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Grupo I
O lago Poopó localiza-se nos Andes bolivianos, a 3821 metros de altitude. Este lago cobria, na década de
90 do século XX, uma área superior a mil quilómetros quadrados, atingindo uma profundidade entre 1,5 e 4
metros. Atualmente, está reduzido a 2% da sua anterior área, tendo secado a um ritmo acelerado devido à
ação do ser humano e a fatores climáticos, como o aquecimento global e o fenómeno cíclico El Niño. Deste
facto resultou um enorme desastre ambiental para as muitas espécies de animais e plantas que ali viviam.
Os investigadores são da opinião que os fatores humanos que mais contribuíram para a diminuição do
lago foram a exploração mineira excessiva e o consumo de água pela agricultura intensiva. O aquecimento
global terá contribuído também para esse fenómeno, aumentando a evaporação das fontes de
reabastecimento do Poopó. Os períodos de seca, que se acentuaram nas últimas décadas, são ainda outro
fator de particular relevância, visto que a pluviosidade deixou de ter a regularidade necessária para assegurar
o equilíbrio do lago.
Baseado em https://bit.ly/3paZRui (consult. out 2020)
A B
Figura 1. Localização geográfica do lago Poopó (A) e contexto tectónico da região onde o mesmo se insere (B).
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3. O consumo de água do lago Poopó pela agricultura intensiva resultou num desequilíbrio causado pela
(A) geosfera.
(B) hidrosfera.
(C) atmosfera.
(D) biosfera.
4. A redução da área do lago Poopó resultou _____ da pluviosidade na região, nas últimas décadas, e da
_____ mineira.
(A) da diminuição … subexploração
(B) da diminuição … sobre-exploração
(C) do aumento … subexploração
(D) do aumento … sobre-exploração
7. Numa região próxima do lago Poopó, os vulcões apresentarão uma atividade essencialmente
(A) explosiva, cuja consolidação das lavas na cratera permitirá a formação de domos.
(B) explosiva, cuja consolidação das lavas na cratera permitirá a formação de lavas encordoadas.
(C) efusiva, cuja consolidação das lavas na cratera permitirá a formação de domos.
(D) efusiva, cuja consolidação das lavas na cratera permitirá a formação de lavas encordoadas.
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9. Associe a cada afirmação apresentada na coluna A o grupo de rochas apresentado na coluna B que lhes
pode corresponder.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha formada por consolidação de um magma em profundidade. (1) Rocha magmática
(b) Rocha que resulta da recristalização de minerais a altas pressões e altas (2) Rocha sedimentar
temperaturas. (3) Rocha metamórfica
(c) Rocha formada à superfície terrestre a partir de materiais provenientes
de rochas preexistentes.
(d) Rocha formada pela diagénese de conchas e exoesqueletos
carbonatados de animais marinhos.
(e) Rocha formada à superfície terrestre a partir da consolidação rápida de
um magma.
10. Explique em que medida o desaparecimento dos glaciares nos Andes contribuiu para a evaporação do
lago Poopó.
11. Na década de 90 do século XX, o rio Desaguadero, fonte abastecedora do lago Poopó, foi desviado para
alimentar o lago Titicaca.
Tendo em consideração os dados disponíveis, refira de que modo uma reversão da decisão tomada na
década de 90 poderá inverter o desaparecimento do lago Poopó.
Grupo II
Baseado em Esteves, A. F.; Aguado, B. V. & Azevedo, M. R. (2006). As rochas metamórficas da região de Cavernães:
potencialidades didáticas. Simpósio Ibérico do Ensino da Geologia. XIV Simposio sobre Enseñanza de la Geología. XXVI
Curso de Atualização de Professores de Geociências. Livro de Atas, Universidade de Aveiro, pp. 181-186.
1
Rochas metamórficas com origem sedimentar.
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5. No método de datação U-Pb, o urânio presente num zircão é o isótopo _____; com base neste método, é
possível fazer a datação _____ de uma rocha que contenha esse mineral.
(A) instável … absoluta
(B) instável … relativa
(C) estável … absoluta
(D) estável … relativa
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6. Considerando que o tempo de semivida do par isotópico U-Pb é 4500 Ma., a quantidade de urânio
presente no granito de Cota-Viseu será
(A) inferior a 50% da quantidade inicial.
(B) 100% da quantidade inicial.
(C) 0% da quantidade inicial.
(D) superior a 50% da quantidade inicial.
7. Com base nos dados, na região de Mundão será possível estudar afloramentos de
(A) gnaisses.
(B) calcários.
(C) quartzitos.
(D) corneanas.
8. A formação lenta e gradual das rochas metamórficas anteordovícicas da região de Cavernães enquadra-se
numa linha de interpretação
(A) catastrofista.
(B) radiométrica.
(C) uniformitarista.
(D) imobilista.
10. Faça corresponder cada uma das descrições expressas na coluna A à respetiva rocha, que consta na
coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha sedimentar não consolidada. (1) Gnaisse
(b) Rocha que resultou do arrefecimento rápido de um magma. (2) Areia
(c) Rocha metamórfica que apresenta minerais com uma orientação (3) Granito
preferencial. (4) Basalto
(5) Arenito
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Grupo III
A formação da ilha de Santa Maria, localizada no arquipélago dos Açores (Figura 3), ter-se-á iniciado há
cerca de 10 Ma, com a deposição de piroclastos submarinos da Formação dos Cabrestantes, a que se seguiu
a deposição de piroclastos subaéreos da Formação do Porto. Mais tarde, estes materiais foram cobertos
pelas lavas subaéreas do Complexo dos Anjos.
Posteriormente, e após um longo intervalo com baixa atividade vulcânica, a ilha terá sido desmantelada
por erosão marinha. Sobre o topo aplanado do monte submarino formado por esta erosão ter-se-ão
depositado sedimentos detríticos e sedimentos marinhos que formam o Complexo do Touril. Este complexo
é essencialmente constituído por arenitos, conglomerados e calcários, todos eles muito fossilíferos. Após
esta fase de deposição, ocorreu um novo período de intensa atividade vulcânica que deu origem a escoadas
lávicas e depósitos de piroclastos, inicialmente submarinos e posteriormente subaéreos, materiais que
constituem o Complexo do Facho-Pico Alto. A ilha de Santa Maria continuou a crescer em dimensão, tendo
o vulcanismo terminado há cerca de 2 Ma, com uma abundante emissão de piroclastos, que originou a
Formação de Feteiras.
Baseado em Ávila, S. P.; Calado, H. & Cachão, M. (2014). “Paleoparque Santa Maria” (Açores).
Comunicações Geológicas, 101, Especial III: 1205-1210. IX CNG/2.o CoGePLiP, Porto: LNEG.
A B
Figura 3. Mapa geotectónico dos Açores (A); Secção estratigráfica de uma região da ilha de Santa Maria (B).
Fonte: Exame Nacional de Biologia e Geologia 11.º ano 2010 – 2.a Fase (GAVE)
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5. As rochas _____ que constituem o Complexo do Touril formaram-se à superfície terrestre ou nas suas
proximidades, tendo todas completado, pelo menos, um ciclo _____.
(A) sedimentares … sedimentar (C) magmáticas … sedimentar
(B) sedimentares … magmático (D) magmáticas … magmático
6. As ilhas Graciosa e Terceira são atravessadas por uma fratura longitudinal que
(A) se encontra normalmente associada às fossas oceânicas.
(B) está associada a um limite convergente.
(C) é muito comum num talude continental.
(D) se pode encontrar nas dorsais oceânicas.
7. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações relativas aos materiais emitidos durante as
erupções vulcânicas, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Lava fluida consolidada em ambiente subaquático. (1) Pillow lavas
(b) Lavas fluidas com aspeto de cordas sobrepostas. (2) Lavas escoriáceas
(c) Material rochoso de pequenas dimensões resultante da (3) Cinzas vulcânicas
fragmentação das rochas durante uma erupção explosiva. (4) Bombas vulcânicas
(5) Lavas encordoadas
8. Explique por que razão se pode concluir que os clastos de basalto que surgem no calcário fossilífero do
Complexo do Touril (Figura 3B) não pertencem ao basalto vesicular em almofada do Complexo do Facho.
9. Refira em que medida os materiais do Complexo do Facho – Pico Alto evidenciam a ocorrência de
atividade vulcânica mista.
FIM
ITEM
GRUPO
COTAÇÃO (em pontos)
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11.
I.
6 6 6 6 6 6 6 6 10 10 10 78
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.
II.
6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 60
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
III.
6 6 6 6 6 6 6 10 10 62
Total 200
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