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Biografia de Alberto Caeiro

Nasceu em Lisboa no dia 16 de abril em 1889 e


morreu na mesma cidade em 1915, tinha ele então
26 anos (curiosamente, a idade com que morreu
Mário de Sá Carneiro, o principal amigo de Pessoa).
Caeiro viveu quase sempre no Ribatejo, no campo,
com uma tia-avó.
Sem educação literária, não tinha mais do que a
4ºclasse.
Nunca teve profissão, vivia de pequenos
rendimentos da herança que recebera, pois ficara
órfão de pai e mãe muito cedo.
Era loiro, de olhos azuis e de estatura média.

Recursos expressivos e respetivo


valor simbólico
Nas duas primeiras estrofes, encontramos uma sucessão de metáforas: “E há poetas
que são artistas/Que triste não saber florir .O sujeito poético refere-se deste modo aos
poetas artífices, os que se preocupam com os aspetos formais dos textos,
aperfeiçoando os versos, as estrofes e o poema.
Alberto Caeiro critica os poetas, porque o importante é fluir a Natureza através de
sensações, sem que o pensamento perturbe a ato da escrita.
Outra metáfora corresponde ao verso 7, “Quando a única casa artística é a Terra toda”,
porque a poesia de Alberto Caeiro é involuntária e natural, pois só na Terra, a única
casa artística, que existe porque é apreensível, se encontra a poesia, logo não há lugar
para conceitos.
Comparação: No verso 3, “Como um carpinteiro nas
tábuas”, e no verso 5 “Ter que pôr verso sobre verso,
como quem constrói um muro. Estas comparações com
um carpinteiro e com os pedreiros servem para destacar
o trabalho formal, minucioso e exigente dos poetas que
se dedicam a essa poesia elaborada e produzida como
outras construções humanas.

Personificação: versos 16 e 17

E levar ao colo pelas Estações contentes


E deixar que o vento cante para adormecermos

Neste dois versos são atribuídos características


humanas a fenómenos naturais, como por exemplo
as estações não nos levam ao colo, e o vento não
canta.

Anáfora (versos 16-18)


E levar ao colo pelas estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos
E não termos sonhos no nosso sono.
Nestes 3 versos está presente uma anáfora
porque no início dos versos existe uma
repetição da conjunção coordenativa “e”.

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