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DE DESENHO
DE RUAS
DO RECIFE
1.
2
MANUAL
DE DESENHO
DE RUAS
DO RECIFE
Recife, 2023.
Ficha Catalográfica
Inclui referências.
CDU 711
CDD 711
EXPEDIENTE EQUIPE TÉCNICA
1.1 O que é o
manual ?
O Manual tem o propósito de atender a Política Municipal
de Mobilidade Urbana (PMMU) do Recife, que estabelece
e fiscaliza os padrões e procedimentos de implantação,
requalificação e manutenção da infraestrutura e dos meios
de mobilidade urbana. Portanto, recomenda-se priorizar a
adoção e ampla divulgação de padrões construtivos para a
infraestrutura de mobilidade, que estejam em consonância
com a PMMU e a Política Nacional de Mobilidade Urbana
(PNMU).
Tanto a política municipal quanto a nacional
compartilham princípios e diretrizes relacionadas ao
planejamento sustentável da cidade, instituindo uma ordem
de importância para qual público é necessário realizar o
planejamento: priorizando o pedestre e o ciclista, modos
ativos de deslocamento; em seguida, os modos coletivos de
transporte; por fim, os de carga e os motorizados individuais.
O manual, portanto, se preocupa em apresentar, de maneira
prática e ilustrativa, orientações para uma infraestrutura de
mobilidade urbana adequada e acessível.
Por integrar o Plano de Mobilidade, o MDR servirá
como um norteador para o desenho de ruas da capital
pernambucana pelos próximos 10 anos, prazo de referência
para que as novas medidas sejam adotadas em sua
totalidade.
Sendo o sistema de mobilidade urbana do Recife
composto por diversos modos de transporte, é necessário
um estudo de análise e comparação detalhado, sobrepondo
os diferentes modos de deslocamento da cidade, com o
propósito de um entendimento mais global desse sistema.
8
SOBRE
O MANUAL
9
2.
UMA VISÃO
PARA AS RUAS
DO RECIFE
12
UMA VISÃO PARA
AS RUAS DE RECIFE
13
2.
14
UMA VISÃO PARA
AS RUAS DE RECIFE
15
2.
16
UMA VISÃO PARA
AS RUAS DE RECIFE
Ruas Inclusivas
Desenhe ruas igualitárias e inclusivas, que exerçam suas
funções de modo a atender as necessidades dos diferentes
usuários que a utilizam, especialmente das pessoas com
deficiências, ou com mobilidade reduzida, idosos e crianças.
Dessa forma garante-se o direito de ir e vir a todos,
independentemente de sua renda, gênero ou faixa etária.
Ruas Seguras
Desenhe ruas seguras e confortáveis para todos os usuários
que se deslocam pela cidade, com garantias para sua
integridade física e mental. A segurança de pedestres,
ciclistas e usuários mais vulneráveis, devem ser priorizadas.
Desta forma, deve-se respeitar os limites de velocidade
de acordo com o contexto de cada via, além de oferecer
vigilância e assegurar que os espaços sejam iluminados e
confortáveis.
Ruas Atrativas
Desenhe ruas com espaços públicos de qualidade,
confortáveis e aprazíveis aos cidadãos, através de
elementos como arborização, mobiliário urbano, fachadas
ativas, iluminação, relação com o conjunto edificado, entre
outros, estimulando assim a caminhabilidade. Esses espaços
possuem um importante papel na vitalidade das cidades,
e devem acomodar diversas atividades como expressões
culturais, interações sociais, celebrações e manifestações
públicas.
Ruas Conectadas
Desenhe ruas com rotas e possibilidades de deslocamento
que permitam a permeabilidade na malha urbana,
principalmente para usuários do transporte ativo e do
transporte coletivo, criando acessos mais curtos e diretos a
comércios, serviços, espaços públicos e pontos de interesse
de maneira geral.
Ruas Multimodais
Desenhe ruas que ofereçam diversas opções de modos
de transporte, priorizando modos ativos. Uma rede de
transportes segura, eficiente e confortável para todos os
usuários proporcionam acesso confiável aos destinos, e
aumentando, assim a capacidade da rua.
17
3.
COMO
TRANSFORMAR
AS RUAS
DO RECIFE?
3.1 Transformar
ruas deve ser
prioridade
para a cidade
O processo de transformação de ruas do Recife envolve
diversos setores da gestão pública, da iniciativa privada e
da sociedade civil. Para além da conceituação e da técnica
aplicada, o desenho de ruas sustentáveis somente é possível
quando as políticas públicas voltadas para mobilidade e
transporte são apoiadas por lideranças engajadas e têm
proximidade com as necessidades e anseios da comunidade
que deve co-participar de todos os passos do processo de
construção das transformações.
As intervenções destinadas à transformação das ruas
do Recife tem como objetivo a melhoria da qualidade
do espaço para seus usuários, com base nos princípios
de sustentabilidade, segurança viária e equidade. As
transformações propostas, sejam intervenções curta e média
duração ou permanentes, devem ter a sua configuração
alinhada com estes objetivos dentro das limitações físicas
e de recursos disponibilizados pela cidade. Neste sentido, é
fundamental compreender os impactos positivos e negativos
na qualidade de vida das pessoas, decorrentes das decisões
de planejamento, gestão, implantação e preservação dos
espaços das ruas a serem transformadas.
É importante que sejam priorizadas intervenções
em áreas que apresentem necessidades preeminentes,
fundamentadas em evidências coletadas nas bases de
dados disponíveis na cidade. Tais como: vulnerabilidades
socioeconômicas, índices de sinistros de trânsito, altas
densidades populacionais desassistidas, dificuldades de
acessibilidade e mobilidade, além de áreas que apresentem
deficiências ambientais e de saúde pública. Estes dados
devem ser avaliados, se possível, de forma georreferenciada
20
COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
3.2 Reunindo
parceiros
relevantes
O envolvimento dos parceiros é uma das etapas mais
importantes do processo. O trabalho em conjunto com
diversos atores do poder público e com membros da
sociedade civil, tende a trazer resultados mais assertivos
em intervenções de desenho de ruas, sobretudo quando
estes envolvidos assumem participação efetiva no processo,
identificando-se com as soluções aplicadas. As decisões
devem ser tomadas em conjunto, aproximando a gestão
pública e a comunidade que utiliza a rua a ser transformada
todos os dias.
Relacionamos abaixo alguns parceiros que devem
fazer parte deste processo colaborativo, que podem
variar de acordo com a amplitude do contexto local a ser
transformado:
21
3.
22
COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
3.3 Os tipos de
transformação
de ruas
As transformações de ruas são classificadas em 3
(três) tipos diferentes: Curta duração, Média duração e
Permanentes. Podem variar principalmente de acordo com
o custo, a durabilidade, as ferramentas de implantação
e os objetivos técnicos. Porém, aplicando-se as melhores
práticas no processo de implantação e buscando a atuação
compartilhada da gestão da cidade com a população, as
premissas de fomentar a sustentabilidade, trazer equidade
ao espaço e principalmente promover a segurança viária
podem ser fortalecidas em todos os casos.
23
3.
duração
Horas/Dias
características
Baixo custo
Baixa durabilidade
Implementação rápida em
questão de horas
principais objetivos
técnicos
manutenção
Não necessita de manutenção
e os materiais aplicados
devem ter possibilidade de
remoção após a realização da
transformação.
coleta de dados
Contagens básicas,
questionários e dados de
velocidades antes e depois da
implementação podem ajudar
a construir o apoio, aprimorar
o desenho e fundamentar a
futura implementação.
24
COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
→ Criação de espaço
público com extensão
da Praça Nossa Senhora
de Fátima, Rosarinho
(Recife), utilizando o
urbanismo tático. Foto:
Samuel Caetano/CTTU
25
3.
TRANSFORMAÇÕES PERMANENTES
As intervenções permanentes utilizam materiais com maior
durabilidade, garantindo a consolidação de ruas seguras
e sustentáveis a longo prazo. Os benefícios prospectados
para as comunidades, observados através dos dados e das
métricas analisadas, sobretudo evidenciados através de
intervenções de curta ou média duração, podem ter a sua
qualidade estrutural aprimorada por meio da construção
permanente dos espaços co-criados e testados. Permitem
pouca margem para ajustes e demandam recursos mais
expressivos da cidade. Nesses casos, são executadas obras
de infraestrutura com materiais construtivos.
Podem ser oportunidades de transformação permanente
do espaço:
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COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
duração
Anos/Permanente
características
Custo elevado
Materiais permanentes
Desenhada para durar
por longos períodos sem
necessidade de ajustes
principais objetivos
técnicos
manutenção
A manutenção deve ser
incluída nos planos contínuos
da cidade.
coleta de dados
Esse tipo de projeto possibilita
uma coleta de dados de longo
prazo durante vários anos.
27
3.
3.4 Estratégias
de desenho
de ruas
Para que haja um alinhamento entre os princípios para
transformação de ruas e os projetos em desenvolvimento
pela cidade é importante que sejam estabelecidas
estratégias de desenho consonantes, que resultem em novas
relações de uso do espaço, adequadas às necessidades mais
prementes da cidade e niveladas tecnicamente entre todos
os parceiros envolvidos, sobretudo a comunidade.
As estratégias de desenho devem sempre ser visitadas,
desde a construção da visão conceitual do projeto, de modo
a garantir que as melhores práticas de desenho de ruas,
alinhadas com os objetivos de promover a segurança viária,
a equidade do espaço e a sustentabilidade ambiental sejam
adequadamente aplicadas.
Abaixo estão relacionadas 5 estratégias de desenho
de ruas, elencadas de acordo com as características
ambientais das ruas do Recife e com o potencial funcional
ao qual se destinam, que podem servir como um ponto de
partida para estimular a consonância estratégica das ruas
a serem transformadas com os princípios que as norteiam,
descritos na seção 2.2 deste manual.
28
COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
29
3.
existência de patrimônio preservado, pela proximidade de
destinos importantes, pelo uso do solo e suas adjacências
e por sua densidade. As ruas são espaços que catalisam
drasticamente as mudanças em bairros ou que realçam,
protegem e melhoram o existente no local. Conforme o
contexto muda, os usos do solo e densidades direcionam
as transformações do espaço e norteiam as prioridades
do projeto.
3.5 As etapas da
transformação
de ruas
O processo de transformação de ruas pode ser estruturado
de várias formas, a depender do tipo da transformação. O
diagrama abaixo resume em 15 passos simples, alinhados
com as melhores práticas e com evidências implementadas
em Recife, um roteiro de atividades que precisam ser
verificadas e cumpridas para a implementação de
transformações de sucesso.
É importante lembrar que o trabalho deve ser
colaborativo e envolver diversas instâncias da gestão
pública, da sociedade civil e principalmente da comunidade
que será beneficiada com a transformação. Envolver
todos os parceiros, desde os primeiros passos do processo
e ter um corpo técnico multidisciplinar colaborando
ativamente com a construção do trabalho potencializará a
capacitação coletiva e o escalonamento das intervenções
com maior eficiência.
30
COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
31
3.
32
COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
33
3.
34
COMO TRANSFORMAR
AS RUAS DO RECIFE?
35
4.
DESENHANDO
RUAS PARA
PESSOAS
38
pedestres ciclistas
Pessoas que se deslocam a Pessoas que utilizam bicicletas
pé pelas ruas, com ou sem para se locomover. Necessitam
deficiência, cadeirantes, de infraestruturas adequadas,
skatistas, utilizando patins, sinalizadas, seguras e
entre outros, são os usuários conectadas, como as ciclovias,
mais vulneráveis do espaço ciclofaixas, e ciclorrotas, que
público e necessitam de encoraje seu uso por pessoas
locais acessíveis e seguros, de todas as idades.
que ofereçam diversidade
visual, permeabilidade
das fachadas de edifícios,
respeito à escala humana e
proteção contra intempéries.
motoristas e motociclistas
de veículos individuais
passageiros de transporte
motorizados
público coletivo ou
individual São as pessoas que
São os usuários de conduzem veículos individuais
ônibus convencional e motorizados na cidade. Estão
complementar, BRT, metrô incluídos os condutores de
ou táxi. A existência de automóveis privados ou de
áreas de embarque e aluguel, veículos de duas ou
desembarque acessíveis, três rodas, fretados, ônibus
alinhadas à demanda local, de turismo, transporte
são fundamentais para o escolar e motoristas de
uso seguro e igualitário a aplicativo. O desenho urbano
todos os usuários. As faixas das ruas e cruzamentos
exclusivas e prioritárias devem proporcionar um
oferecem aos passageiros deslocamento seguro entre
um serviço ágil, eficiente e os veículos motorizados,
previsível, aumentando a pedestres e ciclistas.
confiabilidade e preferência
do usuário pelo sistema.
39
4.1
40
UMA VARIEDADE
DE USUÁRIOS
41
4.
4.2 Comparação
entre
diferentes
usuários
Tendo em vista as dimensões do espaço ocupado por
diferentes usuários, o pedestre, o ciclista e o transporte
público coletivo ocupam espaços mais proveitosos e devem
ser priorizados no desenho urbano. As infraestruturas
dedicadas a esses usuários oferecem espaços mais
seguros, econômicos e sustentáveis, de modo que as ruas
multimodais sejam capazes de acomodar mais pessoas.
Nesse contexto, alguns aspectos a respeito dos usuários
da rua devem ser levados em consideração no desenho
urbano, tais como:
escala e tamanho
3m
1m 5m
1m
2m ← Área envoltória operacional para diferentes
1m usuários e veículos.
42
espaço ocupado
50 m2 100 m2 36 m2 400 m2
capacidade
←
1 Veículos motorizados de uso privado
600 - 1.600/hora
5 Calçada
8.000 - 9.000/hora
43
4.
velocidade e movimento
massa e vulnerabilidade
44
4.3 Desenhando
ruas
caminháveis
Historicamente, no processo de planejamento urbano
moderno, as vias foram tratadas apenas como locais
de passagem, com nível de prioridade dado para o
transporte individual motorizado. Entretanto, o urbanismo
contemporâneo apresenta uma mudança de paradigma
nos princípios de planejamento e desenvolvimento
urbano, introduzindo um caráter mais sustentável,
e, especificamente em relação à mobilidade urbana,
priorizando o pedestre, pessoas com deficiência e o
transporte público coletivo.
A mudança de paradigma da priorização do transporte
ativo sobre o modo motorizado individual tem como
principal motivação o fato de que, segundo a ONU,
70% da população mundial viverá em área urbana até
2050, fazendo da urbanização uma das tendências mais
transformadoras do século XXI. Populações, atividades
econômicas, interações sociais e culturais, assim como
impactos ambientais e humanitários, estão cada vez mais
concentrados nas cidades, trazendo enormes desafios para
a sustentabilidade em termos de habitação, infraestrutura,
serviços básicos, segurança alimentar, saúde, educação,
empregos, segurança e recursos naturais, entre outros
(ONU, 2017). Assim, grande parte dos esforços que deverão
ser desprendidos para minimizar efeitos negativos advindos
da alta concentração no tecido urbano serão voltados para
as vias. Desse modo, cabe ao poder público municipal a
aplicação de seus instrumentos de planejamento urbano,
como o Plano de Mobilidade Urbana do Recife, para lidar
com tais questões (Lei Municipal nº 18.887/2021).
A partir de uma gradativa priorização dos transportes
motorizados, a caminhabilidade nos espaços públicos, nas
últimas décadas, vem sendo negligenciada na implantação
45
4.3
46
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
0,7m 1m
larg x com
0,7 x 1m
47
4.3
Calçadas
48
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
parâmetros Recomenda-se
utilizar larguras de 2m; Nos
casos de ruas estreitas, o mínimo
permitido é 0,70 m, salvo as
exceções.
49
4.3
3,9m 5m
50
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
5,4m 7,1m
51
4.3
estratégia
Alargamento de calçadas
52
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
Casos especiais
> Calçadas em áreas com inclinação elevada
Na cidade do Recife, 67,43% de seu território se configura
como área de morro. E, nela, concentra-se o maior
percentual da população recifense (IBGE,2010). Posto isso, o
redesenho de calçadas em regiões de grande declive devem
ser planejadas, elaboradas e executadas considerando
a redução de riscos e severidade de sinistros de trânsito
e também garantindo espaços agradáveis, seguros,
sustentáveis e com acessibilidade universal.
As rampas de acesso devem estar localizadas na faixa
de serviço, deixando, portanto, a faixa livre de circulação
sem degraus, batentes, ou obstáculos que possam impedir
ou dificultar a autonomia das pessoas durante seus
deslocamentos.
Considerando as dimensões existentes das calçadas e a
complexidade destas áreas, é importante adotar algumas
estratégias, como o alargamento de calçadas e redução
de velocidade para proporcionar espaços acessíveis e
confortáveis, exemplificados no capítulo Transformações de
Ruas. Nestes casos, considerados exceções, é permitido um
mínimo absoluto de 0,90m de faixa livre para calçadas de
até 1,50 m de largura total, e 0,45m de faixa de serviço. Além
disso, os trechos de calçada com necessidade de comportar
rampas e degraus devem apresentar uma dimensão
mínima de 0,70m como faixa de acesso aos imóveis. Em
ruas estreitas, recomenda-se a pedestrianização ou o
compartilhamento da rua em nível como forma de garantir a
acessibilidade.
→ Prolongamento da
calçada através da
intervenção de urbanismo
tático no Jardim Monte
Verde, Recife. Foto: Lumos
Estúdio/GDCI
53
4.3
→ Rua compartilhada
entre veículos, pedestres e
ciclistas com moderação
de tráfego, em Bogotá,
Colômbia. Foto: GDCI
54
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
55
4.3
56
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
Grau de inclinação. Área plana no topo da rampa. Utilizadas para prevenir riscos
de tropeços.
parâmetros Deve ter parâmetros Deve ter a mesma
inclinação máxima de 8,33% e largura da faixa livre da parâmetros Deve ter a mesma
acabamento antiderrapante. calçada. inclinação da rampa.
57
4.3
→ Tipo de rampa para
pedestres na calçada ≥ 1,2m
01. Fonte: ABNT, 2020a.
Adaptação: ICPS, 2020.
i ≤ 8,33%
i ≤ 8,33% i ≤ 8,33%
i ≤ 8,33%
≥ 1,2m
i ≤ 8,33%
i ≤ 8,33% i ≤ 8,33%
58
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
→ Rampa de acesso
de veículos na calçada.
Fonte: ABNT, 2020.
Rampa Rampa
59
4.3
→ Rebaixamento do meio
fio em postos de gasolina
e abastecimento de
combustíveis. Adaptação:
ICPS, 2020
3m
1,8m
1,8m
1,8m
1m
0,5m
0,75m
Piso podotátil direcional
Saída
0,5m
1m
1m
0,5m
0,75m
Acesso
0,5m
1m
60
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
estratégia
Calçadas contínuas
← Londres,
Reino Unido.
Fonte: GDCI
61
4.3
62
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
Travessias e Pontes
63
4.3
12
64
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
15
65
4.3
→ Angulação. Adaptação:
NACTO, 2018
Raio da
esquina
Distância da
travessia
reduzida
√ - velocidade segura
66
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
67
4.3
68
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
estratégia
Prolongamento de esquinas
↑ Alargamento das esquinas na Rua Padre Teófilo Tworz, Recife. Foto: Daniel
Tavares/PCR
69
4.3
70
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
71
4.3
→ Travessia elevada
na Av. Alfredo Lisboa
(Recife), possibilitando
acessibilidade adequada.
Foto: Irandi Souza/PCR
72
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
→ Travessia em diagonal,
São Paulo. Foto: GDCI
73
4.3
74
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
→ Travessia elevada em
meio de quadra na Rua
das Oficinas, Recife. Foto:
Lumos Estúdio/GDCI
75
4.3
→ Semáforo de pedestres
na Rua Padre Nóbrega,
Recife. Foto: Josenildo
Gomes/CTTU
76
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
Sendo:
Tt = tempo de travessia (s)
Lp
Tt = Vt = velocidade do pedestre na travessia [m/s]
Vt Lp = largura da pista [m]
> Pontes
As pontes são elementos fundamentais na mobilidade urbana
do Recife, que surgiram a partir da necessidade de expansão
da malha urbana, conexão dos espaços e deslocamento
de pessoas, visto que a cidade é cortada por corpos
d’água. Além disso, as pontes são consideradas elementos
marcantes na paisagem recifense, que passaram por
diversas transformações, de usos e materiais, adaptando-se
às necessidades dos usuários no decorrer do tempo.
Localizadas em diversas áreas da cidade, possuem
diversas tipologias e materiais, com características
históricas e modernas. Podemos classificá-las em:
77
4.3
pontes com espaços reservados para pontes com espaços reservados para
pedestres, ciclistas, e veículos individuais pedestres, ciclistas, transporte público e
motorizados veículos individuais motorizados
78
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
art. 37°, § 4° • Os
De acordo com a Lei Municipal N°18.887/2021, devem
projetos, a implantação, haver espaços destinados ao pedestre na implantação ou
requalificação e requalificação de pontes, tendo como objetivo garantir a
reconstrução de pontes,
viadutos, passarelas, segurança, acessibilidade e promover a caminhabilidade. É
túneis, trincheiras e importante assegurar a faixa livre para a caminhada a pé,
demais elementos
de transposição de visto que a ponte é uma continuidade da calçada, assim
obstáculos físicos, como iluminação e sinalização, tornando o percurso mais
naturais ou não, devem
permitir espaço destinado
seguro e confortável para o pedestre.
ao pedestre, segregado Recomenda-se que as pontes se tornem mais eficientes
do espaço destinado aos através da divisão proporcional do espaço de acordo com
veículos motorizados,
atendendo às normas a demanda local. Assim, mais pessoas e mais modos de
técnicas em vigor sobre a transporte podem atravessar. Isso é possível através de
largura da faixa mínima de
circulação sem obstáculos
algumas ferramentas e estratégias, como por exemplo,
para pedestres; implantação de uma faixa prioritária para o transporte
público, garantia da faixa livre de circulação de pedestres
nas calçadas, infraestrutura cicloviária, entre outras.
79
4.3
→ Arborização na Av. Gov.
Agamenon Magalhães
(Recife) contribuindo com
a mobilidade ativa. Foto:
Antônio Henrique/CTTU
80
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
81
4.3
1m
2m < 1,5 m (calçada) 1,55 m (faixa livre) 2m
≥ 0,5 m ≥ 0,5 m
(calçada)
0,45 m (alegrete)
arborização
na faixa flexível
(vaga) (vaga)
calçadas com largura menor que 1,50 m calçadas com largura entre 1,50 m – 2,00 m
Dimensões do alegrete Utilizar a largura da Dimensões do alegrete 0,45m x 1,00m,
vaga como dimensão ideal para o alegrete, e admitindo-se 0,45m x 0,45m, quando da
para o comprimento utilizar de 1,00 - 2,00, dando existência de obstáculos, a critério do órgão
preferência a dimensões maiores para garantir o competente;
plantio de árvores de grande porte também.
Distância mínima entre o eixo do fuste da
Distância mínima entre o eixo do fuste da muda e a muda e a aresta externa das guias 0,50m;
aresta externa das guias 0,50m;
Porte arbóreo indicado Árvores de pequeno
Porte arbóreo indicado Árvores de médio ou porte.
grande porte a depender de análise das espécies
projetadas.
1m
1,5 m (faixa livre)
2,5 m
(calçada)
3,5 m (faixa livre)
1 m (alegrete)
2m 5m
(calçada)
1,5 m (alegrete)
calçadas com largura entre 2,00 m – 2,50 m calçadas com largura acima de 2,50 m
Dimensões do alegrete 0,65m a 1,00m x 1,00m, Dimensões do alegrete 1,00m a 2,00m x 2,00m,
admitindo-se seções quadradas a partir de 0,65m admitindo-se seções quadradas a partir de 1,00m x
x 0,65m, quando na existência de obstáculos, a 1,00m, quando da existência de obstáculos, a critério
critério do órgão competente; do órgão competente;
Distância mínima entre o eixo do fuste da muda e a Distância mínima entre o eixo do fuste da muda e a
aresta externa das guias 0,50m; aresta externa das guias 0,50m;
Porte arbóreo indicado Árvores de médio ou Porte arbóreo indicado Árvores de grande e médio
pequeno porte a depender de análise das espécies porte. Em locais com edificações sobre o paramento,
projetadas. preferencialmente as de médio porte.
82
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
→ Arborização em
canteiro central na Rua
Othon Paraíso, Recife.
Foto: Josenildo Gomes/
CTTU
→ Caramanchão no
Parque do Caiara, Recife.
Foto: Josenildo Gomes/
CTTU
> Caramanchão
São elementos com presença de vegetação que
proporcionam sombra, como por exemplo, o caramanchão,
tornando o espaço mais convidativo e confortável, gerando
áreas de caminhada, estar, descanso e abrigo, contribuindo
para a paisagem urbana e na redução da sensação térmica.
83
4.3
estratégia
Faixa flexível
← Criação de área
de permanência com
prolongamento da
calçada na vaga de
estacionamento,
Guayaquil, Equador.
Foto: GDCI.
← R. Astronauta Neil
Armstrong, Casa Amarela
(Recife). Foto: Josenildo
Gomes/CTTU.
84
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
Mobiliário Urbano
Conjunto de móveis e equipamentos de uso coletivo
presentes nos espaços públicos, que possibilita ambientes
de estar e permanência, gerando apropriação do espaço
urbano. Além disso, a presença de mobiliários urbanos
proporciona conectividade, segurança e conforto ao usuário,
estimulando o deslocamento a pé.
Os elementos devem ser planejados de forma adequada
a cada localidade, levando em consideração as dinâmicas
urbanas existentes e as pessoas que utilizam o espaço,
assim como as novas oportunidades de uso.
2
7
5
8
so
aces
a de
faix
3
o
r viç
e se
ad
faix
4 Paraciclo
5 Abrigo de ônibus, taxi, metrô
85
4.3
86
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
vre
a li
faix 1,5
0m
al >
centr
teiro
can
→ Ordenamento e
manutenção dos
mobiliários e da
vegetação na Av. Rio
Branco, Recife. Foto:
Wesley D'Almeida/PCR
87
4.3
> Tipos de mobiliários
mobiliário urbano de apoio direto à mobilidade a pé
88
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
89
4.3
mobiliário urbano com outras funções e conectividade
90
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
Iluminação pública
A implantação de iluminação adequada gera mais
segurança e conforto para os deslocamentos a pé e
permanência nos espaços públicos. As ruas devem oferecer
iluminação dedicada aos modos ativos, de maneira a
evitar áreas de penumbra. Assim, cria-se um ambiente
mais acolhedor para o desfrute público, otimizando o
aproveitamento do espaço e da cidade.
A iluminação coerente para pedestres e ciclistas pode
ser estruturada com um poste/mobiliários próprio ou pode
compartilhar espaço nos postes de iluminação das faixas de
rolamento, respeitando a faixa de serviço, e até mesmo estar
fixado nas fachadas dos edifícios, a depender da situação.
Sempre que possível, a fiação aérea deve ser substituída
pela subterrânea, a fim de garantir mais segurança para os
pedestres.
91
4.3
Nos casos em que a arborização prejudicar a iluminação
da área de pedestres, causando áreas de escuridão, deve-se
utilizar a iluminação em segundo nível. Os focos de luz para
as calçadas devem ser considerados, pois evitam poluição
lumínica e pontos escuros. Os casos devem ser analisados
individualmente para garantir que o nível adequado de
luminância seja provido aos transeuntes.
A faixa de travessia em vias arteriais e coletoras deve
contar com Iluminação noturna dedicada. Nas travessias em
meio de quadra, pode-se utilizar iluminação adicional para
chamar mais a atenção do condutor.
Para enfatizar ainda mais a presença da passagem de
pedestres, pode-se empregar lâmpadas com temperaturas
de cor diferentes das outras que iluminam a pista de
rolamento. Nas travessias em desnível, a iluminação é
fundamental para a segurança e conforto do pedestre, pois
proporciona maior visibilidade aos motoristas.
Para a implantação da iluminação nos espaços públicos,
recomenda-se seguir as orientações da NBR 5101 (ABNT,
2018a):
92
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
→ Iluminação pública na
Rua da Moeda, Recife.
Foto: Josenildo Gomes/
CTTU
Sinalização e informação
O sistema de sinalização para o pedestre é um equipamento
que tem como objetivo favorecer o deslocamento a pé,
informando aos usuários sobre rotas e volume de pedestres.
Além de priorizar o pedestre, a sinalização reafirma a
identidade do bairro e proporciona segurança e confiança
ao caminhar.
93
4.3
94
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
→ Fachada ativa em
edifício na Rua do
Riachuelo, Recife.
Foto: Josenildo Gomes/
CTTU
95
4.3
96
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
97
4.3
↑ Intervenção no Jardim
Monte Verde (Recife).
Foto: Lumos Estúdio/
GDCI.
98
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
↑ Intervenção do Largo
Dom Luiz (Recife). Foto:
Lumos Estúdio/GDCI
99
4.3
↑ A iniciativa Criançada
na Rua faz parte do
Programa de Educação
para Mobilidade, em
parceria entre CTTU,
BIGRS e ABRACICLO -
Av. Marquês de Olinda,
Recife. Foto: Josenildo
Gomes/CTTU
100
DESENHANDO
RUAS CAMINHÁVEIS
→ Intervenção na Rua
das Oficinas, Recife. Foto:
Lumos Estúdio/GDCI
101
4.
↑ Intervenção na Rua
das Oficinas, Recife. Foto:
Josenildo Gomes/CTTU
↑ Intervenção na Rua
das Oficinas, Recife. Foto:
Josenildo Gomes/CTTU
102
4.4 Desenhando
ruas cicláveis
103
4.4
TIPOS DE BICICLETAS
As bicicletas possuem diferentes dimensões que podem
variar de acordo com sua finalidade. Alguns tipos de
bicicletas são:
2,0 a 2,5 m
1,8 a 2,2 m
1,8 a 2,2 m
2,0 a 2,5 m
1,8 a 2,2 m
1,8 a 2,2 m
Veículos mais comuns, não Veículos que possuem Veículo com três ou quatro
motorizados e de trilha única compartimento para carga, podem rodas, são utilizados para lazer e
ter diferentes formas e dimensões, comportam mais de duas pessoas.
e ser de duas ou três rodas.
104
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
→ Ciclofaixa na Praça
Nossa Senhora de Fátima,
Recife. Foto: Andrea Rego
Barros/PCR
105
4.4
ciclovia
2m 1m 3m 1m
unidirecional bidirecional
Permite a circulação dos ciclistas em apenas um Permite a circulação dos ciclistas nos dois sentidos.
sentido.
Utilizar a largura de 3 m para faixa útil da ciclovia, e
Utilizar a largura de 2 m para a faixa útil da ciclovia, 1 m para o buffer.
e 1 m para o buffer.
Obs.: Em casos excepcionais, utilizar como referência
Obs.: Quando não houver largura suficiente na via, a regulamentação do Contran.
recomenda-se a redistribuição ou supressão da faixa
de tráfego. Em casos excepcionais, utilizar como
referência a regulamentação do Contran.
106
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
ciclofaixa
2m 1m 3m 1m
unidirecional bidirecional
Permite a circulação dos ciclistas em apenas um Permite a circulação dos ciclistas nos dois sentidos.
sentido.
Recomenda-se utilizar a largura de 3 m, e 1 m para
Recomenda-se utilizar a largura de 2 m, e 1 m para o buffer.
o buffer.
Obs.: Em casos excepcionais, utilizar como referência
Obs.: Em casos excepcionais, utilizar como a regulamentação do Contran.
referência a regulamentação do Contran.
107
4.4
espaços compartilhados
calçada partilhada
A infraestrutura configura
como ciclofaixa na calçada,
separada fisicamente do tráfego
de veículos motorizados, no
nível da calçada ou a um nível
intermediário. A prioridade das
calçadas é dos pedestres, desta
forma, este tipo de espaço deve
conter sinalização específica e
só deve ser implantada caso seja
garantida a largura mínima da
faixa livre dos pedestres.
108
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
3,6m 3m
109
4.4
DETALHAMENTO DE DESENHO
Infraestrutura unidirecional ou bidirecional
Para garantir a mobilidade dos ciclistas, quando possível,
devem ser implantadas estruturas cicloviárias bidirecionais
nas ruas. Elas promovem a continuidade dos trajetos,
evitando desvios de rota, levando em consideração o fator
de deslocamento humano como esforço físico. Entretanto,
existem fatores na cidade que inviabilizam sua implantação,
como limitações físicas e velocidade da via. Nestes casos
recomenda-se a utilização de infraestrutura unidirecional.
Quando implantadas as estruturas unidirecionais
devem ser previstos tratamentos nas interseções como: o
prolongamento das esquinas para encurtar as distâncias;
a adequação dos raios de giro para melhorar as manobras
dos ciclistas; e a implantação de área de espera (bike box).
Esses tratamentos serão detalhados mais adiante.
110
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
111
4.4
↑↗ Rua dos Palmares e às ruas e aos lotes, como estacionamento e garagens, em
Rua da Aurora, Recife.
Fotos: Andrea Rego
pontos comerciais.
Barros/PCR No Brasil, assim como em outros países de urbanização
mais recente, é comum que a maior parte dos lotes priorize
o acesso veicular, muitas vezes com longos trechos de
guia rebaixada. Esta configuração é extremamente
prejudicial aos modos ativos por impedir a arborização e
sombreamento de calçadas e ciclovias, implantação de
mobiliário urbano e por aumentar os conflitos entre veículos,
pedestres e ciclistas. A alteração deste padrão de ocupação
deve ser gerida pela cidade, mas pode levar muitos anos
para se efetivar.
112
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
113
4.4
→ Av. Gov. Agamenon
Magalhães, Recife. Foto:
Josenildo Gomes/CTTU
> Passarelas
Como mencionado no capítulo anterior, as passarelas não
são recomendadas, devem ser tecnicamente justificadas e
evitadas quando possível. Quando implantadas em casos
específicos, como por exemplo, vias expressas, travessia de
rios ou outras barreiras naturais.
1. A inclinação da passarela deve atender a NBR 9050 de
acessibilidade universal, que define a inclinação para
todas as pessoas, adequando-se também aos ciclistas.
2. Recomenda-se possuir faixas de deslocamento para
ciclistas (ciclovias ou ciclofaixas) caso seja garantida uma
largura mínima de 2,50 m de faixa livre para circulação
de pedestres ao longo do percurso da infraestrutura de
conexão.
3. A infraestrutura para ciclistas deve ser bidirecional e com
largura mínima de 2,50 m.
4. Para a construção de passarelas, devem ser
consideradas prioritariamente as linhas de desejo de
pedestres e ciclistas, procurando encurtar suas rotas de
deslocamento e facilitar o acesso destes a diferentes
usos na cidade, justificando tecnicamente a implantação
do projeto a partir de metodologias validadas pelo órgão
responsável.
114
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
115
4.4
3 8
1
5
6
7
2
4
Várias são as vantagens que os cruzamentos protegidos proporcionam, dentre elas: redução de
velocidade, espaço de espera para ciclistas e melhoria das condições de visibilidade entre ciclista
e motorista.
116
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
4 5
1
Cruzamentos desprotegidos são quando a estrutura cicloviária não é separada dos demais
veículos. Nestes casos, técnicas de redução de velocidade de giro e novas fases semafóricas
para os demais veículos podem complementar o projeto. Essas técnicas incluem, nas esquinas,
pequenas lombadas modulares ou estreitamento da via onde os veículos realizam os giros em
baixas velocidades. Além disso, devem ser implantadas sinalizações adequadas, como o bike
box, por exemplo, que pode ser usado para indicar a prioridade na espera e partida da bicicleta
(elemento cicloviário que auxilia também nas conversões à esquerda, são indicadas em ruas de
sentido único)
117
4.4
3
2 5
O ponto onde uma estrutura cicloviária cruza uma rua local é uma zona de transição entre um
ambiente de velocidade moderada e uma rua de velocidade muito baixa. Esse cruzamento bem
projetado dá a todos - pessoas dirigindo, pedalando e caminhando - uma indicação clara de
que ciclistas e pedestres têm prioridade ao atravessar a rua local. Muitas interseções em ruas
principais não têm travessias para pedestres em ruas locais. Dispositivos de controle de tráfego,
como sinais, são incomuns.
118
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
Prolongamento das esquinas, raios de giro compactos e elementos elevados podem reduzir
as distâncias de travessia de pedestres e aumentar a visibilidade, mantendo velocidades
de conversão baixas e criando um ambiente geral mais seguro para todos. Elementos de
desenho, como ilhas de refúgio, jardineiras, estacionamento de bicicletas na rua ou estações de
compartilhamento de bicicletas, também ajudam nesse sentido.
A rua em nível e o espaço compartilhado com ciclistas indicam aos motoristas que estão
entrando em um ambiente de baixa velocidade e, portanto, devem dar preferência aos modos
ativos de deslocamento.
↑ Interseção
semaforizada com grupo
focal para o ciclista na Av.
Cruz Cabugá e Rua dos
Palmares, Recife. Foto:
Josenildo Gomes/CTTU
119
4.4
→ Área de espera para
bicicletas (bike box)
mín. 5 m mín. 5 m
Vantagens:
A posição adiantada diminui possibilidade de sinistros de
trânsito, reduzindo o número de colisões entre automóveis que
realizam conversões e ciclistas que seguem em linha reta;
Os ciclistas ganham vantagem na arrancada, fato
importante para ajudar na estabilidade ao retomar a
pedalada, reduzindo sua vulnerabilidade no trânsito;
Aumenta a visibilidade dos motoristas, evitando que os
ciclistas parem em pontos cegos do veículo;
Cria maior distância entre os veículos e as faixas de
pedestre, garantindo maior segurança àqueles que utilizam
o modo a pé para o deslocamento, diminuindo as invasões
dos motoristas sobre a faixa.
Aplicação:
Deve ser utilizada somente em ciclofaixas unidirecionais no
mesmo sentido do fluxo de veículos motorizados e em área
de cruzamento semaforizado. Pode também ser usada para
dar continuidade a ciclofaixa que muda de lado na pista.
Sua demarcação tem pintura total vermelha, com
comprimento mínimo de 5,00m a partir da linha de retenção
destinada a bicicletas, de acordo com o Manual de
Sinalização Cicloviária (CONTRAN, 2022e).
120
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
→ Sinalização cicloviária
quando houver guia
rebaixada de acesso de 2,0 Guia Rebaixada - GR 2,0
veículos
Tachão
↓ Sinalização cicloviária
quando houver guia
rebaixada de acesso de
veículos e estacionamento
adjacente ao lote.
2,0 2,0
121
4.4
Paradas de ônibus
No bordo direito da via, costumam circular os ônibus e as
bicicletas, ocasionando conflitos na operação de embarque
e desembarque dos usuários do transporte coletivo e, desta
forma, gerando riscos para os ciclistas. Para minimizar este
problema, devem ser consideradas, sempre que possível, as
seguintes premissas:
1. Manter a continuidade no percurso dos ciclistas e
pedestres, considerando o percurso natural segundo
características do local, os critérios de engenharia e a
acessibilidade universal.
2. Separar a passagem dos ciclistas da área de embarque
e desembarque dos usuários do transporte coletivo.
Recomenda-se, em alguns casos, a implantação de
estrutura cicloviária no lado oposto à parada de ônibus.
122
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
tipo a
parada com avanço no leito viário
2,80 m (mín)
3,60 m (recom.) 3m
plataforma
123
4.4
tipo b
parada com avanço no leito
viário e no alinhamento da
estrutura cicloviária
3m
2,8 m (mín.)
3,6 m (recom.)
parada
de ônibus
2,2 m (mín.)
3 m (recom.)
124
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
tipo c1
estrutura cicloviária bidirecional
na frente da parada de ônibus
(com buffer)
1,5 m
(mín)
área de desembarque
125
4.4
tipo c2
3m estrutura cicloviária bidirecional
na frente da parada de ônibus
(sem buffer)
2,4 m
faixa
livre
126
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
tipo d1
estrutura cicloviária unidirecional
na frente da parada de ônibus
(com buffer)
2m
1,2 m (mín)
2 m (recom.)
1,5 m
(mín)
área de
desembarque
127
4.4
tipo d2
estrutura cicloviária unidirecional
na frente da parada de ônibus
(sem buffer)
2m
128
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
exceções
2,2 m (mín.)
3 m (recom.)
2m tipo 2
2,5 m (mín) faixa ciclável interrompida pela
área de embarque e desembarque
baia
do ônibus
129
4.4
Elementos segregadores
Com o objetivo de promover segurança para os ciclistas,
recomenda-se a utilização de elementos que separem
a faixa de rolamento da faixa ciclável, cujos principais
exemplos são:
desnível canteiros
Elemento segregador que separa o espaço Elementos segregadores construídos,
da ciclovia e a faixa de rolamento em níveis possuindo vegetação ou não. Com esse tipo de
diferentes. Com esse tipo de segregação o segregação o ciclista se sente mais seguro em
ciclista fica protegido com espaço exclusivo seu deslocamento devido à separação física e
para ele. Seguindo esta lógica, quanto maior a barreira vertical.
segregação dos veículos melhor a segurança
dos ciclistas.
Sydney, Australia. Foto: GDCI Cidade do México, México. Foto: GDCI
130
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
balizadores prismas
Elementos segregadores de sinalização Elementos segregadores de sinalização
fabricados em vários materiais, comumente fabricados em material de resina. Possuem
em plástico ou ferro. Possuem diversas formas diversas formas e dimensões. Este
e dimensões. Este elemento segregador elemento segregador pode possuir maior
pode possuir maior espaçamento entre este espaçamento entre eles e, consequentemente,
e os demais, não constituindo uma barreira reduzir a segurança dos ciclistas em seus
contínua, e com isso, o ciclista se sente menos deslocamentos.
seguro em seu deslocamento.
Rua Compositor Vinícius de Morais, Recife. Foto:
Rua General Vargas, Recife. Foto: Lumos Estúdio/GDCI Josenildo Gomes/CTTU
tachões tacha
Elementos fabricados em resina, sendo mais Utilizam-se as tachas (em tamanho menor que
usual na sinalização viária. Pode ocorrer os tachões) para sinalizar as áreas de acesso
espaçamento maior entre eles e não promove de veículo ao lote.
separação vertical, trazendo menos segurança
aos ciclistas no deslocamento.
Rua da Aurora, Recife. Foto: Andrea Rego Barros/PCR Rua Treze de Maio, Recife. Foto: Josenildo Gomes/CTTU
131
4.4
Pavimentação
É recomendado oferecer infraestruturas cicloviárias cuja sua
pavimentação siga os seguintes princípios:
1. Conforto de Rolamento: uma superfície uniforme
(onde as tampas de serviços e caixa de inspeção que,
eventualmente, estiverem no percurso, estejam no
mesmo nível da ciclovia) e sem irregularidades. Quando
o pavimento possuir juntas, estas devem apresentar
apenas 3 mm de abertura, passando despercebidas pelos
ciclistas;
2. Durabilidade: infraestruturas cicloviárias, especialmente
ciclovias, devem ser projetadas para durar décadas, de
maneira a compensar o investimento e garantir qualidade
no trajeto;
3. Conforto ambiental: por encontrar-se muito próximo
ao solo, a temperatura do piso influencia bastante no
conforto e na qualidade do deslocamento. Em pavimentos
de cor clara, há menor refração de calor em relação à
pavimentos de cor escura;
4. Aderência: para evitar o escorregamento dos ciclistas,
o ideal é que o pavimento seja texturizado com leves
ranhuras feitas com a técnica de vassouramento,
escoando a água e mantendo a aderência;
5. Visibilidade Noturna: a visibilidade deve ser garantida
através de postes de iluminação e pavimentação
adequada à cada local de implantação. Pavimentos
com coloração clara proporcionam melhor visibilidade
noturna por ter maior reflexão de luz. Desta forma, o
número de pontos de iluminação pode ser reduzido e,
consequentemente, haverá economia de energia elétrica
nas áreas urbanas.
6. Piso diferenciado: recomenda-se que seja utilizado um
piso com cor (o Contran regulamenta a cor vermelha),
desenho e/ou material diferente tanto com relação
ao espaço destinado a pedestres quanto a veículos
motorizados.
132
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
133
4.4
padrão i
0,20 a 0,30
mín. 0,10
Espaço cicloviário delimitado por uma linha vermelha com largura mínima de 0,10m para
contraste, acompanhado das marcas longitudinais (branca ou amarela), sendo um padrão
adotado em áreas de patrimônio histórico.
padrão ii
0,20 a 0,30
Espaço cicloviário caracterizado pela pintura vermelha de contraste ocupando toda a largura útil
dos ciclistas, acompanhado das marcas longitudinais (branca ou amarela).
134
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
→ Detalhe da drenagem
no trecho com estrutura
cicloviária.
Material permeável
Canaleta permeável
135
4.4
136
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
P1 - Uso noturno
muito intenso por 20 0,30
pedestres
P2 - Uso noturno
10 0,25
intenso por pedestres
P3 - Uso noturno
pouco ou moderado 5 0,25
por pedestres
Pistas 5 0,30
137
4.4
3 a 5% - 0,20 m 0,30 m
→ Escadaria no Alto
Nossa Senhora de Fátima,
Recife. Foto: Edson
Holanda/PCR
138
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
139
4.4
Estacionamento de bicicletas
Um estacionamento para bicicletas deve estar projetado
para todos os modelos de bicicleta, de maneira segura e
cômoda, em uma área preferencialmente delimitada, em local
visível, com quantidade de vagas adequada à necessidade
local. Os estacionamentos devem ser bem distribuídos e
instalados em ambiente visível aos passantes, de maneira que
o local se torne mais seguro. Recomenda-se que o pavimento
do estacionamento, seja ele bicicletário ou paraciclo, seja
confeccionado em concreto, asfalto, lajota ou cerâmica anti-
derrapante – o pavimento não pode ser liso e escorregadio,
para evitar sinistros de trânsito. A instalação de paraciclos e
bicicletários deve ser feita de acordo com as recomendações
do Manual de Sinalização Cicloviária (CONTRAN, 2022e).
Paraciclo
→ Paraciclo na Rua do
Hospício, Recife. Foto:
Edson Holanda/PCR
140
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
> Localização
> Material
141
4.4
> Infraestrutura
110 cm
75 cm
Raio:
125 a 200 mm
Diâmetro mínimo
50 mm
75 cm
Base de fixação Apoio quando necessário
150 x 150 x 6 mm ou adequado
220 cm
142
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
tipos de implantação
Lote Lote
Faixa livre Faixa livre
3,15 1,95
1,50 1,50
0,60 0,90 0,90 0,60 0,60 0,75 0,60
0,60 0,60
1,25
0,60
1,95 0,75
0,60 0,70
Faixa de serviço
3,15
143
4.4
Bicicletários
→ Bicicletário da PCR.
Foto: Josenildo Gomes/
CTTU
144
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
Compartilhamento de bicicletas
Conhecido mundialmente como Bike Sharing, o Sistema
de Bicicletas Compartilhadas é uma forma de transporte
personalizado que tem o potencial de diminuir os impactos
do transporte motorizado, aumentar a mobilidade urbana
e promover a intermodalidade. Consiste no aluguel ou
empréstimo de bicicletas nos núcleos urbanos, incentivados
geralmente pela administração pública, podendo ter o
intermédio da iniciativa privada que fornece o serviço
através de concessão pública.
O serviço disponibiliza uma frota de bicicletas para
uso público, de forma gratuita ou por meio de tarifas
145
4.4
146
DESENHANDO
RUAS CICLÁVEIS
147
4.
≥ 3m
Praça
148
4.5 Desenhando
ruas com
prioridade para
o transporte
público
149
4.5
150
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
→ Intermodalidade entre
estação de bicicletas
compartilhadas e parada
de ônibus próximo à Praça
da República, Recife. Foto:
Josenildo Gomes/CTTU
151
4.5
152
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
ônibus
Transporte complementar
brt
153
4.5
metrô
vlt
154
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
→ Pistas exclusivas
para transporte público
coletivo na Av. Conde da
Boa Vista, Recife. Foto:
Josenildo Gomes/CTTU
155
4.5
→ Pista exclusiva de
ônibus na Av. Sul, Recife.
Foto: Josenildo Gomes/
CTTU
156
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
157
4.5
→ Parada de ônibus da
Av. Conde da Boa Vista,
Recife. Foto: Andrea Rego
Barros/PCR
158
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
Sistemas inteligentes
Alguns recursos tecnológicos permitem otimizar o
transporte público coletivo como:
• Mecanismos com horário em tempo real: informações
de chegada e partida, em tempo real, aumentam a
legibilidade e confiabilidade, reduzem o tempo de
viagem, facilitam o planejamento de viagens complexas
e melhoram a satisfação dos usuários. Disponibilizar
informações deste tipo em locais que atendem diversas
rotas, ajuda a orientar sobre serviços e destinos. Podem
ser exibidas em telas coloridas, sinalização de LED ou
disponibilizadas por telefone, SMS ou via internet. De
forma gratuita, devem permitir o desenvolvimento de
ferramentas de planejamento on-line de viagens para
aplicativos de computadores e dispositivos móveis.
• Semáforo atuado: equipamentos que priorizam o
transporte coletivo, aumentam sua eficiência, pois
reduzem o tempo de espera. Funcionam na aproximação
dos veículos de transporte coletivo que ativam esses
semáforos para reduzir o tempo de vermelho ou alongar
as fases verdes. Podem ser aplicados em corredores
frequentes, que indicam o tempo dos estágios
semafóricos para velocidades e progressos reais,
causando pouco impacto sobre a lentidão dos veículos
motorizados. As progressões de baixa velocidade também
beneficiam os ciclistas, aumentando o tempo para
atravessar, assim reduzindo os sinistros.
• Máquinas de venda de bilhetes: são equipamentos que
agilizam a compra das passagens antes de acessar os
veículos. Devem ser utilizadas em grande número, exibir
informações claras sobre o processo de compra, permitir
várias formas de pagamento e utilizar sinais visuais e
outros idiomas para atingir um público mais amplo.
159
4.5
Funcionamento de
semáforo atuado →
Sinalização do sistema
Para garantir o bom funcionamento do transporte público
coletivo é importante que as informações relacionadas ao
sistema sejam claras e objetivas para seus usuários. As rotas
e horários devem ser exibidos em mapas fixados em todas as
paradas e estações, mostrando informações como destino,
tempo de viagem, frequência e pontos de transferência
modal. Deve ser totalmente inclusivo, recomenda-se a
utilização de sinais visuais e outros idiomas para atingir um
público mais amplo, além da conexão das informações em
aplicativos de dispositivos móveis.
→ Painel piloto em
abrigo de ônibus na Av.
Paulista - São Paulo.
Foto: BAND, 2014
160
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
Mobiliário
São elementos que auxiliam o sistema de transporte público
coletivo, como:
• Abrigo de transporte coletivo: devem ser estruturas
confortáveis (com assentos para os passageiros e
proteção contra intempéries), que garantam a circulação
das pessoas com carrinhos e em cadeiras de rodas.
Quando a calçada for larga e garantir as faixas livres para
trajetos, devem ser usadas cobertura e divisórias verticais
para oferecer abrigo contra o tempo. As divisórias
devem ser transparentes para proporcionar segurança e
visibilidade aos passageiros que aguardam.
• Assentos: como forma de reforçar a acessibilidade
dos sistemas de transporte coletivo a usuários idosos
e com limitações físicas, os assentos podem ser estar
dentro de abrigos de transporte coletivo ou como
elementos independentes na zona de comodidades da
calçada, e devem ter encostos totais ou parciais. Devem
ser organizados de modo a manter a faixa livre para
pedestres e zonas de embarque desobstruídas.
• Lixeiras: as paradas e estações de transporte coletivo
podem atrair grandes volumes de pessoas, que às vezes
comem, bebem, leem ou participam de outras atividades
enquanto aguardam. Deve ser fornecido lugares para
descarte de resíduos a fim de reduzir os requisitos totais
de manutenção e manter os espaços limpos e organizados.
161
4.5
Iluminação
Normalmente fornecidas em postes junto ao meio-fio,
as luzes de rua alimentadas pela rede elétrica devem
ser conectadas pelo subsolo. Quando o fornecimento de
eletricidade não for confiável, deve ser considerado um
sistema autônomo de energia solar. As luzes de rua podem
ser programadas para funcionar apenas em determinados
horários da noite ou ser ativadas automaticamente por
fotocélulas. A coordenação com a iluminação em escala de
pedestres é importante para garantir um ambiente seguro.
162
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
163
4.5
1 2 3
164
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
10,60 m
165
4.5
Paradas e estações
As calçadas são a interface entre as paradas de ônibus e
o transporte público. Nelas, há aglomeração de pessoas
aguardando pelo embarque e transeuntes que passam pela
parada (movimento de permanência e de passagem). Sendo
assim, é necessário oferecer proteção e informação, como
elementos físicos de abrigo ou de identificação da parada,
ao mesmo tempo que é preciso garantir livre circulação aos
que transitam. Diante dessa demanda, é importante seguir
as seguintes recomendações:
Deve haver reforço da Quando não houver dimensões Na faixa de serviço, para
infraestrutura da calçada suficientes para atender à todos os tipos de pontos de
(faixa livre, de serviço e de uma faixa livre de no mínimo ônibus, o ponto mais extremo
acesso) na área da parada 1,80m, deve-se prever uma da coberta do abrigo deve
de ônibus, conforme descrito largura de pelo menos 1,20m distar, pelo menos, 0,90m do
na parte Ferramentas de para circulação de pedestres limite do meio fio, devido à
Otimização do Transporte - mediante justificativa necessidade de espaço para
Público Coletivo. e aprovação do órgão o ônibus em movimento. Se
responsável. possuir obstáculo aéreo dentro
dos 0,90m, este deve estar em
uma altura acima de 3,50m.
largura comprimento
166
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
167
4.5
paradas na faixa
10 m
168
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
paradas em ilha
Parada de ônibus
Pista
Calçada
169
4.5
SINALIZAÇÃO VIÁRIA
Segundo o CTB (1997), o órgão executivo de trânsito
do Município é o responsável pela implantação de toda
a sinalização viária urbana, inclusive a destinada ao
transporte público coletivo, seguindo uma padronização
nacional. Como já mencionado, as faixas de circulação desse
modo de transporte podem ser exclusivas ou preferenciais e
a sinalização vai variar de acordo com o tipo de marcação.
Sinalização Horizontal
> Marcação de faixa exclusiva
Delimita um espaço da rua para a circulação do transporte
público coletivo.
• Faixa exclusiva no contrafluxo: faixa destinada à
circulação de ônibus em sentido oposto ao dos demais
veículos. Sua implantação ocorre através da pintura de
duas linhas paralelas contínuas na cor amarela largura (l) e
espaçamento (d) entre elas variando entre 0,10 m e 0,15 m.
• Faixa exclusiva no fluxo: faixa destinada à circulação de
ônibus no mesmo sentido do fluxo dos demais veículos.
Sua implantação ocorre através da pintura de uma linha
contínua na cor branca, com largura (l) que varia entre
0,20 m e 0,30 m.
170
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
→ Faixa exclusiva no
contrafluxo.
0,20 a
0,30 m
→ Marcação de faixa
preferencial.
0,20 a
0,30 m
171
4.5
SINALIZAÇÃO VERTICAL
Dependendo do uso destinado a faixa de circulação
do transporte público coletivo, deverá ser implantada
sinalização vertical específica para este uso.
→ Faixa exclusiva
na Rua Visconde de
Jequitinhonha, Recife.
Foto: Igor Gomes/PCR
Sinalização de Regulamentação
> Circulação exclusiva de ônibus
A placa utilizada informa aos usuários do espaço urbano
que a rua, pista ou faixa é de circulação exclusiva de
ônibus. Tem validade a partir do ponto onde é implantado,
devendo ser repetido após acessos significativos, até o final
da circulação exclusiva, determinada com a informação
complementar “Término”.
Quando utilizado para regulamentar a circulação
exclusiva em determinada(s) faixa(s), deve vir acompanhado
de informação complementar, como horário, dias da
semana, tipo de linha ou serviço e seta de controle de faixa.
Recomenda-se a utilização de mensagem complementar
como CIRCULAÇÃO EXCLUSIVA DE ÔNIBUS ou SÓ ÔNIBUS.
172
DESENHANDO RUAS COM PRIORIDADE
PARA O TRANSPORTE PÚBLICO
→ Sinalização
Regulamentar, Código
R-32 - Circulação
exclusiva de ônibus.
Sinalização de Advertência
> Sinalização especial para faixas ou pistas exclusivas de
ônibus
Quando houver necessidade de alertar aos usuários da rua
as condições de restrições existentes, quer sejam permanentes
ou eventuais, deve ser utilizada sinalização específica.
→ Exemplos de
sinalização especial de
advertência.
ÔNIBUS
NO CONTRAFLUXO
A 100m
PISTA EXCLUSIVA
DE ÔNIBUS
A 150m
FIM DA FAIXA
EXCLUSIVA
A 150m
173
4.
4.6 Desenhando
ruas com
circulação
segura
de veículos
motorizados
174
Portanto, segundo a Lei Municipal nº 18.887/2021, o
Município deverá adotar, ao longo dos anos, medidas
para promover a progressiva redução do uso dos veículos
motorizados individuais paralelamente ao incentivo no
↓ Rua Dr. João Santos
Filho, Recife. Foto: Andrea
uso do transporte público coletivo e nos modos ativos de
Rego Barros/PCR deslocamento.
175
4.6
176
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
2018
60%
40%
20%
0%
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Velocidade de impacto (km/h)
→ Velocidade x distância 30
de parada. Crédito: km/h
NACTO, 2018
0 5m
Velocidade
40
km/h
0 18 m
50
km/h
0 25 m
Distância de parada
177
4.6
→ Interseção da Av. Gov.
Agamenon Magalhães
com a Rua Paissandu,
Recife. Foto: Samuel
Caetano/CTTU
Rua de faixas
múltiplas com
semáforos e Vias expressas
Veículos Espaço Ambiente separação para e condições
estacionados compartilhado Rua de bairro urbano bicicletas rurais
178
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
179
4.6
Faixa de tráfego
180
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
3,3
m
1
3m
1
3m
2
1
2,5 ,8 a 1
m m
2,1
m
181
4.6
Raios de giro
182
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
Antes Depois
183
4.6
→ Interseção desenhada
de acordo com o veículo
de projeto - Rua Frei
Cassimiro com a Rua
do Pombal, Recife. Foto:
Diego Nigro/PCR
184
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
Visibilidade
185
4.6
→ Ângulo de visão do
veículo motorizado.
Adaptação: NACTO, 2018
186
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
Motociclistas
187
4.6
Gestão da velocidade
velocidade-alvo
velocidade de projeto
188
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
estratégias operacionais
189
4.6
estratégias operacionais
190
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
estreitamento de faixa
estreitamentos de via
raios de esquina
191
4.6
tratamento de portal
192
DESENHANDO RUAS COM CIRCULAÇÃO SEGURA
DE VEÍCULOS MOTORIZADOS
minirrotatórias
alterações no pavimento
193
4.
4.7 Desenhando
ruas eficientes
para operação
de carga e
fornecimento
de serviço
As ruas com presença de lojas, fábricas, hotéis e outros
tipos de serviços exercem uma função fundamental para
a vitalidade e funcionamento da cidade, entretanto, esses
usos possuem necessidades específicas relacionadas ao
abastecimento de suas mercadorias. Esse tipo de atividade
tem influência direta no desenho da rua, visto que os
veículos de carga são maiores do que os automóveis comuns
e demandam espaços exclusivos para a carga e descarga de
mercadorias.
A regulamentação e informações de operação desses
serviços para cada área deve ser disponibilizada na internet,
e seguir as diretrizes como prevê o Art. 54, da Lei Municipal
Nº 18.887/2021:
194
Da Política Municipal de Mobilidade Urbana (PMMU)
Subseção V - Da Política Setorial do Transporte de Carga:
→ Veículos de limpeza
urbana da Cidade do
Recife. Foto: Daniel
Tavares/PCR
195
4.7
196
DESENHANDO RUAS EFICIENTES PARA OPERAÇÃO
DE CARGA E FORNECIMENTO DE SERVIÇO
Veículos parados Espaço Rua urbana Apenas fora de horário de pico em rua
para carga compartilhado de múltiplas faixas com semáforo
veículos comerciais e
caminhões leves
197
4.7
2,5 m 7-11 m
2,5 m 15-18 m
Planejamento estratégico
É necessário que sejam desenvolvidos planos municipais
que regulamentem e gerenciem o transporte de carga a
fim de aumentar sua eficiência e reduzir os impactos no
funcionamento da cidade e no cotidiano das pessoas. Os
planos municipais devem conter restrições de horário,
identificar rotas prioritárias de caminhões para acesso local,
transferências regionais, e restrições de rotas. Assim como
define a Lei Municipal Nº 18.887/2021.
198
DESENHANDO RUAS EFICIENTES PARA OPERAÇÃO
DE CARGA E FORNECIMENTO DE SERVIÇO
→ Restrição de circulação
dos veículos de carga no
Cais José Mariano, Recife.
Foto: Josenildo Gomes/
CTTU
I - Porto do Recife;
II - Aeroporto Internacional dos Guararapes - Gilberto
Freyre;
III - Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco
- CEASA;
IV - Distrito Industrial do Curado.
199
4.7
200
DESENHANDO RUAS EFICIENTES PARA OPERAÇÃO
DE CARGA E FORNECIMENTO DE SERVIÇO
201
4.7
FERRAMENTAS
Avenida da Saudade, Recife. Foto: Guilherme Camillo Bogotá, Colombia. Foto: GDCI
O acesso de veículos de carga a áreas urbanas Os rebaixos de meio-fio para acesso de veículos
adensadas deve ser restrito a períodos fora grandes devem ser cuidadosamente planejados
de horários de pico, como o início das manhãs em conjunto com outros usos e não podem
ou o final das noites. As restrições de horário diminuir a acessibilidade universal. Recomenda-
limitam os conflitos com outros usuários se a presença de um espaçamento mínimo
da rua, reforçam a segurança, reduzem entre os diversos rebaixos e limite sua largura
congestionamentos e, por fim, facilitam total para reduzir o impacto de portões de
melhores operações de entrega e aumentam a garagens. Deve haver restrição dos rebaixos de
eficiência. meio-fio em ruas de altos fluxos de pedestres e
vias destinadas à corredores de serviços.
202
DESENHANDO RUAS EFICIENTES PARA OPERAÇÃO
DE CARGA E FORNECIMENTO DE SERVIÇO
GEOMETRIA VIÁRIA
6m
2,5-3,0 m 10 m
3,3 m
8-10 m
203
5.
SERVIÇOS E
INFRAESTRUTURA
206
SERVIÇOS E
INFRAESTRUTURA
5.1 Infraestrutura
verde
Contempla os sistemas de drenagem de águas pluviais por
canalização e as águas residuais. Ela reduz a pressão nesses
sistemas através da infiltração ou evaporação, melhorando
a qualidade do ambiente urbano. Reduzindo infiltrações,
simultaneamente essa infraestrutura oferece um alívio
natural ao ambiente construído, melhora a estética da rua e
traz benefícios à comunidade.
Para esse tipo de infraestrutura devem ser consideradas,
no planejamento, as características do solo, além de
ações coordenadas para evitar conflitos entre os serviços
e utilidades, a existência de lençóis freáticos elevados e
as condições subterrâneas como a localização de leitos
rochosos. Alguns processos envolvidos na infraestrutura
verde podem ser observados na figura da página seguinte.
Com relação à localização da infraestrutura verde, o
acesso dos pedestres e as saídas de emergência devem
ser assegurados e adequados às calçadas. São algumas
considerações:
• Canteiros centrais ou laterais: dependendo da declividade
da rua e das condições do solo, a infraestrutura verde
ajuda no escoamento das superfícies impermeáveis
adjacentes e podem sombrear estruturas cicloviárias
quanto implantadas nos canteiros centrais.
• Faixas verdes na calçada: desde que assegurada a área
de deslocamento do pedestre, recomenda-se, ao longo da
calçada, tiras contínuas ou descontínuas, compostas por
elementos como canteiros de árvores, valas de irrigação,
jardins de chuva e pisos permeáveis.
• Extensões do meio-fio: ajudam a distribuir áreas menores
de infraestrutura verde, como jardins de chuva e canteiros
de árvores. São exemplos as entradas de rua, avanços
de parada de ônibus ou até áreas entre as vagas de
estacionamento (ver Faixa Flexível, p. 84).
207
5.
208
SERVIÇOS E
INFRAESTRUTURA
209
5.
5.2 Benefícios da
infraestrutura
verde
AMBIENTAIS
Biodiversidade
As espécies nativas que compõem a paisagem verde das
ruas, oferecem habitat para pássaros, insetos e outros
elementos da fauna, promovendo, assim, a biodiversidade.
Além disso, a vegetação nativa é mais adaptada à
localidade e às suas frequências de chuvas.
Irrigação passiva
A infraestrutura verde direciona melhor as águas pluviais,
reduz a necessidade de rega manual e favorece a umidade
do solo.
210
SERVIÇOS E
INFRAESTRUTURA
Hidrologia natural
Em certos locais, quando implantada a infraestrutura verde,
como é o caso dos jardins de chuva, as águas pluviais são
melhor tratadas antes de sua absorção pelo lençol freático.
Gestão de fluxo
O risco de erosão do solo pode ser reduzido com a retenção
do escoamento em áreas ajardinadas e a desaceleração da
taxa de fluxo nas áreas de captação.
Qualidade do ar
Dentre outros benefícios ambientais, a vegetação otimiza a
qualidade do ar e reduz a emissão de gases do efeito estufa,
muito importante principalmente para as crianças que são
mais sensíveis e mais afetadas pela poluição do ar. Espécies
mais eficazes para reter poluentes são as de folhas com
grande área de superfície e altas taxas de transpiração.
Resfriamento urbano
As árvores, através do sombreamento e da evaporação/
transpiração, juntamente com a infraestrutura verde,
reduzem significativamente as temperaturas urbanas sendo
adotadas também como forma de prevenção de intensas
ondas de calor, que afetam particularmente as crianças e os
adultos mais idosos.
211
5.
SOCIAIS
Incentivo a atividades ao ar livre
Com recobrimento verde ocorre o incentivo a prática
de atividades ao ar livre, como recreação e atividades
esportivas.
Projeto paisagístico
Com a criação de áreas verdes ocorre a complementação
do ambiente construído, suavizando a aparência das
superfícies e proporcionando um aspecto visual mais
agradável.
Saúde mental
A infraestrutura verde pode promover melhoria da saúde
física e mental ao criar espaços públicos convidativos e ao
↓ Parque das Graças
Lúcia Moura, Recife. Foto:
incorporar elementos naturais, que são muito importantes
Rodolfo Loepert/PCR principalmente para o desenvolvimento infantil.
212
SERVIÇOS E
INFRAESTRUTURA
ECONÔMICOS
Longevidade da infraestrutura
Como mencionado, a infraestrutura verde complementa o
ambiente construído e estende a sua vida útil, formada por
elementos como bacias coletoras e tubulação de drenagem.
Energia
Com a implantação da infraestrutura verde, as
temperaturas locais diminuem e ocorre o sombreamento
das superfícies das construções, reduzindo, desta forma, a
demanda de refrigeração predial e o consumo energético.
Valorização imobiliária
Com as mudanças estéticas e melhoria no conforto
ambiental, propriedades localizadas em ruas arborizadas
são 30% mais valorizadas do que em ruas não arborizadas
(NACTO, 2018).
213
6.
INSPIRAÇÕES
PARA A
TRANSFORMAÇÃO
DE RUAS
216
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
a. Calçadão
2. RUAS COMPARTILHADAS
3. RUAS MULTIMODAIS
4. CORREDORES MULTIMODAIS
6. CONDIÇÕES ESPECIAIS
a. Ruas históricas
b. Ruas de morro
c. Ruas de orla
d. Escadarias
e. Espaço público
f. Ruas escolares
217
6.
218
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
1. Ruas para
pedestres
As ruas exclusivas para pedestres desempenham um papel
importante na malha viária de uma cidade acessível e
agradável. Elas priorizam a circulação das pessoas de todas
as idades e capacidades, permitindo que usufruam a cidade
sem competir com outros modos de transporte.
Esses espaços incentivam as pessoas a circularem
em seus próprios ritmos e oferecem instalações que as
convidam a parar e passar um tempo ao ar livre. Além disso,
desafogam áreas urbanas adensadas, ativam espaços
subutilizados e impulsionam o comércio local. Dependendo
do contexto, podem permitir o acesso local de veículos em
velocidades muito baixas e/ou horários controlados.
Quer sejam becos, ruas estreitas ou amplas, residenciais
ou comerciais, as ruas para pedestres operam como parte
de uma rede formada por ruas, parques e espaços públicos
da cidade, oferecendo opções de espaços abertos de
qualidade e uma variedade de experiências urbanas.
As ruas para pedestres devem ser igualmente distribuídas
pelos bairros da cidade, oferecendo oportunidades para
interação social, recreação ativa, vivência saudável e uma
melhor qualidade de vida para todos. Entretanto, essa
tipologia deve ser avaliada levando em consideração o
contexto urbano e as diretrizes de planejamento da área.
219
1.a. Calçadão
condições existentes
As áreas históricas,
formadas por vielas e
ruas estreitas construídas
em um período anterior
à utilização dos veículos,
trazem grande potencial
para a pedestrianização e a
transformação urbana.
Ver 6.a. Ruas históricas.
Via 12 m
220
Algumas vias são estratégicas
para o deslocamento de
pedestres pela cidade,
melhorando a permeabilidade
urbana.
221
1.a. Calçadão
recomendações de projeto
Postes e luminárias
adaptados à escala do
pedestre, assim como luzes
de fachadas, devem ser
instalados para garantir a
segurança e a iluminação
uniforme do ambiente.
Recomenda-se o
plantio árvores de
médio e grande porte
e a inclusão de outras
estruturas que garantam
sombreamento.
Via 12 m
Vel. 0 km/h
222
Baias de carga e descarga e
área dedicada ao embarque e
desembarque de pessoas com
mobilidade reduzida devem
ser consideradas. O acesso
de veículos de carga deve ser
restringido a períodos fora de
horários de pico.
A distribuição de mobiliário
urbano, pontos de descanso
e contemplação, assim como
infraestrutura verde, suportes
de bicicleta, bebedouros e
lixeiras deve ser proporcional
ao volume de pedestres.
Isto garante identidade e
incentiva atividades e eventos
(especialmente desejada em
longos eixos).
223
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Avenida Rio Branco está localizada no Bairro nivelamento do piso e mudanças na circulação,
do Recife, área central da cidade que resulta o fechamento da rua para veículos motorizados
de um processo histórico de aterros e cortes permitiu que os bares e restaurantes pudessem
de solo, hoje correspondendo a uma área ampliar suas áreas de fachada e acrescentar
aproximada de 102 ha que foi transformada de mesas e cadeiras, tornando o ambiente
maneira permanente. Sua pedestrianização mais atrativo, melhorando economicamente
teve como principal objetivo fomentar o uso a região. O fechamento de algumas ruas
do espaço urbano público da cidade do Recife do entorno nos fins de semana e feriados
pela população, por meio da criação de áreas incentiva a apropriação e utilização do espaço
de permanência, com bancos, floreiras e público pelos pedestres e ciclistas. Nesse
jardineiras, melhorando a sensação térmica do contexto, a Avenida Rio Branco se consolida
ambiente; e do estímulo ao transporte ativo, como um espaço de permanência de referência
com estações de bicicletas compartilhadas, na cidade.
paraciclos e ciclofaixa de lazer. Além do
224
RUAS PARA
PEDESTRES
ano de implantação
2016
endereço
Avenida Rio Branco, Bairro do Recife,
Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Urbanização do Recife (URB)
• Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana
do Recife (EMLURB)
• Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano
do Recife (CTTU)
• Instituto da Cidade Pelópidas Silveira (ICPS)
resultadoS
• 2.367 m2 de área da rua, antes dedicada ao
tráfego motorizado, foi transformada em
área exclusiva para circulação de pedestres
e ciclistas.
• 06 novos estabelecimentos no segmento de
gastronomia e lazer antes desativados na
Avenida Rio Branco foram abertos após a
intervenção (de 2016 até 2022).
• 32 vagas de estacionamento foram
suprimidas para dar espaço ao pedestre.
225
6.
226
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
2. Ruas
compartilhadas
No Recife, várias ruas estreitas e com significativa
circulação de pedestres e ciclistas já atuam informalmente
como ruas compartilhadas nos horários de pico ou em áreas
congestionadas. Uma vez removidas as distinções formais
entre os espaços exclusivos dedicados a pedestres, ciclistas
e veículos motorizados, a rua é compartilhada por todos e os
usuários tornam-se conscientes em relação aos demais.
O contexto formal de rua compartilhada deve ser
considerado em situações com alto fluxo de pedestres e/ou
ciclistas, e onde os volumes de veículos são baixos ou podem
ser desestimulados. Em situações em que a largura das vias
for demasiadamente estreita para permitir a acessibilidade
universal das calçadas ou infraestruturas exclusivas para
ciclistas, a seção transversal da rua pode ser redesenhada
a fim de permitir circulação segura para todos os usuários e
uma grande variedade de atividades.
As ruas compartilhadas têm a circulação de pedestres
e ciclistas como prioridade, e ainda que os desenhos
possam variar em função do contexto local, os materiais
de pavimentação e a alocação dos espaços indicam que a
circulação de automóveis é desincentivada.
Em zonas comerciais, as ruas compartilhadas podem
colaborar significativamente para o aumento de espaços
públicos, adicionando vitalidade e incentivando atividades
por meio de áreas de alimentação ao ar livre, áreas
de descanso e contemplação, e melhoria do conforto
térmico. Ao mesmo tempo, em áreas residenciais, as
ruas compartilhadas tornam-se extensões dos quintais,
proporcionando locais de encontros entre vizinhos, áreas
para brincadeiras de crianças e comunidades mais coesas
e fortalecidas. O compartilhamento torna as ruas mais
seguras para todos os usuários.
227
2.a. Rua residencial de convívio
condições existentes
Via 10 m
228
As ruas residenciais ou mistas,
com baixo fluxo veicular, são
ocupadas majoritariamente
por veículos estacionados,
prejudicando a segurança de
quem utiliza a rua, sobretudo
as crianças.
Árvores esparsas ou
inexistentes e iluminação
não uniforme tornam a rua
pouco atrativa aos pedestres
em dias quentes ou insegura
durante à noite.
229
2.a. Rua residencial de convívio
recomendações de projeto
Recomenda-se a utilização
de elementos de moderação
de tráfego como portais de
entrada, balizas, tratamento
de piso, deflexões verticais
e horizontais para incentivar
a sensação de ambiente
compartilhado. Ver 4.6 Gestão
da velocidade.
Via 12 m
Vel. 20 km/h
230
Mobiliário, paisagismo, piso
com diferentes texturas e
cores, postes e sinalização
devem ser utilizados para
demarcar claramente
os espaços reforçando a
prioridade do pedestre.
231
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
Localizadas na zona norte do Recife, no viário para circulação. A rua foi transformada
subúrbio da cidade, as Ruas Ida e Ana de maneira temporária em sentido único de
são ruas locais da Comunidade da Vila do circulação, com criação de chicana e área
Burity. Predominantemente residenciais, as para estacionamento de veículos. Também
ruas servem de quintal pros moradores, e recebeu sinalização de compartilhamento
são espaços para encontros entre vizinhos, para circulação dos pedestres, o que foi
brincadeira de crianças e o trajeto para as possibilitado pela redução da faixa de rolamento
escolas do bairro. e readequação da velocidade para 20 km/h.
A Rua Ida, onde há uma escola estadual, Já na Rua Ana, além da velocidade
é bastante percorrida por estudantes, e readequada, foi mantido o sentido duplo
não contava com calçada em um dos lados de circulação, a pedido dos moradores,
da via. Além disso, duas faixas de tráfego e e a sinalização foi renovada, incluindo a
sentido duplo de circulação para os veículos implantação de lombadas para controle de
motorizados criavam condições inseguras para velocidade, o que potencializa o uso da rua
os moradores e estudantes que utilizavam o leito como espaço de convívio.
232
RUAS
COMPARTILHADAS
ano de implantação
2022
endereço
Rua Ida e Rua Ana, Macaxeira, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultadoS
• Redução da velocidade de 30 km/h para 20
km/h.
• Faixa de rolamento reduzida de 6 m para 3 m
na Rua Ida.
233
2.b. Rua residencial com ciclorrota - Opção 1
condições existentes
Via 14 m
Vel. 30 km/h
234
Árvores esparsas ou
inexistentes e iluminação
não uniforme tornam a rua
pouco atrativa aos pedestres
em dias quentes ou insegura
durante à noite.
235
2.b. Rua residencial com ciclorrota - Opção 1
recomendações de projeto
Para tornar a rua mais segura para As calçadas devem ser desenhadas
todos e permitir o compartilhamento prevendo rampas de acessibilidade e
da via entre motoristas e ciclistas, a faixas livres de pedestres contínuas e
faixa de tráfego deve ser reduzida à desobstruídas.
largura máxima de 3m. Ver 4.6 Faixas
de Tráfego.
Os ciclistas podem circular
com segurança no tráfego
misto quando as ruas são
projetadas para velocidades
de até 30 km/h e com
demarcações de uso prioritário
de ciclistas.
Incentive velocidades seguras Ver 4.6 Visibilidade.
utilizando estratégias de
moderação de tráfego
combinadas com sinalização
clara dos limites de velocidade.
Via 14 m
236
Áreas adicionais dedicadas à
circulação de pedestres devem
ser consideradas sempre que
houver disponibilidade de
espaço ou a quantidade de
vagas de estacionamento
possa ser reduzida.
237
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
O Parque das Graças está localizado na zona Foram implantadas áreas de brincadeira com
norte do Recife, às margens do Rio Capibaribe equipamentos para a primeira infância junto à
e faz parte do Projeto Parque Capibaribe. orla do rio, separadas por calçada partilhada
Teve como objetivo qualificar as ruas que se (pedestres e ciclistas) e por faixa de paisagismo.
conectam ao rio, promovendo a caminhabilidade Além disso, uma ciclorrota garante o acesso
pelo bairro. O projeto ativou espaços públicos de ciclistas e veículos motorizados ao parque.
e criou conexões com os espaços verdes, Faixas estreitas bem delimitadas e o piso
promovendo a recuperação ambiental, a intertravado incentivam velocidades seguras,
mobilidade não motorizada e a integração proporcionando a boa convivência entre
sócio-espacial de maneira permanente. motoristas e ciclistas.
238
RUAS
COMPARTILHADAS
ano de implantação
2022
endereço
Avenida Beira Rio, Graças, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Urbanização do Recife (URB)
• Secretaria de Desenvolvimento, Ciência,
Tecnologia e Inovação (SEDECTI)
• Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano
do Recife (CTTU)
• Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
através da INCITI - Pesquisa e Inovação para
as Cidades
resultado
• 200m de espaço recuperado para pedestres
e ciclistas
239
2.b. Rua residencial com ciclorrota - Opção 2
condições existentes
Via 13 m
240
Há necessidade de
implantação de estrutura
cicloviária, por demanda de
ciclistas no local.
241
2.b. Rua residencial com ciclorrota - Opção 2
recomendações de projeto
Via 13 m
Vel. 30km/h
242
A transformação deste tipo
de rua com a implantação
de calçadas mais largas e
acessíveis de ambos os lados
compensam a falta de recuos
das edificações e inclinações
de piso.
Estratégias de infraestrutura
verde por meio do uso de
pisos permeáveis, jardins de
chuva e arborização devem
ser incorporadas garantindo o
conforto térmico e aumentando
a capacidade de drenagem de
águas pluviais da via. Ver 5.1
Infraestrutura verde.
243
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
Localizada no bairro da Bela Vista, a Rua protegida por estacionamento no contra
Conde de São Joaquim representa uma fluxo, garantindo permeabilidade e segurança
importante conexão na rede cicloviária da para os ciclistas em ambos os sentidos, e
cidade de São Paulo – a conexão da região incentivando velocidades seguras.
central ao eixo da Av. Paulista. Trata-se de Para assegurar o compartilhamento
um rua de sentido único, com duas faixas seguro da via entre ciclistas e motoristas,
veiculares, baixo volume de veículos e alta houve redução para apenas uma faixa de
demanda por estacionamento em ambos os tráfego mais estreita, o limite de velocidade
lados. Considerando essas características, foi ajustado para 30 km/h e foi implantado um
optou-se pela implantação de ciclorrota buffer entre a faixa de estacionamento e a
no sentido da via e ciclofaixa unidirecional ciclofaixa no contrafluxo.
244
RUAS
COMPARTILHADAS
ano de implantação
2021
endereço
Rua Conde de São Joaquim, Bela Vista,
São Paulo, Brasil
atores envolvidos
• Secretaria de Mobilidade e Transportes
(SMT)
• Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)
• Câmara Temática de Bicicleta (CTB)
• Subprefeitura da Sé
• Associação Comercial
resultado
• 168 m de nova infraestrutura cicloviária,
viabilizando uma importante conexão para
ciclistas
245
2.c. Rua comercial compartilhada
condições existentes
Via 11 m
Vel. 40 km/h
246
Até duas faixas de tráfego
estreitas compartilhadas entre
diferentes tipos de veículos
motorizados e bicicletas.
247
2.c. Rua comercial compartilhada
recomendações de projeto
Canais de drenagem e
materiais de pavimentação
Via 11 m permeáveis devem ser
implantadas como parte de
Vel. 30 km/h estratégias de infraestrutura
verde e gestão de águas.
248
A fim de viabilizar o
compartilhamento do espaço
com ciclistas de maneira
segura, deve ser mantida
uma faixa de tráfego com no
máximo 3m de largura para
circulação de veículos.
249
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Rua da Palma
Antes Depois
descrição
Localizada no centro de Recife, a Rua da temporária, o limite de velocidade foi
Palma é uma movimentada rua comercial, reduzido para 30 km/h, as faixas de veículos
famosa pela venda de eletrodomésticos no tornaram-se mais estreitas, e as vagas de
bairro de Santo Antônio. Embora acessada estacionamento deram lugar a passeios
predominantemente a pé ou por transporte alargados, acrescentando 1020 m2 de espaço
público, a maior parte do espaço da rua era para pedestres. Em seguida, bancos, jardineiras
dedicado aos veículos (65,5%), com isso, o uso e paraciclos foram instalados para trazer
do leito viário pelos pedestres e vendedores mais conforto aos transeuntes, comerciantes
ambulantes era frequente. De fato, apenas 37% e trabalhadores da região. Para aumentar a
dos pedestres entrevistados consideravam as segurança de quem vem das ruas transversais,
condições de caminhabilidade na área boas ou novas travessias de pedestres também foram
excelentes, e 79% dos pedestres entrevistados adicionadas. Depois de sua requalificação, a
não consideravam seguro atravessar a rua. rua passou a ter uma divisão viária que prioriza
Tendo em vista a segurança dos pedestres o pedestre.
da região, a rua foi transformada de maneira
250
RUAS
COMPARTILHADAS
ano de implantação
2021
endereço
Rua da Palma, Santo Antônio, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• 65,5% do espaço era destinado a veículos
motorizados e apenas 34,5% destinado a
pedestres antes da intervenção.
• 60% do espaço da rua passou a ser dedicado
a pedestres depois da intervenção.
• 1020 m² de área recuperada para pedestres.
• 71% dos entrevistados relataram se sentir
seguros ao atravessar as ruas e 80%
descreveram como positiva a experiência
de caminhar pela Rua da Palma após a
transformação.
• 97% de cumprimento do limite de velocidade
de 30km/h pelos motoristas.
251
6.
252
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
3. Ruas
multimodais
As ruas multimodais são espaços de criação das
comunidades no interior dos bairros. Elas são a porta de
entrada dos lares, das escolas, das lojas, dos restaurantes
e extensões de parques e praças. São os lugares onde as
pessoas não apenas se deslocam, mas passam seu tempo,
as crianças brincam e os vizinhos se encontram.
Elas fornecem acesso aos serviços locais e, ao mesmo
tempo, oferecem opções de mobilidade que as conectam
com outras partes da cidade. Variando desde ruas
residenciais calmas e tranquilas, às ruas mais comerciais,
frequentemente vibrantes e agitadas, movimentam
significativos volumes de pessoas todos os dias e abrigam
feiras e eventos especiais. As áreas adjacentes, no entanto,
normalmente têm ruas mais calmas, que convidam o tráfego
a se mover a velocidades mais baixas, sendo importante
considerar a interseção com esse outro tipo de ruas.
Elementos como calçadas bem desenhadas,
infraestrutura para ciclistas, arborização de sombreamento,
medidas de moderação de tráfego e acesso a transporte
público asseguram que as pessoas se sintam convidadas a
estarem nestes espaços e livres para se deslocar utilizando
diferentes modos.
253
3.a. Rua residencial multimodal
condições existentes
Via 16 m
Vel. 40 km/h
254
Devido a rampas de acesso
de veículos aos lotes,
inclinações da via, postes de
iluminação e outros elementos
urbanos, a descontinuidade
ou inexistência das calçadas
dificultam a acessibilidade e a
experiência dos pedestres.
Árvores esparsas ou
inexistentes e iluminação não
uniforme tornam a rua pouco
atrativa aos pedestres em dias
quentes ou inseguros durante
à noite.
255
3.a. Rua residencial multimodal
recomendações de projeto
Via 16 m
Vel. 30 km/h
256
Medidas de conforto e
segurança devem ser
adotadas nas paradas
de transporte público e
nas calçadas onde estão
inseridas. Ver 4.5 Desenhando
Ruas com prioridade para o
transporte público.
Recomenda-se a implantação de
ciclofaixa bidirecional em um dos
lados, e quando não for possível
por largura limitada da via, a
ciclofaixa unidirecional.
257
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Rua Professor Francisco Trindade, próxima ao A fim de melhorar a segurança viária e
limite da cidade do Recife e de Olinda, no bairro conectar a rede cicloviária da Avenida Correia
de Campo Grande, revelou um ponto crítico de de Brito, a rua foi transformada de maneira
sinistros de trânsito em estudo realizado em temporária, cuja as faixas de rolamento foram
2022, pela CTTU: cerca de 21 sinistros entre redistribuídas e o estacionamento proibido
2017 e 2021. As largas faixas de tráfego com em ambos os lados, o que possibilitou a
estacionamento dos dois lados, juntamente implantação de um ciclofaixa bidirecional. Além
com cruzamentos amplos sem uma clara disso, os raios de giro nas interseções foram
hierarquia entre as ruas e calçadas irregulares reduzidos, o limite de velocidade foi alterado
frequentemente obstruídas, geravam situações para 30 km/h e novas faixas de pedestres
de insegurança para todos os usuários. foram implantadas.
258
RUAS
MULTIMODAIS
ano de implantação
2022
endereço
Rua Prof. Francisco da Trindade,
Campo Grande, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• Cerca de 600m de ciclofaixa foi implantada,
conectando o equipamento com a Rua
Hermínio Gomes e Avenida Correia
de Brito formando uma estrutura com
aproximadamente 1km de extensão.
• Implantação de 18 novas faixas de pedestre
e manutenção das existentes.
• Redução da velocidade de 40 km/h para 30
km/h.
259
3.b. Rua comercial de bairro
condições existentes
A ausência de árvores e
sombreamento torna a rua pouco
atrativa ao pedestre em decorrência
das altas temperaturas.
Via 20 m
260
O estacionamento irregular força os
pedestres a caminhar sobre o leito
viário e atravessar entre os carros
em movimento, ficando expostos a
veículos em altas velocidades.
261
3.b. Rua comercial de bairro
recomendações de projeto
Via 20 m
262
Vagas de estacionamento paralelo,
afastadas dos cruzamentos, e
intercaladas com extensões de
calçadas permitem que vendedores
ambulantes, mobiliário urbano, obras
de arte e arborização tenham espaço,
promovendo melhor conforto térmico e
ruas ativas e atrativas ao pedestre.
263
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Rua do Futuro
descrição
Rua emblemática da Zona Norte da cidade, a calçada com cerca de 70 metros de extensão
Rua do Futuro tem início na Rua Padre Roma e e utilizado piso intertravado, privilegiando a
término na Rua Amélia. Ela conta com edifícios travessia de pedestres à entrada do parque.
residenciais, com focos de comércio no térreo, Foram também acrescentados paraciclos e
e acesso ao Parque da Jaqueira. Como parte estações de compartilhamento de bicicletas
de transformação temporária da rua, foi próximo às entradas, além de ilhas de refúgio
implantada uma ciclofaixa com extensão de e ampliação de calçadas, promovendo a
1km a partir da retirada do estacionamento de segurança e conforto dos pedestres e ciclistas
um dos lados da via. em sua travessia e circulação.
No trecho em frente ao parque, o nível
do leito viário foi elevado ao mesmo nível da
264
RUAS
MULTIMODAIS
ano de implantação
2021
endereço
Rua do Futuro, Graças/Jaqueira, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Urbanização do Recife (URB)
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• 100,5 m² de área dedicada a pedestres foram
acrescentadas.
• Em 2015, havia um volume de 54 ciclistas/
hora na rua. Após a intervenção em 2022, o
volume passou para 288 ciclistas/hora.
265
3.c. Rua principal de comunidade
condições existentes
Via 13 m
Vel. 40 km/h
266
Calçadas estreitas e obstruídas,
além do estacionamento irregular
de veículos, forçam os pedestres
a caminhar sobre o leito viário
e atravessar entre os carros em
movimento que, por sua vez, ficam
em condições inseguras devido às
altas velocidades de veículos.
267
3.c. Rua principal de comunidade
recomendações de projeto
Via 13 m
Vel. 30 km/h
268
Visando o conforto térmico, árvores
devem ser adicionadas em pontos
estratégicos que não impeçam a
visibilidade dos pedestres e não
bloqueiem a faixa livre das calçadas.
269
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Avenida Aníbal Benévolo faz ligação entre oferece atividades educacionais e recreativas e
o bairro de Beberibe e Água Fria e consiste serviços para a população.
no principal acesso à comunidade, por onde No trecho da intervenção, adjacente
circula o transporte público que atende a tambéma creche municipal e a parada de
população local. transporte coletivo, foi feita a ampliação das
Rua de uso misto, nela há residências, calçadas e implantada travessia elevada
comércio e equipamentos comunitários, além e canteiro central, servindo como refúgio
de forte presença de pedestres que usam ajardinado para pedestres. Também foi criada
a rua para compras, convivência e acesso uma área de estar com a implantação de
ao transporte coletivo. A transformação mobiliário urbano, como bancos, lixeiras,
permanente do espaço deu-se em frente ao jardineiras e paraciclos para os moradores e
Centro Comunitário da Paz (COMPAZ), que trabalhadores da região.
270
RUAS
MULTIMODAIS
ano de implantação
2020
endereço
Avenida Aníbal Benévolo, Beberibe,
Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano
(CTTU)
• Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana
(Emlurb)
• Agência Recife para Inovação e Estratégia
(ARIES)
• Fundação Bernard van Leer
resultado
• 1.181,58 m² recuperadas para pedestres com
a ampliação de calçadas
• 322,90 m² de área ajardinada
• Redução de velocidade de 40km/h para 30
km/h
271
3.d. Rua comercial multimodal
condições existentes
São ruas centrais de bairros com forte Possuem geralmente tráfego misto
predominância de comércio, porém com compartilhado em via de mão dupla,
suas funções limitadas à circulação com uma ou duas de tráfego em cada
e ao estacionamento de veículos. direção e faixa de estacionamento.
Via 28 m
Vel. 40 km/h
272
Motoristas que costumam
estacionar sobre as calçadas e
outros obstáculos bloqueiam a
circulação de pedestres.
273
3.d. Rua comercial multimodal
recomendações de projeto
Via 28 m
Vel. 30 km/h
274
As ciclofaixas protegidas
devem ser claramente
demarcadas e protegidas do
trânsito de veículos.
275
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Rua General Vargas está localizada próximo O estacionamento foi mantido em ambos
à rodovia BR-101 e ao campus da Universidade os lados e foi implantada ciclofaixa de forma
Federal de Pernambuco (UFPE). Servindo que os automóveis estacionados protegem
de ligação entre a Rua Mauricéia e a Rua os ciclistas, garantindo maior segurança.
Lindolfo Collor, no Engenho do Meio, é um dos O projeto também propôs a realocação de
acessos a edifícios da UFPE, como a reitoria. A paradas de ônibus para áreas mais próximas à
transformação da rua foi realizada de maneira faixa de tráfego dos automóveis e transporte
temporária, utilizando o urbanismo tático, público.
as faixas de rolamento foram reduzidas para
viabilizar o alargamento das calçadas e reduzir
a velocidade dos veículos.
276
RUAS
MULTIMODAIS
ano de implantação
2022
endereço
Rua General Vargas, Engenho do Meio,
Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• Redistribuição do espaço com redução
da faixa de tráfego de 4,90m para 3,20m,
considerando o tráfego de ônibus e
manutenção de estacionamento em ambos
os lados.
• Segregação entre o estacionamento e a
ciclofaixa bidirecional de 1,00m protegida
com balizadores.
• 19 novas faixas de pedestres, ao longo da
rua, receberam tratamento com urbanismo
tático para melhoria no caminhar do
pedestre
• Parada de ônibus com espaço de espera com
embarque e desembarque de passageiros
• 600 metros de infraestrutura cicloviária
protegida
277
6.
278
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
4. Corredores
multimodais
Os corredores multimodais desempenham uma função
essencial na circulação de pessoas entre bairros e na
conexão com as áreas centrais. Neles, estão incluídas
as amplas e icônicas alamedas, as ruas de comércio em
zonas centrais e as vias de transporte coletivo. Essas
grandes avenidas são comumente pensadas para priorizar
a mobilidade de veículos motorizados em velocidades
relativamente altas, criando ambientes intimidadores aos
usuários mais vulneráveis, como pedestres e ciclistas. Elas
costumam separar bairros, diminuem a qualidade do espaço
público e reduzem o valor potencial das propriedades
adjacentes.
Por serem vias largas e contínuas dentro da cidade,
possuem um imenso potencial transformador para a
criação de corredores multimodais que costuram os bairros
separados e conectam as comunidades ao redor.
Quando o transporte sustentável é priorizado por meio
do desenho urbano, essas vias aumentam sua capacidade
de transportar um maior número de pessoas e gerar
mais espaço para outras atividades cotidianas. Elas
podem acolher atividades comerciais, espaços públicos
de qualidade e ambientes sustentáveis que beneficiam
as vizinhanças de seu entorno. Portanto, o desenho dos
corredores multimodais deve responder tanto ao contexto
imediato quanto às condições futuras desejadas.
279
4.a. Corredor multimodal mão única
condições existentes
Via 18 m
280
Veículos de transporte coletivo
bloqueiam o tráfego com frequência
para embarque e desembarque dos
passageiros.
281
4.a. Corredor multimodal mão única
recomendações de projeto
Via 18 m
Vel. 40 km/h
282
Inclusão de uma faixa exclusiva para o
transporte público coletivo, podendo
ser uma faixa demarcada ou corredor
totalmente segregado.
Ver 4.5 Infraestrutura viária para o
transporte público e geometria.
Estações de compartilhamento
de bicicletas e áreas de
estacionamento para bicicletas
ajudarão a reduzir o tráfego de
veículos e, consequentemente, a
demanda por estacionamento. Ver
4.4 Compartilhamento de bicicletas.
283
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Rua do Príncipe
descrição
A Rua do Príncipe está situada na área central Ayres, as calçadas foram ampliadas por meio
da cidade, sendo uma das principais ligações do estreitamento das faixas de rolamento dos
do subúrbio ao centro. É uma rua de uso misto, veículos, e com o recuo de parte dos lotes do
que abriga comércio, escolas e o campus Liceu Nóbrega de um lado e do estacionamento
da Universidade Católica de Pernambuco da Unicap do outro.
(Unicap), por onde circulam grande número de O alargamento das calçadas permitiu que
estudantes e funcionários destas instituições. A as árvores fossem mantidas e criou-se mais
transformação da Rua do Príncipe foi realizada espaço para a faixa livre do pedestre. Com o
de maneira permanente a fim de proporcionar projeto, foi possível criar uma área pública de
maior espaço para o deslocamento de permanência e bem-estar para a população,
pedestres no bairro, resultado da parceria com bancos, espaços para lazer e, através da
entre a Prefeitura do Recife e a Unicap através melhoria das paradas de ônibus, foi possível
do Plano Centro Cidadão (2018). No trecho oferecer melhor infraestrutura ao grande
entre as ruas Nunes Machado e Bispo Cardoso número de pedestres que circulam no local.
284
CORREDORES
MULTIMODAIS
ano de implantação
2019
endereço
Rua do Príncipe, Santo Amaro/Boa Vista,
Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Urbanização do Recife (URB)
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Universidade Católica de Pernambuco
(Unicap) - Plano Centro Cidadão (2018)
resultado
• 390m de extensão de área recuperada para
pedestres
• Calçada ampliada de 2,4m para 8,6m do
lado direito da rua
285
4.b. Corredor multimodal mão dupla
Via 36 m
Vel. 60 km/h
286
Sem faixas prioritárias ou protegidas,
ciclistas transitam pelas calçadas,
onde conflitam com pedestres, ou
em meio ao tráfego misto, onde
enfrentam congestionamentos e
veículos em alta velocidade.
287
4.b. Corredor multimodal mão dupla
Via 36 m
288
É possível manter algumas vagas de
estacionamento nas faixas flexíveis
junto ao meio-fio, desde que se
garanta a proteção da infraestrutura
cicloviária.
289
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Ciclovia Insurgentes
descrição
A Avenida Insurgentes é um eixo de conexão além de complementar a rede de ciclovias
importante da Cidade do México e abriga a existente, conectando trechos de ciclovia e
linha 1 do Metrobús (sistema de BRT da cidade ciclorrotas, também promove a integração com
que transporta milhares de pessoas por dia). o transporte público (trólebus, ônibus, metrô e
Com a chegada da pandemia provocada pelo metrobús).
vírus SARS-CoV2 (COVID-19) foi fundamental Os resultados da transformação
reduzir as aglomerações nos transportes emergencial, utilizando materiais temporários,
públicos e assim garantir uma distância segura foram tão positivos que, em 2022, a ciclovia
entre as pessoas. Insurgentes foi implantada permanentemente.
Neste sentido, em maio de 2020, como Foram realizadas melhorias no piso,
parte do Plano Gradual rumo à nova seguidas de sinalização horizontal com tinta
normalidade, o governo da Cidade do México termoplástica e barreiras plásticas próprias
e a Secretaria de Mobilidade apresentaram para segregação de infraestrutura cicloviária
o plano de implantação dos primeiros 54 chamadas 'confibici'. Além disso foram
quilômetros de ciclovias emergenciais da feitos ajustes geométricos em interseções
cidade, com o objetivo de oferecer uma conflituosas, incluindo ilhas de refúgio para
alternativa de transporte individual sustentável pedestres, marcação de baias de embarque e
e seguro, que facilitasse o deslocamento desembarque do transporte público e zonas de
com distanciamento. A primeira ciclovia carga e descarga em pontos específicos.
implantada foi a da Av. Insurgentes que,
290
CORREDORES
MULTIMODAIS
ano de implantação
2020 (temporária)
2022 (permanente)
endereço
Av. Insurgentes Sur, Cidade do México, México
atores envolvidos
• Secretaria de Mobilidade da Cidade do
México (SEMOVI)
• Secretaria de Obras e Serviços da Cidade do
México (SOBSE)
• Secretaria de Segurança Cidadã da Cidade
do México (SSC)
• Sociedade Civil
• Parceria por Cidades Saudáveis (PHC - Vital
Strategies)
• Instituto de Geografia da UNAM
resultado
• Implantação de 14,25 km por sentido de
ciclovia protegida permanente
• Aumento de 275% no número de ciclistas
• 177 mil habitantes beneficiados
• 23 bairros conectados por ciclovia
291
4.b. Corredor multimodal mão dupla
Via 36 m
292
Faixas exclusivas para o transporte
coletivo melhoram o tempo e o
desempenho da viagem, diminuindo
congestionamentos. Ver 4.5
Infraestrutura viária para o transporte
público e geometria.
293
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Götgatan, Estocolmo
descrição
Götgatan é uma rua principal no centro foram reduzidas para uma faixa em cada
de Södermalm, com escritórios, lojas e direção, e o limite de velocidade foi reduzido
restaurantes que atendem a um denso bairro de 50 km/h para 30 km/h. Além disso, a tarifa
residencial. A rua é também a principal rota de estacionamento pago foi aumentada para
para os ciclistas que vêm dos subúrbios ao sul assegurar a rotatividade.
com destino ao centro comercial da cidade.
A transformação faz parte da estratégia de Fonte: NACTO, 2018
mobilidade urbana da cidade e o espaço da
rua tem sido realocado de forma experimental,
para propiciar melhores oportunidades à vida
urbana e acesso aos ciclistas e pedestres.
O projeto contou com ampliação da largura
das calçadas com zonas para mobiliário urbano
temporário. Também foram implantadas
ciclovias mais largas e paraciclos na antiga
faixa de estacionamento. Ondas verdes de
semáforo para os ciclistas foram ajustadas
para 18 km/h com visualização por meio de
contagem regressiva. As duas faixas de tráfego
de veículos motorizados em cada direção
294
CORREDORES
MULTIMODAIS
295
4.b. Corredor multimodal de mão dupla - quadra mais longa
Via 36 m
Vel. 60 km/h
296
As calçadas estreitas tornam-se
ainda mais inseguras e inacessíveis
aos pedestres devido às frequentes
guias rebaixadas e entrada e saída
de veículos.
297
4.b. Corredor multimodal de mão dupla - quadra mais longa
Via 36 m
298
Junto ao canteiro central alargado,
uma ciclovia bidirecional protegida
pode ser implantada, assim como
ilhas de refúgio para pedestres nos
cruzamentos. Ver 4.4 Infraestrutura
cicloviária e geometria.
299
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Av. João de Barros é uma importante rua porém suas larguras foram reduzidas com o
de conexão entre a região norte e o centro objetivo de moderar a velocidade dos veículos
da cidade, possuindo diferentes seções ao e viabilizar a implantação de ciclofaixas
longo de sua extensão. No trecho entre a unidirecionais ao longo do canteiro central.
Av. Governador Agamenon Magalhães e a R. Através desse projeto, foi garantido maior
Dr. Carlos Chagas, o desenho da avenida foi acesso ao corredor, reduziu-se a velocidade dos
transformado de maneira permanente para veículos motorizados, e o espaço urbano - que
permitir a implantação de infraestrutura antes era dominado por veículos particulares-,
cicloviária e a criação de ilhas para facilitar a foi democratizado.
travessia de pedestres e ciclistas.
Com a transformação, as três faixas
de rolamento existentes foram mantidas,
300
CORREDORES
MULTIMODAIS
ano de implantação
2021
endereço
Avenida João de Barros, Espinheiro/Santo
Amaro/Boa Vista, Recife
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
resultado
• 300m de extensão de espaço recuperado
para ciclistas
• 2,70m é a nova largura da faixa de tráfego
que foi reduzida
• 01 interseção foi redesenhada (com a Rua
Dr. Carlos Chagas) para criação de uma
ilha, melhorando a travessia de pedestres e
ciclistas no cruzamento
• 01 semáforo ocasional de pedestres foi
implantado na interseção com a pista local
da Av. Gov. Agamenon Magalhães permitindo
a travessia segura de pedestres e ciclistas
301
4.c. Grandes avenidas
condições existentes
Via 72 m
Vel. 60 km/h
302
Devido ao seu caráter de tráfego
intenso, funcionam como barreiras
entre os bairros adjacentes e
limitam o acesso de pessoas.
303
4.c. Grandes avenidas
Via 72 m
Vel. 50 km/h
304
A infraestrutura verde deve ser
incentivada e proposta, especialmente
em avenidas com córregos abertos,
para reduzir a sobrecarga na rede de
drenagem de águas pluviais.
Elementos de paisagismo devem ser
inseridos nas calçadas e canteiros centrais
para proporcionar conforto térmico
aos usuários através da promoção de
sombreamento, redução do efeito ilha de
calor e melhoria da qualidade do ar.
305
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Avenida Governador Agamenon Magalhães com dimensões mais largas que o necessário
é a principal avenida do Recife, corredor para circulação dos veículos motorizados. Com
emblemático que conecta diversos bairros do sentido único de circulação, por onde passa o
norte ao sul da cidade. Com aproximadamente tráfego local, a rua recebeu um novo desenho
12 km de extensão, a avenida é margeada que permitiu a implantação de uma ciclofaixa
por um canal que se estende por quase toda bidirecional com buffer, garantindo maior
a sua extensão e é pontuada por edifícios proteção para o ciclista com distanciamento
importantes na cidade. Como parte do projeto do transporte motorizado e melhorando a
que irá ampliar a malha cicloviária da região, foi conexão da malha cicloviária na localidade.
implantada primeiramente a ciclofaixa na pista A transformação ocorreu com a redução na
local leste da avenida, no lado leste da via, largura da faixa de tráfego e supressão da
entre a Rua Dr. Leopoldo Lins e a Avenida João outra faixa utilizada anteriormente como área
de Barros. de estacionamento.
A pista local, próxima aos edifícios que
permeiam a via, possuía duas faixas de tráfego
306
CORREDORES
MULTIMODAIS
ano de implantação
2022
endereço
Pista Local Agamenon Magalhães (entre a Rua
Dr. Leopoldo Lins e a Av. João de Barros), Boa
Vista, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
resultado
• 500m é a extensão da ciclofaixa bidirecional
implantada
• Aproximadamente 76 vagas de
estacionamento foram convertidas em área
para o ciclista
• 01 faixa de pedestres foi implantada para
garantir a travessia segura de pedestres e
ciclistas
307
4.c. Grandes avenidas
Via 72 m
Vel. 50 km/h
308
Junto ao canteiro central alargado,
uma ciclovia bidirecional protegida pode
ser implantada. Ciclorrotas podem ser
incluídas nas pistas locais para aumentar
a permeabilidade de ciclistas. Ver 4.4
Infraestrutura cicloviária e geometria.
309
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Av. Norte é uma das principais avenidas projeto, entre a Avenida Gov. Agamenon
de ligação entre as zonas norte e central do Magalhães e a Rua da Aurora, foi implantada
Recife, possuindo diferentes usos e seções uma ciclovia bidirecional próxima aos lotes,
viárias em sua extensão. Tem início na Rua passando por trás das paradas de ônibus,
da Aurora e término na BR-101, abrangendo quando necessário. Para sua instalação, foram
dezoito bairros da cidade. Por ela, circulam realizadas desapropriações de parte dos lotes
aproximadamente 37.000 pessoas a pé, 9.200 situados na pista norte da avenida.
pessoas por bicicleta e 31 linhas de transporte Além disso, foram criadas baias na faixa
público, com cerca de 86.500 pessoas. próxima ao meio-fio para o embarque e
A partir da sua transformação de maneira desembarque dos usuários do transporte
permanente, a avenida, que antes priorizava coletivo e as paradas receberam tratamento
apenas a circulação de veículos particulares e de nivelamento do piso para altura dos ônibus,
transporte coletivo, passou a incluir também assim como gradil de proteção entre a área de
estrutura para os ciclistas. No trecho do embarque e a ciclovia.
310
CORREDORES
MULTIMODAIS
311
6.
312
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
5. Ruas com
prioridade de
transporte
público
As ruas com prioridade de transporte público percorrem
normalmente os eixos comerciais e dão prioridade aos
pedestres e ao transporte coletivo. A circulação de veículos
motorizados é limitada aos serviços de carga e em eventuais
situações de licença de acesso. Em alguns casos, os veículos
como ônibus, VLT ou bondes se locomovem por um espaço
dedicado entre as calçadas. Em outras ocasiões, é projetada
uma superfície uniforme para os pedestres, que permite
que tais veículos transitem em baixa velocidade ao longo do
espaço compartilhado.
313
5.a. Rua central de transporte público
condições existentes
Via 24 m
Vel. 60 km/h
314
Sem faixas exclusivas, as linhas
de transporte coletivo sofrem
frequentes atrasos causados
pelo congestionamento das
vias e demorados embarques e
desembarques nas calçadas.
315
5.a. Rua central de transporte público
recomendações de projeto
Via 24 m
316
A infraestrutura verde deve ser
incentivada e proposta para reduzir a
sobrecarga na rede de drenagem de
águas pluviais.
317
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
Como parte dos esforços de melhoria da No trecho entre a Avenida Nilo Peçanha e
mobilidade urbana do Rio de Janeiro, a a Rua Santa Luzia foi implantado o chamado
Avenida Rio Branco, uma das avenidas mais Passeio Público, um espaço de circulação
movimentadas do centro, recebeu uma linha exclusiva para pedestres, ciclistas e para o
de VLT que visa conectar todos os diferentes VLT ao longo do caminho cercado de prédios
meios de transporte da cidade. As cinco históricos como o Theatro Municipal, o
faixas de tráfego existentes foram reduzidas Museu Nacional de Belas Artes e a Biblioteca
para duas, possibilitando a implantação Nacional. Trata-se de um trecho compartilhado,
de uma faixa de ônibus e do VLT no nível da inteiramente em nível, com espaços designados
calçada, bem como a melhoria das condições por sinalização e diferenciação de piso, mas
de segurança e conforto dos pedestres que onde o pedestre tem a preferência.
circulam na região.
318
RUAS COM PRIORIDADE
DE TRANSPORTE PÚBLICO
ano de implantação
2016
endereço
Av. Rio Branco, Centro, Rio de Janeiro
atores envolvidos
• Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
• Secretaria Municipal de Transportes
• Companhia de Engenharia de Tráfego
(CET-Rio)
• Secretaria Especial de Concessões e
Parcerias Público-Privadas
• Companhia de Desenvolvimento Urbano
da Região do Porto do Rio de Janeiro
• Concessionária VLT Carioca
resultado
• 600 metros do corredor exclusivamente
dedicados ao transporte público, aos
pedestres e ciclistas
• 14,4 mil metros quadrados de área
transformada
• 9 mil metros quadrados de área de
convivência
• 35 novas árvores e 1.620 m² em canteiros
verdes
• 70 bancos
• Bicicletários
319
5.b. Rua central com corredor de ônibus
condições existentes
Via 28 m
Vel. 60 km/h
320
A insegurança dos pedestres
durante as travessias é aumentada
devido ao canteiro central inseguro,
aos recuos ou inexistência das
faixas de pedestre, e às longas
distâncias e tempos de travessia.
321
5.b. Rua central com corredor de ônibus
recomendações de projeto
Via 28 m
322
Uma faixa de tráfego deve
ser mantida em cada direção
para compartilhamento entre
ciclistas e motoristas, indicando o
compartilhamento com sinalização.
323
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Avenida Conde da Boa Vista é um corredor tornaram-se mais largas, acessíveis e
simbólico da cidade, marcado por sua história, sombreadas, com iluminação mais forte e
arquitetura e comércio. Situado na área central eficiente, e com semáforos sonoros. Novos
da cidade, é um importante eixo de transporte pontos de travessias foram implantados e,
público, por onde circulam 4 linhas de BRT, 49 consequentemente, reduziu-se em cerca
linhas de ônibus e, aproximadamente, 310 mil de 50% o tempo de espera dos pedestres.
pessoas por dia, em sua maioria caminhando Além disso, foi implantado mobiliário urbano
e esperando o transporte coletivo. Em 2020, com bancos, paradas de ônibus modernas
a avenida - que já contava com BRT - foi e confortáveis, estações de BRT renovadas,
transformada de maneira permanente para lixeiras, jardineiras, canteiros e paraciclos ao
favorecer ainda mais os modos sustentáveis. longo da avenida.
O pedestre foi priorizado e uma faixa de
tráfego foi suprimida. As calçadas, então,
324
RUAS COM PRIORIDADE
DE TRANSPORTE PÚBLICO
atores envolvidos
• Autarquia de Limpeza e Manutenção do
Recife (EMLURB)
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
resultado
• 1,6 km de extensão do projeto
• Cruzamentos com até 6.800 pedestres/hora
• Cerca de 1.500 unidades habitacionais e
370 estabelecimentos comerciais foram
impactados com o projeto
• 5 travessias de pedestres implantadas, com
mais 8 a serem implantadas
• 04 sinais sonoros instalados na via, com mais
9 a serem instalados.
• 50% de redução no tempo de espera na
travessia dos pedestres
• 06 vezes mais oportunidades de travessia
dos pedestres
• 15 travessias elevadas para pedestres foram
implantadas
• 2 mil m² de calçadas foi implantadas
• 04 novas paradas de ônibus foram ampliadas
na avenida
• Espera-se 50% de redução no tempo de
viagem dos ônibus
• 135 floreiras nas calçadas foram colocadas
nas calçadas
• 90 árvores foram plantadas
• 18 vezes de aumento da área verde pública
da via
• 2.361 m² de canteiro central ajardinado
foram implantados
• 6 bicicletários estão dispostos ao longo da
via
• 70 novas lixeiras do tipo papeleira e 13 do
tipo coletiva foram instaladas
325
6.
326
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
6. Condições
especiais
Os princípios fundamentais para a priorização de pedestres
podem ser aplicados universalmente, porém é necessário
estar atento para identificar e melhorar condições típicas
de comunidades e territórios urbanos específicos, como o
centro histórico, as ruas de morro, revitalização de áreas
adjacentes à orla marítima e fluvial, as escadarias, vias
escolares e os espaços públicos em geral.
Estas características devem ser vistas como grandes
catalisadores de transformação a fim de melhorar a
qualidade do espaço público, proporcionar novas opções de
mobilidade e reorganizar a infraestrutura existente. Seus
impactos vão além da área de intervenção, transformando a
área expandida e o bairro em que está inserida.
327
6.a. Ruas históricas
condições existentes
328
A grande quantidade de automóveis
particulares movendo-se pelas ruas
estreitas inibem a circulação de
pedestres e tiram a atratividade dos
comércios locais, mesmo em edifícios
de arquitetura rica e térreos ativos.
329
6.a. Ruas históricas > Calçadão
Engajamento de moradores e
Em contextos históricos recomenda- comerciantes ajuda a identificar
se trabalhar com o conceito de zonas, possibilidades de remoção de
onde algumas áreas específicas devem faixas de tráfego e vagas de
ter o tráfego de veículos limitado e estacionamento e priorização dos
alguns eixos principais devem ser usuários mais vulneráveis como
pedestres, ciclistas e usuários
pedestrianizados para fortalecer de transporte coletivo. Ver
as múltiplas funções dessas ruas. recomendações de projeto em 1a.
Em casos onde houver constante Rua para pedestres - Calçadão.
circulação de pedestre ou deseja-
se incentivá-la, recomenda-se a
transformação em calçadão.
330
Árvores devem ser plantadas para
criar um ambiente confortável e
atrativo para pedestres, respeitando a
visibilidade das edificações protegidas.
331
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Rua do Bom Jesus, localizada no Bairro do A pedestrianização da Rua do Bom Jesus
Recife, centro histórico da cidade, é conhecida ajuda a fortalecer a malha de pedestres do
pelo seu atrativo turístico e pela preservação Bairro do Recife, onde o turismo e a circulação
do patrimônio arquitetônico local. Com o de pessoas caminhando a pé vem sendo
objetivo de incentivar cada vez mais essas favorecidos, agregando-se outros projetos
atividades e promover maior conforto e similares, como a Avenida do Rio Branco e a
segurança dos pedestres que ali circulam, a rua Rua da Moeda.
foi pedestrianizada de maneira permanente
e seu acesso por veículos particulares foi
restringido por meio da implantação de esferas
e vasos de planta. Para isto, houve um estudo
de circulação e redesenho do seu entorno, de
forma a reorientar o tráfego de veículos para
outras ruas.
332
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2021
endereço
Rua do Bom Jesus, Bairro do Recife, Recife,
Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Bloomberg Initiative for Global Road
Safety (BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• 100% da área da rua dedicada ao pedestre.
• Novos estabelecimentos, como bares e
restaurantes e presença de atividades
comerciais na rua aos domingos e feriados.
333
6.a. Ruas históricas > Rua compartilhada
334
Jardineiras e arborização devem ser
adicionadas sempre que possível.
Utilização de pavimentação
permeável e jardins de chuva
ajudam como parte de estratégias
de infraestrutura verde e gestão
das águas.
335
6.
descrição
Localizada no bairro da Boa Vista, área implantadas novas faixas de pedestre ao longo
central do Recife, a Rua Velha funciona como de todo o trecho, reforçando a prioridade do
tráfego de passagem para quem deixa os pedestre.
bairros de Santo Antônio e São José em O Pátio de Santa Cruz, por sua vez - local
direção ao Centro Expandido da Cidade de encontros entre os boêmios do centro
e Região Metropolitana do Recife. Com o da cidade, devido a presença de bares
objetivo de reduzir a velocidade dos veículos, e do mercado público, agrega também
principalmente motocicletas, e dar prioridade eventos festivos como missas e ensaios de
ao grande número de pedestres que circulam agremiações, além de apresentações de
por ali, o trecho entre a Rua da Matriz e o Largo shows. Com a nova proposta de circulação da
de Santa Cruz foi transformado, utilizando Rua Velha, gerou-se maior segurança para as
estratégias de urbanismo tático. pessoas nesse espaço já ativo da cidade.
A via foi redesenhada ampliando os espaços
exclusivos de pedestres e reordenando vagas
de estacionamento, de forma a estreitar a
faixa de circulação de veículos e criar chicanas.
Incentivou-se, assim, velocidades mais baixas
de até 30 km/h - novo limite de velocidade,
que possibilitam o compartilhamento da rua
entre todos os usuários. Além disso, foram
336
INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
ano de implantação
2021
endereço
Rua Velha, Boa Vista, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Secretaria de Política Urbana e
Licenciamento (Sepul)
• Autarquia de Manutenção e Limpeza
Urbana do Recife (Emlurb)
• Bloomberg Initiative for Global Road
Safety (BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• Redução de 41% dos sinistros com vítimas
após a intervenção
• 12 novas faixas de pedestres
• Implantação de balizadores permanentes
para restringir a passagem de veículos e
incentivar a permanência de pessoas no
espaço
• 125 m2 de novas calçadas
• Implantação de 01 estação de bicicletas
compartilhadas e paraciclos, estimulando o
uso por ciclistas na região.
337
6.b. Ruas de morro
condições existentes
338
A drenagem canalizada, quando
não a céu aberto, corre por ambos
os lados da rua, sob as calçadas ou
junto ao meio-fio.
339
6.b. Ruas de morro
recomendações de projeto
Vel. 20 km/h
340
Estratégias de moderação
de tráfego, como chicanas e
lombadas, devem ser adotadas
para diminuir a velocidade de
veículos motorizados. Ver 4.6
Gestão de velocidade.
341
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A intervenção faz parte do projeto do Jardim regulamentada da via fosse de 30 km/h, uma
Monte Verde (ver 6.e Espaço público - Estudo pesquisa realizada no local mostrou que 47%
de Caso: Jardim Monte Verde), situada no dos veículos trafegavam acima desse limite.
bairro da Cohab, área de morro na zona sul Os pedestres, consequentemente, se sentiam
do Recife, próximo aos limites de município do inseguros em relação ao tráfego de veículos
recife e Jaboatão dos Guararapes. motorizados.
A Av. Serra da Mantiqueira liga a Av. A rua estreita, com 400 metros de extensão,
Jornalista Costa Porto à Av. Chapada do sentido duplo de circulação e demanda de
Araripe, sendo uma via estratégica para a estacionamento, foi redesenhada e as calçadas
circulação da área, com grande movimento de foram alargadas com o uso de pintura. Além
veículos, motocicletas e ônibus, e pedestres disso, lombadas foram acrescentadas para
que não contavam com infraestrutura reduzir a velocidade dos veículos descendo
dedicada. Estes, por sua vez, andavam no leito a ladeira, e faixas de pedestre foram
viário em meio aos veículos em alta velocidade. acrescentadas em pontos críticos de travessia,
Antes da intervenção, embora a velocidade conectando a ladeira ao novo espaço público.
342
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2021
endereço
Jardim Monte Verde, Cohab, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Secretaria Executiva de Inovação Urbana
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• Redução de 50% dos veículos excedendo a
velocidade de 30km/h na ladeira
• 20 km/h é a velocidade regulamentada na
rua
• Prolongamento de calçada na ladeira: 396m
de extensão
• 48,5% do espaço reconquistado para o
pedestre.
343
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Calle Bonita
descrição
A Calle Bonita está localizada na Rua Além da ampliação do espaço público
30, no centro de Bogotá. Com mais de 17 para circulação de pedestres, realizou-se
restaurantes, ela está próxima ao Museu também a modernização da iluminação
Nacional e ao Centro Internacional e foi pública, restauração das fachadas de casas
transformada reforçando sua vocação para a e restaurantes, bem como a instalação de 26
gastronomia, arte e cultura. A via repleta de plataformas de madeira servindo de pequenas
carros estacionados e calçadas estreitas com ilhas para acomodar o público devido à grande
obstáculos (degraus, postes, etc.) deu lugar a inclinação da rua.
um espaço público atrativo e economicamente O processo foi iniciado em 2016 pela
ativo, com o compartilhamento do leito viário AsoSandiego (associação civil) e teve grande
entre pedestres e veículos e a substituição de participação da comunidade, comerciantes
algumas vagas de estacionamento por áreas e diversos departamentos da Prefeitura de
de estar e vegetação. Bogotá.
344
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2021
endereço
Calle 30, Santa Fé, Bogotá, Colômbia
atores envolvidos
• AsoSandiego
• Prefeitura Local de Santa Fé
• Secretaria de Habitação
• Instituto Distrital de Patrimonio Cultural
(IDPC)
• Departamento Administrativo da Defensoria
do Espaço Público (DADEP)
• Instituto Distrital de Turismo de Bogotá (IDT)
• Câmara de Comércio de Bogotá
• Fundação Gilberto Alzate Avendaño (FUGA)
• Fondo Nacional de Turismo (FONTUR)
• Secretaria de Desenvolvimento Econômico
• Jardim Botânico de Bogotá
resultado
• 2000 m² de espaço público recuperado para
pedestres, seguro e vigiado
• Implantação de redutores de velocidade e
sinalização
• 30 m² de novos decks de uso livre,
acompanhados de novos jardins e
manutenção das covas de árvores existentes
• 250 m² de fachadas recuperadas
• Renovação da iluminação pública
• Implementação de redes de coleta de
resíduos dos restaurantes
• Comunidade comprometida com o cuidado e
a manutenção do espaço
• Ativação cultural e impulso para negócios
locais
345
6.c. Ruas de orla
condições existentes
Vel. 60 km/h
346
Em geral, ruas de orla focam
na circulação de veículos
e funcionam como um eixo
separador entre a orla e o bairro
adjacente, ao invés de integrá-lo.
347
6.c. Ruas de orla
recomendações de projeto
Travessias de pedestres
Transformar ruas de orla pode elevadas e ilhas de refúgio
contribuir para a criação de parques devem ser consideradas para
lineares e espaços públicos de minimizar as distâncias de
qualidade. Diminua a quantidade travessia e indicar a priorização
e largura das faixas de tráfego e dos pedestres. Ver 4.6.8 Gestão
de velocidade.
transforme a rua em um corredor
multimodal ativo com ciclovias largas,
amplas calçadas e instalação de
pontos de transporte coletivo de alta
qualidade integrados à orla.
348
As vagas de estacionamento
e baias de embarque e
desembarque devem ser
posicionadas do lado oposto
da via de modo a minimizar os
conflitos com as paradas de
transporte coletivo, ciclistas e a
visibilidade da orla.
349
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Rua da Aurora
descrição
Localizada na área central da cidade, a Rua A estrutura cicloviária da Rua da Aurora é
da Aurora é uma importante rua que margeia composta por tipologias como ciclovia, calçada
o Rio Capibaribe. O projeto de requalificação, partilhada, compartilhada e ciclofaixa ao longo
realizado em 2017, contemplou a implantação de toda a rua. A transformação desta rua foi
de uma estrutura cicloviária bidirecional, feita de maneira permanente, com o objetivo
margeando o rio, no trecho entre a Ponte de atrair pessoas para o local e promover o
Princesa Isabel até a Ponte do Limoeiro, onde já uso da ciclovia, garantindo o conforto térmico
existia um parque linear com mobiliário urbano e incentivando a contemplação da paisagem
e arborização, integrando o projeto Rota para pedestres e ciclistas. No local já existia
Cicloviária Camilo Simões, implantada com mobiliário urbano e equipamentos de esporte
recursos do Governo do Estado. A rota permitiu e lazer. Recentemente, passou por processo
a ligação entre o Centro do Recife e a cidade de requalificação, em 2022, pela Prefeitura do
de Olinda, com cerca de 5,1 km de extensão. Recife.
350
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2022 e 2017
endereço
Rua da Aurora, Boa Vista, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Autarquia de Urbanização do Recife (URB)
• Secretaria das Cidades do Governo do
Estado de Pernambuco
resultado
• No projeto de 2017, 64 vagas de
estacionamento foram removidas do entorno
da Praça da República para dar lugar a
ciclovia na rua.
• 5,1km de extensão de malha cicloviária,
conectando Recife à cidade de Olinda.
• Requalificação dos 3.500 metros de
calçadas, além de 800 metros de canteiros
centrais da via.
• Reforma após o projeto implantado em 2017,
com criação de área de lazer infantil, parcão,
áreas de piquenique e criação de varandas
na margem do rio Capibaribe.
• Infraestrutura cicloviária passou de área
compartilhada para ciclofaixa nessa rua.
• Uma área de aproximadamente 2.000m² foi
reservada para a criação do Skate Park.
351
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Av. Brasília Formosa é a principal rua do Além disso, foi implantado mobiliário urbano,
bairro de Brasília Teimosa, localizada na como paradas de ônibus, lixeira, brinquedos,
orla da zona sul da cidade. A transformação e tratamento de acalmamento de trânsito,
da rua contemplou a requalificação da por meio de faixas elevadas, proporcionando
ciclofaixa, com o acréscimo do buffer, tachões um ambiente atrativo, confortável e seguro
e balizadores entre a ciclofaixa e a faixa de para todos os usuários da rua e melhorando a
rolamento, proporcionando maior segurança no qualidade paisagística do local.
deslocamento dos ciclistas com a separação
maior entre os ciclistas e o tráfego motorizado.
352
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2004 e 2020.
endereço
Av. Brasília Formosa, Brasília Teimosa, Recife,
Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
resultado
• Implantação de três travessias elevadas em
meio de quadra para os pedestres;
• Implantação de áreas de lazer, com
brinquedos e quiosques do comércio local
para os moradores no entorno imediato das
paradas de ônibus;
• Construção do terminal de ônibus da
comunidade;
• Aumento no número de ciclistas e pedestres
circulando no local;
• 1,41 km de ciclofaixa requalificada.
353
6.d. Escadarias
condições existentes
354
São geralmente espaços residuais
da construção dos bairros,
comumente utilizadas por pedestres
para cortar caminho em terrenos
íngremes com quadras longas.
355
6.d. Escadarias
recomendações de projeto
356
Espaços de descanso, permanência
e brincadeira devem ser projetados
para criar um ambiente mais seguro
e confortável para as pessoas
que usam a escada em seus
deslocamentos diários.
357
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A intervenção da escadaria, localizada no
Alto Nossa Senhora de Fátima, faz parte do
projeto Mais Vida nos Morros. Sua escolha se
deu pela importância em possibilitar o acesso
dos moradores, a suas residências, de maneira
agradável, segura e confortável. Foi realizada
uma transformação permanente, implantando,
em toda sua extensão, um corrimão de ferro
para segurança, acessibilidade e conforto dos
transeuntes, bem como a reforma dos degraus
e colocação de revestimento. A implantação da
calha na lateral, tem como objetivo captar as
águas pluviais.
358
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2022
endereço
Alto Nossa Senhora de Fátima, Vasco da Gama,
Recife, Brasil.
atores envolvidos
• Mais Vidas dos Morros (Secretaria de
Inovação)
resultado
• Melhoria na acessibilidade através da
implantação de corrimão e regularização dos
degraus.
• Tornou-se um espaço mais atrativo e seguro
através das pinturas lúdicas.
359
6.e. Espaço público
condições existentes
360
As áreas remanescentes do desenho
viário, quando ilhadas por veículos
em altas velocidades de todos os
lados, desconectadas das calçadas,
tendem a tornarem-se espaços sem
uso, abandonadas e degradadas.
361
6.e. Espaço público
recomendações de projeto
362
A gestão deve promover reuniões O estacionamento deve
com comerciantes e moradores ser proibido e fiscalizado
locais para programar, regularmente.
administrar e conservar o espaço
público criado. Ver 3.2 Reunindo
parceiros relevantes.
As operações de carga e
descarga devem ser planejadas
em horários alternativos.
Canalização de drenagem e
pavimentação permeável, bem como
o sombreamento da área devem ser
consideradas no projeto.
363
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
O Jardim Monte Verde é uma localidade Apesar de 86% das pessoas chegarem ao
situada no Bairro da Cohab. No coração do largo a pé ou de bicicleta, apenas 7% do espaço
bairro, próximo a Avenida Serra da Mantiqueira era dedicado aos pedestres. Com o objetivo
e Av. Chapada do Araripe, a larga geometria de tornar o ambiente mais seguro e atrativo,
do cruzamento e a falta de infraestrutura a intervenção visou reduzir a velocidade dos
dedicada aos pedestres criava um ambiente veículos e criar um espaço de convivência para
inseguro, onde veículos circulavam em altas os moradores.
velocidades (mais da metade trafegavam em Uma área de tráfego calmo foi implantada,
uma velocidade acima de 30km/h) e 94% dos com o limite de velocidade regulamentado
pedestres utilizavam o leito viário para suas a 20 km/h e com estratégias de moderação
caminhadas diárias. de tráfego (redução das faixas de tráfego e
Devido à falta de espaços públicos no lombadas).
bairro para socialização dos moradores, A população do entorno foi parte essencial
eventos festivos e brincadeiras das crianças, na definição da proposta a ser implantada,
o cruzamento acabava sendo o local utilizado contribuindo por meio de reuniões e durante a
para o lazer da comunidade, apesar de 84% das implantação do projeto de urbanismo tático.
pessoas não se sentirem seguras em relação ao
tráfego de veículos motorizados.
364
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2021
endereço
Jardim Monte Verde, Cohab, Recife
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• 774 m² foram recuperados para pedestres
(praça com pinturas de piso e brincadeiras
para crianças, mobiliada com bancos, mesas
e jardineiras)
• 1,4 km de pista de cooper nas margens do
canal da Av. Chapada do Araripe, com mais
espaços de lazer e esporte
• Antes, 93% do espaço era dedicado ao
tráfego de veículos motorizados e após a
intervenção, passou a ter 48,5% do seu
espaço dedicado aos pedestres.
• 85% dos moradores entrevistados relataram
se sentir seguros ou muito seguros após a
intervenção e 98% das pessoas acham que o
pedestre deve ser priorizado.
365
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
O Largo Dom Luiz, próximo ao Morro da sustentáveis, que representam 76% das
Conceição, área norte do Recife, era uma área pessoas que passam pelo local, organizar o
em que as pessoas do bairro reclamavam das trânsito e implantar mais travessias e espaços
condições de segurança viária e carência de para os pedestres por meio do urbanismo
infraestrutura para pedestres. A geometria tático.
ampla, por sua vez, aumentava a sensação Além disso, ilhas de travessias e novas faixas
de insegurança e o risco de sinistros de de pedestres foram implantadas para garantir
trânsito por conta das altas velocidades. uma mobilidade mais segura para quem anda a
Consequentemente, 74% dos moradores pé, e bancos e jardineiras foram acrescentados
entrevistados relataram não se sentir seguros para criar um espaço público de convivência
ao realizar as travessias. para os moradores e comerciantes.
O projeto de requalificação teve como
objetivo priorizar os usuários de modos
366
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2021
endereço
Largo Dom Luiz, Vasco da Gama, Recife
atores envolvidos
resultado
• Menos de 1% dos veículos demonstraram
ultrapassar o limite de velocidade de
30km/h, eliminando quase completamente o
risco de ferimentos graves.
• Redução de pedestres andando pelo leito
viário: Depois
Antes, 43% dos pedestres se locomoviam
pelo leito viário e depois esse número reduziu
para 0,6%.
500 m² de área foram retomadas para
pedestres, destinando assim 52,1% do
espaço existente para este modal.
Como consequência, 75% das pessoas
relataram se sentir seguras ao atravessar a
rua após a intervenção.
• Antes: 78,5% (destinado a veículos
motorizados) x 21,5% (destinado a
pedestres).
• Depois: 47.8% (destinado a veículos
motorizados) x 52.2% (destinado a
pedestres).
367
6.f. Ruas escolares
condições existentes
Vel. 40 km/h
368
Transporte público compete
com vans escolares e veículos
particulares pelo espaço no meio-
fio para embarque e desembarque,
resultando em estacionamento
irregular nas faixas de circulação
ou em fila dupla.
As fachadas são
desinteressantes devido a gradis
e paredes cegas.
369
6.f. Ruas escolares
recomendações de projeto
370
Implemente infraestrutura para
ciclistas segura e conectada à
rede do bairro e instale paraciclos
e estações de bicicletas
compartilhadas nas proximidades,
incentivando o uso de transportes
alternativos para melhoria na
qualidade do ar e diminuição de ruído.
Ver 6.4. Infraestrutura cicloviária.
371
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
descrição
A Rua das Oficinas está localizada na zona parada na Avenida Antônio de Góes terão mais
sul do Recife, em área de trânsito calmo, na segurança no trajeto até a unidade de ensino.
qual foi utilizado o urbanismo tático como O projeto contou com a ampliação nas
estratégia de intervenção temporária. Foram áreas de pedestres como os bordos das
desenvolvidas pinturas coloridas no chão para calçadas, refúgios e novas travessias. Ao todo,
redesenhar o espaço urbano, garantindo, assim, os pedestres ganharam uma área de 720 m²
mais eficiência nas intervenções de segurança na região. Foram acrescentados, também,
viária. A rua é uma rota de estudantes de pinturas de jogos e brincadeiras, e vasos com
escolas municipais e estaduais, além de plantas para criar uma rua mais atrativa e
conter uma unidade de saúde. Dessa forma, inspiradora para crianças e seus cuidadores.
estudantes que utilizam transporte público com
372
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2022
endereço
Rua das Oficinas, Pina, Recife, Brasil
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Secretaria Executiva de Inovação Urbana
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• Velocidade estabelecida de 30km/h.
• Cerca de 720 m² de área destinada ao
pedestre.
• 1 nova faixa elevada em meio de quadra.
373
6. INSPIRAÇÕES PARA A
TRANSFORMAÇÃO DE RUAS
Burity
descrição
A localidade do Burity, situada na zona norte No local, o urbanismo tático foi utilizado
do Recife, foi alvo de uma intervenção por como estratégia de intervenção temporária.
ser uma região de comunidade operária Foram criadas ruas compartilhadas com
com muitos pedestres vulneráveis, como velocidades regulamentadas reduzidas e
crianças e jovens, andando no leito viário, espaço público de lazer para as crianças, em
e onde há ausência de calçadas e amplos virtude da grande quantidade de pedestres e
espaços desprotegidos para travessias. Nas ciclistas e da realização de atividades festivas
proximidades estão situadas cinco escolas e em datas comemorativas da região.
uma igreja.
374
CONDIÇÕES
ESPECIAIS
ano de implantação
2022
endereço
Praça Cel. Othon Bezerra de Melo, Macaxeira,
Recife, Brasil.
atores envolvidos
• Autarquia de Trânsito e Transporte (CTTU)
• Secretaria Executiva de Inovação Urbana
• Bloomberg Initiative for Global Road Safety
(BIGRS)
• Global Designing Cities Initiative (GDCI)
resultado
• Na área, foi verificado que cerca de 93% são
pedestres e ciclistas e 7% são veículos
• Velocidade estabelecida de 30 e 20 km/h.
• Cerca de 1081,5 m² de área destinada ao
pedestre
375
7.
DEFINIÇÃO
E CONCEITOS
7.
378
DEFINIÇÃO
E CONCEITOS
379
7.
380
DEFINIÇÃO
E CONCEITOS
381
7.
382
DEFINIÇÃO
E CONCEITOS
383
7.
384
DEFINIÇÃO
E CONCEITOS
385
Fotografias • Andrea Rêgo Barros/PCR
• Antônio Henrique/CTTU
• BAND
• Brenda Alcântara/GDCI
• Daniel Tavares/PCR
• Danilo Elisio
• Day Santos
• Diário do Transporte
• Diego Nigro/PCR
• Edson Holanda/PCR
• Guilherme Camillo
• Gustavo Sales/BIGRS
• Iggor Gomes/PCR
• Inaldo Menezes/PCR
• Irandi Souza/PCR
• Jeferson Lima/SEMOC
• Josenildo Gomes/CTTU
• Lumos Estúdio/GDCI
• Manuel Solá/SEMOVI
• Marcelo Guerra
• Marcos Pastich/PCR
• Matheus Lex
• Mobilize Brasil
• Omega Visual
• Prefeitura da Cidade do Recife
• Prefeitura de Estocolmo
• Roberto Pereira/SEI
• Rodolfo Loepert/ PCR
• Samuel Caetano/CTTU
• Wagner Barbosa/CTTU
• Wesley D'Almeida/PCR
388
Siglas • ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas
• ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes
de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e
Similares
• ARIES – Agência Recife para Inovação e Estratégia
• BIGRS – Bloomberg Initiative for Global Road Safety
• BRT – Bus Rapid Transit
• CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos
• CET – Companhia de Engenharia de Tráfego
• CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito
• CTB – Código de Trânsito Brasileiro
• CTTU - Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do
Recife
• DADEP - Departamento Administrativo de la Defensa del
Espacio Público
• DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes
• EMLURB – Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana
do Recife
• FONTUR - Fondo Nacional de Turismo
• FUGA – Fundação Gilberto Alzate Avendaño
• GDCI - Global Designing Cities Initiative
• GGDR – Guia Global de Desenho de Ruas
• GR – Guia Rebaixada
• ICPS – Instituto da Cidade Pelópidas Silveira
• IDPC - Instituto Distrital de Patrimônio Cultural
• IDT - Instituto Distrital de Turismo de Bogotá
• IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional
• MDR - Manual de Desenho de Ruas do Recife
• NACTO - National Association of City Transportation
Officials
• NBR – Norma Brasileira
389
• ONU - Organização das Nações Unidas
• PCR - Prefeitura da Cidade do Recife
• PDC - Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana
do Recife
• PGVs – Polos Geradores de Viagens
• PMMU - Política Municipal de Mobilidade Urbana
• PMU – Plano de Mobilidade Urbana
• RMR – Região Metropolitana do Recife
• SEDECTI – Secretaria de Desenvolvimento, Ciência,
Tecnologia e Inovação
• SEI – Sistema Estrutural Integrado
• SEMOC – Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano do
Recife
• SEMOVI – Secretaria de Mobilidade da Cidade do México
• SEPUL – Secretaria de Política Urbana e Licenciamento
• SMAS – Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade
do Recife
• SMT – Secretaria de Mobilidade e Transportes
• SOBSE – Secretaria de Obras e Serviços da Cidade do
México
• SSC – Secretaria de Segurança Cidadã da Cidade do
México
• STM – Sistema de Transporte Municipal
• UFPE – Universidade Federal de Pernambuco
• UNAM - Universidad Nacional Autónoma de México
• UNICAP – Universidade Católica de Pernambuco
• URB – Autarquia de Urbanização do Recife
• VLT – Veículos Leves sobre Trilhos
• WRI - World Resources Institute
• ZC – Zona Centro
• ZDS – Zona de Desenvolvimento Sustentável
• ZEC – Zona Especial de Centralidades
• ZEPH – Zona Especial de Preservação Histórico-Cultural
390
Legislação • Lei Federal nº 9.503/1997 - Institui o Código de Trânsito
Brasileiro
• Resolução do Contran nº 738/2018 - Estabelece os
padrões e critérios para a instalação de travessia elevada
para pedestres em vias públicas.
• Lei Complementar nº 2/2021 - Institui o Plano Diretor do
Município do Recife, revogando a lei municipal nº 17.511, de
29 de dezembro de 2008.
• Lei Municipal nº 16.176/1996 - Estabelece a Lei de Uso e
Ocupação do Solo da Cidade do Recife
• Lei Municipal nº 16.217/1996 - Disciplina os serviços de
carga e descarga em dias úteis, nas vias públicas do
município do recife e revoga a lei nº 16.171/96
• Lei Municipal nº 16.292/1997 - Regula as atividades de
Edificações e Instalações, no Município do Recife, e dá
outras providências.
• Lei Municipal nº 16.890/2003 - Altera a seção IV do
Capítulo II da Lei 16.292, de 29 de janeiro de 1997.
• Lei Municipal nº 18.133/2015 - Disciplina os serviços de
carga e descarga, nas vias públicas do Município do
Recife
• Lei Municipal nº 18.212/2016 - Institui procedimentos
para licenciamento, construção e instalação de Postos
de Abastecimento de Combustíveis Automotivos no
Município do Recife e altera a lei nº 16.786, de 22 de julho
de 2002
• Lei Municipal nº 18.887/2021 - Define a Política Municipal
de Mobilidade Urbana, institui o Plano de Mobilidade
Urbana do Recife, e dá outras providências.
• Decreto Municipal nº 20.604/2004 - Regulamenta a lei
nº 16.890, de 11 de agosto de 2003, que altera a seção
IV do capítulo II, título IV da lei 16.292, de 29 de janeiro
de 1997 - Lei de Edificações e Instalações na Cidade do
Recife -, consolida normas de construção, manutenção e
recuperação dos passeios públicos ou calçadas.
• Decreto Municipal nº 28.886/2015 - Regulamenta a
instalação e o uso de extensão temporária de passeio
público, denominada "Parklet Recife" no âmbito do
município do recife e dá outras providências.
391
Referências • ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS -
ABNT. NBR 5101: Iluminação pública - Procedimento. Rio
de Janeiro: ABNT, 2018a.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
- ABNT. NBR 9050: Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de
Janeiro: ABNT, 2020a.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS
- ABNT. NBR 10.697: Pesquisa de sinistros de trânsito -
Terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2020b.
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS -
ABNT. NBR 16537: Acessibilidade - sinalização tátil no
piso - diretrizes para elaboração de projetos e instalação.
Rio de Janeiro: ABNT, 2018b.
• CONSELHO NACIONAL DE TR NSITO - CONTRAN
(Brasil). Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
- Volume III - Sinalização Vertical de Indicação. 2 ed.
Brasília: Contran, 2022a. 343p.
• CONSELHO NACIONAL DE TR NSITO - CONTRAN
(Brasil). Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito -
Volume IV - Sinalização Horizontal. 2 ed. Brasília: Contran,
2022b. 116p.
• CONSELHO NACIONAL DE TR NSITO - CONTRAN
(Brasil). Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
- Volume V - Sinalização Semafórica. 2 ed. Brasília:
Contran, 2022c. 312p.
• CONSELHO NACIONAL DE TR NSITO - CONTRAN
(Brasil). Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito -
Volume VI - Dispositivos Auxiliares. 2 ed. Brasília: Contran,
2022d. 201p.
• CONSELHO NACIONAL DE TR NSITO - CONTRAN
(Brasil). Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito
- Volume VIII - Sinalização Cicloviária. 2 ed. Brasília:
Contran, 2022e. 380p.
• DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA
DE TRANSPORTES - DNIT (Brasil). Manual de Projeto
Geométrico de Travessias Urbanas. Rio de Janeiro, 2010.
312p (IPR. Publ.740
• INTERNATIONAL ENERGY AGENCY - IEA. CO2
emissions from fuel combustion by sector in 2014. In:
392
CO2 HIGHLIGHTS 2016 - EXCEL TABLES. Paris, 2016.
Disponível em: www.iea.org. Acesso em: 07 jun. 2022.
• NATIONAL ASSOCIATION OF CITY TRANSPORTATION
OFFICIALS - NACTO. Global Designing Cities Initiative
- GDCI. Don't Give Up at the Intersection: Designing all
ages and abilities bicycle crossing. [S.I.]: NACTO, 2019.
Disponível em: www.nacto.org. Acesso em: 18 ago. 2022.
• NATIONAL ASSOCIATION OF CITY TRANSPORTATION
OFFICIALS - NACTO. Global Designing Cities Initiative
- GDCI. Guia Global de Desenho de Ruas. Tradução de
Daniela Tiemi Nishimi de Oliveira. São Paulo: Editora
Senac São Paulo, 2018. 396p.
• ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS - ONU. Habitação
e Desenvolvimento Urbano Sustentável - Habitat III.
Nova Agenda Urbana. Quito, 2017. Disponível em: www.
habitat3.org. Acesso em: 21 nov. 2022.
• RECIFE. Prefeitura da Cidade do Recife. Secretaria de
Política Urbana e Licenciamento. Autarquia de Trânsito
e Transporte Urbano do Recife. Relatório Anual de
Segurança Viária Recife 2020. Recife: 2000.
• SECRETARIA DAS CIDADES - SECID (Pernambuco). Plano
Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife -
PDC. Recife: SECID, 2013.
• SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
- SMAS (Recife). Manual de Arborização Urbana:
orientações e procedimentos técnicos básicos para
implantação e manutenção da arborização da cidade do
Recife. Recife: [s.n.], 2013. 71p.
• WORLD RESOURCES INSTITUTE - WRI. WRI Brasil
Cidades Sustentáveis. O Desenho de Cidades Seguras:
Diretrizes e exemplos para promover a segurança viária a
partir do desenho urbano. Porto Alegre: Editora EMBARQ,
2016. Disponível em: www.wribrasil.org.br. Acesso em: 10
mar. 2020.
393