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Publicado D.O.E.

Em 23.12.2003

DECRETO Nº 8.852 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003

Dispõe sobre o Termo de Responsabilidade Ambiental para


Empreendimentos Agrosilvopastoris, concede prazo para a
regularização ambiental, dispensa juros de multas
administrativas vinculadas às infrações ambientais e dá outras
providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

DECRETA
Art. 1º - Fica criado o Termo de Responsabilidade Ambiental para as atividades e
empreendimentos agrosilvopastoris, a ser firmado pelas pessoas físicas e jurídicas responsáveis,
no qual se comprometem a adequar suas atividades aos princípios do desenvolvimento
sustentável prescritos nas normas técnicas e jurídicas vigentes, dentro dos prazos constantes no
referido Termo, de acordo com o modelo estabelecido pela Secretaria de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos - SEMARH, através da Superintendência de Desenvolvimento Florestal e
Unidades de Conservação - SFC.

§ 1º - O Termo a que se refere o caput deste artigo deverá ser assinado


pelo proprietário, detentor de justa posse ou seu representante legal e pelo responsável
técnico, devidamente habilitado, mediante a apresentação da Anotação de Responsabilidade
Técnica - ART, junto ao conselho profissional competente.

§ 2º - Para as atividades rurais de agricultura de subsistência familiar, em


propriedade ou posse com área individual de até 04 (quatro) módulos fiscais, o Termo de
Responsabilidade Ambiental, quando exigido por autoridades ou agentes financeiros, seguirá
modelo simplificado, dispensada a ART.

§ 3º - O Termo, uma vez registrado junto à Superintendência de Desenvolvimento


Florestal e Unidades de Conservação - SFC, através de procedimento administrativo próprio,
produzirá os efeitos legais no que se refere a regularidade ambiental, para fins de apresentação
junto ao agentes financeiros e fiscais.

§ 4º - Fica concedido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da data do


protocolo do Termo junto à SEMARH/SFC, para os proprietários ou detentores de justa posse
rural averbarem a reserva legal, nos termos do artigo 10, § 5º, da Lei nº 6.569, de 17 de janeiro
de 1994.

Art. 2º - Os empreendimentos e atividades, objeto do Programa Nacional de


Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF, serão regularizados ambientalmente
através de procedimento próprio a ser estabelecido em norma do Conselho Estadual de Meio
Ambiente - CEPRAM, dispensado o pagamento dos custos de análise.

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Art. 3º - As pessoas físicas e jurídicas que espontaneamente requererem à
SEMARH, através do Centro de Recursos Ambientais - CRA, no prazo de 01(um) ano, contado
a partir da data da publicação deste Decreto, a regularização ambiental das atividades e
empreendimentos relacionados no Anexo V do Regulamento da Lei nº 7.799, de 07 de fevereiro
de 2001, aprovado pelo Decreto nº 7.967, de 05 de junho de 2001, inclusive os agrosilvopastoris
nele previstos, ficarão isentos da penalidade da multa referente ao cometimento da infração
formal.

§ 1º - Os empreendedores que, anteriormente à edição deste Decreto, já tenham


sido notificados, advertidos ou multados por infração formal, através da fiscalização do CRA, e
que até a presente data não requereram o devido licenciamento ambiental, são considerados
reincidentes, ficando passíveis da penalidade de multa por infração formal, caso não requeiram a
licença ambiental no prazo máximo de 90 (noventa) dias, contado a partir da data da publicação
deste Decreto.

§ 2º - As infrações materiais, caracterizadas pela ação ou omissão que cause ou


possa causar degradação ambiental, serão objeto da aplicação das penalidades previstas nos
termos do art. 221 do Regulamento da Lei nº 7.799, de 07 de fevereiro de 2001.

Art. 4º - Ficarão dispensadas do pagamento dos juros de 1% (um por cento) ao


mês, de que trata o art. 268 do Regulamento da Lei nº 7.799, de 07 de fevereiro de 2001, as
pessoas físicas e jurídicas autuadas pelo CRA que firmarem Termo para Quitação do Débito, no
prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado do início da vigência deste Decreto.

§ 1º - Os débitos referidos no caput deste artigo incluem os inscritos na Dívida


Ativa, bem como as ações de execução fiscal já ajuizadas perante as Varas da Fazenda Pública
do Estado da Bahia.

§ 2º - O pagamento do débito administrativo poderá ser parcelado, da seguinte


forma:

I - em até 02 (duas) parcelas iguais, mensais e sucessivas, para valores


corrigidos, inferiores a R$10.000,00 (dez mil reais);

II - em até 03 (três) parcelas iguais, mensais e sucessivas, para valores corrigidos,


iguais ou superiores a R$10.000,00 (dez mil reais).

§ 3º - O não pagamento de qualquer das parcelas mencionadas no parágrafo


anterior, no respectivo prazo, implicará no vencimento automático das demais e conseqüente
continuidade do processo administrativo ou judicial para recuperação dos valores devidos.

Art. 5º - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, retroagindo os


efeitos dos artigos 3º e 4º a 04 de dezembro de 2003.

Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em 22 de dezembro de 2003.


PAULO SOUTO
Governador
Ruy Tourinho Jorge Khoury
Secretário de Governo Secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

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