Você está na página 1de 12

Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e

História – ILAACH.

Educação bilíngue e
inclusiva

Laura Maria Casuin Nunes, Walter Bastos, Lara, Betsabe, Adrian René
Educação bilíngue

Uma política linguística na educação que envolve o uso de dois idiomas como meios de
instrução pode ser adotada. Existem diversos modelos de educação bilíngue, que variam de
acordo com os objetivos perseguidos, sendo os mais comuns os modelos aditivo e subtrativo.
Em programas de educação bilíngue aditiva, ambos os idiomas são valorizados e recebem o
mesmo reconhecimento, sendo ensinados e aprendidos de forma sistemática ao longo dos
anos de escolaridade, com o objetivo de desenvolver a alfabetização e a comunicação em
ambos os idiomas. Já em programas de educação bilíngue subtrativos ou transitórios, um dos
idiomas (geralmente o primeiro idioma ou a língua materna do aluno, que muitas vezes é uma
língua minoritária) é usado para favorecer a aquisição do outro idioma (geralmente o segundo
idioma ou subsequente, que é geralmente a língua oficial ou dominante), com o ensino e a
aprendizagem do primeiro idioma sendo gradualmente reduzidos, com o objetivo de
desenvolver a alfabetização e a comunicação no segundo idioma.

DECRETO Nº 5.626, de 22 DE DEZEMBRO DE 2005

O Artigo 1º deste Decreto tem por finalidade regulamentar a Lei nº 10.436, de 24 de abril de
2002, e o artigo 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

De acordo com o Artigo 2º deste Decreto, pessoa surda é aquela que, devido à perda auditiva,
utiliza experiências visuais para compreender e interagir com o mundo, sendo que sua cultura
é expressa principalmente por meio da Língua Brasileira de Sinais - Libras. É considerada
deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou
mais, medida por meio de audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e
3.000Hz, conforme estabelecido no parágrafo único.

INCLUSÃO DA LIBRAS COMO DISCIPLINA CURRICULAR

O Artigo 3º deste Decreto estabelece que a Língua Brasileira de Sinais - Libras deve ser
incluída como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o
exercício do magistério, tanto em nível médio quanto superior, bem como nos cursos de
Fonoaudiologia das instituições de ensino públicas e privadas, do sistema federal de ensino e
dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

De acordo com o Parágrafo 1º, todos os cursos de licenciatura, incluindo as diferentes áreas
do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso normal superior, o curso de
Pedagogia e o curso de Educação Especial são considerados cursos de formação de
professores e profissionais da educação para o exercício do magistério.

Já o Parágrafo 2º estabelece que a Libras deve ser uma disciplina curricular optativa nos
demais cursos de educação superior e na educação profissional, a partir de um ano após a
publicação deste Decreto.
FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE LIBRAS E DO INSTRUTOR DE LIBRAS

Artigo 4: A formação de professores para ensinar Libras nas séries finais do ensino
fundamental, ensino médio e educação superior deve ser realizada em nível superior, em um
curso de graduação de Licenciatura Plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua
Portuguesa como segunda língua.

Parágrafo único: Pessoas surdas terão prioridade nos cursos de formação mencionados no
artigo acima.

Artigo 5: A formação de professores para ensinar Libras na educação infantil e nos anos
iniciais do ensino fundamental deve ser realizada em um curso de Pedagogia ou em um curso
normal superior, no qual Libras e Língua Portuguesa escrita sejam as línguas de instrução,
permitindo a formação bilíngue.

Parágrafo 1: É permitida a formação mínima de professores para ensinar Libras na educação


infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental em um curso de nível médio na modalidade
normal, que permita a formação bilíngue mencionada no artigo acima.

2º Será dada prioridade às pessoas surdas nos cursos de formação mencionados no parágrafo
anterior.

Art. 6º A formação de instrutor de Libras em nível médio pode ser obtida por meio de:

I - cursos de educação profissional;

II - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior; e

III - cursos de formação continuada promovidos por instituições credenciadas por secretarias
de educação.

§ 1º A formação do instrutor de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil
que representem a comunidade surda, desde que o certificado seja validado por pelo menos
uma das instituições mencionadas nos incisos II e III.

§ 2º Será dada prioridade às pessoas surdas nos cursos de formação mencionados no


parágrafo anterior.

Art. 7º Nos próximos dez anos, a partir da publicação deste Decreto, se não houver docentes
com título de pós-graduação ou graduação em Libras disponíveis para ensinar a disciplina em
cursos de educação superior, ela poderá ser ministrada por profissionais que atendam a pelo
menos um dos seguintes critérios:
Professor de Libras, usuário dessa língua, com formação de pós-graduação ou graduação
plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como segunda língua, e
certificado de proficiência em Libras obtido por meio de exame promovido pelo Ministério
da Educação;
II - Instrutor de Libras, usuário dessa língua com formação de nível médio e com certificado
obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido pelo Ministério da
Educação;

III - Professor ouvinte bilíngue: Libras - Língua Portuguesa, com pós-graduação ou formação
superior e com certificado obtido por meio de exame de proficiência em Libras, promovido
pelo Ministério da Educação.

§ 1º As pessoas surdas terão prioridade nos casos previstos nos incisos I e II para ministrar a
disciplina de Libras.

§ 2º Os sistemas e instituições de ensino da educação básica e superior devem incluir o


professor de Libras em seu quadro de magistério a partir de um ano da publicação deste
Decreto.

Art. 8º O exame de proficiência em Libras, mencionado no art. 7º, deve avaliar a fluência no
uso, o conhecimento e a competência para o ensino dessa língua.

§ 1º O exame de proficiência em Libras deve ser realizado anualmente pelo Ministério da


Educação e por instituições de ensino superior credenciadas para esse fim.

§ 2º A certificação de proficiência em Libras habilitará o instrutor ou o professor para a


função docente.

USO E DA DIFUSÃO DA LIBRAS E DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ACESSO


DAS PESSOAS SURDAS À EDUCAÇÃO

Artigo 14 - Acessibilidade à educação para pessoas surdas

As instituições federais de ensino são obrigadas a garantir o acesso à comunicação,


informação e educação para pessoas surdas em todos os níveis, etapas e modalidades de
educação, desde a educação infantil até a educação superior. Para cumprir com essa
obrigação, as instituições federais de ensino devem:

Promover cursos de formação de professores para ensino e uso da Língua Brasileira de Sinais
(Libras), tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa e ensino da Língua
Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas;

Ofertar, obrigatoriamente, o ensino da Libras e da Língua Portuguesa como segunda língua


para alunos surdos desde a educação infantil;
Prover as escolas com professores e instrutores de Libras, tradutores e intérpretes de Libras -
Língua Portuguesa, professores para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua
para pessoas surdas e professores regentes de classe com conhecimento acerca da
singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos;

Garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos desde a


educação infantil nas salas de aula e em salas de recursos em turno contrário ao da
escolarização;

Apoiar na comunidade escolar o uso e a difusão de Libras entre professores, alunos,


funcionários, direção da escola e familiares, inclusive por meio da oferta de cursos;

Adotar mecanismos de avaliação coerentes com o aprendizado de segunda língua na correção


das provas escritas, valorizando o aspecto semântico e reconhecendo a singularidade
linguística manifestada no aspecto formal da Língua Portuguesa;

Desenvolver e adotar mecanismos alternativos para a avaliação de conhecimentos expressos


em Libras, desde que devidamente registrados em vídeo ou em outros meios eletrônicos e
tecnológicos;

Disponibilizar equipamentos, acesso às novas tecnologias de informação e comunicação, bem


como recursos didáticos para apoiar a educação de alunos surdos ou com 0deficiência
auditiva.

Os professores da educação básica, bilíngues, aprovados em exame de proficiência em


tradução e interpretação de Libras - Língua Portuguesa podem exercer a função de tradutor e
intérprete de Libras - Língua Portuguesa, que é uma função distinta da função de professor
docente. As instituições privadas e as públicas dos sistemas de ensino federal, estadual,
municipal e do Distrito Federal devem buscar implementar as medidas referidas neste artigo
como meio de assegurar atendimento educacional especializado aos alunos surdos ou com
deficiência auditiva.

Artigo 15 - Ensino de Libras e Língua Portuguesa escrita para alunos surdos

O ensino de Libras e da Língua Portuguesa escrita, como segunda língua para alunos surdos,
deve ser ministrado em uma perspectiva dialógica, funcional e instrumental para
complementar o currículo

Políticas de educação Bilíngue para Surdos


O contexto social de inserção dos surdos na sociedade historicamente os aloca em posições
de anormalidade e deficiência, restringindo suas capacidades às representações e aos
discursos que a sociedade faz dessas pessoas. Nesse sentido, fez-se necessário criar espaços
de diálogos que possibilitassem a problematização de crenças hegemônicas frequentemente
disseminadas. Assim, movimentos começam a emergir, sobretudo na década de 90, com o
intuito de abranger a luta dessas pessoas principalmente no que concerne ao acesso à
comunicação inclusiva, à construção de uma educação bilíngue e à busca da desconstrução de
estereótipos e ideias infundadas. 

A inauguração do campo discursivo acadêmico para tratar da linguagem de pessoas surdas foi
crucial para o debate sobre o bilinguismo, tendo contribuição fundamental dos Estudos
Surdos (campo epistemológico de estudo) como principal ferramenta no embate da surdez
como patologia e como limitação. Contudo, ainda com avanços como o reconhecimento da
importância da Libras como língua de comunicação para os surdos, e da necessidade de seu
desenvolvimento para uso no âmbito familiar, escolar, institucional e outros, a disputa
constituída entre a Língua Portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais não cessou, construindo
na verdade, um panorama de tensão no plano das interações verbais e refletindo diretamente
na questão da educação bilíngue para surdos.

A Lei Federal 10.436 de 2002, que instaurou de fato a Língua Brasileira de Sinais não se
mostrou suficiente para assegurar o direito de comunicação aos surdos, ao passo que, nas
escolas, por exemplo, não existe de fato um trabalho em cima da necessidade de
conhecimento da língua, dificultando a comunicação, por exemplo, entre alunos surdos e
professores, o que fortalece a tensão já mencionada nas interações sociais e propaga ainda
mais o caráter da relação de poder estabelecida entre a Língua Portuguesa e a Libras. 

O decreto 5.626/2005 responsável por regulamentar a Lei de Libras define a pessoa surda
como “ aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira
de Sinais – Libras”, tal definição, ao passo que abre caminho para a compreensão da
necessidade de universalização da Libras nos mais diversos contextos da sociedade, restringe
o surdo a uma condição clínica, o qual pode ser um fator negativo na propagação do ensino
bilíngue para essa comunidade.

A condição clínica delimitada pelas leis ou decretos que visam assegurar o direito à
comunicação das pessoas surdas acaba por isolar os indivíduos, afetando de fato o
desenvolvimento de políticas voltadas para o ensino bilíngue, seja nas escolas, instituições ou
no próprio seio familiar. Desta forma, no ano de 1999, o V Congresso Latino-Americano de
Educação Bilíngue para Surdos, realizado pelo NUPPES/UFRGS buscou discutir não só a
implementação de uma educação bilíngue para essa comunidade como também a construção
das identidades, cultura e educação de seus integrantes. 

Em detrimento dos parâmetros estabelecidos no congresso, diversos avanços foram feitos,


sobretudo na constituição de leis que fundamentassem a educação para surdos. Uma das
principais se traduz no garantimento das línguas de sinais como elemento natural da
comunicação desses indivíduos “59. Considerar que as línguas de sinais são línguas naturais
das comunidades surdas, constituindo línguas completas e com estrutura independente das
línguas orais (p. 9) (FENEIS, 1999). Desta forma, com o garantimento da língua de sinais
como meio de comunicação principal das pessoas surdas, a Língua Portuguesa enquanto
idioma oficial para o país atuaria como segunda língua para essa comunidade, sendo
obrigatória inclusive no currículo escolar, impondo assim a condição de bilinguismo, assim
como determinado pelo MEC/SEESP:

A Educação Bilíngue de surdos envolve a criação de ambientes linguísticos para a aquisição


da Libras como primeira língua (L1) por crianças surdas, no tempo de desenvolvimento
linguístico esperado e similar ao das crianças ouvintes, e a aquisição do português como
segunda língua (L2). [...] O objetivo é garantir a aquisição e a aprendizagem das línguas
envolvidas como condição necessária à educação do surdo, construindo sua identidade
linguística e cultural em Libras e concluir a educação básica em situação de igualdade com as
crianças ouvintes e falantes do português (BRASIL, 2014, p. 6).

FORMAS O TIPOS DE EDUCACIÓN INCLUSIVA.

En Brasil, existen diferentes tipos o formas de educación inclusiva para garantizar el acceso y
la participación de todos los estudiantes en la educación. Aquí hay algunos ejemplos:
1. Educación especial: La educación especial en Brasil se refiere a la educación de
estudiantes con discapacidades, trastornos del aprendizaje y necesidades educativas
especiales. En Brasil, la educación especial es un derecho garantizado por la Constitución
Federal y está regulada por la Ley de Directrices y Bases de la Educación Nacional (LDB) y
la Política Nacional de Educación Especial en la Perspectiva de la Educación Inclusiva.
El sistema educativo brasileño tiene un enfoque inclusivo que busca la educación para todos,
independientemente de sus capacidades, limitaciones y necesidades. El Ministerio de
Educación es responsable de la política educativa, que incluye la educación especial, y
trabaja en colaboración con las autoridades estatales y locales para garantizar que todos los
estudiantes tengan acceso a la educación y los recursos adecuados.
En Brasil, existen escuelas especiales y unidades de apoyo en escuelas regulares para la
educación de estudiantes con discapacidades y necesidades educativas especiales. Estos
servicios están disponibles para estudiantes de todas las edades y niveles educativos, desde la
educación infantil hasta la educación superior. Además, la educación especial en Brasil
también incluye servicios de intervención temprana para niños pequeños con discapacidades
o trastornos del desarrollo.
En este modelo, los estudiantes pueden ser matriculados en escuelas especiales o en aulas de
recursos multifuncionales dentro de escuelas regulares, donde se les proporciona un apoyo
pedagógico específico.
La educación especial en Brasil ha avanzado significativamente en los últimos años, pero
todavía existen desafíos en la implementación de políticas efectivas y en la garantía de acceso
a la educación de calidad para todos los estudiantes
2. Educación integrada:
La educación especial integrada en Brasil se refiere a un sistema educativo inclusivo que
tiene como objetivo garantizar el acceso a la educación de calidad para todos los estudiantes,
independientemente de sus necesidades especiales.
En 2008, Brasil promulgó la Ley de Educación Nacional, que establece que la educación
especial debe estar integrada en la educación regular, en lugar de ser un sistema separado.
Esto significa que los estudiantes con discapacidades o necesidades especiales deben ser
incluidos en las mismas escuelas y clases que los demás estudiantes, siempre que sea posible.
Además, la Ley Brasileña de Inclusión de Personas con Discapacidad, aprobada en 2015,
establece que todas las escuelas públicas y privadas deben proporcionar recursos y apoyo
para garantizar la inclusión y la igualdad de oportunidades para los estudiantes con
discapacidades.
En este modelo, se promueve la inclusión de estudiantes con discapacidades en el sistema
educativo regular. Los estudiantes con necesidades especiales reciben una educación
adaptada a sus necesidades en el mismo ambiente y con los mismos recursos pedagógicos que
los demás estudiantes. La educación integrada se realiza a través de la colaboración entre los
maestros y los profesionales de la educación especial.
A pesar de estos esfuerzos, la educación especial integrada en Brasil todavía enfrenta desafíos
significativos, como la falta de recursos y la falta de capacitación adecuada para los
profesionales de la educación. Sin embargo, la política de educación inclusiva en Brasil sigue
siendo un modelo para otros países de la región.

3. Educación inclusiva comunitaria: La educación comunitaria inclusiva en Brasil es un


enfoque que busca promover la inclusión educativa de las personas con discapacidad,
trastornos globales del desarrollo y altas capacidades/superdotación, así como otras formas de
diversidad humana, en todas las etapas y modalidades de la educación básica.
Este enfoque se basa en el entendimiento de que la inclusión educativa es un derecho humano
fundamental y que la diversidad humana debe ser valorada y respetada en la construcción de
una sociedad más justa e igualitaria. La educación inclusiva comunitaria hace hincapié en la
importancia de la participación de la comunidad local en el proceso educativo y en la
construcción de escuelas más inclusivas.
Este tipo de educación se enfoca en involucrar a la comunidad en el proceso educativo. Las
escuelas se convierten en centros comunitarios, donde se realizan actividades y programas
que involucran a la comunidad en la educación de los niños. Esto promueve la inclusión y la
participación de todas las personas en la educación, incluyendo a aquellos que viven en áreas
rurales o en situaciones de vulnerabilidad social.
En Brasil, la educación inclusiva comunitaria está respaldada por la Constitución Federal de
1988, la Ley de Educación Brasileña (LDB) de 1996 y la Convención de las Naciones Unidas
sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad, ratificada por el país en 2008.
Para implantar la educación inclusiva comunitaria, es necesario garantizar las condiciones de
formación del profesorado, la accesibilidad arquitectónica y pedagógica de las escuelas, la
atención educativa especializada, la adaptación de los materiales didácticos y la promoción
de la cultura inclusiva en las escuelas y en la sociedad en general.
A pesar de los avances alcanzados en los últimos años, aún quedan muchos desafíos por
enfrentar para que la educación brasileña sea más inclusiva y accesible a todos los alumnos.
Es importante que las políticas públicas y las acciones dirigidas a la educación inclusiva se
amplíen y mejoren para garantizar el pleno ejercicio del derecho a la educación de todas las
personas, independientemente de sus características personales.

4. Programas de apoyo: En Brasil, existen varios programas de apoyo a la educación especial,


tanto a nivel federal como estatal y municipal. Están diseñados para proporcionar recursos y
apoyo a los estudiantes con necesidades educativas especiales. Estos programas pueden
incluir asistencia tecnológica, materiales didácticos adaptados y entrenamiento para padres y
maestros.

A continuación, se presentan algunos de los programas más destacados

1. Programa de Apoyo a la Educación Especial (PAEE): Este programa es coordinado por el


Ministerio de Educación y tiene como objetivo garantizar el acceso y la permanencia de los
estudiantes con discapacidad en la educación básica. El programa proporciona recursos para
la formación de docentes y la adquisición de materiales didácticos y equipos para atender a
los estudiantes con discapacidad.

2. Programa Nacional de Apoyo a la Inclusión de Personas con Discapacidad (PRONASCI):


Este programa es coordinado por el Ministerio de Justicia y Seguridad Pública y tiene como
objetivo fomentar la inclusión de las personas con discapacidad en la sociedad. El programa
proporciona recursos para la implementación de políticas públicas en diferentes áreas,
incluyendo la educación.

3. Programa de Atención a las Necesidades Específicas de Educación (PANEE): Este


programa es coordinado por los gobiernos estatales y municipales y tiene como objetivo
garantizar el acceso y la permanencia de los estudiantes con discapacidad en la educación
básica. El programa proporciona recursos para la formación de docentes y la adquisición de
materiales didácticos y equipos para atender a los estudiantes con discapacidad.

4. Programa Nacional de Tecnología Educativa (ProInfo): Este programa es coordinado por el


Ministerio de Educación y tiene como objetivo fomentar el uso de la tecnología en la
educación. El programa proporciona recursos para la adquisición de equipos y materiales
tecnológicos para atender a los estudiantes con discapacidad.
Estos son solo algunos de los programas de apoyo a la educación especial en Brasil. Es
importante destacar que la implementación y el funcionamiento de estos programas pueden
variar según la región y la institución educativa.
En resumen, la educación inclusiva en Brasil se realiza a través de diferentes modelos,
incluyendo la educación especial, la educación integrada, la educación inclusiva comunitaria
y los programas de apoyo. El objetivo de estos modelos es garantizar que todos los
estudiantes tengan acceso a una educación de calidad, independientemente de sus habilidades
o necesidades educativas especiales.
Assim, apesar da instituição da LIBRAS como língua a ser aprendida nos primeiros anos da
vida escolar e posteriormente a Língua Portuguesa como segunda língua, o que ocorre de fato
é a inversão de tal dinâmica, uma vez que as crianças surdas não têm desde cedo contato com
sua cultura e vivem em um ambiente majoritariamente ouvinte.

Introducción:
La educación inclusiva es un tema relevante y prioritario en Brasil, en un contexto en el que
el país enfrenta retos complejos en términos de desigualdad y exclusión social. La inclusión
educativa se presenta como una oportunidad para asegurar la igualdad de oportunidades y
mejorar la calidad de vida de grupos vulnerables. En este informe se discutirán los principales
aspectos de la educación inclusiva en Brasil, desde una perspectiva histórica, conceptual y
normativa.
Antecedentes históricos:
La educación inclusiva en Brasil se enmarca en una serie de procesos históricos, sociales y
políticos. En este sentido, es importante señalar que la Constitución de 1988 representó un
hito en el reconocimiento de los derechos de las personas con discapacidad en el país. En la
década de los noventa, la implementación de políticas públicas orientadas a la educación
inclusiva comenzó a tomar forma. En 1994, la Ley de Directrices y Bases de la Educación
Nacional estableció las bases para una educación que tuviera en cuenta la diversidad de los
estudiantes y sus necesidades. En 1999, el Ministerio de Educación lanzó el Programa de
Educación Inclusiva, con el objetivo de ofrecer recursos y apoyo para la inclusión educativa
de estudiantes con discapacidad.
Conceptos y enfoques:
La educación inclusiva implica una perspectiva de derechos humanos y de inclusión social,
que promueve la igualdad de oportunidades y el acceso a la educación de todos los
estudiantes, independientemente de sus características personales. Este enfoque reconoce la
diversidad y las necesidades específicas de cada estudiante, y busca ofrecer un ambiente
educativo en el que se valore la participación, la colaboración y el respeto por la diferencia.
La educación inclusiva no solo se centra en la inclusión de personas con discapacidad, sino
que también considera a otros grupos vulnerables, como los estudiantes de bajos ingresos, los
afrodescendientes, los indígenas, los migrantes y los refugiados.
Normativa y políticas públicas:
En los últimos años, el marco normativo y las políticas públicas han sido fundamentales para
la promoción de la educación inclusiva en Brasil. En este sentido, la Ley Brasileña de
Inclusión de Personas con Discapacidad (2015) representa un hito en la lucha por la igualdad
de oportunidades y la inclusión social en el país. Esta ley establece medidas para la
promoción de la accesibilidad, la eliminación de barreras arquitectónicas, la formación de
docentes y la inclusión educativa de personas con discapacidad. Además, el Programa de
Apoyo a la Educación Inclusiva (2015) busca ofrecer recursos y apoyo para la inclusión
educativa de estudiantes con discapacidad en todo el país.

Desafíos y perspectivas:
A pesar de los avances en la promoción de la educación inclusiva en Brasil, aún existen
desafíos importantes que deben ser enfrentados. Uno de los principales retos es la formación
de docentes, en tanto que muchos de ellos no están capacitados para atender las necesidades
educativas especiales de los estudiantes. Además, la accesibilidad en las escuelas y
universidades todavía presenta deficiencias significativas.

La educación inclusiva en Brasil ha sido un tema muy importante y discutido en las últimas
décadas. El país ha avanzado significativamente en la promoción de la inclusión educativa de
personas con discapacidad, trastornos del espectro autista, altas habilidades y otros grupos
vulnerables.
Sin embargo, todavía hay muchos desafíos por superar. A continuación, se presentan algunos
de los aspectos más destacados de la educación inclusiva en Brasil:
1. Ley de Inclusión: En 2015, Brasil aprobó la Ley Brasileña de Inclusión de Personas con
Discapacidad, que establece medidas para promover la inclusión social, laboral y educativa
de las personas con discapacidad en el país. Esta ley fue un gran avance en la lucha por la
igualdad de oportunidades para las personas con discapacidad en Brasil.
2. Avances en la inclusión escolar: En la última década, Brasil ha avanzado
significativamente en la inclusión educativa de los niños y jóvenes con discapacidad. En
2019, el 93,4% de los estudiantes con discapacidad estaban matriculados en escuelas
regulares, en comparación con el 78,4% en 2008.
3. Formación de docentes: A pesar de los avances, aún hay un gran número de maestros que
no están capacitados para enseñar a estudiantes con discapacidad o necesidades educativas
especiales. El gobierno brasileño ha lanzado varios programas de formación para maestros en
este ámbito, pero aún queda mucho por hacer.
4. Accesibilidad: Aunque la accesibilidad ha mejorado en Brasil, todavía hay muchas
escuelas y universidades que no están completamente adaptadas para estudiantes con
discapacidad. Esto puede dificultar su acceso a la educación y limitar su participación en la
vida escolar.
5. Desafíos culturales: Aunque Brasil ha hecho progresos en la inclusión educativa, todavía
hay barreras culturales que impiden que los estudiantes con discapacidad o necesidades
educativas especiales participen plenamente en la vida escolar. Estos desafíos incluyen
actitudes negativas hacia la discapacidad, falta de conocimiento y comprensión sobre las
necesidades educativas especiales, y prejuicios sociales.
En conclusión, Brasil ha avanzado en la promoción de la educación inclusiva en las últimas
décadas, pero aún hay muchos desafíos por superar. El país necesita continuar invirtiendo en
programas de formación para maestros, mejorar la accesibilidad en las escuelas y
universidades, y superar los desafíos culturales que impiden que los estudiantes con
discapacidad participen plenamente en la vida escolar.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24
de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº
10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 2005.

BRASIL. Relatório do Grupo de Trabalho designado por Portaria Ministerial para elencar
subsídios à Política Linguística de Educação Bilíngue – Língua Brasileira de Sinais e Língua
Portuguesa. Brasília: MEC/SEESP, 2014. 

FENEIS. Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. A educação que nós
surdos queremos. Documento elaborado pela comunidade surda a partir do pré-congresso ao
V Congresso latino­americano de Educação Bilíngue para Surdos, realizado em Porto
Alegre/RS, no salão de atos da reitoria da UFRGS, nos dias 20 a 24 de abril de 1999.
Disponível em: <http://www.feneis.org.br/arquivos/A%20EDUCA% C7%C3O%20
QUE%20N%D3S%20SURDOS%20QUEREMOS.doc>. Acesso em: 27/03/2023.

FERNANDES, S., & Moreira, L. C. (2014). Políticas de educação bilíngue para surdos: o
contexto brasileiro. Educar em Revista, (numeroesp02), 51-69.

CUKIERKORN, Beatriz. SANTORO, Beatryz. CARVALHO, Caio. DE RE, Eduardo. LINO,


Ernesto. MENEGHELLI, Juliana. CUSTÓDIO, Lucas. Educación inclusiva: ¿Qué es y cómo
aplicarla?. Politize, 2021. Disponible en:
˂https://www.politize.com.br/equidade/blogpost/educacao-inclusiva/˃. Consultado el: 22 de
abril del 2023.
ALVES, Gabriela. Educación inclusiva, legislación en implementación. EDUCA, 2016.
Disponible en: ˂
http://educa.fcc.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1982-99492018000200214&lng=
pt&nrm=iso˃. Consultado el: 23 de abril del 2023

SIGNIFICADO de educación inclusiva. Significados. Disponible en:


˂https://www.significados.com.br/educacao-inclusiva/#:~:text=Escola%20especial%3A%20p
ara%20alunos%20com,transtorno%2C%20e%20nem%20altas%20habilidades.˃. Consultado
el: 23 de abril del 2023.

· EDUCACIÓN inclusiva: conozca la historia de la legislación sobre la inclusión. Todos


pela educaçao, 2020. Disponible
en:˂https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-educac
ao-inclusiva/˃ consultado el: 24 de abril del 2023

· EDUCACION comunitaria barrio-escuela y la relación orgánica con la comunidad.


Portal Aprendiz, 2008. Disponible
en:˂https://portal.aprendiz.uol.com.br/content/educacao-comunitaria-bairro-escola-e-a-relaca
o-organica-com-a-comunidade˃. Consultado el día: 24 de abril del 2023.

Você também pode gostar