1986
FUNCIIAL
Compoeto e lmpraeeo no
"DIAHIO DE NOTICIAS"
Bizranie desanooe anos, no Liceu de Jaime Moniz, como profes-
s o provisório,
~ foram- 110s destr ibuidas as disciplinas de ciências da
natureza, para s o b ~ eelas, entreter as horas que nos pareceram rápi-
das no ensino do programa oflcial, a que sentpre buscamos prende1
a atençgo dos alunos, indicando o que se encontrava na nossa terra,
como exemplo ,da matéria dada nas Lições.
Espicapada a czzrfosidude e estimulada a vontade em procurur'
vimos com satisfação o interesse manifestado, mórmente nas excur.
sões realfsadas para o conhecimento prdtico, recordação que mais
perda~~a pela vida além dos descuido~ostempos do estudanfe.
Deixou escrito o Projessor Blanchai*d que muitas vez~esse olha
com indlferenpa para o que se poderia examinar e raramente vem B
lembrança ~wfletirutn pouco sobro a razão e causa de ser, e dêste
nod do,-ver apenas, não B instruir-se, e termvisto, não significa saber.
A tendência latente que sempre nos levou ao estudo da história
local, nos seus uarlodos aspectos, fez com que fossemos alinhavando
apontamentos, reunindo agopa os dispersos sobre as Aves do Arqui-
pelago da Madeira, ~vndenclopreito aos que mais relevantes serviços
teem p~+estado sobre o assunto, confiando no escudo dessa protecção.
O campo j?ca aberto pala mais larga sernenteira. Resta ainda
bastante a fazer e coopera]; sem mesmo muito se sobe]:
Conhecidas são as aves que teem nídiflcado ou nidificam nas
nossas ilftas, Algumas, porém, das que nos visitam, com assiduidade,
poderao ainda vir1 a se/* oorisideradas oomo nossas, se delas se desco-
brir alguns ninhos.
A lista das de passagem,-lPegular, irregular e acidental-vem
sendo sucessivamente aumentada.
L-Mas quantas se não teem furetado á observação, frazidas pelo
vento forte, o-leste-que soplla de Af~dca,oudesgarradas no impulso
das tempestades?
Com pouco esforço, se poderia estabelecer. melhor a época das
migraçges periódicas, a demora da visita, os seus hdbitos, a alimena
tação procurada ou a anterior, indicada pelo que se possa observar
no seu estdmago, as vestes das estações.
Mais de perto, como se comportam as indígehas 110 agrupamenu
to em bando ou acasaladas, o lugar preferido para a construção do
ninho, a preferdncia do material empregado, o tamanho e quantia
dos ovos, seu formato e colorido, o tempo da incubação, se acalen-
iada pelo par ou sómente pela fémea, o numero das posturas anuais,
o alimento próprio dos ninhegos, se o macho cuida dos filhos, a com
1or.ação da penugem que primeiro os reveste, o ensaio do voo, os
caracteristicos ,juvenis, as difel*entes mudas, o aspecto que apresen-
tam os fndivlduos uelhos, a duração da sua existi?ncia, etc. etc.
Todas estas pequenas obse~tuações,parecendo de pouca monta,
a ~ de m um passatempo util, constituem a alegria no estudo, indo
fornecer elementos aos técnlcos que ngo tesm tempo palu descer a
minuciosidades, e no entanto delas carecem para os seus quadros de
classi~cação,
B-m qtrizerâmos ter azas para erguer um v60 a abranger ex-
tensos horisontes, mas desnorteados no imenso azul da vastidão dos
conhecirnenios nt-cessdrios, errdticos serlarnos, sem a orientação que
é peculiar ás aves, traçando o seu caminho certo.
Correndo apenas por entre a multidão dos livros, a debicar um
pouco para estabelecer , u m inicio, fugimos B precisão das diagnoses
que s8o bem &eis para u m estudo com melhor preparação.
Um conselho acentuamos aos que pretenderem aprofundar o
assunto, pois é mister buscar e ver, e consultar os autores consegra-
dos que indicam a sinonimia evolutloa, palu que não se uB acles-
centar nos espaços que deixamos e m branco pura as novas a encon-
trar, nomes que se refiram ás que já estão relacionadas.
Temos que manifestar a nossa gratidão aos distintos naituralis-
tas, senhores Adolfu de Noronha e monsenhor Jaime Barreto, respe-
ctivamente directores do Museu Regional da M.edeira e Diocesano,
nossos velhos amigos, que nos incitaram a este trabalho e assistiram
por vexes com o seu conselho, pondo B nossa disposição livros e exem*
plares raros que diflcilmente,de outro modo, podertamos lêr e compul-
siar.
As deficiências são todas nossas, pois nem sempre a boa vonta.
cEe t. supciente para poderlse acertar rto iritento,
Entre as narrativas de viagens e descobartris, uma do século XV,
escrita em latim, por Lliogo Gomes,se refere 8 Madeira e relata que os
primeiros povoadores se utilizavam das aves existentes em abundiincia
para a sua alimentação.
Cadamosto, em serviço do Infante D. Henrique, ao visitar a Ma-
deira, faz referência aos pombos que se caçav8o com um certo lago,
ás perdizes e codornizes, encontrando já introduzidov os pavões selvá-
ticos e entre eles, alguns de plumagem branca.
Gaspar Frutuoso, o historiador das «Saudades da Terra», diz haver
na Ilhrr do Porto Santo «muitas perdizes, pombas, r0las, poupas e fran-
celhos,... e crião-se tambem na Ilha da Madeira alguns gaviões e asso-
res, que parece que vem ali com tormentas de alguma terra perto, que
está por descobrir; bilhafres, francellhos, corujas; e ha nelln muitas per-
dizes, pavões, galipavos, gallinhas da Guiné e outrais domesticas; pom-
bos trocazes pretos e brancos, patos e adens, pombos bravos e mansos,
miiitos melros, canarios, pintasilgos, lavandeiras, tintilhões, codorni-
zes, ralas, poupas .. e cagarras, fóra gaivotas, estapagados e outras
aves do mar».
No seu poema uIosulanar publicado em 1635,Manuel Thomaz, em
cuídada rima, canta as aves da Madeira,rias seguintes estfincias do L." X.
("I) We obsorved the eparrow hawk (falco nlsue); wveral crowa (Corvne eorone);
rnagples (corvoe plca); eky and woodl:~rks (alanda arvensia arborea); starlingc fetnr-
nus valgarls); ysllow hainmere (ambarlza citrinsls); common & monntaln eparrowa
(frlngllla domestica & montana); yallow waigtaile & roblq redbnaste (motaclla flava
& rnbecule); & wild plgeons of ~ l i l c hwe could not determina the specise,
We Ilitrwlse aaw t h s house ewallow & ewlft (hirundo ruetica & spue): d some
gaatlamsn of tho Rrltish frctory aesnrod ue they hed aleo seen lha martfn (h. urblce).
'I'hh laet gsnae of birde I ~ v Bhera
~ a11 the wlnter & only deesppaare for a fsw deya in
very cold waather. The red legged partrldge (tetrao rnfae) ia c~mmon.
In Mr. Longhman'a aviary I oaw waxbllie (loxia aatrlld) chafflnchoa & cenary
blrda, jioldfinchee (frlngllla coslebs, carduelis, butyracea & canarla) a11 whlch have
bean caugl~tapon thla Ieland.
XVI
-- --
Brunn.
Woodcock
Tern
Hsrrlng gull
26. Procsllarla pufflnua . . . . Linn. Clnrreoae ehearwater
27.
28.
-- inglorom..
obecura , . ........ .
Temm.
Gmel.
Mnnke ehear wator
Dnaky pstrel.
29. Thalaeeldroma asjinho Hein.
30.
v
- Bnlwarii-Jard.
. Caetro ..... Hare.
I Anjinho
Roque de Caetro
Qodman, na revista «Ibis» em 1872, relaciona as aves d a Nfe
deira e Canarias «Notes on the Heaident and Migratory Birds of Ma-
deira nnd the Caúaries~.
NJ livro de J. Y. Johnaon «Madeira its Climate and Scenery 1885%
sa encontram, co capitulo da fauna, algumas notas ácêrca das aves na-
tivas e de paesagem na Madeirn, e a lista modificada de Harcourt,
W. Hartwfg publicou, em 1886, no ~ C a b .Journal fiir Ornithologien
um diririo de observações, sobre uDie Vogel Madeiras,.
Em 1891, na revista «Ornis», o seu estudo intitula-se wDie Vogel
der Madeira-Inselgruppe», sendo cento e vinte e um o numero das
aves mencionadas, incluindo as de arribação.
Refundindo os seus anteriores trabalhos aparaceu, novamente, no
,Journal fiir OrnithoPogie, em 1903, um longo artigo ~Nachtragzu mei-
nen Arbeiten über die V6gel Madeiras».
O Dr. A. I(oenig, da Universidade de Bonn, ocupou-sj das aves
da Madeira, no ~ J o u r n a lfiir Ornithologieu em 1890, tomando por base
os estudos de Godman e a primeira publicação de Hsrtwig, a que jun-
tou novas observações pes~oais.A sua lista abrange 32 aves procrian-
do na Madeira, descritas no relato de viagemque tem por titulo-g0rni-
thologische l~orschunsergebnissseiner Ksise nach Madeira und den ca-
narischen Inseln».
Ogllvie Grant, nêsse mesmo ano, publicava na revista ornitológica
elbisb as suas «Notes on some birds obtained at Madeira, Des3rta Gran.
do and Porto Santo*.
Os estudos sobre a ornitologia local tiveram um maior desenvolvi-
mento depois de 1881, ano em que foi confiada a vice-reitoria do Se-
minhrio do Funchal ao Padre Ernest Schmitz, escolhido pelo ilustre
bispo D. Manuel Agostinho Barreto, palo seu muito saber.
~ i e m ã ode dascirnento, portugubs natdralizado, o Padre Schmitg
koi um verdadeiro madeirense, de alma e coração. No campo ciêntiBco,
são avultados os seus trabalhos e contribuições para o estudo da fauna
da Madeira, inerecendo-lhe as aves uma particular atenqão.
Representou a Madeira no 4.0 Congresso Internacional de Ornitolo-
gia, em 1905, e tem o seu nome ligado, nas aves, a várias sub-esp6-
cies:-schmltzt que lhe foram dedicadas.
Publicour
As Aves da Madeira-Anaia de Scienciae Naturais I11 Ano, 1898. N.0 3.
Tagebnch-Notizen aus Madeira (1896)-Ornith. Jahrb. VIII-1897.
M e Vtigel ~adeira's.-~rnih, Jahrb. X, 1899, Heft 1,2.
Zur Ornia von Madeira.-Ornith. Jarhb. X, 1899, Heft 5.
Zur Ornie der Insel Madeira.-Ornith. Jarhb. XI. 1900 Helft 6.6,
Ae Aves da ~ a d e i r a - ~ n a i sdas Sclencias Naturais Vol. VII. 1900.
Tagebuch-Notizen aus Madeira.-Ornith. Jahrb, XIV, 1903 Helt. 5,6.
Idem, idem.-Ornith. Jahrb. XVI, 1905, Heft S,6.
Oologische Tagebuchnotizen aus Madeira-Zeitsohrif t ftir Oologie und
Ornithologie XV Jahrb. 1906 N.0 5.
Besuch einer Brutstatte des einfarbigen Seglers (Apus unicolor Jard.)
Ornithol. Monateberichte XIII Jahrb. 1905 N.0 12.
On the birds of Madeira-Proceedings "
of the IVth. International Orni-
thological Congress 1905; ' '
Die VGgei der Madeira-1nselgruppe.-Ornltbol. Monatsherichte XVI
'
Jahrb, 1908, N, 1. i
O conhecimento da migração das aves nesta região &ou mais es*
clarecido pelas meticulosas notas, em Punção do eetado atmoeférico,
que 0 conhecido naturalista madeirense, Adolio de Noronha, iniciador
s diroctor do Museu Regional da Madeira, lançou no seu Caderno de
ObservaçíTes Diarias, durante uma soguida estada na Ilha do Porto
Santo, de 1900 a 1903, e que foram publicadas, a pedido do Padre Schmitz
na revista Ornit. Jahrb., respectivamente de 1901 a 1904, sob o titulo-
«Vogelltiben v0n Porto Santos.
Valiosos elementos foram colhidos pelo mesmo naturalista, nas
Illias Selvagens, visitadas tão sómente parti fins cientificos,
O estudo das avifaunas locais tem merecido nêstes ultimos anoe um
intereaee espocial e s protecção dos Govêrnos, pois vem revelar o co-
nhecimento e modifioaçgo dlia correntes, a que so prende intimamente a
nova estrada adrea.
Pela estrutura particular das aves, que possuem câmaras de ar
tio~ioesos, pola disgosiçuo das pênas, pela ciensibilidade nervosa e outros
factoroa, 830 alas considoradas, modernamente, como um maravilhoso
aparelho galvanc-niagn6lico e higroscópico, muito vibratil a certas
ondas, em parto jíl couhecidas, que percorrem a atmosfera, e dum
modo particular as orientam, em determinadas úpocas, para a imensi-
dade do ssptivo, no caminho da migração, imperiosa neceseidade que se
faz sentir em muitas esp6cies.
Os fluidas da terra sno influenciados por causas astronómicas, e
assim como os oceânas, as grandss massas de ar teem as suas marés,
correntes, derivagíTes, etc.
O calar solar, desigualmente distribuido nas estações, pelos movi.
rnentoa do uoeeo planeta, em particuiar o de traelaç5r0, origina um$
bokrente circuiar, cuda maior inteiisidade $e irianifesta na época dos
equinócios, com uma transmissão bastante rápida.
Há milhões de anos, a terra tinha a temperatura uniforme e as aves
dêsses tempos geolbgicos não sentiam a necessidade de migrar. Depois,
veia o resfriamento que começou nos polos. A fauna que teve a resistên-
cia para se adaptar ás baixas temperaturas, não se deslocando, repre-
senta ainda um tipo antigo, modificado pelas condições espsciais do
meio; outra, porém, procurou fugir ao irio,vindo suceaaivamente a apro-
ximar-se do equador, podendo resistir a temperaturas elevadas e a elas
se adaptar, constituiu uma forma equatorial, com os seus caracteristicos
de beleza.
Gado aslnino
i
I' 1 b, 9
r- \ ,A.arariia
. ..,
P
:-i-
" %,
p. ?
., ,
i F
k
d
i
.. . ,
I' I'rijximo dos nlolios se enconlrnm resid~iosmciccr:!<tos que c8 psia
prepararsm pnrn R ~ l l m e n l ~ q üdns o filho%
A coriija 6 euscepiivei de do~nestlcldads.Nas riiinris da r n p i l n de
S. !.iiis Iiveincs ilma, aloda ,ir>vein, qlie ali 88 c n n 8 e l i ~ ~migum~s II
semanas, n l i m r ~ i l ~ i r lrrini
n pa<lnr.inhos de ciirno n i neiia :I nollc
Iior iinin f r ~ s l t i .
I 1 5 I I I d<> ~ ~ o r i i j iii: I ~ o mrairiddiii piirn 1 0
doenças do peito, e não EÓ na Macleira como em oiitraa terras, h a a
crendice de que se introduzem estas aves nas igrejas, afim de beber o
azeite das lrtmparinas !
antilis~s.
Devo os anov6ios» cla Madeira 5 bondade do rev. padre Erneeto
Schmitz, do Seminário do Puachal, que acedeu ao pjdido de me obter
novêlos da coruja madeirense e em pouc) tempo me enviou lima bela
remeasa. Sinto-me tanto mais penhorado, porquanto oa *novêlós» das
corujas do arquipelago madeirense não ee encontram com facilidade,
como na Alemanha, em çelhaa torres, ~ó:ãosde igrejas, etc., maa uni-
(*) Artlgo pnhlicida ao "13ersldo da Medeiria 6m 16 do Ma10 de 2807,
cemente nas coricavidados das rochas, ás vezes ioac ~siveisseiri o orne
prego perigoso do cordns e cabos,
Por selecç6:)s:
l.(l--10 novelos coleoionarlos rio Arco da Cíilhetu, costa do sul.
Co~tiverain 4 ratos (Mus ratus S. íiecnalani~s) R 19 r ~ t i n l 1 3 (~M I I S
rider, oa rostos de 20 gafanhotos,
rrritscijlus). FUrn disto, enc~ntrraratn~so
2.0-7 nov6los coleciouados na 'l'abúq, costa do sul. Continham 4
ratos, 21 ratinhos, 1 melro preto Turdus merufa cabre~~ae e 1 canario
(Serlrius cansrius). O bico do melro eetavn bem conservado o a pele
d e ciira ntnareln (luasi iniactn, 'i'uiiitsetn foram encontrados oa restos de
!I gafanhotoo.
3.0--10 novGlos quo tinham aTdo colecionados em Santann, costa do
norlto, Coulinhain excliisivanienlo 10 ratoa e 18 ratinhos,
4.0-1 novêlo dti Pajã da OvBlha.
Este graudo novêlo nuo continha menos de tr6s esanecis bem
c:orise~vados d e rnkos. Niio pude determinnr as iriedidas exactas dèjte
uov6l0, por so achor iim pouco eslragedo.
5.o-IJu1 grande nov6lo, proveniente sem duvida duma coruja, me
foi envindo pelo sr. proisssor [C. Blasius, que o recebera, para ser exn.
riiiricrdo, do sr. voa Yschu~i,e este por sua vez do Rev. Padre Sclirnitz.
Continlia os restos bem conservados duma ave madtima, ~>roc.ilcí.
ria, provavolinente de I'cdagodroma marina, que cria nas Ilhas Salva-
gens, aoiide so achou este novêlo, um grandes massas, como me os.
oscrove o Ilev. 13tidre Scliinitz. Não se lhe encontrou craneo algum u
rtiuda conserva uili clioiro prouuucitido ti nzeits de peixe, As grandau
regimos estão pcigadas nos ossoe da aza, qua ainda conservam uui
pouco dii pele. As sectrizes acharam-se quasi na mesma posiqão como
nu ave vivo. 'l'ombe~iium dos tarsos compridos, encontrado no novêlo,
o s t ~ v i iniadw reveetido atn parte da sua pele.
que R da cor~ijnna A l a m ~ a h e roadoras
: p2qoanos e r ti erícapcionuli~ian-
te aves,
A cornposiçllo 6 naturalmente diferente de novêto pnra novelo,
inas em geral, 80 encontrain ratos, em porporção, m ,ir freqiientss. As
RVeS comidas peld coruja s.30 insignificantes.E' intoresvtnte que u coru-
j s rnadeirense coine procrlfiiitis quu Psen~u n cbuira :i azeite de peixe,
Tumbem na Alernnnha R S t ~ ~ ffamnzea
ix é. n unica coruja qu f ~ cac;n
z
nos rnusarenhos, nfio obatante eles exalaram um forte c'n:iro u ~ i l m i s -
cor. As corujuu da Madeira alimentando-se em cornpsreqiio d t i s de
outras terrils, com ucn ofimaro maior de inaactos, @xp'i::ll-saO f . Cio ~ 6 1 ~
raridada relritiva do seu austernto piwferido, os ratos,
V$-se, porttiato, cliiZo uteis são RLI C O ~ U ~ HeS o grnndci èrro ern
pracurar mat+-'1d BY.
DE PASSAGEM:
O ~ U Sv ~ I g ~ l r j Flurn.
8 ........................... SII-igidae
(93e?ddnif8drJaBiri~ueltAmh9Pll de 6907,
(e*) a i ~ l [ ~ ~ ] ~ g f ~ w b Ilha
Qbos~~sgí;jen : m p l &i I P a ~ k c rsalatu,-C;ad8rat duzi '490s 43
dsa I~~v@rmbrc~}.
C L ~ ~ Ochama,
, por sua vez, as aves de rapina que mais depreslia ainda
c150 cnbo d6te.
E', dos miichos de puassgern o mafs Ersqii ante.
A anta
Em Portugal-Tartaranbão
Fr,-Base
Ing1,-Bmzarù
A1.-Maiisebuesard
Falcia tinniiiiculur L.. ,. ... ... o ... ... ... ... .., I"alconIda~!
uma 6iubeep4cle a qaiie deram o nome da crana~icansfs,por ser Iàrêlratlco
ao das Ilhas Caeiáirias, A sua plimmogem 6 dum pardo ar~aabadocom
pontuaçBes negras ns dono, e ma parte inferior do corpo-em amarelo
e~branquiçsdo,com mfanc)inas alongadas de pardo claro. Alguns machos
teem a eabega marcada e m azul osci~riío a cauda em azul scinzentado,
No geral, ae e6rss são mais carregadas d s que na PsmQn,Esta epiesen-
ta, porem maios corpulência.
O v83 6 longo, circular, por vezeg sustido, dsslizando nos ares.
Quando tema urna posigão fir%tn, aclejante, d i z - 8 ~que eet8 a peneirar.
(9 frarncelho tem acostumados gostos de 0bstlrv8gtih o descanso,
no cimo duma arvore 011 na p a t a duma rocha, com prtlfdrência, a dali
lange ae suas vistas pelos campos cireaiinvisirgtioe, sem rio mover.
Alimenta-ee ds morganhos, de largtitixais, cigarros, pequenas ave5
s ataca raramente as ninhadas das glillilahapi.
Iatr6pido e astucioso, chega a pousas uma gaiola de passaros, e
se esta tem as gradaa da junco, parke-as, alprsbatando naw gtirraa umte
ou mais prêi~as~
Mo sblo anda mal, pouco tempo s aos saltinhos, por causa da8
unhas recurvas, em meio circulo, que ae não adapta& n caminhar num
plano, sem constrangimento.
O ninho, na Madeira e Parto Santo, $6 tem afdo sncenitrado aae
fendas das rochas escarpadati B d e dlflcoil acesso, mal aconchegada de
ewagem seca, raizes, rnuqos.
G 'postura, de Maio n Junho, contsm 5 a 6 ovos, tamanho 40 por
82 cm., de forma mole ou menos arredondada e côres vasiaveie, predo-
minàndo o branco pardacento, com pontos mais oseuros, Sdaiente a fB-
mea ee encarrega da incubaç".
A penugem que envolve os nlnhegoe O acinzentada e ae primei-
raa penas que aflorarsri, veem tingidas de pardo e amarelo.
Antetl do uso da pólvora na espingarda, o francelho e o gavião
foswrn empregadosa na caça de alienaria na Madeira.
Aitur prilumbarlus (L.) . ... ,.. ... ,.. ... .++ ... Falconldare
As «Saudades da Terras escritas no s6oulo XVI, mencionando as
aves que se' encontram na Ilha da Madeira, inclui os assorss que pa-
rece qtze vem ali com tornzt?rztas de alguma telbra perto, que estd por
descobrir.
Como esta ave de rapina faz migrapão da Europa para Atrica, foi
naturalmente a que teve conhocimranta o aronista, de haver sido obser-
VadtP neeta regigiao, .
0 seta v60 6 um dos mais ragidos, rasgando os aros com denodo,
O açor O L I P O I J ~ Lcausa
~ grande d~str61;ono8 pombais. Era tido como rirnu
dns nvse nobres da felconaritt.
V e s l o - ~ odo i:lnxarito, tendo o vontra branco, ondendo de eecuro.
E' uma ave gsarnde, poaaeiiíte, com a cabeera nua, bem como parte
do pescoço, bica Iasgo e recaarvado, penhas ralas na nuca, vestilado-se
num branco mio, amarrleeido, azas e cauda pardo-escrarecidas. Nutre-
rne de carne em decomposf~ãoe de iminndllcioe, Nalguns pnieala do Oriente,
est8 lhe concedida uma especial protec(;ão, pala Ifmge~aque executa ao
redor das habitações ti na via pùbliesi. E h m a ave familiar nas eara-
varias, ~egosffendo-aecom o que vai fioando abrarsdoriado, enchendo s
papo fi6f regameaite, para digerir, depois com maior descanso.
Acidentalmeute, foi apanhado um destes abutres aa Ilha do Porto
gaiata. 6-tnmbem chamaido galinha Eae -F"sr&d;
Ta~taaranh&orialiwo
do= peixe-
BIPGUS( I B P U ~ ~ I ~ O S U(L)
S ... ... ... ... ... ... ... ... Falconidae
Rara.
,,,I h".-Merlia nofr
,
I ~ I I J
, i',,, .íngl,-13leckblrd
i' Ia A1.-Bchwariz Droeesl,
( h (31 i v
ANDORINHAS
SRo ~ 1 8 3 8P T G ~ I ~ R I ~ B L ~ndorinhns,
P~B ae esphcies de passrigeul e que
não fazem aiatio nesta região. As nossa^ pertencem a diferente farni-
lia, ao entaerto a60 chamadas-andorinha do mar e a andorinha da
serra.
Apuss murinus (Rrehm) ... ... ... ... ... ... ... . Cmselidaa
Em Portugal-Andorinhão; Grilnchc.
I+.-Martinot,
1iigl.-Swift.
AI.-Segler.
Wnthus bertbeloti Bolla... ... ... ... ... ... ... ... Motacillidae
Em Portugal-n?io assinalado.
Pr.-Pipit
1ngl.-Meadow Plpit
AI.-Wiessnpieper
Ilartert. ?:)
Wcanthls ciaanablna (L),.. ... ... ... ... ... ... ... P~"lngiCl!dae
E'r.- Llnotts.
Itig1.-Lfnaet.
-
AI. H!iuSllng.
Fr.-Plneon da Madère.
Ing1.-Bnff-breaetad Chafflhch.
AI,-Madeira Ruchfink.
P~ISII$BP
patronia (L.).,, ,. ... ... ... ... ... ... ... Fr*ingillidacz
Em Portugal-Pardal francês.
Fr.-Moineau eonlcle
Ing.-Rlng Sparrow
AI.-Stalnepsrling
Nos estudos ~ ô b r eos Corvideos, vem sendo dito que este phssaro
é duma extrema dedicaqão pela companheira que escolhe para toda a
vida, e que por morte dum representante do casal, o outro lhe conser-
va ainda fidalidade, afastando-se para longe, tornando-se ermita, o que
talvez sucedesse com um que s e conservou durante dez anos na De-
serta Grande, onde, naturalmente para viver dava caça aos coelhos.
O corvo é de facil domesticidade, especialmenta ipendo cativo em
novo, reconhece o dono e não aburra da liberdade que Ihe f8e concedi-
da a-dentro duma certa área.
Afeiçoa-eie a outros animais companheiros, e vimos una, ha bas-
tantes aniotl, numa Quinta nos Ilheue, que brincava com uma cadelinha
compartilhando da sua refeigão na mesma tijela.
Sabida a tendência que o corvo tem de esconder pequenos obje-
ctos, lançavam-lhe moedas, botões, etc. que depois eram encontrados
numa excavação por ele Peita, onde lá estavam tambern alguns osrros
que roubava R sua oomensal,
Os que passam na Madeira pertencem á subeep6cie tingitanua, de
Marrocos, que, tregundo Dresser, não são mais que a eepécie C. lepto-
nix de Peale.
Pouco frequente.
Este, tem o porte mais, erecto, o bico rnaiçl aguçado e procura para
alimento, de preferência, grãos e frutos.
A plumagem negra ondeio em azul escuro e falta-lhe numa orla
na base do bico.
Tem o costume de revolver a terra para catar larvas, e crisálidas,
que tambem aprecia.
Em alguns paises, é uma estimada peça de caga, pelo sgradavel
s a b o ~da sua carne.
Raro.
...........................
Sylvia deserli (Loche) TurdicIae
E' oriunda da reglbo norta-aí'rfcsina, Mais pequena que a nossa tu-
tinegra, tem a coloração predominante de areia ruivo-empardecida,
Sí, foi observada uma vez na Ilha do Porto Santo.
E' casfariho escuro, com ti c'íibêçn ~ ~ i í t z a it3l tti~ gbrga~ita com paù-
tuações negras. Azas rium tom trigusii*ir carregada t, znazichas brancas
na cauda.
Raro.
A ra.18t-9~ru%v"i~
8uki~Illripkeenicurus L. ................ Turdidae
R cor As cailda lhe deu o nome. O rnanto é pasd~cento-ftzultidi,,a
gerganta preta, o p i t o trigueiro e a cauciti arruionda.
ft~ra.
0 pXeco f e r r e a r o
Rutlelllr~ Iltkys ( L ) .................. Turdidae
A parte superior da corpo 6 cinaenito-pirdacent~,mais escura a
descer pela garganta ao peito. Clareia no ventre e pelas azas moetra
algiimas gánas brancas. A cauda é arr~ilvada.
liaro.
A c a g a d a
Saxlcels ssnanths L. .................. Turdidae
A côr branca de cal corre na parte inferior do corpo e abrange o
inicio da cauda que termina em negro.
O manto cinzento escurece para ae azas.
A parte esbranquiçada, na fémea, tem tonalidades de ruivo.
Rara.
$ragiadytas iltlrsgcaus (I,.) ...............a Turdidae
i o LLOBWOb i ~ b i ~Veete-eo
Esle pasutiritilio é r10 L n i i ~ ~ ~ i i i(10 . d e PIIPCIO
coin otidnlaç8ee iiinie eltiras u urri cirizuritu iriusclndo. O verrirta torna
i!iu tanto de ruivo, co~iinriticiiilris b r . ~ i ~ t ! tBico
~ . r ~ ~ I ~ i f i v f l i l lcomprido
~~te
e caadti curln, arrobftada.
Rara,
noati-6
L '
Q ,. de e0le"a
1 1
<*.iit
ii
0
ih?l'/fJ -- ( $ 1 1'
a)-E~bariza .............
uitrinella (I,.). Ii'ringlllid&e
A sua plumsgeni é citrina empardecida com o dorso riscado em
tom mais escuro,
Raro,
0 ~ ~ . ~ ~ O ~ ~ ~ " P ~ E Ix --Do. B
~ Z
- aO a o
Pasitopperisre L , . . .................. Sturnidae
Eete pis8aro só tem cor-de-rosa a parte m6dia do corpo,porqirnifto
a cabeça, cauda e azaa são pretaa. NO inverno perde os tona vivoe que
empardecem e parece-se, então, uini tanto com um melro.
Aa suas migrações são muito Irregulares e nutre43e eepecialmente
de gaf anhotoe.
Raro,
Gemjit~isrglandriiue (Olog.) ... ... ... ... ... *.. ... Cucrtlidre
&' rntiior do que o aoterior e de cauda me18 longa, encimando a
cbbepa num penereho cinzento rimareleeldo.
8 corpo 6 pardo-aizinlcre~tlido,ponteado de branco.
Em Portugnl dZo-lhe tambesn o nome de p6ga-cuca.
Raro.
trzerli estas avos n traneiqllo d u ordeiri clon yiiusluros piirn ti dori
galináceos.
Mais robustas que os primeiros, nn sua estrutura, apro
sentam no bico uma membrana longa, cartilaginosa-o ceru-
me, onde eetão implantadas as nurinas.
Irisul'lam freqiientemente o ar, produzindo o ruido cnractoristico
que se chanin arrulho.
São inonogGrnicos. Alirneutam os filhos coin grãos meio-degltrtidos,
tornados nioles e hiimidos, que por uma contrhção do papo flicilinerite
uxpelern, abrindo o bico pnra os ninhegos poderem buecnr o alimento,
u-dentro-da btica dos pais.
Os coluinbídeos vivelii em familias numerosas o teem o hábito de
procurar o sustonto a horatl cortas, de manhã e R tarde.
O conhecimento dos bebedouros existentes numa determinada req
gião B utn auxiliar que facilita a CRÇB.
Cslumba Ilviã L. ,, . ... ... .." ... ... ... ... Columbiclno
k;tn I>ortugal-Pouibo bravo,
]?r.- I'igaon blsat.
lng1.-Roclc IJlg;oon,
Ala--1~elstarrbo.
1-labita do proferbniciu na rochas do litoral. E' o mais tímido e
tnepoer corpiilelito tios noauos pombos,
A siia plumagem toma uma cor cinzento-azulnda escura, e aos
l ~ d o sdo pescbço irradia reflexos de Purta-cores, do rdxo ao esverdoaido,
Uma dupla banda preta lista as azas, o a rabadillin 6 natural-
inente branca.
Muito variada, porém, se apresenta a sua modificada coloração.
A forma tipica, clara, que lhe deli ingresso na espécie liuir, nus 6
vulgar, predominando nesta região a inftuuncia do melanismo que lhe dú.
uin tom anegrado.
David Bnnnermnn (") estudando estes pombos, quere npnrtii-lorr
numa subnesp6cie antlântica, salientando entre outros curacteristicoa,
terem o bico mais longo e robuato.
O pombo da rocha deu origem, por selecção e cruzamentos, a vá-
ria8 ragus doinésticas, e dentre estas, fugindo alguns individuos~dospom-
bais, de novo se entre-cruzaram com 08 bravios, originando f6rmas por
ilua vez tambem mais ou menos afastadas do tipo originário.
E' vulgar, serem caçados, eepecialmente na Ilha do Porto Santo,
alguas pombos da rocha, em que a escassez de penas brancas é manf-
festa e as bandas negras das azas teem muito maior largura.
Alguns autores, não atendendo ti regressão, e desejosos de coisas
novas, formaram assim a sub-espécie shimperi, que C. Bonaparte dedl-
cou a um nsturalista sei1 amigo.
H. O. Granfi, referindo-se aos pombos bravios do Porto Santo diz
que pertencem, gerValmente á fórma schimperi.
Esta tendência em apartar o que a natureza por circunstdncias es-
peciais, por vezes rnomenlâneamente alterou, causa uma certa pertur-
baça0 no estudo.
O Padre Schmitz havendo seguido durante algum tempo a opinião
de que o pombo bravo do Porto Santo marcava diferenças, influênciadas
pelo local, enumera a espécie C. schimperi, na relação das aves iadige-
nas da Madeira porém,nuina liata publicada posteriormente, já nela
figura, (:":":I:)
(*) Waecription ds coliimba livia atlantle enbep. nov. dos Açorcis et Madbri 1931,
("'I') Dia Viigel Madolra's-Madslra-IJruivOgal.
(*+*) Dlo Vogal der Madaira Insalgrnpps 1 9 ~ 8 .
negro forain tatubem tomados como duma espécie diferente, a C. oenas
L. e como ta1 incluida na lista de Harcourt.
O pombo da rocha faz criação de Marqo a Julho, nas nossas ilhas,
preferindo os rochedos escarpados do litoral, sendo abundante nas Ilhas
Desertas.
Os ninhos afectam a forma mais ou menos circular e sno formados
d e pequenas vergônteas lizas, sêcas, entrelaqadas com certa arte, sem
rnaterial brando d e revestimento.
A poslura consta de 2 ovos brancos 3,6%2,6 em., que produzem
geralmente um novo casal.
As colóuias dêlstes co~umbídeosderam nome a varios sitios,-Pom.
bal, Pornbais; e 6 Fonte dos P o m b ~ s , citada por Fructiioso, 11110 ucistií
perto d o mar da banda do norte» na Ilha do Porto Santo.
Em Portrigal-Nfío aselnnlado.
1'r.-llamikrs ii longa plads.
1ngl.-Long-toed Pigion.
AI.-Madeira Teubo.
(*) IIistolta Nnturalle dee IIes Cannrleri 1842, Esta obra traz 2 doernlio~0010-
ulslna d8ute poinbo.
Turtur aurltus Ray . . .. . . . .. . . . . . .. Clolumbldae
Caooahis rufa (I,,). .. . .,, .,. . ... ,,* ... ... Ph~sianMae
Fr.-Perdrix roage,
1ogl.-Rad-leggad Parttidge.
AI.-Kothohn.
Ibui iirlrodrieidti irit lllia ilo l)oito St~iitoeiii 1900, E' irin laoitco
tuisior do que R anterior. V a ~ t o - B Ode cinzento ~iartlnceiito,dorso nrrul-
V H ~ Oe tiinn eoleirn avsrtneltiada, S R ~ [ ' ~ ~ C Ade
~ Npeqiienas rnaachaa bran-
cos, lhe pende do pescaço.
Inicia a postura etn Peverelro, com i 2 a 18 ovos, dum cinzento
plilido, lirante a amarelo, 3,7 ~ 2 , 7cin., produzindo as ninhadae maior
proporção de machos.
Eatu perdiz é multo comum na Algeria.
Fr. --Faisan,
1ngl.-Pkieasant.
AI.-Fasan.
Ii:~taolegante galinaiicen, oriiiando dti Colcbidiu, onde era aùiladnntu
iiimnnzirgeria do i*RnlJhnss, d6lo raccjbou n iioino.
E'tis~oir ii lCuropzi, caino uve rlu ealirno, de npruço o luxo rre ulttl
c~~!!uhr!fi.
introduzida na Madeira, viveu regaladamente no estado bravio,
quando as matas e a terra virgem lhe proporcionaram os elementoar
necessarios para a sua manutengão. Não foi das aves do Infante, iniq
Fr,-BBcaeas,
1ngl.- Woodcock.
A1.-Walde'chnepfa,
Em Portugal-Golsira
Fr.- Grevalet do Kent.
Ingl-Kentl~h Plovar.
AI.-Soa Rsgenpfelier,
Porzana maruekta Gray ... . ... *., ... ... ... ... Rallidae
BtrepsllasInterpres(L,) . . . . . + . Charadriidae
A gaar-a v e r
Ardea purpurea C,. .. ... .,.'- ... ... ... ,.. ... ... ,.. Ardeidae
E' uma 'garça pequena, com hábitos noturnos, dando caça especial-
mente aoe ratos e caranguejos, sendo em Portugal conhecida por garça
caranguejeira ou papawratos.
Veste-se num tom amarelecido, com a cabeça e nuca estriadas em
negro. O peito é ligeiramente pardacento.
Um penacho longo, eriçado, tomba em branco orlado de preto.
Pouco frequente.
Clconia nlgra L,,,. ... ... ... ... ... .,. ,.* .,. ... Ciconiidae
Sterria hlrundo L. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... Laridae
Em Portugal-Aildorlnha do mar.
Fr.-Sterne; Pierra-Garln.
1ngl.-Torne.
AI.-Fluss Sieschwalba.
C) g a r a j i m u rosado
Sterna dougalli Mont. ... ... ... ... .,. ... ..? ... . . Larldae
Em Portogal-Não aesinalado.
Fr.-Sterne de Doogell.
Ingl. -Roerate Tern.
A1.- Dongalls-Sneechwalbs.
Sterna cantiaoa Gm, ... ... ... ... ... ... ... ... Laridae
Em Portugal- Garraii.
Fr.-S tern caopelr.
1ngi.-Sandwlch Tern.
AI.-Dunenvogsl.
Em Portugal-Não assinalado.
Fr.-Occanodrome de Craeto.
Iiig1.-ISarconrl1e Storm Patrel.
A1.-M~deira Siur~nschwalba.
O seu grito gutural parece dizer o noine que lhe puzeram, repetin-
do-o em noites escuras, num voo silencioso, quando ae aproxima de terra.
Passa a maior parte do tempo no alto mar, sustentando-se de ani-
mais marinhos colhidos nas vagns, afoutando-se á tempestade.
Tem o bico recurvado com uma abóboda saliente, o corpo negro,
sómente com unia faixa branca na rabadilha, e falta-lhe o polegar.
Procria em todas as ilhas do arquipelago, sedentário, fazendo duas
posturas em cada ano, nas fendas das rochas, de Maio a Junho, e de
Novembro a Dezembro, cada qual, de um só Ôvo branco, oblongo,
3,2W 1,4 em., tendo numa daa extremidades pequenas pontuações ver-
malhas, mais distintas enquanto o Ôvo está fresco.
Os ninhugos vomitam um óleo cor de vinho, nauseabundo, qaan-
do alguem pretende tirá-los dos seus esconderijos.
Em Portugal- Chilrêta.
Fr.-PafPln das anglsls.
1ng.-Manx Shaarwater.
AI.-Tanchsr-Stnrmvogel.
Em Porlugal-Pardalhfío; pardala.
Pr.-PufE.n candrr5.
Tngl.-Groat Sheerwater.
Al.-Stnrm Tanchar.
Esta ave marinha deu o nome ao Porto das Cagarias aassi cha-
mado por haver ali na rocha muita criação dellas, que está do Oriente
ao Nordeste da Ilha» do Porto Santo, conforme diz o Dr. Fructuoso na
Saiidades da Terra. .
Um pôrto a leste da Selvagem Gdande, tambem delas tomou o
meemo nome.
Chegam as csgarraa a estes mares, de Fevereiro a Março, e nidi-
ficam em Junho, nas rochas marilimas, depondo uni íinico ovo branco
7,0W4,7 cm.
Os ninhegos acham-se envolvidos por uma penugem farta,acinzen-
tada, que vai escurecendo para a muda, e teem o bico sscuro.
As cagarras adultas cobrem-se duma plumagem cinzento-parda-
centa, mais carregada nas azas e na cauda. O pesc6ço.e parte inferior
da corpo são brancos. O bico paassnte, amarelento, largo na baee, com-
prime-se, aguça e recurva, salientando as narinas, distintas tubulares.
Buscam o alimento no alto mar, preferindo-o agitado, e teem há-
bitos um tanto crepusculares, pois durante a intensidade du luz solar
abrigam-se nos seus esconderijos.
De noite, fazem um barulho disconcertante, com notas graves e
agudas, porém, emudecem ao clarão da lua.
No começo de Novembro revoam em retirada, dando origem ao
ditado:
Em dia de S. Martinho,
nem cagarra, nem aojinho.
Em Portugal-Não assinalado.
Fr.- Poffrn obecnr.
1ng.-Dnskle Petrel. ,
AI.-Dnnkls Sturmvcgel.
Pelagodroma marlna (Catham) ... ... ,., ... ... ,.. Procelarildae
Em Portugal-N2ío aeeinalado.
Pr.-Pelagodr ôme marin.
Iag1,-Sslvige's Slorin Petral.
A1.-Selvagane Stnrmvogel.
0 corvo arinho
Phalacrocorax carbo (L.) ...o.......... Pslecanidae
Tem um bico forte s recurvado, de bordos lisoe, Cabeça escura,
verde-ansgrada, com penas finas e compridas, algumas brancas aos Ia-
do^ do pescoço que desnuda.
As aias atiugem o comêço da cauda, e esta apresenta-se arredon*
dada e comprida.
Esta ave domesticada é um auxiliar dos pescadores chineses que
lhe colocam temporariamente um anel ao pescôço, de forma que nRo
possa engulir e a ensinam a trazer o peixe que apanharam.
Pouco frequente.
Patos bravo=
Oa patos teem uma plumagem bastante variada, diferençando-se
das fémaae, pelas côres mais brilhantes.
C)pato m=ael$rr,
Dedemla nlgra (L.) .................. Anatldae
E' um bom mergulhador que se demora debaixo de agua á caçfi
dos moluscos dos baixos fundos.
A plumagem é toda negra, tendo o macho uma protuberância na
base do bico,
A fémea é um trinto acinzentada.
Raro,
N da SEfPR ......
Anjinho
Ailrhbio . . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. . ....
Avos ile rixpiiin diuriias
Y >)
......
PHS6llgCIn
P
s Y
iioturnns ......
piissagoin
Bico grossiido
Bisbis .
Boieiro .
a .-. . .-...,. . ......
. . ...
......
Borrelhos ...... ., ...
. . . .
... - ... ...
Cruzri bico
Cuco
. .
..
* rabilongo
E
Estercorhrios
Estorninho .. .. .. ... ... . .. ...
~
. rosado
prato . . . .
PalcBo crepusciilí\r. .
11 tagarote . .
Felosas . . . . . .
e e r i n . . .
Friiiicelho .....
Frangn de agiia ..
Frango *
Freisa. . . . . . . . ..
.
Fiirabardo . . .
Galo nzul
Gaivota ......
...I.
de azas negras
clara . . .
u da Idandin . .
Oaliiilia da Guiné .
M da agua ..
Cialinficeos . . . .
, doinésticos
Galinliola . . . .
G:uiços bravos ..
» paioia ..
Gnrafnu . . . . .
V rosado ..
Qnrçii ùoieira . . .
rn noturnn .
» rnteira . . .
n lUea1 . . . .
r ribeirinha . .
verniellin .
(iarcinlia verde .
Gnrranclio . . . .
Gnvinhn
Grnlli:t . .. . . .
. a
I
IIJIR negro .r #a
Maçarico alpino . . . .
brigão .
. ..
a galego . . ..
r malhado . . ..
de papo verinelho
m da pés vermellios
de rabo branco .
r real . . . . ..
ruivo .. .
.
0
Morinelo
ventraIvo .
. . . ..
. .
.
Mancão . . . .. . .
Manta . . . . .. . .
Marreco . . . .
Mergnlhtres . . .. . .
Melra dourado . . . .
preto . . .. ..
Milliafre
Mdclio . . . .
. . .
.. ..
. ..
, de orelha ciirtri . .
pequeno .
. ..
M
Nnrce.iiii galega . . . .
u grande .. ..
z peqiieiin . . . .
O
Papa amoras . . . .
Papagaio do mar . .
Papa moscns . . . .
Papinho . . . .
Pardd da terra ..
espanhol . .
1)ardallieira . . . .
Patagarro . . . .
Pato trombeteiro . .
Patos bravos . . . .
Pavão . . . . . .
Pavonsinlio . . . .
Pega . . . . ..
Perdiz . . . . . .
» africana . a
w do inar ..
Pernnltas . . . .
r de passagein
Petinlia . . . . .
» dos prados .
Picanso . . . .
Picapeixe . ..
Piiitainho . . . .
1)ombo claro .
r negro da serra
» .
da roclia .
Rabirruivn . . . . . . . . v3
Rabo de jtinco . . . . . . . 122
Rbla . . . . . . . . . . 70
x de coleira . . . . . . 71
Kolinha da praitt . . . . . . 88
Roque de castro . . . . . . 115
Roqainho de fóra . . . . . . 134
Rouxinla . . . . . . . . 51
Houxinoi doe caniqoi
dos juncos .
dos paúes .
$arambola americana
cinzenta ..
u dourada ..
'lartaranhão ruivo . .
Tentilhão . . . .
Torcicolo
mont8s . .
. . . .
Tordo branco . . . .
ruivo . . . .
» zornal . . . .
Tutinegra . . . .
do Deserto
papo branco
Trigueiro8 . . . ..
real .
Ve~dilhão ....
Virapedras ....