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Araraquara – 2006
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Faculdade de Ciências Farmacêuticas
Departamento de Alimentos e Nutrição
Araraquara – 2006
BANCA EXAMINADORA
Aos meus pais, Marli e Geraldo, meus exemplos de tudo nesta vida
Ao meu querido marido, César, por me incentivar a continuar estudando
Aos meus irmãos, Mirella e Rodrigo, pela união e alegria nas minhas conquistas
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Geraldo e Marli, a quem não tenho palavras para expressar meus
agradecimentos. Obrigada pelo apoio, carinho, amor e dedicação.
Aos meus amigos Tati, Giselle e Márcio, que mesmo estando distantes
fisicamente, sempre me apoiaram.
Lista de Figuras............................................................................................ v
Resumo......................................................................................................... viii
Abstract......................................................................................................... ix
1. Introdução................................................................................................. 1
2. Revisão Bibliográfica................................................................................ 3
2.1. Goiaba................................................................................................ 3
2.2. Carotenóides...................................................................................... 5
2.2.1. Licopeno................................................................................... 7
2.2.2. Beta-caroteno...........................................................................
9
ii
2.3.4. Efeito do processamento e da estocagem sobre o teor de
ácido ascórbico.................................................................................. 25
3. Objetivos................................................................................................... 29
4. Material e Métodos................................................................................... 30
4.1. Material............................................................................................. 30
4.2. Métodos............................................................................................ 30
5. Resultados e Discussão........................................................................... 36
iii
5.2. Perfil dos carotenóides principais da goiabada obtidos por
cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE)...................................... 39
5.3. Efeito da estocagem por 270 dias sobre a concentração do ácido
ascórbico presente na goiabada............................................................... 42
6. Conclusões............................................................................................... 61
7. Referências Bibliográficas........................................................................ 63
iv
LISTA DE FIGURAS
v
Figura 13. Porcentagem de retenção de β-caroteno da goiabada,
submetida a diferentes condições de armazenamento (5°C,
30°C com e sem exposição à luz), por 270 dias....................... 55
vi
LISTA DE TABELAS
vii
RESUMO
viii
ABSTRACT
ix
1. INTRODUÇÃO
MOSQUERA et al., 2002). Além disso, o valor nutricional das frutas é um dos
2002). Fatores como luz, pH, umidade relativa, oxigênio e sistema enzimático,
1
facilmente degradados pelo calor. O ácido ascórbico pode sofrer alterações
cobre e ferro, o pH, e a temperatura, que pode causar considerável perda do teor
inicial de ácido ascórbico na fruta (DE MARTIN et al., 1975; NAGY et al., 1980).
ácido ascórbico, sendo esse teor, de três a seis vezes maior que na laranja. O
prima para doces e sucos, com larga aceitação no mercado interno (CEASA,
da goiaba, com adição de açúcar, pectina e ácido cítrico, podendo sofrer perdas
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1.Goiaba
destaque, não só pelo seu aroma e sabor, como também pelo seu valor
(IEA, 2005).
produção anual de 230 a 300 mil toneladas de goiaba, sendo que 65%
3
principalmente nas regiões tropicais e subtropicais do globo. (CRFG, 2004;
100g de polpa é constituída de proteína (1g), cálcio (15 mg), ferro (1mg),
vitamina A (0,06 mg), tiamina (0,05 mg), vitamina C (200-300 mg) e fósforo
2004).
4
Recepção da fruta
Lavagem/ Seleção
Trituração
Despolpamento Semente
Polpa
Caramelização (100°C/15min)
Envase
2.2. Carotenóides
5
vegetais, raízes, flores, peixes invertebrados e pássaros (RODRIGUEZ-AMAYA,
vitamínica A, apresentam outras funções como, ação potencial contra certos tipos
6
oculares como catarata, atividade antiúlcera gástrica, atuação como antioxidantes
2.2.1. Licopeno
7
Estudos têm sugerido que o licopeno pode atuar como antioxidante
2004).
8
produtos melhoram a sua biodisponibilidade. O tomate cru apresenta, em média,
por, SHAMI e MOREIRA, 2004). O licopeno presente nos tomates varia conforme
Dados sugerem que os cis-isômeros de licopeno são melhor absorvidos, pela sua
2004).
2.2.2. Beta-caroteno
9
Figura 3. Estrutura química do â-caroteno e de seus isômeros (BONONI et al. 2002).
Outros carotenóides também fazem essa conversão mas dão origem a uma única
10
retinol. Por esta razão, o â-caroteno, muitas vezes, é denominado como
AMAYA, 1997; OLIVER e PALOU, 2000; LEE e CHEN, 2001; YOUNG e LOWE,
11
ainda foram encontrados outros dois carotenóides, cis-γ-caroteno e 5,8 epóxi-zenoxantina.
trans-β- caroteno.
µg/g; para fruta cristalizada 78,4-80,5, e para polpa um teor de 0,2-13,2 µg/g.
28,7 µg/g, doce em pasta 17,8 µg/g, e suco 5,2-5,4 µg/g (WILBERG e
RODRIGUEZ-AMAYA, 1995).
12
ácidos. Os carotenóides são susceptíveis à isomerização e a oxidação durante o
MAGUER, 2000).
tempo, pode ser benéfico, pois pode reduzir inicialmente o teor de carotenóides,
13
Em condições de aquecimento e pH baixo ocorre a isomerização do
PALOU, 2000).
e â-caroteno
licopeno de 31,1 ì g/g, 61,6 ì g/g; 133,5 ì g/g; 182,7 ì g/g e 102,9 ì g/g em tomate
ì g/g, 18,0 ì g/g , 31,1 ì g/g e 10,0 ì g/g para os mes mos produtos . Neste trabalho,
encontradas para o trans- â-caroteno foram de 5,1 ì g/g, 2,0 ì g/g, 6,2 ì g/g; 8,7
ì g/g; 3,5 ì g/g, em tomate fres co, s uco de tomate, purê, extrato de tomate
14
apresentaram de 3,9 a 0,1 de 13-cis-beta-caroteno; o 9-cis-β-caroteno variou 1,0
ì g/g a não detectado. No catchup, a taxa foi de 0,2 a 0,6 ì g/g de 13-cis-β-
(1994) observaram ainda que houve variações nos teores dependendo da marca
um teor de sólidos solúveis duas vezes maior que o suco. Os referidos autores
trans-licopeno foi quase o mesmo que no purê. Os autores acreditam que a perda
molho e sopa foram de 5,09, 2,34, 9,93, 10,22, 10,72, respectivamente. Após 18
(20W) a 25ºC ou aquecimento a 50, 100, e 150ºC, por vários períodosde tempo
foi verificada por LEE e CHEN (2002). Durante a iluminação ocorreu isomerização
15
de all-trans licopeno e cis isômeros e, a 150ºC, a degradação ocorreu mais
perdas de all-trans-β-caroteno.
estocagem a -7 e -18°C por 180 dias. A mudança de cor no purê não branqueado
foi estatisticamente mais alta que naquele purê que sofreu tratamento. A perda de
tomate não branqueado. Na temperatura de -7°C, a perda de cor foi bem maior do
16
temperaturas tanto em tomates não branqueados, como em tomates
tomate fres co havia 75,5 ì g/100g de licopeno e a maioria estava na forma all-
que 84,4% correspondiam aos isômeros trans e 16,6% aos isômeros cis,
desse total correspondia aos isômeros trans e 10,1% aos isômeros cis (SHI et al.,
1999).
amostras liofilizadas foi maior (97%) que nas amostras concentradas de forma
17
Um estudo realizado por MIKI e AKATSU (1970) citados por, SHI e LE
foi maior no suco da variedade IAC-4 do que nas marcas comerciais, apesar do
suco IAC ter sido pasteurizado por 30 minutos em água em ebulição. Após 10
meses de estocagem, o teor de carotenóides totais do suco IAC-4 que era de 31,0
µg/g passou para 27,7 µg/g, sendo 20,2 µg/g de licopeno e 2,5 µg/g ao β-
caroteno. Para o suco da marca A, o teor após 10 meses foi de 16,3 µg/g sendo
µg/g de carotenóides totais dos quais 2,5 µg/g de licopeno e 0,4 µg/g β-caroteno.
35°C, por 12 semanas, foi estudada por LIN e CHEN (2005). O teor inicial de β-
caroteno diminuíram 4,69 µg/g (78,2%), 4,87 µg/g (81,2%) e 5,71 µg/g (95,2%),
18
35°C ocorreu completa degradação do 15-cis e do 13-cis-β-caroteno. Os
foram favorecidos a 25°C; e o 5-cis bem como o 13-cis dominaram a 35°C. Após
apresentou uma redução de 80,1% (68,1µg/g), 83,5% (71,0 µg/g), e 92,1% (78,3
redução foi de 0,265 mg/100g e no período do 13° ao 18° mês foi de 0,135
mg/100g. Isto indica, portanto, que as maiores perdas ocorreram nos 6 primeiros
19
meses, e depois se mantêm praticamente constantes, quase nulas, até o final do
2000).
para a configuração cis, o que pode causar diminuição de cor e de atividade pró-
LE MAGUER, 2000).
20
o uso de cromatografia líquida de alta eficiência preserva as características
desses compostos.
Entre as colunas utilizadas para análise dos carotenóides está a C18 que
separação de isômeros (LEE e CHEN 2001). Para extração dos carotenóides nos
2.3. Vitamina C
21
+ 2 H + + 2 e-
al., 1997).
22
As principais fontes de ácido ascórbico são frutas como acerola, cupuaçu,
goiaba, frutas cítricas, abacaxi, tomate, maçã, banana, melão, cereja e morango.
Os vegetais também são fontes dessa vitamina (batata, repolho, cebola, cenoura,
como a segunda fruta com maior teor de ácido ascórbico, ficando atrás, apenas,
respectivamente.
23
cultivada em São Paulo, 97,7 mg/100g de ácido ascórbico, valor bem superior ao
principalmente a amostragem, pois a fruta pode ser analisada inteira, com ou sem
de vários fatores como pH, ácidos, íons metálicos, teor de umidade, atividade da
totalmente esclarecidos (NAGY, 1980; VIEIRA et al., 2000; MANSO et al., 2001).
hidroxifurfural (NAGY, 1980; SHAW et al., 1993; TANNENBAUM, 1976, citado por,
1993).
24
2.3.4. Efeito do processamento e da estocagem sobre o teor de ácido
ascórbico
12° mês) foi de 4 mg/100g e no ultimo período (até o 18° mês) a redução foi de
refrigeração. Goiabas de mesa (var. Pedro Sato) no estádio verde maturo foram
armazenadas a 8°C (85-95% UR) por 49 dias. Uma parte das amostras foi tratada
PD-961). Goiabas sem embalagem e não tratadas com cálcio, mantidas à mesma
temperatura de 8°C serviram como controle. Os frutos tratados com cálcio não
aos não tratados. Os frutos embalados com PD-900, menos permeável ao O2,
25
estado. Após a sexta semana, apenas os frutos embalados com PD-900 sem
analisadas.
Enquanto o suco permaneceu a 88°C, por 10 minutos, a geléia foi processada por
das frutas durante a preparação da geléia foi de 1 litro, sendo que 600 mL foram
descartados; com isso, 31,4% de ácido ascórbico foram perdidos. Uma perda de
26
ascórbico foi de cerca de 12%, enquanto que nos tratamentos de pasteurização,
ácido ascórbico. Os autores observaram ainda, que na bebida com teor maior de
sólidos solúveis totais, a perda de vitamina C foi maior, tanto para a estocagem a
branqueada em água quente a 98ºC por quatro minutos e seca. As duas polpas
uma diminuição de 67,86 para 10,07 mg de ácido ascórbico por 100 g de polpa,
67,86 mg para 17,44 mg de ácido ascórbico, por 100g de polpa, após o mesmo
27
congelada na forma triturada como da polpa não triturada, foi afetado pelo tipo de
valores de atividade de água (0,43, 0,75, 0,84 e 0,97) por até 24 dias.
28
3. OBJETIVOS
29
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1. Material
biorientado (BOPP).
uma análise no 30º dia; nos dois meses seguintes, as análises foram realizadas
4.2. Métodos
muito instáveis à luz e a altas temperaturas. Foi adicionado aos extratos das
para evitar oxidações. Os extratos foram secos sob fluxo de nitrogênio (N2) e
30
4.2.1. Extração de carotenóides em goiabada
metanol e com a mistura metanol-éter etílico (1:1) e a fase líquida recolhida. Este
processo foi repetido várias vezes, até o resíduo tornar-se incolor. A fase líquida
RODRIGUEZ-AMAYA, 2002).
eficiência (CLAE)
por arranjo de fotodiodos (DAD) SPD-M 10A VP, forno com controle de
vácuo, com membrana filtrante Nylon 66, para solvente orgânico de 0,45 µm.
31
As amostras e as soluções-padrão foram diluídas em 2 mL da mistura
reversa (C18) Waters RP-HPLC (4,6 x 150mm; 3,5µm), utilizando-se como fase
C18 (ordem de eluição), espectro de absorção obtido entre 300 e 550 nm, reações
(%Ab /AII).
32
4.2.5. Grau de estrutura fina (%III/II)
mínimo entre os dois picos uma linha base, multiplicado por 100). Os valores
(1999).
A partir da linha de base, foi medida a altura do pico cis (Ab), banda
calibração externa.
33
4.2.8. Preparação dos padrões de carotenóides
momento de seu uso. Imediatamente antes do uso dos padrões purificados, foram
pela análise do perfil de seu espectro, na região entre 300 e 550 nm, e pelo
Éter de
Licopeno petróleo 3450 99,5 y =4E+06x 0,9956
Éter de
β-caroteno petróleo 2592 99,2 y =5E+06x 0,9215
34
4.2.9. Determinação de sólidos totais solúveis
por leitura da absorbância a 450 e 470 nm por CLAE, as médias do teor de ácido
ascórbico, da acidez total titulável, e dos sólidos totais solúveis encontradas nas
programa Microsoft EXCEL (2000) foi utilizado para a elaboração dos gráficos.
35
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
que pode variar de um ano (polipropileno biorientado - BOPP), até dois anos
dos consumidores.
estudado o efeito da presença e da ausência de luz, uma vez que este tipo de
36
5.1. Teores médios de acidez total titulável e de sólidos solúveis totais, na
estocagem.
Tabela 2.
(Tabela 2).
37
Na Tabela 3 estão apresentados os resultados do teor de sólidos
estocagem.
armazenadas por 180 dias, onde os teores de sólidos totais solúveis e acidez
38
5.2. Perfil dos carotenóides principais da goiabada obtidos por
acordo com os citados por outros autores, que também citam o licopeno e o β-
ESCOBAR, 2006).
39
Spectrum at time 12,37 min.
400 400
licopeno
mAU
mAU
200 200
0 0
nm
cis-licopeno
50 50
mAU
mAU
25 25
0 0
nm
40
Spectrum at time 18,47 min.
100 100
β-caroteno
50 50
mAU
mAU
0 0
nm
β-caroteno
cis-β
50 50
mAU
mAU
25 25
0 0
nm
41
1
1000 1000
m AU
m AU
500 500
2 4
0 0
0 5 10 15 20 25 30
M inutes
mg de ácido ascórbico/ 100 g (Tabela 5), e após 270 dias, foram reduzidos para
28,2, 23,4 e 18,9 mg/100 g, para as condições de 5°C, 30°C sem luz e 30°C com
42
menores que na temperatura de 30°C sem luz, que por sua vez foram menores
Tabela 5. Teores médios de ácido ascórbico1, no tempo 0 (zero) e após 270 dias
de estocagem, sob diferentes condições de armazenamento.
43
45
35
30
100g de goiabada)
25
20
15
10
0
0 7 14 21 45 75 120 180 240
Tempo de estocagem (dias)
Condições de estocagem
Temperatura de 5°C
Temperatura de 30°C ( sem exposição à luz)
Temperatura de 30°C (com exposição à luz)
estocagem, permanecendo nesta faixa até o 30° dia. Após 90 dias a retenção foi
período de 270 dias, a retenção de ácido ascórbico foi de 68,6% (Figura 9).
observadas retenções de 80, 73, 64,5, 66,9% para os produtos mantidos nesta
condição por 30, 90, 180, 270 dias, respectivamente (Figura 9).
44
!#""%$'&(#*)*+,$.-*/10(!3224&657/1)*8
Condições de estocagem
9:;=<?>A@B<CEDFHGCEDJI<.K?L M
NPOQ=R?SATBRUEVWHXUEVJYR.Z
[\ ]_^7`
R?SaRcbBTed1`gf hi
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A
xe
aquelas mantidas a 30°C em ausência de luz ou a 5°C. Após 30, 90, 180, 270
(Figura 9).
45
Na temperatura de 30ºC e com exposição à luz, a goiabada apresentou
carambola.
MARTIN et al. (1975) observaram em polpa de goiaba congelada por 6 meses, uma
46
NOGUEIRA et al. (1978), avaliando o conteúdo de ácido ascórbico em
estocada a 30°C sem exposição à luz, e 54% na goiabada exposta à luz. Após os
270 dias, a retenção foi de 69, 57, e 46% para as mesmas condições citadas
(Figura 9).
5.4. Efeito da estocagem por 270 dias sobre o teor de licopeno da goiabada
goiabada.
o teor foi reduzido para 47,65 µg/100 g, o que representou uma retenção
47
se que o teor diminuiu para 56,10 µg/100 g após nove meses. A retenção
30°C (sem
468,18 + 25,83 a 79,49 + 6,14 b
exposição à luz)
1
Média e desvio-padrão de três amostras
2
Médias de teores de licopeno seguidas de letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si,
estatisticamente, ao nível de 5% de significância, pelo teste de Tukey.
48
120
80
60
(%)
40
20
0
0 4 14 30 60 90 150 210 270
Te m p o de e s to cage m (dias )
Temperatura de 5°C
Temperatura de 30°C (s em exposição a luz )
Temperatura de 30°C (c om exposição a luz )
49
500
450
Teores médios de licopeno
400
350
(ug/100g)
300
250
200
150
100
50
0
0 7 14 21 45 90 150 210 270
Tempo de estocagem (dias)
Condições de estocagem
a)Temperatura de 5°C
b)Temperatura de 30°C (sem exposição à luz)
c)Temperatura de 30°C (com expoisção à luz)
Figura 11 Avaliação do comportamento do licopeno, durante 270 dias, em
exposição à luz, seguida pela estocagem a 30°C com exposição à luz, e a 5°C
50
teor semelhante àquela estocada a 30°C em presença de luz (Tabela 7).
Resultados semelhantes foram também descritos por LOVRIC et al. (1970), que
licopeno foi realizado por CALLIGARIS et al. (2002), que verificaram perdas em
51
temperaturas de 4, 25, e 35°C, respectivamente, e na ausência de luz. Sob efeito
goiabada
30ºC (com e sem exposição à luz), foram, respectivamente, de 5,84; 7,71; 9,26
52
Estes teores não apresentaram diferenças significativas, quando se
encontrados não diferiram estatisticamente entre si, o que demonstra que o tempo
(Tabela 10).
30°C (sem
exposição à luz) 15,12 + 1,22 a 9,16 + 0,48 a
1
Média e desvio-padrão de três amostras
2
Médias de teores de â-caroteno seguidas de letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si,
estatisticamente, ao nível de 5% de significância, pelo teste de Tukey.
53
Tabela 10. Teores médios de â-caroteno1 da goiabada, durante a estocagem, sob
diferentes condições de armazenamento.
Tempo de µg/100g)2
Teor (µ
estocagem 5ºC 30ºC na presença 30ºC na ausência
(em dias) de luz de luz
0 15,12 + 1,22 a 15,12 + 1,22 a 15,12 + 1,22 a
4 10,59 + 1,18 b 7,99 + 3,46 b 11,49 + 2,83 b
14 9,72 + 0,94 b 9,48 + 2,69 b 9,70 + 0,91 b
30 9,99 + 0,79 b 8,43 + 2,56 b 10,34 + 0,95 b
60 7,02 + 1,56 b 8,78 + a0,7b 9,39 + 1,67 b
90 9,46 + 0,22 b 8,87 + 2,07 b 6,48 + 2,53 b
150 7,84 + 2,45 b 6,43 + 2,70 b 6,79 + 1,15 b
210 7,40 + 1,36 b 5,56 + 1,19 b 8,56 + 1,53 b
270 5,84 + 0,91 c 7,71 + 1,35 c 9,16 + 0,48 c
1
Média e desvio-padrão de três amostras
2
Médias de teores de â-caroteno seguidas de letras iguais, na mesma coluna, não diferem entre si,
estatisticamente, ao nível de 5% de significância, pelo teste de Tukey.
16
14
ß-caroteno (ug/100g)
12
Teores médios de
10
8
6
4
2
0
0 7 14 21 45 90 150 210 270
Tempo de estocagem (dias)
Condições de estocagem
a)Temperatura de 5°C
b)Temperatura de 30°C (sem exposição à luz)
c)Temperatura de 30°C (com expoisção à luz)
54
Após 270 dias, a condição de estocagem que proporcionou maior
120
100
Retenção do teor de
ß-caroteno (%)
80
60
40
20
0
0 4 14 30 60 90 150 210 270
Te m po dedeeestocagem
Condições s tocage m (dias )
Condições de estocagem
Temperatura de 5°C
Temperatura de 30°C (sem exposição a luz)
Temperatura de 30°C (com exposição a luz)
55
doméstico, por 11 meses. O teor de beta não apresentou alteração significativa
até o terceiro mês de estocagem. A partir do quarto mês a redução foi de 20%
2003).
semanas, verificaram que o teor inicial de β-caroteno foi de 6 µg/g, para as três
4,69 µg/g (78,2%), 4,87 µg/g (81,2%) e 5,71 µg/g (95,2%), respectivamente,
resultando um teor final de 1,31, 1,13, e 0,30 µg/g, nas condições citadas. Sob
56
âmbar, por um período de 18 meses a 35°C, onde as maiores perdas
nula até o final de 270 dias. A partir do 7° dia e até o final do período
57
de armazenamento, os teores de cis-â-caroteno da goiabada não
58
5
4
cis- ß-caroteno (ug/100g)
4
Teores médios de
3
3
2
2
1
1
0
0 7 14 21 45 90 150 210
Tempo de estocagem (dias)
Condições de estocagem
a)Temperatura de 5°C
b)Temperatura de 30°C (sem exposição à luz)
c)Temperatura de 30°C (com expoisção à luz)
59
armazenamento. Sob luz, houve a formação de alguns isômeros que depois
foram degradados.
60
6. CONCLUSÕES
armazenamento.
β-caroteno.
61
Nas condições de 30°C e presença de luz e a 5°C, as retenções foram
maior (p < 0,05) que daquela mantida a 5°C. E embora o valor encontrado fosse
ao seu teor inicial, porém, durante esse período, os teores não diferiram entre si
presença de luz, o teor foi significativamente menor do que nas estocadas a 5°C e
diferenças estatísticas entre si, ocorrendo diferenças, apenas, com relação ao teor inicial.
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