA mitocondrial dos tubarões estudados ser circular, tal como o DNA dos
seres procariontes, sustenta a teoria _______. Segundo esta teoria, os seres procariontes
maiores capturaram primeiramente seres _______.
(A) autogénica ... autotróficos
(B) endossimbiótica ... heterotróficos aeróbios
(C) endossimbiótica ... autotróficos
(D) autogénica ... heterotróficos aeróbios

3. As barbatanas de Chiloscyllium punctatum e de Hemiscyllium henryi são estruturas


(A) análogas que evidenciam uma posição relativa semelhante.
(B) análogas, uma vez que desempenham a mesma função.
(C) homólogas que evidenciam uma posição relativa diferente.
(D) homólogas, uma vez que desempenham funções diferentes.

4. De acordo com o darwinismo, o desenvolvimento da capacidade de Hemiscyllium


caminhar em meios aquáticos pouco profundos
(A) foi uma característica que se desenvolveu por necessidade de sobrevivência.
(B) conferiu-lhes uma vantagem adaptativa que culminou com a reprodução diferencial dos
indivíduos que possuíam essa característica.
(C) conduziu à alteração do fundo genético da população.
(D) foi consequência da seleção natural dos indivíduos que transmitiam aos descendentes
as características resultantes das mutações que ocorreram.

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5. Ordene as letras A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos que
estiveram na base da evolução dos sistemas de classificação estudados.
A. As teorias evolucionistas de Darwin obrigam a repensar os sistemas de classificação de
seres vivos utilizados na época.
B. O fixista Lineu classificou os seres vivos de acordo com a análise de várias
características estruturais.
C. Whittaker agrupa os seres vivos em diferentes reinos de acordo com o tipo de célula,
organização celular, modo de nutrição e interações nos ecossistemas.
D. A utilidade em relação ao Homem é usada como principal critério de classificação dos
seres vivos.
E. As relações filogenéticas entre os seres vivos são determinadas por análises
bioquímicas.

(A) D-B-A-C-E
(B) D-B-C-A-E
(C) B-D-E-A-C
(D) B-D-C-A-E

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GRUPO III

A sequência estratigráfica da Bafureira (figura 3), onde foi descrita pela primeira vez a
ocorrência de âmbar em Portugal, pertence à Formação do Rodízio, do Cretácico Superior,
no contexto tectónico da Bacia Lusitânica, e corresponde a um afloramento que atinge os 8
metros à superfície. Todo o afloramento é atravessado por uma falha vertical. Os exemplares
de âmbar são de reduzidas dimensões, muito fraturados e ricos em bioinclusões (fragmentos
de plantas).
A sequência é composta por depósitos de sedimentos silicatados de descarga fluvial. Na
base há alternância de níveis de arenito grosseiro, arenito fino e siltoargilitos cinzento-escuros
com abundantes restos de carvão (âmbar), cujo topo corresponde a um paleossolo com
possíveis rizoconcreções (nódulos que preservam a estrutura de raízes).
A sedimentação dos sedimentos do topo da sequência ocorreu em meio marinho, com
uma componente carbonatada (carbonato de cálcio) muito significativa. A secção
compreende níveis calcoareníticos intercalados com níveis calcossiltíticos ricos em
macrofósseis de bivalves de grandes dimensões e margas sem macrofósseis. Esta sequência
evidencia, portanto, um ambiente de deposição fluvial, passando a marinho no topo.

Figura 3. Sequência estratigráfica da Bafureira.


Baseado em Silvério, G. e Madeira. J. (2015). Âmbar português: o caso de estudo da praia da Bafureira (Cascais, Portugal). GEONOVAS.
Geologia aplicada, Estratigrafia e Petrologia, 31, 67-72

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1. O ambiente de deposição foi sofrendo alterações, provavelmente justificadas pela
ocorrência de
(A) uma transgressão marinha.
(B) uma regressão marinha.
(C) um aumento da velocidade da corrente.
(D) um aumento da capacidade de carga do rio.

2. As afirmações seguintes dizem respeito ao estudo realizado no afloramento, onde foi


possível aplicar alguns princípios geológicos.
I. A obtenção da idade Cretácico Superior foi obtida por métodos de datação absoluta com
recurso aos fósseis.
II. As bioinclusões apresentam uma idade posterior à formação do âmbar.
III. Segundo o princípio da interseção, a fraturação do âmbar é posterior à sua formação.

(A) II é verdadeira; I e III são falsas.


(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

3. A presença de carbonato de cálcio nas litologias calcoareníticas e calcossiltíticas é


consequência
(A) da dissolução da calcite.
(B) do aumento da temperatura da água.
(C) do aumento da pressão atmosférica.
(D) do aumento da acidificação das águas.

4. Segundo o princípio da identidade paleontológica, os macrofósseis de bivalves têm a


mesma idade que os
(A) arenitos finos.
(B) siltoargilito com restos de carvão.
(C) arenitos grosseiros.
(D) calcossiltitos.

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5. O facto de ainda não se terem encontrado reservatórios petrolíferos na Bacia Lusitânica
pode ser explicado
(A) por não ter ocorrido a deposição de material vegetal.
(B) pela deposição ter ocorrido em ambientes de sedimentação redutores e anaeróbios.
(C) pela natureza permeável das rochas que a constituem.
(D) pelo facto de a diagénese ter ocorrido em ambiente aquático.

6. As afirmações seguintes dizem respeito ao ambiente de sedimentação das rochas que


ocorrem no afloramento em estudo.
I. A presença de bioinclusões foi possível graças à ocorrência de mineralizações.
II. A montante da bacia de sedimentação que deu origem à base da sequência estratigráfica
da Bafureira, era provável a presença de sedimentos mais grosseiros e angulosos.
III. Num processo de incarbonização verifica-se um aumento do teor de carbono e um
aumento da desidratação dos compostos orgânicos.

(A) II é verdadeira; I e III são falsas.


(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(D) III é verdadeira; I e II são falsas.

7. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência de acontecimentos


ocorridos na região onde foram encontrados fragmentos de âmbar.
A. Deposição dos materiais que originaram o arenito grosseiro que se encontra mais
próximo do paleossolo.
B. Mumificação de fragmentos de plantas.
C. Diagénese dos sedimentos em ambiente marinho.
D. Ocorrência de uma falha vertical.
E. Deposição dos materiais de topo da sequência com origem fluvial.

(A) B-A-E-C-D
(B) B-E-A-C-D
(C) E-A-B-D-C
(D) A-E-B-C-D

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8. Faça corresponder cada uma das descrições relativas a propriedades de minerais,
expressas na coluna A, à designação correspondente, que consta na coluna B.
Coluna A Coluna B

(a) Propriedade que se refere à intensidade de luz refletida (1) Fratura


por uma superfície mineral. (2) Traço
(b) Cor do mineral quando reduzido a pó. (3) Cor
(c) Resistência que um mineral oferece ao riscar ou ser (4) Dureza
riscado por outro mineral. (5) Densidade

(A) a-2; b-3; c-5


(B) a-3; b-2; c-4
(C) a-2; b-3; c-4
(D) a-3; b-2; c-1

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GRUPO IV

Num trabalho de investigação numa planície alentejana, foi estudada a Sequência


Gabroica Bandada (SGB), datada com 340 ± 5 milhões de anos (M.a.), constituída por uma
grande diversidade de rochas gabroicas rodeadas por dioritos.
Sobrepostos aos gabros encontram-se solos que são de dois tipos: o saprólito,
maioritariamente constituído por areias siltosas, com espessura máxima de cerca de 5 m, e,
sobre este, solos argilosos e negros, conhecidos como barros de Beja, cuja espessura
raramente ultrapassa 1 m. No seu aspeto típico, o gabro apresenta-se com grão médio e
melanocrata, cor cinzento-escura, tendo sido também identificadas amostras de grão mais
grosseiro, bem como gabros mais claros e de granulometria fina, com predomínio de
plagióclases. Mineralogicamente, foram identificados como minerais essenciais plagióclases
(56-63%), piroxenas (11-14%) e olivinas (6-8%) e como minerais secundários (8-10%)
anfíbolas, hiperstena e biotite. O gabro pode encontrar-se cortado por filões de quartzo e
feldspato com espessuras variadas, de 10 a 60 cm, ou, ainda, filões de carbonatos ou com
preenchimentos argilosos.
Na área em estudo existe uma extensa rede de fissuras ao longo das quais é visível a
circulação de água, alterando a rocha, sendo essa alteração típica em bolas e em “casca de
cebola”.
S. M. Soares et al. (2014). Comunicações Geológicas, 101, Especial III, 1169-1172

1. As rochas magmáticas que constituem a Sequência Gabroica Bandada têm em comum a


(A) composição química, uma vez o diorito evoluiu do magma que deu origem ao gabro.
(B) textura, sendo ambas granulares.
(C) cor, sendo ambas melanocráticas.
(D) mineralogia, apresentando na sua constituição apenas minerais ferromagnesianos.

2. Os gabros, afetados por metamorfismo regional, originam rochas _______ quando


sujeitos a efeito de pressão _______.
(A) foliadas ... não litostática
(B) foliadas ... litostática
(C) não foliadas ... litostática
(D) não foliadas ... não litostática

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3. A abundância de piroxenas, em comparação com a abundância de olivinas, pode
justificar- se com o facto de
(A) a temperatura de solidificação das piroxenas ser superior à das olivinas.
(B) a temperatura e o tempo em que decorreu a cristalização das piroxenas terem sido
mais favoráveis.
(C) o magma que deu origem aos gabros ter sido enriquecido de ferro e magnésio.
(D) a quantidade de cálcio ser superior à de sódio.

4. As rochas gabroicas que constituem a Sequência Gabroica Bandada resultaram da


solidificação de um magma _________, com origem na fusão de materiais essencialmente
__________.
(A) andesítico ... mantélicos
(B) andesítico ... crustais
(C) basáltico ... crustais
(D) basáltico ... mantélicos

5. A alteração típica em bolas e em “casca de cebola” é consequência da


(A) exposição a condições subaéreas.
(B) crioclastia.
(C) termoclastia.
(D) haloclastia.

6. A circulação de água nas fissuras do gabro promove a meteorização química por


(A) dissolução do carbonato de cálcio.
(B) hidrólise do quartzo.
(C) desidratação do gesso.
(D) oxidação de minerais ricos em ferro.

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7. Ao contrário do diamante, a anortite é um mineral ________ e apresenta, na escala de
Mohs, uma dureza _________.
(A) polimorfo ... inferior
(B) polimorfo ... superior
(C) isomorfo ... inferior
(D) isomorfo ... superior

8. Um anticlinal corresponde a uma estrutura geológica formada em regime _______ cujo


núcleo é ocupado por rochas mais _______.
(A) compressivo ... recentes
(B) distensivo ... recentes
(C) compressivo ... antigas
(D) distensivo ... antigas

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GRUPO V

Portugal, apesar da sua pequena dimensão, apresenta uma geologia bastante


diversificada com elevado potencial em recursos minerais metálicos, entre os quais o outro,
o estanho, o volfrâmio e os sulfuretos polimetálicos, como é o caso da pirite. A Faixa Piritosa
Ibérica (FPI) ocupa uma vasta área da região sudoeste da Península Ibérica onde se
encontram numerosos jazigos de sulfuretos polimetálicos associados às rochas vulcânicas
do Complexo Vulcano-Sedimentar. A presença de cerca de 90 jazigos de pirite confere à FPI
um estatuto de província metalogenética de sulfuretos maciços vulcanogénicos de classe
mundial, na qual merece destaque a Mina de Neves-Corvo pelos elevados teores em cobre,
zinco e estanho.
Durante o Império Romano foram intensamente explorados vários jazigos de sulfuretos
da FPI, como São Domingos e Aljustrel, entre outros.
Os recursos minerais são um fator-chave para o crescimento sustentado das economias
industrializadas, emergentes e em desenvolvimento. É do interesse comum que o uso dos
recursos minerais se faça de modo responsável, contribuindo, assim, para o desenvolvimento
sustentável de muitas das nações mais pobres do mundo, dado o seu grande potencial para
aliviar a pobreza.
Adaptado de Martins, L. M. P. & Carvalho, J. M. (2007). «Passado, presente e futuro da indústria extrativa em Portugal». Colóquio: a
indústria mineira: passado e futuro. http://www.dgeg.gov.pt/wwwbase/wwwinclude/ficheiro.aspx?access=1&id=15632

1. As pirites alentejanas são minerais


(A) de sulfuretos de ferro com brilho metálico.
(B) que apresentam hematite na sua composição.
(C) que apresentam ouro, estanho e volfrâmio.
(D) que apresentam cobre, zinco e estanho.

2. Os minerais metálicos da FPI, dos quais se destacam o ouro, o estanho, o zinco, o ferro
e o volfrâmio, são considerados
(A) recursos minerais metálicos renováveis.
(B) reservas minerais não renováveis e não rentáveis na atualidade.
(C) recursos geológicos não renováveis.
(D) reservas geológicas metálicas renováveis e rentáveis na atualidade.

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3. Os jazigos de sulfuretos polimetálicos associados às rochas vulcânicas do Complexo
Vulcano-Sedimentar da FPI apresentam
(A) volfrâmio, cobre e pirite.
(B) cobre, zinco e estanho.
(C) ouro, estanho e volfrâmio.
(D) prata pirite e urânio.

4. Considere as seguintes afirmações, relativas à FPI.


I. A presença dos jazigos de pirite confere à FPI um estatuto de província metalogenética
de sulfuretos maciços vulcanogénicos de classe mundial.
II. Os teores de zinco existentes nas minas de São Domingos dão às pirites alentejanas a
importância suficiente para se realizar a extração de minério nesta mina.
III. Os jazigos de sulfuretos polimetálicos surgem associados às rochas vulcânicas do
Complexo Vulcano-Sedimentar.

(A) I e III são verdadeiras; II é falsa.


(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) I é verdadeira; II e III são falsas.

5. A Mina de Neves-Corvo é uma referência a nível mundial porque


(A) continua em laboração de uma forma sustentada, dando empregabilidade na região.
(B) dá rendimento à região alentejana, contribuindo para o desenvolvimento da economia.
(C) apresenta pirites associadas a minerais com elementos como o cobre, o zinco e o
estanho.
(D) são exploradas por empresas multinacionais, que têm muito prestígio a nível mundial.

6. As minas que já não são exploradas, como é o caso de São Domingos, ainda se
apresentam como focos de poluição, porque
(A) ainda existe uma grande acumulação de clarke mineral nas escombreiras.
(B) a ganga apresenta uma elevada concentração de material radioativo.
(C) ainda existem minerais acumulados nas escombreiras.
(D) não está devidamente vedada e delimitada a zona de extração.

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GRUPO VI

O cádmio (Cd) é um metal pesado de elevada toxicidade, cuja acumulação no meio


provoca efeitos nefastos nos ecossistemas.
Com o intuito de avaliar do cádmio na atividade fotossintética das plantas de girassol –
Helianthus annus – uma equipa de investigadores realizou o seguinte procedimento
experimental:
Foram colocadas 50 plântulas germinadas, com 6 dias de idade, a crescer em cada uma
de quatro caixas de culturas hidropónicas1 sujeitas a diferentes concentrações de
cádmio no meio:
▪ caixa 1 – meio hidropónico sem nitrato de cádmio;
▪ caixa 2 – meio hidropónico com a concentração de 5 µM de nitrato de cádmio;
▪ caixa 3 – meio hidropónico com a concentração de 50 µM de nitrato de cádmio;
▪ caixa 4 – meio hidropónico com a concentração de 500 µM de nitrato de cádmio;
As culturas foram mantidas com arejamento durante 21 dias numa estufa climatizada à
temperatura de 24 ºC e sujeitas a um fotoperíodo de 16 horas/dia com intensidade
luminosidade de 480 µmol.m2s1.
Ao fim de 3 dias, 8 dias, 15 dias e 21 dias, procedeu-se à análise do conteúdo clorofilino
(clorofilas a) e da fluorescência (esta última permite avaliar a eficiência fotossintética).
1
Cultura hidropónica é uma técnica de cultivo de plantas sem solo, em que as raízes recebem uma solução
nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento das plantas.

Os resultados da investigação estão expressos nas figuras 1A e 1B que se seguem.

Notas: Os resultados para a concentração de 500 µM de cádmio, aos 21 dias, não estão
representados devido à morte das plantas.
Baseado em Azevedo, H; Gomes, C; Pinto, G.; Fernandes, J.; Loureiro, S. and Santos, C. (2005). Cadmium Effects on
Sunflower Growth and Photosynthesis, Journal of Plant Nutrition, 28:12. 2211-2220
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1. O cádmio ocorre em rochas magmáticas e sedimentares. O cádmio existente nas rochas
sedimentares tem origem nos processos de
(A) meteorização e erosão das rochas magmáticas.
(B) compactação e desidratação das rochas sedimentares.
(C) transporte em ambientes de fraco hidrodinamismo.
(D) deposição de materiais detríticos em bacias sedimentares.

2. O cádmio apresenta elevada toxicidade, podendo facilmente contaminar os


(A) solos e recursos hídricos, nomeadamente os aquíferos cativos.
(B) solos e recursos hídricos, nomeadamente os aquíferos livres.
(C) solos utilizados na exploração agrícola, mas não os aquíferos.
(D) recursos hídricos, através dos lixiviados, sem afetar os solos.

3. Os aquíferos que melhor respeitam as condições de serem aproveitados para consumo


correspondem
(A) aos aquíferos livres, que estão limitados entre duas camadas impermeáveis, recebendo
menos contaminantes da superfície.
(B) aos aquíferos livres, que estão limitados entre duas camadas, uma impermeável e outra
superficial permeável, garantindo vários pontos de recarga.
(C) aos aquíferos confinados, que estão limitados entre duas camadas, uma impermeável
e outra superficial permeável, garantindo vários pontos de recarga.
(D) aos aquíferos confinados, que estão limitados entre duas camadas impermeáveis,
recebendo menos contaminantes da superfície.

4. O objetivo deste estudo foi


(A) avaliar a quantidade de cádmio que se acumula nas folhas de girassol.
(B) avaliar a atividade fotossintética do girassol exposto a diferentes concentrações de
cádmio.
(C) avaliar o potencial toxicológico do cádmio nas plantas de girassol.
(D) saber qual a concentração de cádmio que provoca a morte das plantas de girassol.

5. Podem considerar-se variáveis independentes


(A) as diferentes concentrações de cádmio e o teor de clorofilas.
(B) o teor de clorofilas e a fluorescência emitida pela planta.
(C) as diferentes concentrações de cádmio e o tempo de exposição ao cádmio.
(D) o teor de clorofilas e o tempo de exposição ao cádmio.

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6. No ciclo de vida de Helianthus annus, as células correspondentes aos esporos formam-
se através da _______, sendo o ciclo de vida designado _______.
(A) meiose ... diplonte
(B) mitose ... haplodiplonte
(C) meiose ... haplodiplonte
(D) mitose ... diplonte

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COTAÇÕES

Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1 2 3 4 5 6 7
I
5 5 5 5 5 5 5 35
1 2 3 4 5
II
5 5 5 5 5 25
1 2 3 4 5 6 7 8
III
5 5 5 5 5 5 5 5 40
1 2 3 4 5 6 7 8
IV
5 5 5 5 5 5 5 5 40
1 2 3 4 5 6
V
5 5 5 5 5 5 30
1 2 3 4 5 6
VI
5 5 5 5 5 5 30
TOTAL 200

20/20

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