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GUIÃO DE LEITURA 1
A A autora
B Elementos paratextuais
1.1. Nome do autor e do ilustrador, título, editora, logótipo da editora, ilustração, breve
texto de apresentação das “histórias”.
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Guiões de Leitura Diálogos, 8.º ano
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2. Sophia de Mello Breyner Andresen, Histórias da Terra e do Mar, 1.ª edição, Porto
Editora, 2013. (Observação: Como se pode ler na ficha técnica, 2013 é a data da 1.ª
edição na Porto Editora, sendo que a 1.ª edição da obra é de 1984.)
3. Resposta possível: O título sugere que a obra reúne diversos contos, cuja ação se
desenrola em terra e/ou no mar. (Observação: O texto da contracapa confirma a
existência de várias histórias passadas “em terra e no mar”.)
3.1. "História da Gata Borralheira", "O Silêncio", "A Casa do Mar", "Saga" e "Vila
d'Arcos".
C O texto
Juventude de Hans
1. Vig é uma ilha, rodeada pelo mar verde e cinzento do Norte; tem uma vila costeira,
com um cais e uma praia, onde há rochedos escuros; nas ruelas, as casas têm portas
baixas.
Do ponto de vista social, a maior parte da população está ligada à navegação.
2. Por exemplo:
Sensações visuais – p. 55 “os longínquos espaços escureciam”; “o inchar da
ondulação, cada vez mais densa”; “as longas ervas transparentes, dobradas pelo
vento”; p. 56 “Nuvens sombrias”; “estranha luz […] sombria e cintilante”.
Sensações auditivas – p. 55 “o ímpeto e o tumulto cada vez mais violentos”; “A
tempestade, como uma boa orquestra, afinava os seus instrumentos.”; “grande cântico
marítimo”.
2.1. Hans assiste à tempestade com prazer, revelando a sua paixão pelo mar.
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5. Hans deseja ser marinheiro, percorrendo os mares do Sul, viver uma vida de
aventura e contrastes, entre o “maravilhamento e [o] pavor” (p. 58), isto é, uma vida
memorável, que o transformasse numa lenda, cuja vida seria contada por todos.
8.1. A oposição do pai levou a que Hans considerasse que esta seria a única forma de
realizar o seu sonho.
9. “vindo da Noruega” (p. 62); “seguia para o sul” (p. 62); “atravessaram as
tempestades da Biscaia” (p. 63); “Contornaram a terra, navegaram para o sul e, ao cair
de uma tarde, penetraram sob o arco das gaivotas, na barra estreita de um rio
esverdeado e turvo […]” (p. 64).
9.1. Mapa 1.
10.1. Por exemplo: “barra estreita de um rio esverdeado e turvo” (p. 64), “margens
cavadas” (p. 64), “casario branco, amarelo e vermelho” (p. 64), “escuros granitos” (p.
64), “bois enfeitados e vermelhos” (p. 64), “carros de madeira, que chiavam sob o peso
de pipas, pedra e areias” (p. 64), “à porta das adegas” (p. 66) e “igrejas de azulejo e
talha” (p. 66).
Observação:
Em várias análises a este conto de Sophia, tem sido indicado o Porto como a cidade
onde Hans aporta. Esta afirmação baseia-se em indícios presentes no texto (como por
exemplo, os elementos transcritos na resposta à questão 10.1.), e, ainda, na história
da família da autora (veja-se, na página 91 desta obra, a referência biográfica ao seu
bisavô paterno, dinamarquês, que viajou a bordo de um navio até ao Porto, onde se
estabeleceu).
Numa entrevista, Sophia declarou o seguinte:
“A ‘Saga’ nasceu, na realidade, de uma história de família: o meu bisavô veio
realmente de uma ilha da Dinamarca, embarcado à aventura e foi assim que acabou
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por chegar ao Porto. O episódio da zanga com o capitão, o do número de circo com a
pele de urso no cais, o abandono do navio – tudo isso aconteceu de facto. Também
são verdadeiras as palavras que ele disse, mais tarde, a uma das netas: ‘O mar é o
caminho para a minha casa’ – e outras coisas ainda. Mas, claro que depois há toda
uma fusão imaginária desta realidade e todo um trabalho de invenção que são obra
minha.”
Entrevista de Miguel Serras Pereira
in JL — Jornal de Letras, Artes e Ideias, n.º 135, 5 de Fevereiro, 1985
Nos Recursos do 10.2. Hans decidiu fugir do navio e ficar nesta cidade
Projeto, encontra porque, tendo desafiado e discutido com o capitão, foi
imagens da cidade, que
chicoteado por ele.
ilustram passagens do
texto.
11. Hans sentia-se espantado e só (“tonto de
descobrimento, de espanto e de solidão” (p. 66). Após
cinco dias a vaguear, sentiu-se fraco e apercebeu-se
de que o facto de não conhecer a língua o excluía,
começando a chorar.
1. Comércio e navegação.
2.2. Nas cartas, durante as suas viagens, Hans descreve os objetos e as paisagens
que encontra, as sensações que estes lhe despertam: os búzios do Índico; a noite, o
mar, o luar; as loiças, as sedas, as lacas e os temperos.
A sua mãe deseja que Deus o proteja e lhe dê saúde, mas avisa-o que não deve
regressar a Vig, pois o seu pai não o receberá.
2.3. Hans realizou apenas uma parte do seu sonho: tornar-se marinheiro e percorrer
os mares do Sul. No entanto, as suas aventuras, a sua história, não foi contada e
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admirada pelos habitantes de Vig, isto é, ele não realiza plenamente o seu sonho, pois
não pode partilhar com a família, amigos e outros habitantes o que viu, ouviu e sentiu.
3. doente; velho; cego; ficar com ele; tomar conta do seu negócio; sócios; os
comerciantes; chefes de armazéns; os armazéns; o estado; discutir os negócios e
contratos; rápidas, espaçadas.
4. Hans compreendeu que, muitas vezes, a nossa vida acaba por ser distinta dos
nossos objetivos e desejos, porque temos que alterar as nossas ações em função dos
acontecimentos e das nossas responsabilidades. Isto é, embora todas as opções
sejam possíveis, as circunstâncias acabam por condicionar-nos.
5. Porque “tinha a cara redonda e rosada e cheirava a maçã” (pág. 73) e era loira, o
que lhe lembrava Vig e as suas mulheres.
6. Hoyle – Não aprendeu a falar corretamente a língua; não apreciava a comida; não
estabelecia relações com os habitantes locais, à exceção das relações comerciais.
Hans – Casou com uma rapariga da região; conhecia os notáveis da cidade; amava o
local onde vivia.
7. Atribuiu o nome do seu pai, Sören, ao seu primeiro filho e ao primeiro navio da sua
frota; continua a escrever cartas para Vig, comunicando os acontecimentos da sua
vida (por exemplo, o nascimento do segundo filho).
8. Hans sente que falhou na própria vida, ficando prisioneiro de uma determinada
função, o que o impediu de concretizar o seu sonho.
9. Navegador Lar: o mar é a sua casa. Relação com o mar: comunhão total.
Viajante Lar: vive em terra. Relação com o mar: não está em sintonia com o mar.
10. “No entanto, parecia a Hans que algo em sua vida, embora fosse já tão tarde, era
ainda espera e espaço aberto, possibilidade.”
10.1. Hans teve a certeza de que não regressaria a Vig, após a morte da sua mãe,
quando escreve novamente ao pai e este não lhe responde.
11. Os objetos que decoravam a quinta de Hans provinham dos mais variados locais:
Boémia, França, Itália, Alemanha. O facto de possuir uma empresa que efetuava
transações comerciais internacionais possibilitava-lhe a sua aquisição com facilidade.
Estes objetos permitiam-lhe “viajar”, recordando locais onde já estivera.
Velhice de Hans
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1. Hans dizia a todos que a torre servia para ver a entrada e saída dos seus barcos; no
entanto, o verdadeiro motivo relacionava-se com a possibilidade de ver o mar, que, tal
como confessou a Joana, era o caminho para sua casa (página 83).
Atividades gerais
1. l, i, r, d, m, o, p, q, b, j, n, a, e, k, f, g, h, c.
2. 1. f, 2. c, 3. g, 4. e, 5. d, 6. b, 7. a.
3. 1. d, 2. a, 3. c, 4. b.
4. Resposta pessoal.
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