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SÃO PAULO
2021
ÍNDICE
ORGANIZAÇÃO E INÍCIO DA
1Curso de Busca e Salvamento Urbano OPERAÇÃO DE USAR
Objetivos
ABREVIATURAS
- ACSU (Unidade de Apoio para Ativação e Coordenação - Activation and Coordination Support Unit);
- GDACS (Sistema Global de Alerta e Coordenação para Desastres - Global Disaster Alert and
Coordination System);
- OCHA (Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários - United Nations Office for the
Coordination of Humanitarian Affairs);
- OSOCC (Virtual – Centro Virtual de Coordenação de Operações sobre o local - Virtual On-Site
Operations Coordination Center);
- UNDAC (Equipe das Nações Unidas para avaliação e Coordenação em Casos de Desastre - United
Nations Disaster Assessment and Coordination team);
INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento moderno, o mundo vem, ao longo dos tempos, sofrendo diversas
alterações ambientais, muitos desastres naturais ou provocados pelo homem tem ocorrido, causando
importantes danos como perda de vidas humanas e enormes prejuízos ao patrimônio. Conforme estes
desastres foram acontecendo, grupos especializados se uniram com propósito de diminuir o sofrimento
humano, minimizar os danos e ajudar na recuperação básica dos serviços essenciais para dar o mínimo
de qualidade de vida para a população atingida. Através da ONU (Organização das Nações Unidas)
foram criados vários mecanismos para atuarem de forma organizada e padronizada nos grandes desastres
internacionais.
Um destes mecanismos foi o OCHA (Escritório das Nações Unidas para os Assuntos
Humanitários) que deu origem ao INSARAG (International Search and Rescue Advisory Group) Grupo
Consutor Internacional de Busca e Salvamento, que está atuando no mundo classificando equipes
internacionais para trabalharem de forma técnica, padronizada e sob um mesmo gerenciamento dentro
dos grandes desastres.
Dezenas de países em todo o mundo já aderiram a metodologia de trabalho do INSARAG, a cada
ano que passa mais países estão se classificando, sendo possível notar nos grandes desastres a eficiência
no gerenciamento, a economia de meios e o mais importante, o número de vidas salvas.
São Paulo, através do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, tem há
pouco mais de duas décadas implantado noções da metodologia INSARAG que muito tem contribuído
na capacitação e no gerenciamento das grandes ocorrências, principalmente nas técnicas de Busca e
Salvamento, como também na segurança de todo efetivo empregado nas emergências.
1. INSARAG
INSARAG foi criado em 1991, resultado de uma sequência de iniciativas das equipes USAR
(Urban Search and Rescue – Busca e Salvamento Urbano) internacionais especializadas que operaram
juntas no terremoto do México em 1985 e no terremoto da Armênia em 1988. Definido como uma rede
humanitária inter-governamental de gestores de desastres, autoridades governamentais, organizações não-
governamentais (ONGs) e praticantes USAR, operando sob a égide da ONU, participando no apoio para
a implementação da Estratégia Internacional para a Redução de Desastres (ISDR).
A Assembleia Geral da ONU é um órgão deliberativo em que quase duzentos países têm direito a
voto para discutirem assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta. Foi em uma
Assembleia, dia 16 de dezembro de 2002, que se endossou o uso das Guias e a metodologia INSARAG
consolidando a eficácia e a Coordenação na ajuda internacioanal USAR (Urban Seanch and Rescue)
Busca e Salvamento Urbano.
Tem como objetivo melhorar a cooperação e a coordenação entre as equipes USAR internacionais
nos locais de desastre, promover atividades para intensificar a preparação USAR nos países propensos a
desastres, desenvolver guias e procedimentos padronizados com a metodologia INSARAG, assim como,
definir normas de requisitos mínimos para as equipes internacionais.
Para facilitar a organização das equipes e o gerenciamento dos países envolvidos com o
INSARAG, o mundo foi dividido em três partes, onde cada uma delas é regido por um Diretor Regional
temporário, sendo ele o meio de ligação dos países com a Secretaria Geral do INSARAG que fica em
Genebra, na Suíça. Os três Grupos Regionais INSARAG são:
Esses três Grupos Regionais se reúnem anualmente para a adoção de medidas de fortalecimento
na preparação para desastres nacionais e regionais e na resposta USAR. Os Grupos Regionais trabalham
para garantir que a direção estratégica e as diretrizes do Grupo de Direção sejam implementadas e as
informações relevantes assimiladas pelos países participantes.
Cada Grupo Regional é dirigido por um sistema onde há um Diretor e dois Vice-diretores,
composto por novos e antigos diretores. Eles têm um mandato de um ano e representam a Região no
Grupo de Direção. Os países e organizações são representados nos Grupos Regionais pelos seus Pontos
Focais Políticos e Pontos Focais Operacionais.
Os Grupos Regionais são responsáveis pela implantação das decisões do Grupo de Direção em
nível regional, bem como se encarregarem do programa anual regional e das atividades planejadas para a
região. Juntamente com a Secretaria, trabalham em conjunto com os Escritórios Regionais para a
Coordenação de Assuntos Humanitários regionais e com os escritórios nos países para garantir a sinergia
com os planos do OCHA e das prioridades para a região. Eles também endossam a criação de grupos sub-
regionais de parceiros colaborativos e relevantes.
Os grupos sub-regionais de parcerias colaborativas são iniciados nas regiões onde eles se
estabelecem – de acordo com critérios geográficos, culturais e de linguagem – garantindo a implantação
efetiva dos encargos INSARAG.
4. GUIAS DO INSARAG
❑ VOLUME I – Política
Este Volume descreve a metodologia INSARAG para operações internacionais de busca e
salvamento urbano e as políticas que as sustentam. Explica a figura de organizações patrocinadoras
nomeadas para serem Pontos Focais Políticos em um país – aquela que representa a capacidade do
país em prover ou receber assistência USAR, e outras figuras envolvidas na prestação de assistência
humanitária em um nível de políticas ou tomada de decisões.
Este volume fornece informações táticas e de campo rapidamente, e deve ser de conhecimento de
todos os membros de equipes USAR em treinamento e em missões.
Recurso operacional pertencente ao sistema de resposta, em nível nacional, regional e local que
conta com uma base administrativa, organizacional e normativa exigida por organismos
internacionais. Deve ser integrado por pessoas qualificadas e preparadas sob um esquema de treinamento
contínuo, com capacidade operacional para realizar trabalhos de busca e localização, assim como transpor
com segurança obstáculos estruturais para estabilizar e resgatar pessoas em um espaço vital isolado no
interior de uma estrutura colapsada.
• Nível Intermediário - Mínimo 40 pessoas, ter capacidade para trabalhar durante 24 h em um único
local durante 7 dias.
• Nível Pesado – Mínimo 59 pessoas, ter capacidade para trabalhar durante 24 h, no mínimo em
dois lugares ao mesmo, durante 10 dias.
Dentro de uma equipe USAR, independente do nível, cada componente tem uma função específica,
cumprindo o que determina a metodologia INSARAG. Os componentes de uma equipe USAR se dividem
em:
• Gestão/administração;
• Busca;
• Salvamento;
• Assitência médica; e
• Logística.
Cada componente de uma equipe USAR tem uma função específica conforme a fase do ciclo de
resposta que está sendo desenvolvido no momento do desastre, cada momento está descrito conforme
segue.
7.1 Preparação
7.1.1 Equipe USAR de Gestão
• Responsável pelo planejamento e condução de equipes, treinamento e implantação da
equipe USAR ao longo de todo o ciclo de resposta USAR sustentável.
• Responsável por respeitar o treinamento dentro dos padrões mínimos INSARAG.
• Assegurar a identificação correta das funções da equipe USAR.
• Garantir que todos sejam treinados em segurança.
• Garantir que a função de segurança seja atribuída a um membro da equipe.
• Responsável por manter a coordenação com as autoridades nacionais (Órgãos do
governo) e parceiros internacionais (Equipes INSARAG) e sendo ativo sobre o VO (Virtual OSOCC -
On-Site Operations Coordination Centre – Centro de Coordenação de Operações no Local).
• Garantir a disponibilidade da equipe USAR, todasas vezes, e que a organização de
mobilização mantenha um sistema imediato de chamada sempre atualizado.
• Responsável pelo registro da equipe USAR no Diretório USAR INSARAG.
7.2 Mobilização
7.2.1 Equipe USAR Gestão
• Certifique a partida dentro de dez horas após o pedido de assistência;
. O Líder de equipe USAR tem a responsabilidade geral de pessoal, equipamentos e
operações da ativação da equipe até o seu retorno para casa.
• Recolher e analisar informações sobre o desastre e da situação real no país afetado no
VO.
7.3 Operação
7.3.1 Equipe USAR de Gestão
• O LEMA do país afetado é a autoridade responsável geral pela resposta a desastres,
equipes USAR têm que aderir com as políticas e procedimentos do país afetado em relação às operações
de incidentes.
• Gerenciamento de equipe é responsável pela gestão de todos os aspectos das operações
da equipe, garantindo todas as áreas funcionais durante as operações. Eles também são responsáveis por
avaliar o progresso das atividades.
. Coordenar com a LEMA, RDC e OSOCC durante toda a operação; todo o
planejamento tem que ser feito em cooperação e informação através de um intercâmbio com OSOCC e o
LEMA.
• Assegurar que os esforços da equipe USAR sejam integrados com as operações locais.
7.4 Desmobilização
7.4.1 Equipe USAR de Gestão
• Desmobilização tem que ser planejada e coordenada desde o início da operação. Todos
os participantes, incluindo o OSOCC e o LEMA, devem ser envolvidos no planejamento desde o início.
• Uma transferência adequada do serviço deve ser realizada para as equipes USAR que
assumem as tarefas da equipe de partida.
• As equipes são obrigadas a preencher e enviar o Formulário de Desmobilização ao
OSOCC que, com base no pedido da equipe, deve fornecer uma data e hora de previsão de partida.
• As equipes são obrigadas a preencher e enviar a documentação ao OSOCC.
• Planejar e comunicar possíveis doações para a LEMA e / ou comunidade afetada.
• Antes de deixar a área, o Líder da Equipe USAR deve se reunir com o OSOCC, a
LEMA, e os líderes políticos da comunidade, conforme apropriado, para completar a participação da
equipe.
• Se apropriado, comunicar aos meios de comunicação o fim dos trabalhos e da partida
(em coordenação com a LEMA e OSOCC).
7.5 Pós-Missão
7.5.1 Equipe USAR de Gestão
• O processo pós-ação inclui a compilação de um Relatório Pós-Missão documentando
questões administrativas e preocupações operacionais que devem ser encaminhadas ao OCHA dentro de
45 dias após o retorno para casa. Lições aprendidas devem ser incluídas no planejamento e treinamento.
7.5.2 Equipe USAR de Busca
• O grupo canino deve preparar e entregar um relatório sobre a missão de sua equipe
USAR.
7.5.3 Equipe USAR de Salvamento
• Subsidiar o relatório da equipe e identificar as lições aprendidas.
GDACS (Global Disaster Alert Coordination System) é um quadro de cooperação sob a égide da
ONU. Ele inclui gestores de desastres e sistemas de informações de desastres em todo o mundo e visa
preencher a lacuna de informação e coordenação na primeira fase após grandes catástrofes. GDACS
fornece acesso em tempo real aos sistemas de informação de desastres baseadas na web e ferramentas
de coordenação relacionados.
O OCHA (Office for the Coordination of Humanitarian Affairs) – Escritório das Nações Unidas
para Ações Humanitárias, em Genebra, atua como o Secretariado do GDACS. O GDACS envia alertas
automáticos por e-mail e SMS para os assinantes e fornece estimativas de impacto após grandes desastres
através de seu serviço on-line de avaliação do impacto de desastres em vários ambientes. Os alertas e
estimativas de impacto do GDACS são geridos pelo Centro Comum de Investigação da Comissão
Europeia, os alertas são quase que em tempo real para a comunidade internacional de resposta a desastres
que ocorrem ao redor do mundo, utilizando de ferramentas para facilitar a coordenação da resposta.
em cooperação estrita com a LEMA e a Equipe Humanitária do País (HCT). A equipe UNDAC apoia a
LEMA com a coordenação da resposta internacional incluindo as equipes USAR, avaliações de
necessidades prioritárias e gerenciamento de informações através da implantação, juntamente com outras
estruturas, de um OSOCC e um RDC, quando requeridos,
Segurança
RDC deve pedir as próximas equipes que chegarem mais pessoas para apoiar no RDC, de modo que o
RDC pode operar 24/7 de uma forma autossustentável (alimentos, água, abrigo, etc.). Cada equipe pesada
precisa transportar o equipamento técnico adicional adequado, consistindo de rádios VHF, equipamentos
de informática, como laptops, impressoras, scanners, software do usuário e software administrativo, bem
como equipamentos elétricos, como geradores de energia, para poder ficar a disposição do RDC, caso
ainda não esteja estabelecido.
Modelo de RDC
Modelos de OSOCC
8.6 Célula de Coordenação USAR (UCC)
A UCC (USAR Coordination Cell) será estabelecida a critério do Gestor OSOCC
dependendo das circunstâncias operacionais. Equipes INSARAG classificadas poderão ser obrigadas a
alocar pessoal para a UCC.
A UCC usa metodologia INSARAG para coordenar equipes internacionais USAR em
cooperação com outras funções OSOCC e autoridades nacionais.
O pessoal do UCC pode ser expandido com base no tamanho e complexidade da resposta
(por exemplo: gerente, planejamento, gerenciamento de informações e logística). O pessoal para o UCC
será geralmente fornecido por algumas das primeiras equipes classificadas do INSARAG.
A equipe da UCC deve ter conhecimento e experiência USAR com a complexa tarefa de coordenar
várias equipes internacionais, bem como a capacidade de trabalhar como membro da equipe mais ampla
do OSOCC.
Modelo de RDC
8.7 Base de Operações - BoO (Base Of Operations)
Local designado pelo OSOCC ou pela UCC para que uma equipe USAR fique baseada
para descansar, reunir, montar seu acampamento e manter sua logística. Deve ser perto do OSOCC ou
UCC, seguro, com acesso fácil, que permita comunicação, tenha saneamento e higiene, de preferência
com no máximo 50 m², perto de toda logística e apoio da operação, que tenha sido prevista pelo OSOCC
e/ou LEMA.
Tem como objetivo uma definição clara de todos os possíveis níveis operacionais que
permite que os atores de coordenação possam fazer um trabalho específico sobre o planejamento, tarefas
e operações USAR para o desenvolvimento progressivos.
9.1 Os Níveis
Existem cinco níveis operacionais para definirem as fases do potencial trabalho
relacionado às equipes USAR. Deve ser lembrado que nem todos estes níveis serão sempre realizados
pelas equipes. Os recursos locais também atuarão nos níveis, principalmente nos primeiros. Os níveis
podem ser combinados quando apropriado e também é possível que diferentes níveis de trabalho sejam
realizados em diferentes áreas do incidente, ao mesmo tempo.
Os cinco níveis são identificados como:
9.1.1 Nivel 1 – ASR 1(Assessment Search and Rescue) Avaliação de Busca e Salvamento
9.1.2 Nivel 2 – ASR 2(Assessment Search and Rescue) Avaliação de Busca e Salvamento
9.1.3 Nivel 3 – ASR 3(Assessment Search and Rescue) Avaliação de Busca e Salvamento
9.1.4 Nivel 4 – ASR 4(Assessment Search and Rescue) Avaliação de Busca e Salvamento
9.1.5 Nivel 5 – ASR 5(Assessment Search and Rescue) Avaliação de Busca e Salvamento
NÍVEL 3
TODOS OS
A VÍTIMAS VIVAS CONFIRMADAS SAR
ESPAÇOS VAZIOS
RÁPIDO
NÍVEL 4
TODOS OS
B VÍTIMAS VIVAS CONFIRMADAS SAR
ESPAÇOS VAZIOS
COMPLETO
NÍVEL 3
VITIMAS POSSÍVEIS OU GRANDE ESPAÇO
C SAR
DESCONHECIDAS VAZIO
RÁPIDO
NÍVEL 3
VITIMAS POSSÍVEIS OU PEQUENO
D SAR
DESCONHECIDAS ESPAÇO VAZIO
RÁPIDO
NÍVEL 4
VITIMAS POSSÍVEIS OU GRANDE ESPAÇO
E SAR
DESCONHECIDAS VAZIO
COMPLETO
NÍVEL 4
VITIMAS POSSÍVEIS OU PEQUENO
F SAR
DESCONHECIDAS ESPAÇO VAZIO
COMPLETO
Categorias de triagem
11. Setorização
Um desastre que merece resposta internacional USAR é inerentemente um evento de
grande escala. A escala de destruição pode envolver apenas uma cidade ou ele pode afetar uma grande
área envolvendo várias cidades e até mesmo mais de um país. Setorização geográfica das áreas afetadas
pode ser necessário para garantir uma coordenação eficaz dos esforços de busca e salvamento. A
Setorização permite melhor planejamento operacional, utilização mais eficaz das equipes internacionais
USAR e melhor gestão global do incidente. O tamanho do setor vai depender do nível de recursos e as
necessidades da área afetada.
Setorizando uma área afetada usando características proeminentes, por exemplo Setor A norte do rio,
Setor B sul do rio.
Uma Área de trabalho pode significar coisas diferentes, mas a definição mais simples é
“Qualquer site onde sejam executadas operações significativas USAR”. As operações significativas
USAR normalmente ocorrem apenas quando se pensa que há potencial para um salvamento de pessoas
com vida. As Áreas de trabalho geralmente são um prédio onde uma equipe ou várias equipes USAR, está
trabalhando devido a um possível salvamento. Mas uma Área de trabalho pode ser muito maior ou muito
menor. Um grande edifício ou complexo de edifícios, um hospital, pode ser identificado como uma única
Área de trabalho. Alternativamente, o local de um único resgate em uma área de apenas alguns metros
quadrados também seria identificado como um local de trabalho.
11.4 Identificação da Área de trabalho
Quando for decidido que uma área precisará de operações significativas de USAR, ela
deve receber sua própria Identificação, que aprimora o uso da identificação geográfica primária que deve
ser o nome da rua e o número do prédio existente, quando possível. Isso pode ser feito durante a Avaliação
do Setor (consulte a seção sobre Níveis de SAR), mas os locais também podem ser alocados pelo LEMA.
Em qualquer caso, cada site deve receber seu próprio ID de local de trabalho usando o seguinte protocolo:
• A primeira parte é a carta de Setor atribuída à área em que o local se encontra em “A”.
• Uma Área de trabalho é identificada através de um número é então alocado
sequencialmente 1, 2, 3, etc.
A carta do setor e número atribuído produz o único ID da Área de trabalho por exemplo,
A-1, A-2, A-3 equipes etc. Se mais de uma equipe é do mesmo setor, a UCC instruirá quais números
utilizar por exemplo Equipe 1 usará de 1 a 20, Equipe 2 usará de 21 a 40 etc.
Se o Lema usa um código de setor diferente, por exemplo, números, então este deve ser
usado como a primeira parte do ID do local, por exemplo 1-1, em vez de A-1. Em ambos os casos o código
de setor tem de ser separado a partir do número do local por um hífen para evitar qualquer possível
confusão.
Nota importante: Se a setorização não tiver sido concluída, recomenda-se o uso de
números simples, esses números podem ser posteriormente integrados ao sistema completo do ID do local
de trabalho, uma vez estabelecido. O controle do uso de números é necessário para conseguir fornecer aos
grupos de pesquisa lotes de números de 1 a 19, 20 a 39, 40 a 59 etc.
Setorizar a área de operação através da atribuição de uma carta para cada área.
Como locais de possíveis salvamentos são identificados, eles são numerados e acrescentados à carta de
setor para produzir um local de trabalho um único ID para cada local.
Exemplo acima, todo o local foi inicialmente identificado como uma Área de trabalho
(B-2) com possibilidades de salvamentos, mas quando as equipes fizeram uma pesquisa detalhada eles
descobriram três locais de salvamento separados. Para fins de coordenação, por exemplo, localização
exata, apoio logístico, relatórios etc.; é importante que cada local de trabalho tenha seu próprio endereço.
Nota importante: equipes internacionais USAR são implantadas para apoiar a LEMA.
Qualquer mecanismo existente em uso será adaptado pelas equipes internacionais, a fim de melhor
aumentar os recursos nacionais já implantados para o trabalho de resgate.
Ferramentas desenvolvidas
Ferramentas para gestão da informação foram desenvolvidas e agrupadas em duas
categorias principais como segue:
OPERACIONALIZAÇÃO EM
2 Curso de Busca e Salvamento Urbano CAMPO / FORMULÁRIOS
OPERACIONAIS
Objetivos
Neste capítulo trataremos apenas dos formulários para Equipes USAR. Tais formulários
frequentemente terão que ser entregues a um dos participantes dos Sistema INSARAG. Em outras
ocasiões a Equipe USAR receberá formulários destes mesmos participantes do Sistema INSARAG É
importante que os integrantes da equipe saibam não somente preencher o formulário, mas também o
momento em que devem entregar ou receber um determinado formulário.
É importante lembrar que tais formulários estão disponíveis na página de internet da
INSARAG e estão disponíveis em língua Inglesa ou Espanhola. Desta forma, os integrantes das equipes
devem reconhecer o formulário em qualquer uma das línguas.
2.
Este formulário deve ser preenchido assim que a Equipe tiver conhecimento de um
desastre. Quanto mais informações ela possuir do local antes de se deslocar até ele, melhor preparada ela
estará para enfrentar as condições do local.
Este formulário, quando for preenchido por alguma equipe local que tenha informações
mais detalhadas da situação, será feito upload para o VOSOCC, para que outras equipes tenham acesso
às informações.
Este formulário deve ser preenchido e feito upload no VOSOCC antes da saída do país
e também deve ser entregue impresso ao RDC/UCC quando da chegada no país afetado.
4.
Este formulário é entregue ao OSOCC/UCC ou SCC após ser preenchido pela Equipe
USAR.
Desta forma, é possível perceber que os Sítios de Trabalho (WS) com vítimas vivas
confirmadas e que necessitam de menos tempo e recursos para terem suas vítimas resgatadas (A) terão
prioridade, e tal classificação vai prosseguindo em aumento de complexidade / diminuição de
possibilidade de vítimas até que se chegue na última classificação (F), sendo que os Sítios de Trabalho
(WS) com esta classificação serão os com menor prioridade.
Vale lembrar que tal classificação é somente utilizada para Sítios de Trabalho (WS)
onde possa haver possíveis vítimas vivas. Se não houver, este local não é classificado como um Sítio de
Trabalho (WS) e não será identificado, e a ASR-2 deve continuar. Para isso, é importante que seja usado
um mapa mostrando a exata localização das áreas já avaliadas, com os Sítios de Trabalho (WS) claramente
marcados nele.
Os Sítios de Trabalho (WS) serão identificados por um número que segue o Setor no
qual ele está inserido. Por exemplo, dentro do setor A, temos os Sítios de Trabalho (WS) A-1, A-2, A-3 e
assim por diante.
Este formulário é entregue ao OSOCC/UCC ou SCC após ser preenchido pela Equipe
USAR.
Este formulário é entregue ao OSOCC/UCC ou SCC após ser preenchido pela Equipe
USAR.
Este formulário é entregue ao OSOCC/UCC ou SCC após ser preenchido pela Equipe
USAR.
Este formulário é entregue ao OSOCC/UCC ou SCC caso a equipe USAR seja solicitada
a preenchê-lo, ou quando ela é responsável por um setor, ao término de um período operacional.
CONSIDERAÇÕES DE
3
Curso de Busca e Salvamento Urbano SEGURANÇA
Objetivos
4.2.3 – Checar se todos os membros da equipe USAR têm seu equipamento de proteção
pessoal em condições, se têm boas condições física e mental e se retiraram anéis ou outras jóias que
possam oferecer riscos durante a operação;
4.2.4 – Reforçar a segurança durante as viagens, bem como nos embarques e
desembarques de aviões, helicópteros, caminhões e ônibus;
A) Base de Operações
- Localização;
- Montagem da base;
- Uso de combustíveis;
- Sentinelas;
- Limpeza e armazenamento dos alimentos, etc;
B) Cena de Trabalho;
Todos os riscos previamente discutidos;
6.3 – Vias de escape: a via de escape é uma rota pré-estabelecida para chegar a uma
zona segura de refúgio. A forma mais segura de sair da área de trabalaho nem sempre é a forma mais
direta, por exemplo:
- Depois de um terremoto muitas colunas podem estar de pé, mas propensas a cair em
caso de réplica, a via mais curta em uma zona segura poderia passar diretamente pela zona de colapso de
uma coluna. A via de escape que permite uma ampla distância das colunas seria melhor.
- Outra opção é de permanecer imóvel. Caso a zona de trablaho já tenha sido reforçada
com escoramento e se existe muito risco ao tentar evacuar a zona, é melhor permanecer no local.
6.4 – Zonas seguras: as zonas seguras são áreas pré-estabelecidas de refúgio seguro, ou
seja, que estão livres de perigos. Estas podem ser áreas designadas fora da zona de trabalho ou de uma
área segura determinada dentro da zona de trabalho. Em caso de ser este o último, os resgatistas tenderão
a construir a zona segura ao redor deles mesmos e das vítimas. Por exemplo, encontra-se uma vítima
dentro de uma estrutura colapsada enquanto os resgatistas colocam escoramentos e assoalhos nas
imediações. Neste caso, a resposta adequada pelos resgatistas seria de manter suas posições durante uma
réplica.
Parte integral do plano de segurança é designar uma zona segura onde seja possível fazer
uma recontagem de pessoal. Esta recontagem deve ser comunicada imediatamente ao próximo na cadeia
de comando para assegurar um rendimento de contas com 100% de eficácia em caso de emergência.
Briefing de segurança é uma reunião curta onde o assessor de segurança transmite a todo
o pessoal envolvido em uma operação USAR uma série de componentes que garantam a segurança para
o período operacional do trabalho para o período operacional seguinte.
Componentes do plano de segurança:
1. cadeia de comando;
2. identidade do assessor de segurança;
3. plano de segurança;
4. plano de comunicações;
5. plano médico;
6. plano de reabilitação;
7. riscos especiais;
8. mensagens gerais de segurança.
Rev. ABRIL 2021 CONSIDERAÇÕES DE SEGURANÇA MP 3 - Pg 64
Curso de Busca e Salvamento Urbano
Objetivos
CONTROLE DE HEMORRAGIAS
A hemorragia pode ser definida como uma perda súbita de sangue que ocorre
em decorrência do rompimento de vasos sanguíneos.
Classificação:
✓ Externa: Quando o sangue extravasa para o meio externo e pode ser visível.
✓ Interna: Sangramentos que não extravasam para o meio externo e ficam contidos em
regiões corporais, principalmente em cavidades como tórax, abdome e pelve, podendo
ser identificadas através do exame físico, sinais e sintomas.
Tipos:
a) Arterial
Rompimento de artérias, a perda sanguínea é rápida e abundante, sai em
forma de jatos que acompanham o pulsar dos batimentos cardíacos e o sangue é vermelho vivo.
b) Venosa
O sangue está saindo de uma veia, o sangramento é moderado e contínuo,
com tonalidade mais escura.
c) Capilar
O sangue está escoando de uma rede de capilares. A cor é vermelha,
normalmente menos viva que o sangue arterial e o fluxo é lento ou em gotículas.
Atenção: Esta tabela subjetiva de classificação expressa valores estimados, podendo sofrer
alterações de caso para caso.
Uso de Torniquete
Uma vez identificado grandes hemorragias em ocorrências de estruturas colapsadas, de
imediato aplique o torniquete sem perder tempo, seja rápido e preciso, seguindo as etapas:
❑ Ao identificar a lesão coloque o torniquete 5 a 8 cm acima da lesão, caso não visualize
a lesão coloque o torniquete o mais alto e apertado no membro ferido;
❑ Não aplique sobre articulações;
❑ Aperte o torniquete o suficiente para cessar o sangramento.
❑ Marcar horário da aplicação;
❑ Até 2:30 de aplicação sem danos;
❑ Não remover;
❑ Não cobrir o torniquete (deixar visível);
❑ Não use torniquete de treinamento em vítimas reais, pode não funcionar;
❑ O torniquete pode ser aplicado sobre as vestimentas, observando se não está sobre
nenhum objeto ou recurso que impeça sua efetividade.
Obs.: Vítimas que perdem grande volume de sangue podem apresentar queda gradativa de temperatura corporal
(hipotermia).
SÍNDROME DO ESMAGAMENTO
Fisiopatologia
Se origina de uma lesão do tipo esmagamento em grandes massas musculares, em geral envolvendo
região da coxa ou panturrilha.
Pacientes com síndrome do esmagamento são identificados por: aprisionamentos prolongados, lesão
traumática à massa muscular e circulação comprometida na área lesionada.
Com a lesão muscular ocorre libertação de conteúdo metabólico das células nos tecidos
circunvizinhos. O cálcio é um dos componentes mais destrutivos libertados pelas células musculares, durante
a síndrome do esmagamento, causando níveis baixo de cálcio no sangue.
A continuidade lesiva consequentemente, aumenta mais a destruição das células musculares e ainda
mais a liberação de substâncias como potássio, fosfato, mioglobina, creatina quinase e ácido úrico na
corrente sanguínea.
A mioglobina é nefrotóxica (ação tóxica sobre os rins).
A lesão das células musculares e dos vasos sanguíneos causa perda de volume intravascular (sangue)
e consequente hipovolemia.
A hipercalemia (níveis elevados de potássio no sangue) e a hipocalcemia (níveis baixos de cálcio no
sangue) podem causar arritmias e parada cardíaca.
A acidose metabólica provocada pela hipovolemia e pelo choque pode aumentar a arritmia cardíaca.
A presença aumentada de acido úrico e fosfato no sistema renal contribui para a lesão renal
(complicação mais grave da síndrome de esmagamento). Cerca de metade dos doentes com síndrome de
esmagamento desenvolvem insuficiência renal aguda e aproximadamente metade destes necessitam de
diálise.
Rev. ABRIL 2021 Atendimento Pré-Hospitalar MP 4 - Pg 69
Curso de Busca e Salvamento Urbano
Principais Cenários
O bombeiro pode se deparar com vítimas de síndrome compartimental nos principais tipos de
ocorrências:
1. Vítimas presas em ferragens;
2. Soterramento e Desabamento;
3. Aprisionamentos prolongados de grandes áreas corporais;
4. Compressões prolongadas de áreas como tórax, abdome e pelve.
Obs.: Durante o processo de retirada é importante que o bombeiro entenda que as toxinas estão se acumulando
dentro do membro aprisionado e depois de liberado o membro preso, as toxinas acumuladas seguem para a
circulação, similar a um bolus de veneno.
Sinais e Sintomas
Tratamento
Síndrome Compartimental
Se refere a uma situação que oferece risco à vida, na qual o fornecimento de sangue para uma
extremidade fica comprometido devido ao aumento de pressão dentro desse membro.
Os músculos das extremidades são envoltos por tecido conjuntivo denso, chamado fáscia.
Essas fáscias formam diversos compartimentos nos membros em que os músculos estão contidos.
Basicamente o antebraço possue três compartimentos, e a perna (panturrilha) tem quatro.
▪ A fáscia do músculo tem elasticidade mínima, e qualquer volume a mais que aumente a
pressão dentro dos compartimentos pode resultar em síndrome compartimental.
Sinais e Sintomas
▪ Dor;
▪ Edema;
▪ Parestesias (sensação anormais como ardência, prurido, sensação de agulhadas, ou
formigamento) na extremidade envolvida;
▪ Ausência de pulso distal;
▪ Palidez do membro afetado;
▪ Paralisia.
▪ Complicações: Quando a síndrome compartimental está instalada, existe um risco real
de dano muscular com necrose.
Tratamento
O modelo S.T.A.R.T. (do Inglês Simple Triage and Rapid Treatment, ou Triagem Simples e
Tratamento Rápido) é um sistema de triagem simples que pode ser executado em situações
de emergência por leigos ou pessoal com pouca formação médica.
PREENCHIMENTO DO CARTÃO
IMPORTANTE!
AO ANALISAR A RESPIRAÇÃO DEVEMOS OBSERVAR TAMBÉM
SE ELA ESTÁ COM FREQUÊNCIA ABAIXO DE 10 RPM, CASO
ESTEJA, A VÍTIMA DEVERÁ SER CLASSIFICADA COMO VERMELHA.
TRIAGEM
VÍTIMA VERDE
Um dos socorristas entra na cena da emergência, identifica e conduz (poderá ser
utilizado um megafone para isso) as vítimas que conseguem caminhar, mesmo com ajuda, para
uma área de concentração previamente delimitada. Elas serão, posteriormente, identificadas
como um cartão que a identifica como uma “VÍTIMA VERDE”
VÍTIMA VERMELHA
Serão classificadas como vítimas vermelhas aquelas vítimas que são incapazes de
caminhar, mesmo com auxílio e apresentam quaisquer das alterações abaixo, na sequência
de avaliação:
(A) Respiram, mas somente depois da liberação das vias aéreas;
(B) Possuem frequência respiratória maior que 30 RPM ou menor que 10 RPM;
(C) A perfusão capilar está superior a 2 segundos ou pulso radial ausente;
(D) Não responde às ordens simples do triador.
Rev. ABRIL 2021 Atendimento Pré-Hospitalar MP 4 - Pg 78
Curso de Busca e Salvamento Urbano
VÍTIMA AMARELA
Serão classificadas como Vítimas Amarelas aquelas vítimas que são incapazes de
caminhar, mesmo com auxílio, mas não apresentam quaisquer alterações nos critérios de
avaliação do Método START:
(A) Respiram, normalmente;
(B) Possuem frequência respiratória menor que 30 RPM e maior que 10 RPM;
(C) Perfusão capilar inferior a 2 segundos ou o pulso radial está presente;
(D) Responde às ordens simples do triador.
VÍTIMA PRETA
Serão classificadas como vítimas PRETAS aquelas vítimas que não respiram mesmo
depois da abertura das vias aéreas.
A parada respiratória ou cardíaca resultante de trauma tem prognóstico ruim. Se todos
os seus recursos forem investidos nesta vítima, outras deixarão de ter os cuidados necessários
para uma recuperação mais rápida e também evoluirão para o óbito.
Serão classificadas como vítimas pretas também aquelas vítimas que estejam com
sinais evidentes de morte.
Sequer serão avaliadas, pois os sinais evidentes de morte aplicáveis neste caso são:
decapitação, esmagamento completo de cabeça e tórax; carbonização ou calcinação e
secção completa de tronco sem sinais vitais.
Estas vítimas serão identificadas em momento oportuno.
ÁREA AMARELA
ÁREA VERDE
ÁREA PRETA
TRIAGEM AVANÇADA
Realizada por médicos ou enfermeiros no PMA:
A Tabela CRAMP é o método utilizado para reclassificar as vítimas na triagem
avançada no PMA.
Uma vítima inicialmente classificada como amarela poderá mudar de classificação para
vermelha ou vice-versa, com a triagem avançada.
VÍTIMAS ENCARCERADAS
TRIAGEM - CRIANÇAS
É coerente considerar a vítima criança como “a mais vermelha dentre as vermelhas, a
mais amarela dentre as amarelas”!
Remova-a o mais rápido possível para um centro hospitalar, dentro de sua prioridade,
desde que isso não implique em prejuízos para vítimas adultas mais graves.
CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS
Com relação às reações de histeria, é responsabilidade do profissional de triagem
iniciar o atendimento reduzindo o pânico proporcionando calma, informação e direção.
Aspectos fundamentais:
1. Tempo é o verdadeiro inimigo do socorrista. O ideal é triar uma vítima no tempo inferior a 60
segundos;
2. Estímulos visuais e sonoros são fatores que podem desviar a atenção do triador e do médico.
TÉCNICAS DE BUSCA E
5 LOCALIZAÇÃO
Curso de Busca
e Salvamento
Urbano
Objetivos
USAR;
4 – Definir espaço vital isolado e definir sua provável existência nos quatro tipos de
colapsos;
1. Busca e Localização
Aplicação de técnicas e procedimentos tendentes a obter respostas ou
indícios de existência de vítimas com vida em algum espaço isolado da estrutura colapsada.
2. Importância da Busca
As probabilidades de encontrar vítimas com vida decrescem rapidamente
com o decorrer do tempo.
A metade das vítimas geralmente caem na superfície e são resgatadas pelos
próprios habitantes locais e voluntários espontâneos. Os outros 50% se distribuem entre vítimas
moderadamente presas (35%) e vítimas presas em espaços vitais (15%) que requerem uma busca
imediata dentro das primeiras 24horas.
• Líder da equipe
É o responsável pelo desenvolvimento do Plano de Busca, elaboração dos diagramas,
documentação e de fazer recomendações ao comandante do incidente.
O Líder também cumpre a função de segurança. É o responsável de cuidar da segurança da
operação de busca.
• Resgatistas
São os que efetuam a operação de busca cumprindo o plano designado pelo Líder da
Equipe, segundo o modo, tipo ou padrão de busca utilizado, cada integrante da equipe poderá seguir
diferentes tarefas.
Definição: Lugar dentro de uma estrutura colapsada onde existem condições de sobrevivência
para as pessoas ali presas.
7. Modos de Busca
7.1. Busca Superficial
Este modo de Busca é aquele que se efetua de maneira rápida para detectar a
presença de sobreviventes na superfície ou em espaços vitais de fácil acesso.
7.2. Busca Extensiva
Este modo de Busca é aquele que se efetua de maneira metodológica e
cobrindo detalhada e lentamente toda a área designada. Inclui a aplicação de diversas técnicas e
padrões de busca.
8. Tipos de Busca
9. Procedimentos de Busca
Objetivos
escombros;
Técnicas de Resgate
- Avaliação da situação e dos riscos presentes tanto para as vítimas como para os
resgatistas;
- Classificação rápida das vítimas com a finalidade de priorizar sua atenção;
- Remoção de escombros;
- Estabilização de cargas;
1. Remoção de escombros
REGRA GERAL PARA RETIRADA DE ESCOMBROS
1º PEÇAS GRANDES SOLTAS
2º PEÇAS PEQUENAS SOLTAS
3º PEÇAS PEQUENAS PRESAS
4º PEÇAS GRANDES PRESA
c) Ao mover as peças grandes, tenha o maior cuidado com a ligação que estas
podem ter com outras partes da estrutura, suportando ou servindo de ancoragem;
d) Não mova escombros que sofram pressão, pois poderão estar servindo de base
para escombros superiores e, ao retirá-los, pode criar-se um ambiente instável. Ao encontrar esta
situação, reporte ao líder e troque de rota;
• Elemento rígido;
• Força;
• Carga;
• Ponto de apoio (fulcro) da alavanca.
Classes de Alavancas:
Classe 1: Ponto de APOIO está entre a FORÇA e a CARGA;
FORÇA – APOIO - CARGA
Utilização: Para levantamento ou retirada. Exemplos: a gangorra e o martelo.
MATERIAL NECESSÁRIO:
- LÍDER OU COMANDANTE;
- SEGURANÇA E;
- ALAVANQUEIROS;
Os 02 (dois) tipos de assoalhos devem ser construídos sobre uma base sólida de 04
(quatro) blocos para a garantia de uma maior estabilidade.
Recomenda-se que a peça a levantar faça contato com todas as superfícies dos blocos
de madeira e que os blocos estejam bem alinhados. Isto garantirá que as capacidades de suporte sejam
as máximas.
Rev. ABRIL 2021 Resgate em Superfície MP 6 - Pg 105
Curso de Busca e Salvamento Urbano
Deve-se tratar de que a carga repouse sempre sobre os quatro pontos de contato de
um piso de madeira.
Quando a situação obriga a usar assoalhados que não sejam de forma quadrada com
menos de quatro pontos de contato com a carga, a altura do piso de madeira deve diminuir para
garantir estabilidade e não deve ser maior que uma vez o tamanho da base.
Casos em que o piso de madeira não seja quadrado (é menos estável) deve-se limitar
a altura a uma vez a maior dimensão do bloco de madeira, para os casos de elevação de carga e a duas
vezes essa dimensão para escoramento de estruturas já suspensas. Em todos os casos, devem-se deixar
livres ao menos 10 cm a partir das pontas dos blocos para assegurar que o modo de falha por
compressão seja lento e avise.
A madeira para assoalhado deve cumprir as seguintes condições:
- Podem ser obtidas comercialmente em medidas de 4” x 4” (10 cm x 10 cm), e de
um comprimento apropriado de 20 polegadas (50 cm);
- A madeira selecionada para assoalhar deve ser sólida, reta e livre de falhas como
nós, ocos ou rachaduras;
- As superfícies dos blocos de madeira devem estar livres de qualquer pintura ou
acabamento, já que isto pode fazer as superfícies escorregadias, sobre tudo quando estão molhadas;
- As cunhas são obtidas dos próprios blocos, cortando-os em forma oblíqua; e
- As madeiras utilizadas para assoalhar devem estar em capacidade de suportar ao
menos 500 PSI (libras por polegada quadrada), ou 35,15 Kg/cm2. Recomenda-se identificar nos países
o tipo de madeira que cumpre com estas características.
Tipos de Assoalho
a. Plataforma (3 x 3): É construído colocando-se os blocos em camadas, com cada
camada perpendicular à anterior (transversal ou cruzada sobre a anterior). São construídos sobre uma
base sólida.
1) Abrir o entalhe inicial utilizando uma cunha e uma marreta. Separar a carga do
chão a fim de abrir espaços para trabalhar com a barra que se utiliza como alavanca.
2) Inserir uma alavanca grande (ou ferramenta similar) e utilizar a classe de
alavanca mais eficiente para levantar a carga: Alavanca Classe 1 (força – apoio – carga).
3) Levantar o suficiente para colocar os blocos do primeiro nível. Utilizar no
mínimo 04 blocos para a base;
4) Subir o ponto de apoio para colocar o segundo nível do assoalho; e
5) Repetir o passo 4 até que haja espaço suficiente para remover o paciente.
1) A primeira camada deve ser sólida para distribuir a carga que será levantada;
2) O limite de altura é de 01 (uma) vezes o tamanho da base (lado);
3) Espaçar os blocos com 10 cm para manobrá-los; e
4) O tamanho dos blocos deve ser de 50 cm para que 10 cm das bordas sobrem
para garantir maior estabilidade ao assoalho.
Normas de Segurança:
A descida do paciente no plano vertical com emprego da maca e da escada será feito
diante da impossibilidade de se evacuar a vítima por vias normais (escadas, elevadores) e,
principalmente, se esta apresentar sinais de lesão na coluna, quadril e membros inferiores, ou diante de
outras situações adversas.
Rev. ABRIL 2021 Resgate em Superfície MP 6 - Pg 109
Curso de Busca e Salvamento Urbano
- Enquanto os auxiliares n.º 1 e n.º 2 inclinam a escada, o auxiliar n.º 4 guia a maca, juntamente
com o auxiliar n.° 3, mantendo uma descida lenta e constante até que os auxiliares n.º 1 e n.º 2 estejam
prontos.
- Antes da escada tocar o solo, o auxiliar n.º 1 a segura na altura do joelho, e o auxiliar n.º 2
desloca-se para os pés da maca e a segura;
- O auxiliar n.º 1 desfaz a amarração dos fiéis e, auxiliado pelo n.º 2, retira a maca de cima da
escada, ambos colocam a maca com a vítima no solo, dão o pronto e elevam a escada para a descida da
guarnição na mesma sequência de subida: o auxiliar n.º 4 e o auxiliar n.º 3.
- Após a descida do último homem, o chefe de guarnição determinará que seja desarmada a
escada. É dada por encerrada a operação.
Objetivos
2) Reconhecer a classificação das FEAs segundo seu uso para os materiais a que
se destina;
de espaço;
1. Definições
1.1. FERRAMENTA
Objeto manual que serve para realizar uma tarefa com a energia que provém
diretamente do operador.
Ex.: Martelo, serrote, guilhotina manual
1.2. EQUIPAMENTO
Máquina ou aparelho de certa complexidade que serve para realizar uma tarefa e cujo
princípio de ação consiste na transformação de energia para aumentar a capacidade de trabalho.
Ex.: Gerador elétrico, torre de iluminação, motoabrasivo
1.3. ACESSÓRIO
Objeto que individualmente complementa e, em conjunto com outros, pode conformar
um equipamento ou ferramenta, permitindo ampliar ou melhorar as capacidades operativas ou realizar
uma tarefa.
Ex.: Discos para corte de metal
- Injetores de ar;
- Motoserra;
- Motoabrasivos;
- Compressores;
3.5. OUTROS
Pertencem a esta categoria os equipamentos mecânicos, acionados por alavanca, etc;
4.3. DEPOIS
- Seguir os procedimentos corretos de limpeza e manutenção para cada ferramenta,
equipamento ou acessório;
- Armazenamento em local adequado;
- Verificação de combustível e partes vitais; e
- Controle (Ficha de Vida Útil ou Ficha de Manutenção)
PREVENTIVO
- Realizar uma inspeção ao mês que garanta seu bom funcionamento;
Ex.: troca de fluidos, revisão de níveis e desgaste das partes
CORRETIVO
É o momento no qual se arrumam e corrigem os danos e falhas que se detectem.
Ex.: Mudança de peças gastas ou deterioradas, solução de problemas inesperados
como a ruptura de um acessório.
Modelo: Identificador:
Especificações:
Acessórios:
Registro de Manutenção
Vencimento da
Data Descrição da ação Realizada por Garantia
Registro de Uso
ACESSO VERTICAL
DE CIMA PARA BAIXO
ACESSO HORIZONTAL
ACESSO VERTICAL
DE BAIXO PARA CIMA
Este conceito proporciona com que os acessos sejam feitos de forma ordenada e
padronizada, permitindo ao operador USAR o máximo controle dos dejetos originados das quebras, bem
como menores possibilidades de partes da construção atingir vítimas ou os próprios socorristas.
Na Quebra Limpa primamos para que a maior parte do material retirado da estrutura
fique para o lado dos socorristas para tanto é necessário seguir alguns passos.
Veremos a seguir os procedimentos para efetuar a Quebra Limpa, vale salientar que os
conceitos de FURO DE INSPEÇÃO e FURO DE SUPORTE servem para todos os tipos de materiais
construtivos (concreto armado, alvenaria, placa cimentícia, madeira, metal ou outros) sendo que cada tipo
de material terá as FEAs adequadas para sua transposição.
IMPORTANTE
5º - Após efetuar a ancoragem da peça que será removida começar a fazer a união dos
furos do triângulo, com a FEA mais adequada ao caso, podendo ser motoabrasivo, martelete rompedor,
conjunto talhadeira e marreta ou outros. Caso haja ferragens a serem cortadas, iniciar o corte delas pela
parte de baixo do triângulo.
8. TÉCNICAS DE APROXIMAÇÃO
Após assegurar o acesso será necessário efetuar a aproximação ou deslocamento para o
local onde estão as vítimas ou continuar as buscas, para tanto existem algumas formas de deslocamento.
8.1. RASTEJO ALTO deslocamento em 6 apoios (engatinhar), esse deslocamento mais
rápido, feito com o apoio das mãos, joelhos e pontas dos pés, pode ser mais alto ou mais baixo, podendo
apoiar os cotovelos e antebraços no lugar das mãos, proporciona uma aproximação menos desgastante em
locais com pouca restrição de espaço. O rastejo alto também pode ser feito de costas, utilizando os pés
cotovelos para efetuar o movimento.
8.2. RASTEJO BAIXO deslocamento em locais com muita restrição de espaço superior,
porém com relativo espaço lateral pode ser feito com o apoio total do corpo ao solo, utilizando os
antebraços, maõs, parte interna das pernas e os pés para que seja efetuado o deslocamento.
Em locais acessados por rastejo baixo ou ratejo minhoca a retirada é muito dificultosa,
podendo ser utilizados meios de fortuna, tais como lonas, pranchas, cordas ou fitas para auxiliar no
trabalho.
Objetivos
SIMULADO INTERNO
Cada grupo de trabalho disporá de um cenário simulado e contará com as FEA´s designadas;
os grupos deverão completar o exercício seguindo as técnicas e procedimentos apresentados e
praticados durante o curso.
NORMAS DE SEGURANÇA
- Todas as áreas e objetos que representem perigo para os resgatistas devem ser demarcadas;
- Qualquer pessoa que gere uma falha de segurança ou uma ação insegura repetitivamente,
deverá ser retirada da área;
- O encarregado de segurança da equipe será responsável pela segurança de todo seu pessoal;
- Toda FEA deverá ser utilizada, manutenido e armazenado de acordo com às instruções
dadas pelo Coordenador do curso; e
- Todas as operações que impliquem o uso de FEA´s deverão efetuar-se em dupla, onde um
executará a operação e o outro fará a segurança.
Objetivos
3.3. Madeira:
4. MÉTODOS DE CONSTRUÇÃO
4.1. Construção sem armação são aquelas em que o peso dos pavimentos e do teto são
suportados por paredes portantes, ou paredes estruturais. Estas construções são mais sujeitas a colapsos
por ações de instabilidade de terreno, gerando menor probabilidade de espaços vitais isolados.
Normalmente o resgate neste tipo de estrutura colapsada é mais longo e perigoso, os espaços vitais
isolados serão formados pelos maquinários e móveis existentes no interior das edificações, bem como os
escombros têm a tendência de sererem menores.
4.2. Construção com armação são aquelas que se constroem com um esqueleto estrutural
de aço ou concreto reforçado, composto de colunas ou pilares, vigas e lajes.
Os pavimentos e o teto não dependem das paredes para sustentar-se. Um colapso pode
ser mais localizado, mas as estruturas mais antigas ou mal dimensionadas podem sofrer colapso tipo
empilhamento. Normalmente neste tipo de construção, quando colapsadas resultam em maior
probabilidade de espaços vitais isolados, e apresentam colapsos apoiados à parede, suspensos ou em “v”.
5. TIPOS DE ESTRUTURAS
Com base na experiência e análise de colapsos, as estruturas se dividem em 4 (quatro)
tipos. Cada um com padrão distinto de colapso.
5.1. De armação leve: casas residenciais e edifícios de apartamentos com um máximo
de 4 pavimentos, construídos principalmente de madeira. A fraqueza principal deste tipo está na pouca
resistência das paredes e conexões ou amarrações.
5.2. De paredes pesadas: são os edifícios de até 6 (seis) pavimentos de altura, podem ser
residenciais, comerciais, industriais ou de uso misto. São construídos normalmente por alvenaria seja de
paredes estruturais ou por armações, podendo ainda possuir armações e fechamento por madeira ou placas
de gesso. Quando se trabalha neste tipo de estrutura deve-se investigar se há paredes falsas (decorativas,
gesso, madeira, vidro), e se há amarrações rachadas ou danificadas nas estruturas.
Os resgatistas que trabalham neste tipo de colapso devem investigar se existem paredes
severamente rachadas, amarrações entre as colunas e vigas com ferragens expostas ou com excesso de
ferrugem, descolamento de placas e painéis de suas amarrações junto às colunas e vigas.
7. DANOS ÀS EDIFICAÇÕES
Os danos podem ser classificados em estruturais e não estruturais. Os danos estruturais
afetam os elementos de uma edificação, por conseguinte, os danos não estruturais afetam os elementos
não estruturais da mesma. Estes últimos geralmente não chegam a comprometer a edificação, entretanto,
podem ser indicadores de danos estruturais não apreciáveis a simples vista. Ambos os tipos de danos
podem apresentar riscos de contaminação, lesões, mortes e outros riscos.
- Fundação rachada
8. TIPOS DE COLAPSOS
Este tipo de colapso, também conhecido como “ninho de passarinho” resulta quando
ocorre um colapso parcial de um piso ou teto e este permanece suspenso em cima do piso inferior ao lado
onde ocorreu o colapso. O outro extremo do piso ou teto continua unido à parede em seu ponto de conexão
original. Este colapso é altamente instável e perigoso.
Este tipo de colapso ocorre quando a falha de uma parede causa a queda de um lado de
um piso ou seção do teto, enquanto que o outro extremo permanece conectado e apoiado. Geralmente
resulta em um espaço vital isolado triangular. É importante recordar que a conexão da parede do extremo
apoiado poderá ser muito fraca.
Este tipo de colapso se produz quando uma ou mais placas de piso se empilham uma em
cima da outra. Os espaços vitais isolados são muito limitados e difíceis de acessar, particularmente em
estruturas de concreto.
O colapso em forma de “v” se produz quando um piso ou teto se colapsa em seu centro
por falhas em seus suportes centrais ou por sobrecarga do piso. Geralmente resulta na criação de espaços
vitais isolados em ambos os lados do piso colapsado.
TRIAGEM ESTRUTURAL E
10 Curso de Busca e Salvamento Urbano MARCAÇÃO INSARAG
Objetivos
1. TRIAGEM ESTRUTURAL
2 - Tipo de estrutura
Armação leve, concreto pré-fabricado, etc.
3 - Tipo de colapso
Por empilhamento, em v, suspenso, etc.
6 - Presença de vítimas
Através de gritos, gemidos ou golpes.
7 - Disponibilidades de recursos
Definir necessidades além das disponíveis nesse momento.
TRIAGEM ESTRUTURAL
Pesquisar as informações
sobre as estruturas
Analizar recursos
X
Necessidades de resgate
Sistemas de marcação são ferramentas essenciais usadas em operações USAR para exibir e
compartilhar informações importantes entre as equipes de resgate e outro pessoal de campo.
Eles também devem ser um mecanismo para reforçar a coordenação e minimizar a
duplicação.
Para maximizar o valor da utilização de um sistema de marcação de um evento é necessário
identificar e universalmente utilizar uma metodologia única, comum.
Para esta metodologia ser eficaz, deve ser usado por todos os respondedores, continuar a ser
simples de aplicar, simples de entender, ser eficiente no uso de recursos e tempo, comunicar as
informações de forma eficaz e ser aplicadas de forma consistente.
O sistema de marcação do insarag utilizado pelas equipes USAR se divide em 6 tipos:
• Marcação de área geral
• Orientação da estrutura
• Marcação de cordão
• Marcação no local de trabalho
• Marcação de vítima
• Marcação de apuramento rápido (rcm)
As marcas devem ser efetuadas bem a vista e com uma cor fluorescente que contraste com o lugar que
será feita a marcação.
Marcações de cordão são usadas para identificar zonas de trabalho operacionais, bem como
áreas de risco, a fim de restringir o acesso e avisar de perigos.
Método de marcação
A marcação do local de trabalho deve ser aplicada durante a avaliação do setor asr nível 2
iniciais, depois que um local for considerado como um local de trabalho. A marcação deve ser
aplicada à frente (ou o mais próximo possível) ou entrada principal do local de trabalho.
• Pode desenhar uma seta direcional para confirmar a localização exata da entrada do local
de trabalho / local de trabalho.
• Apresentação fora da caixa: qualquer perigo que exija identificação, por exemplo
amianto (acima),
• Atualizado com a id da equipe, asr nível concluído e data/hora em que outros níveis
de trabalho (asr) são concluídas.
• Materiais utilizados, podendo ser tinta spray, lápis de construção, adesivos, cartão
impermeável etc. Conforme determinado pela equipe.
Rev. ABRIL 2021 TRIAGEM ESTRUTURAL E MARCAÇÃO INSARAG MP 10 - Pg 163
Curso de Busca e Salvamento Urbano
• O id da equipe, asr nível e data devem ser menores, por exemplo, cerca de 10
centímetros.
• A cor deve ser altamente visível e contrastante com o fundo.
Depois que todo o trabalho no local tenha sido concluído e for determinado que nenhum
trabalho adicional é necessário uma linha horizontal e deve ser traçada através do centro de toda a
marcação do local de trabalho. Se uma equipe considerar que é necessário deixar informações
adicionais críticas no local de trabalho, isso pode ser adicionado à marcação do local de trabalho
usando linguagem simples em exibição completa quando necessário.
Exemplos progressivos
- SETOR C
- LOCAL DE TRABALHO 5
- AUSTRÁLIA 1 CONCLUIU A AVALIAÇÃO SETORIAL
ASR 2 EM 19 DE OUTUBRO
- O AMIANTO FOI IDENTIFICADO COMO UM PERIGO
- CATEGORIA DE TRIAGEM DETERMINADA COMO
“B”
AUSTRÁLIA 1
Método
• Quando as equipes (por exemplo, equipes de busca) não estão permanecendo no local para
começar imediatamente as operações.
• Em incidentes envolvendo múltiplas vítimas ou onde qualquer indício sobre a localização
exata das operações de busca é possível.
• As marcações são feitas o mais próximo possível fisicamente do ponto de superfície real
identificado como o local do acidente ou da vítima.
• Material utilizado pode ser tinta spray, lápis de construção, adesivos, cartão impermeável
entre outros, conforme determinado pela equipe.
• O tamanho deve ser de aproximadamente 50 centímetros.
• A cor deve ser altamente visível e contrastante com o fundo.
• Não destinado para uso quando as operações de resgate forem concluídas.
• Não deve ser aplicado à frente de uma estrutura com a identificação do local de trabalho,
a menos que seja onde as vítimas estejam localizadas.
Exemplos progressivos
Método
• A decisão tem que ser feita pela equipe ou pelo lema / osocc para implementar este nível
de marcação;
• O rcm só pode ser usado quando os locais puderem ser totalmente pesquisados rapidamente
ou há fortes evidências confirmando que nenhum resgate seja possível;
• Duas opções de marcação rcm estão disponíveis, são:
- Claro/limpo
- Recuperação de corpos como “falecido apenas”.
• Pode ser aplicada a estruturas que podem ser pesquisadas rapidamente ou onde a
informação confirmada de que não há vítimas ou que apenas os (corpos) falecidos permanecem;
• Pode ser aplicado em áreas não estruturais - carros / objetos / dependências / pilhas de
detritos, etc. - que foram pesquisados nos padrões indicados acima;
• Aplicado na posição mais visível / lógica no objeto / área para fornecer o maior impacto
visual;
• Forma de diamante com um grande “C” dentro para claro/limpo, ou com um grande “D”
dentro para somente corpos ou falecido. Imediatamente abaixo, aplica-se o seguinte:
- id da equipe: _ _ _-_ _ por exemplo aus-1
- data de pesquisa: __/___ por exemplo 19/out
• O material a ser utilizado pode ser tinta spray, lápis de construção, adesivos, cartão
impermeável etc. A critério das equipes;
• O tamanho é de aproximadamente 20cm x 20cm de cor contrastante com o fundo.
Exemplos progressivos
• Todos os membros da equipe USAR devem ser informados sobre os sinais de emergência;
• Sinais de emergência devem ser universal para todas as equipes USAR;
• Quando várias equipes estão operando em um único local de trabalho, esse entendimento
comum deve ser reforçado para todo o pessoal envolvido;
• Sinais devem ser claros e concisos;
• Os membros da equipe são obrigados a responder imediatamente a todos os sinais de
emergência;
• Buzinas de ar ou outros dispositivos de comunicação apropriados devem ser usados para
emitir os sinais adequados como segue e localizados para permitir a utilização imediata:
TÉCNICAS DE ESCORAMENTO DE
11 Curso de Busca e Salvamento Urbano EMERGÊNCIA
Objetivos
‘
Rev. ABRIL 2021 TÉCNICAS DE ESCORAMENTO DE EMERGÊNCIA MP 11 - Pg 171
Curso de Busca e Salvamento Urbano
Definição: é o suporte provisório dos componentes de uma edificação afetada, com o objetivo de
levar a cabo operações USAR e reduzir a possibilidade de dano às vítimas e aos resgatistas.
Todo escoramento se baseia no princípio do duplo funil, o que significa que se sustenta ou coleta a
carga e transmite seu peso através de um suporte que descansa sobre uma base, sobre a qual se distribui.
• Base
Elemento passivo que distribui a carga ao solo ou outra estrutura à baixo.
• Cabeçal
Um suporte de parede e de outros elementos estruturais que colete a carga.
• Poste
Elemento que transmite a carga que se pode ajustar e com extremidade com corte
adequado.
• Reforço
Elemento que dá maior estabilidade e melhora sua capacidade de carga.
• Cunha
Elemento que permite ajustar o escoramento ou adequar espaços ocupados.
• Diagonal
Elemento que garante a imobilidade/estabilidade de vários postes, de um poste a um
travessão ou de um poste e uma base.
4. Tipos de escoramento
4.1. Vertical: para suportar um piso ou qualquer outro membro horizontal em perigo de
colapso.
4.2. Porta/janela: para suportar uma porta/janela com perigo de colapso que será
utilizada como via de acesso.
4.3. Inclinado: para suportar uma parede ou elemento vertical com perigo de colapso.
4.4. Escoramento de caixa: utiliza-se este para suportar um piso ou qualquer outro
elemento horizontal em perigo. Também serve como um local de evacuação e proteção
em caso de colapso para os resgatistas.
Também se utiliza como espaço seguro para os resgatistas quando trabalham em uma
estrutura colapsada ou seriamente danificada.
- Anotador (1): toma nota de todas as medidas necessárias para depois levá-las ao
cortador da sub-equipe de corte.
Rev. ABRIL 2021 TÉCNICAS DE ESCORAMENTO DE EMERGÊNCIA MP 11 - Pg 178
Curso de Busca e Salvamento Urbano
Quando possível, os membros da sub-equipe de corte devem ser distribuídos nas seguintes
funções:
- Chefe de corte (1): está a cargo de escolher a área onde se colocará a mesa de
corte e todas as FEA e madeiras necessárias para o processo de corte. Este local deve estar
próximo de onde se faça a monstagem. O chefe de corte também cumpre a função de
assessor de segurança.
- Traçador (1): traça as linhas de corte nas madeiras antes de passá-las aos
cortadores, seguindo as medições trazidas pelo anotador.
- Anotador (1): toma nota de todas as medidas necessárias para que o traçador
possa marcar as madeiras para levá-las ao corte.
Este tipo de escoramento normalmente é utilizado em pontos de acesso para pessoal brec,
com o propósito de estabilizar cabeçois ou portais que tenham sofrido danos. Cargas adicionais
normalmente provêm de cima e, portanto, se contrói similar a um escoramento vertical. Se as cargas
são verticais, constrói-se similar a um escoramento horizontal.
O travessão requer 1cm de largura por cada 10cm de abertura horizontal. Exemplo: uma
abertura de 1m de largura requer um cabeçal de 10x10 cm. O cabeçol, os postes e a base devem ser
da mesma largura para dar mais efetividade aos reforços diagonais.
Objetivos
1. BLOQUEADORES
Quando sob tensão, próximo aos 500 kgf falham e fraturam a capa da corda.
Todos eles podem ser usados como “captura de progresso” na ausência de um freio
autoblocante como o ID’l.
1.2. Nó blocante
O nó mais conhecido é o “Prussik” ou “Prussico”. Ele é realizado com o auxílio de
cordelete de 6 a 8 mm de diâmetro podendo substituir as peças metálicas.
Quando sob tensão, sua falha se dá próximo dos 1000 kgf rompendo a corda
após os 1500 kgf.
2. ASCENSÃO
A regra básica da ascensão é estar clipado em pelo menos dois pontos distintos.
Para fazer a passagem da corda no Id, deve se atentar para que a “parte tesada (vivo)
da corda esteja sempre entrando por baixo do came e que a parte sem tensão (morto) esteja saindo pela
parte de cima do came.
Além disto, é fundamental que sempre se faça o uso de um mosquetão auxiliar por
onde deve passar o chicote antes de ir para a mão de comando, isto fará com que se acione a última
trava do freio em caso de erro do operador.
Rev. ABRIL 2021 TÉCNICAS VERTICAIS MP 12 - Pg 187
Curso de Busca e Salvamento Urbano
4. IÇAMENTO DE CARGA
Resgatista 03: Este deve ser um bombeiro leve e habilidoso. Ele fará parte da
montagem do sistema no topo e será o resgatista que acessará a vítima fazendo todas as amarrações.
Ele deve estar apto a executar manobras de alto resgate e todos os tipos de amarrações em vítima
possível.
Resgatista 05: Ele será o Lider e Segurança. Possui autonomia para mudar o
procedimento caso veja necessidade podendo apoiar em qualquer ação.
Objetivos
REPASSE GERAL
Além da revisão de todo o conteúdo do curso, os alunos poderão sanar todas as dúvidas
anotadas durante as aulas. Qualquer dúvida que esteja no Baú deverá ser esclarecida.
ANOTAÇÕES
Objetivos
SIMULADO INTERNO
Cada grupo de trabalho disporá de um cenário simulado, contará com as FEA´s designadas e
deverá completar o exercício seguindo as técnicas e procedimentos apresentados e praticados
durante o curso.
NORMAS DE SEGURANÇA
- Devem-se demarcar todas as áreas e objetos que representem perigo para os resgatistas;
- Qualquer pessoa que gere uma falha de segurança ou uma ação insegura repetitivamente,
deverá ser retirada da área;
- O encarregado de segurança da equipe será responsável pela segurança de todo seu pessoal;
- Toda FEA deverá ser utilizada, manutenido e armazenado de acordo com às instruções
dadas pelo Coordenador do curso; e
- Todas as operações que impliquem o uso de FEA´s deverão efetuar-se em dupla, onde um
executará a operação e o outro fará a segurança.
Objetivos
Transceptor móvel
Potência do rádio 40 W
Transceptor digital
Potência 5 W
4. Exercícios de comunicação
Escolher qual a melhor rota de comunicação entre ponto a ponto e através de
repetidora
Exercício 1
Condição ideal
1Watt = 1Km
4.2. A mensagem via rádio do ponto B será transmitida para o ponto A? Por quê?
5. Exercício 2
Condição ideal
Potência do rádio 1W = 1km
2. A mensagem via rádio do ponto B será transmitida para o ponto A via repetidora? Por quê?
Passo 1: Através do Seletor de Zonas, escolha uma das opções disponíveis, Zona A,
Zona B ou Zona C;
Passo 2: A partir da Zona selecionada, utilize o Seletor de Canais para navegar até o
canal desejado.
Parte Frontal
Passo 1: Pressione o botão correspondente à Zona e através das teclas de navegação role
entre as opções disponíveis, Zona A, Zona B ou Zona C;
Passo 2: Pressione o botão correspondente a “Sel” para entrar na Zona selecionada.
Para selecionar o canal desejado, utilize o Seletor de Canais para navegar até o canal
desejado.
Tanto os rádios fixos quanto os HT´s possuem um botão laranja para chamadas de
emergência. Quando ativada, será mostrado no display a mensagem “Emergência” e nesta condição,
permite que, ao acionar o PTT, este rádio terá prioridade na comunicação.
Para ativá-la, pressione o botão laranja por alguns segundos até ouvir um bip de
confirmação junto à mensagem “Emergência” que estará piscando. A partir daí é possível comunicação
com o COBOM com total prioridade.
Para desativá-la, pressione o botão laranja por alguns segundos até ouvir um bip de
confirmação acompanhado do fim da mensagem.
Os transceptores portáteis Motorola APX 8000XE estão habilitados com a função Man
down (homem morto). Ao ficar na posição deitado por 30 segundos disparará um alarme no rádio e após
60 segundos dispara o alerta EMERGÊNCIA para todos os rádios do grupo de conversação e para o
COBOM. Para desabilitar posicione o rádio na vertical e pressione o botão laranja por alguns segundos.
Botão coordenada
-23 31.590’
-46 35.563’
Objetivos
Espaços confinados
Espaços confinados são áreas não projetadas para a ocupação humana contínua, que
apresentam meios limitados de entrada e saída ou uma configuração interna que possa causar o
aprisionamento ou asfixia de um bombeiro. Não possui ventilação ou esta é insuficiente para a
remoção de contaminantes. Pode apresentar, ainda, deficiência ou enriquecimento da concentração de
oxigênio.
ppm: partes por milhão – concentração relativa de substância de acordo com o volume do ambiente
em que se encontra.
STEL (Short Time Exposure Limit): Limite de exposição de curto prazo: exposição máxima a um
determinado contaminante pelo prazo, em geral, de quinze minutos.
TWA (Time Weighted Average): Tempo médio de exposição: considera o efeito cumulativo da
exposição para períodos de trabalho (geralmente de 8 horas).
Detector Multigás
O modelo em uso pelo Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo é o ALTAIR 4X MSA.
Características:
- Certificação IP68;
1) O₂ (oxigênio)
Concentração de oxigênio no ambiente, que deve estar na faixa de 20,9%.
20,9%
19,5% 23,0%
2) CO (monóxido de carbono)
Por exemplo:
Observa-se a
concentração de
aproximadamente 2% de
butano e 98% de ar
100%
Qual será a
O detector indica que há, no
indicação no
ambiente, 100% do Limite
detector?
Inferior de Inflamabilidade
do gás