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História – ILAACH.
Educação bilíngue e
inclusiva
Laura Maria Casuin Nunes, Walter Bastos, Lara, Betsabe, Adrian René
Educação bilíngue
Uma política linguística na educação que envolve o uso de dois idiomas como meios de
instrução pode ser adotada. Existem diversos modelos de educação bilíngue, que variam de
acordo com os objetivos perseguidos, sendo os mais comuns os modelos aditivo e subtrativo.
Em programas de educação bilíngue aditiva, ambos os idiomas são valorizados e recebem o
mesmo reconhecimento, sendo ensinados e aprendidos de forma sistemática ao longo dos
anos de escolaridade, com o objetivo de desenvolver a alfabetização e a comunicação em
ambos os idiomas. Já em programas de educação bilíngue subtrativos ou transitórios, um dos
idiomas (geralmente o primeiro idioma ou a língua materna do aluno, que muitas vezes é uma
língua minoritária) é usado para favorecer a aquisição do outro idioma (geralmente o segundo
idioma ou subsequente, que é geralmente a língua oficial ou dominante), com o ensino e a
aprendizagem do primeiro idioma sendo gradualmente reduzidos, com o objetivo de
desenvolver a alfabetização e a comunicação no segundo idioma.
O Artigo 1º deste Decreto tem por finalidade regulamentar a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, e o artigo 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.
De acordo com o Artigo 2º deste Decreto, pessoa surda é aquela que, devido à perda auditiva,
utiliza experiências visuais para compreender e interagir com o mundo, sendo que sua cultura
é expressa principalmente por meio da Língua Brasileira de Sinais - Libras. É considerada
deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou
mais, medida por meio de audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e
3.000Hz, conforme estabelecido no parágrafo único.
O Artigo 3º deste Decreto estabelece que a Língua Brasileira de Sinais - Libras deve ser
incluída como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o
exercício do magistério, tanto em nível médio quanto superior, bem como nos cursos de
Fonoaudiologia das instituições de ensino públicas e privadas, do sistema federal de ensino e
dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
De acordo com o Parágrafo 1º, todos os cursos de licenciatura, incluindo as diferentes áreas
do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de
Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de
professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.
Já o Parágrafo 2º estabelece que a Libras deve ser uma disciplina curricular optativa nos
demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano após a
publicação deste Decreto.
FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRAS
Artigo 4: A formação de professores para ensinar Libras nas séries finais do ensino
fundamental, ensino médio e educação superior deve ser realizada em nível superior, em um
curso de graduação de Licenciatura Plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua
Portuguesa como segunda língua.
Parágrafo único: Pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação mencionados no
artigo acima.
Artigo 5: A formação de professores para ensinar Libras na educação infantil e nos anos
iniciais do ensino fundamental deve ser realizada em um curso de Pedagogia ou em um curso
normal superior, no qual Libras e Língua Portuguesa escrita sejam as línguas de instrução,
permitindo a formação bilíngue.
2º Será dada prioridade às pessoas surdas nos cursos de formação mencionados no parágrafo
anterior.
Art. 6º A formação de instrutor de Libras em nível médio pode ser obtida por meio de:
III - cursos de formação continuada promovidos por instituições credenciadas por secretarias
de educação.
§ 1º A formação do instrutor de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil
que representem a comunidade surda, desde que o certificado seja validado por pelo menos
uma das instituições mencionadas nos incisos II e III.
Art. 7º Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, se não houver docentes
com título de pós-graduação ou graduação em Libras disponíveis para ensinar a disciplina em
cursos de educação superior, ela poderá ser ministrada por profissionais que atendam a pelo
menos um dos seguintes critérios:
Professor de Libras, usuário dessa língua, com formação de pós-graduação ou graduação
plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua, e
certificado de proficiência em Libras obtido por meio de exame promovido pelo Ministério
da Educação;
II - Instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação de nível médio e com certificado
obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da
Educação;
III - Professor ouvinte bilíngue: Libras - Língua Portuguesa, com pós-graduação ou formação
superior e com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido
pelo Ministério da Educação.
§ 1º As pessoas surdas terão prioridade nos casos previstos nos incisos I e II para ministrar a
disciplina de Libras.
Art. 8º O exame de proficiência em Libras, mencionado no art. 7º, deve avaliar a fluência no
uso, o conhecimento e a competência para o ensino dessa língua.
Promover cursos de formação de professores para ensino e uso da Língua Brasileira de Sinais
(Libras), tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa e ensino da Língua
Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas;
O ensino de Libras e da Língua Portuguesa escrita, como segunda língua para alunos surdos,
deve ser ministrado em uma perspectiva dialógica, funcional e instrumental para
complementar o currículo
A inauguração do campo discursivo acadêmico para tratar da linguagem de pessoas surdas foi
crucial para o debate sobre o bilinguismo, tendo contribuição fundamental dos Estudos
Surdos (campo epistemológico de estudo) como principal ferramenta no embate da surdez
como patologia e como limitação. Contudo, ainda com avanços como o reconhecimento da
importância da Libras como língua de comunicação para os surdos, e da necessidade de seu
desenvolvimento para uso no âmbito familiar, escolar, institucional e outros, a disputa
constituída entre a Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais não cessou, construindo
na verdade, um panorama de tensão no plano das interações verbais e refletindo diretamente
na questão da educação bilíngue para surdos.
A Lei Federal 10.436 de 2002, que instaurou de fato a Língua Brasileira de Sinais não se
mostrou suficiente para assegurar o direito de comunicação aos surdos, ao passo que, nas
escolas, por exemplo, não existe de fato um trabalho em cima da necessidade de
conhecimento da língua, dificultando a comunicação, por exemplo, entre alunos surdos e
professores, o que fortalece a tensão já mencionada nas interações sociais e propaga ainda
mais o caráter da relação de poder estabelecida entre a Língua Portuguesa e a Libras.
O decreto 5.626/2005 responsável por regulamentar a Lei de Libras define a pessoa surda
como “ aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira
de Sinais – Libras”, tal definição, ao passo que abre caminho para a compreensão da
necessidade de universalização da Libras nos mais diversos contextos da sociedade, restringe
o surdo a uma condição clínica, o qual pode ser um fator negativo na propagação do ensino
bilíngue para essa comunidade.
A condição clínica delimitada pelas leis ou decretos que visam assegurar o direito à
comunicação das pessoas surdas acaba por isolar os indivíduos, afetando de fato o
desenvolvimento de políticas voltadas para o ensino bilíngue, seja nas escolas, instituições ou
no próprio seio familiar. Desta forma, no ano de 1999, o V Congresso Latino-Americano de
Educação Bilíngue para Surdos, realizado pelo NUPPES/UFRGS buscou discutir não só a
implementação de uma educação bilíngue para essa comunidade como também a construção
das identidades, cultura e educação de seus integrantes.
En Brasil, existen diferentes tipos o formas de educación inclusiva para garantizar el acceso y
la participación de todos los estudiantes en la educación. Aquí hay algunos ejemplos:
1. Educación especial: La educación especial en Brasil se refiere a la educación de
estudiantes con discapacidades, trastornos del aprendizaje y necesidades educativas
especiales. En Brasil, la educación especial es un derecho garantizado por la Constitución
Federal y está regulada por la Ley de Directrices y Bases de la Educación Nacional (LDB) y
la Política Nacional de Educación Especial en la Perspectiva de la Educación Inclusiva.
El sistema educativo brasileño tiene un enfoque inclusivo que busca la educación para todos,
independientemente de sus capacidades, limitaciones y necesidades. El Ministerio de
Educación es responsable de la política educativa, que incluye la educación especial, y
trabaja en colaboración con las autoridades estatales y locales para garantizar que todos los
estudiantes tengan acceso a la educación y los recursos adecuados.
En Brasil, existen escuelas especiales y unidades de apoyo en escuelas regulares para la
educación de estudiantes con discapacidades y necesidades educativas especiales. Estos
servicios están disponibles para estudiantes de todas las edades y niveles educativos, desde la
educación infantil hasta la educación superior. Además, la educación especial en Brasil
también incluye servicios de intervención temprana para niños pequeños con discapacidades
o trastornos del desarrollo.
En este modelo, los estudiantes pueden ser matriculados en escuelas especiales o en aulas de
recursos multifuncionales dentro de escuelas regulares, donde se les proporciona un apoyo
pedagógico específico.
La educación especial en Brasil ha avanzado significativamente en los últimos años, pero
todavía existen desafíos en la implementación de políticas efectivas y en la garantía de acceso
a la educación de calidad para todos los estudiantes
2. Educación integrada:
La educación especial integrada en Brasil se refiere a un sistema educativo inclusivo que
tiene como objetivo garantizar el acceso a la educación de calidad para todos los estudiantes,
independientemente de sus necesidades especiales.
En 2008, Brasil promulgó la Ley de Educación Nacional, que establece que la educación
especial debe estar integrada en la educación regular, en lugar de ser un sistema separado.
Esto significa que los estudiantes con discapacidades o necesidades especiales deben ser
incluidos en las mismas escuelas y clases que los demás estudiantes, siempre que sea posible.
Además, la Ley Brasileña de Inclusión de Personas con Discapacidad, aprobada en 2015,
establece que todas las escuelas públicas y privadas deben proporcionar recursos y apoyo
para garantizar la inclusión y la igualdad de oportunidades para los estudiantes con
discapacidades.
En este modelo, se promueve la inclusión de estudiantes con discapacidades en el sistema
educativo regular. Los estudiantes con necesidades especiales reciben una educación
adaptada a sus necesidades en el mismo ambiente y con los mismos recursos pedagógicos que
los demás estudiantes. La educación integrada se realiza a través de la colaboración entre los
maestros y los profesionales de la educación especial.
A pesar de estos esfuerzos, la educación especial integrada en Brasil todavía enfrenta desafíos
significativos, como la falta de recursos y la falta de capacitación adecuada para los
profesionales de la educación. Sin embargo, la política de educación inclusiva en Brasil sigue
siendo un modelo para otros países de la región.
Introducción:
La educación inclusiva es un tema relevante y prioritario en Brasil, en un contexto en el que
el país enfrenta retos complejos en términos de desigualdad y exclusión social. La inclusión
educativa se presenta como una oportunidad para asegurar la igualdad de oportunidades y
mejorar la calidad de vida de grupos vulnerables. En este informe se discutirán los principales
aspectos de la educación inclusiva en Brasil, desde una perspectiva histórica, conceptual y
normativa.
Antecedentes históricos:
La educación inclusiva en Brasil se enmarca en una serie de procesos históricos, sociales y
políticos. En este sentido, es importante señalar que la Constitución de 1988 representó un
hito en el reconocimiento de los derechos de las personas con discapacidad en el país. En la
década de los noventa, la implementación de políticas públicas orientadas a la educación
inclusiva comenzó a tomar forma. En 1994, la Ley de Directrices y Bases de la Educación
Nacional estableció las bases para una educación que tuviera en cuenta la diversidad de los
estudiantes y sus necesidades. En 1999, el Ministerio de Educación lanzó el Programa de
Educación Inclusiva, con el objetivo de ofrecer recursos y apoyo para la inclusión educativa
de estudiantes con discapacidad.
Conceptos y enfoques:
La educación inclusiva implica una perspectiva de derechos humanos y de inclusión social,
que promueve la igualdad de oportunidades y el acceso a la educación de todos los
estudiantes, independientemente de sus características personales. Este enfoque reconoce la
diversidad y las necesidades específicas de cada estudiante, y busca ofrecer un ambiente
educativo en el que se valore la participación, la colaboración y el respeto por la diferencia.
La educación inclusiva no solo se centra en la inclusión de personas con discapacidad, sino
que también considera a otros grupos vulnerables, como los estudiantes de bajos ingresos, los
afrodescendientes, los indígenas, los migrantes y los refugiados.
Normativa y políticas públicas:
En los últimos años, el marco normativo y las políticas públicas han sido fundamentales para
la promoción de la educación inclusiva en Brasil. En este sentido, la Ley Brasileña de
Inclusión de Personas con Discapacidad (2015) representa un hito en la lucha por la igualdad
de oportunidades y la inclusión social en el país. Esta ley establece medidas para la
promoción de la accesibilidad, la eliminación de barreras arquitectónicas, la formación de
docentes y la inclusión educativa de personas con discapacidad. Además, el Programa de
Apoyo a la Educación Inclusiva (2015) busca ofrecer recursos y apoyo para la inclusión
educativa de estudiantes con discapacidad en todo el país.
Desafíos y perspectivas:
A pesar de los avances en la promoción de la educación inclusiva en Brasil, aún existen
desafíos importantes que deben ser enfrentados. Uno de los principales retos es la formación
de docentes, en tanto que muchos de ellos no están capacitados para atender las necesidades
educativas especiales de los estudiantes. Además, la accesibilidad en las escuelas y
universidades todavía presenta deficiencias significativas.
La educación inclusiva en Brasil ha sido un tema muy importante y discutido en las últimas
décadas. El país ha avanzado significativamente en la promoción de la inclusión educativa de
personas con discapacidad, trastornos del espectro autista, altas habilidades y otros grupos
vulnerables.
Sin embargo, todavía hay muchos desafíos por superar. A continuación, se presentan algunos
de los aspectos más destacados de la educación inclusiva en Brasil:
1. Ley de Inclusión: En 2015, Brasil aprobó la Ley Brasileña de Inclusión de Personas con
Discapacidad, que establece medidas para promover la inclusión social, laboral y educativa
de las personas con discapacidad en el país. Esta ley fue un gran avance en la lucha por la
igualdad de oportunidades para las personas con discapacidad en Brasil.
2. Avances en la inclusión escolar: En la última década, Brasil ha avanzado
significativamente en la inclusión educativa de los niños y jóvenes con discapacidad. En
2019, el 93,4% de los estudiantes con discapacidad estaban matriculados en escuelas
regulares, en comparación con el 78,4% en 2008.
3. Formación de docentes: A pesar de los avances, aún hay un gran número de maestros que
no están capacitados para enseñar a estudiantes con discapacidad o necesidades educativas
especiales. El gobierno brasileño ha lanzado varios programas de formación para maestros en
este ámbito, pero aún queda mucho por hacer.
4. Accesibilidad: Aunque la accesibilidad ha mejorado en Brasil, todavía hay muchas
escuelas y universidades que no están completamente adaptadas para estudiantes con
discapacidad. Esto puede dificultar su acceso a la educación y limitar su participación en la
vida escolar.
5. Desafíos culturales: Aunque Brasil ha hecho progresos en la inclusión educativa, todavía
hay barreras culturales que impiden que los estudiantes con discapacidad o necesidades
educativas especiales participen plenamente en la vida escolar. Estos desafíos incluyen
actitudes negativas hacia la discapacidad, falta de conocimiento y comprensión sobre las
necesidades educativas especiales, y prejuicios sociales.
En conclusión, Brasil ha avanzado en la promoción de la educación inclusiva en las últimas
décadas, pero aún hay muchos desafíos por superar. El país necesita continuar invirtiendo en
programas de formación para maestros, mejorar la accesibilidad en las escuelas y
universidades, y superar los desafíos culturales que impiden que los estudiantes con
discapacidad participen plenamente en la vida escolar.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24
de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº
10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 2005.
BRASIL. Relatório do Grupo de Trabalho designado por Portaria Ministerial para elencar
subsídios à Política Linguística de Educação Bilíngue – Língua Brasileira de Sinais e Língua
Portuguesa. Brasília: MEC/SEESP, 2014.
FENEIS. Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. A educação que nós
surdos queremos. Documento elaborado pela comunidade surda a partir do pré-congresso ao
V Congresso latinoamericano de Educação Bilíngue para Surdos, realizado em Porto
Alegre/RS, no salão de atos da reitoria da UFRGS, nos dias 20 a 24 de abril de 1999.
Disponível em: <http://www.feneis.org.br/arquivos/A%20EDUCA% C7%C3O%20
QUE%20N%D3S%20SURDOS%20QUEREMOS.doc>. Acesso em: 27/03/2023.
FERNANDES, S., & Moreira, L. C. (2014). Políticas de educação bilíngue para surdos: o
contexto brasileiro. Educar em Revista, (numeroesp02), 51-69.