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Estrutura Geológica do Brasil

Três estruturas geológicas distintas compõem o Brasil: escudos cristalinos, bacias


sedimentares e terrenos vulcânicos.

Área de mineração na Serra dos Carajás, nesse local é extraído minério de ferro formado em escudos
cristalinos.

A realização de estudos direcionados ao conhecimento geológico é de extrema


importância para saber quais são as principais jazidas minerais e sua quantidade no
subsolo. Tal informação proporciona o racionamento da extração de determinados
minérios, de maneira que não comprometa sua reserva para o futuro.

A superfície brasileira é constituída basicamente por três estruturas geológicas: escudos


cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.

Escudos cristalinos: são áreas cuja superfície se constituiu no Pré-Cambriano, essa


estrutura geológica abrange aproximadamente 36% do território brasileiro. Nas regiões
que se formaram no éon Arqueano (o qual ocupa cerca de 32% do país) existem
diversos tipos de rochas, com destaque para o granito. Em terrenos formados no éon
Proterozoico são encontradas rochas metamórficas, onde se formam minerais como
ferro e manganês."
Obs. Na linguagem coloquial, um éon é um período muito longo, embora
impreciso.
Escudos cristalinos – Planalto das Guianas

Bacias sedimentares: estrutura geológica de formação mais recente, que abrange pelo
menos 58% do país. Em regiões onde o terreno se formou na era Paleozoica existem
jazidas carboníferas. Em terrenos formados na era Mesozoica existem jazidas
petrolíferas. Em áreas da era cenozoica ocorre um intenso processo de sedimentação
que corresponde às planícies.

Bacia sedimentar – Bacia Amazônica

Terrenos vulcânicos: esse tipo de estrutura ocupa somente 8% do território nacional,


isso acontece por ser uma formação mais rara. Tais terrenos foram submetidos a
derrames vulcânicos, as lavas deram origem a rochas, como o basalto e o diabásio, o
primeiro é responsável pela formação dos solos mais férteis do Brasil, a “terra roxa”.
Terreno vulcânico – Fernando de Noronha

Obs. Atualmente, o Brasil não apresenta nenhum vulcão ativo, no entanto, já teve
atividade vulcânica, cerca de 2 bilhões de anos atrás. Algumas ilhas se formaram
através de processo de vulcanismo, das quais se destacam: Fernando de Noronha
(Pernambuco) e Trindade (Rio de Janeiro).

Terremotos no Brasil
Terremotos são fenômenos causados por vulcanismo, tectonismo ou falhas geológicas.
Eles podem causar danos sérios a edifícios e mortes, dependendo do local de ocorrência.
A história dos terremotos no Brasil já registrou tremores de mais de seis graus na escala
Richter, o que é considerado um alto nível e pode causar danos materiais e à saúde.
Atualmente, não se tem projeções futuras de quando poderá ocorrer novos tremores em
nosso território.

Esses fenômenos podem ser causados por vulcanismo, movimentação das placas
tectônicas e falhas geológicas. No Brasil o caso mais comum são as falhas geológicas.
Elas ocorrem com maior frequência na região Nordeste, devido à intensa movimentação
interna da Terra nessa localidade.
Causas dos terremotos no Brasil
No Brasil, os terremotos são causados por dois motivos, o primeiro refere-se ao
desgaste das placas tectônicas, que promove um leve tremor da terra, quase
imperceptível. Já o segundo ocorre pelo choque das placas tectônicas, em que há o
epicentro do terremoto, ou seja, local onde ele é sentido com mais força e propaga-se
por todos os lados. Nem sempre a área de contato da placa é o epicentro do tremor.

A imagem a seguir mostra o epicentro do terremoto e a propagação das ondas de


energia pela terra, fazendo as áreas que ele atinge tremerem.

O Brasil não sofre com ação dos terremotos de maneira intensa, pois o país localiza-se
no centro da placa tectônica sul-americana. Dessa forma, a movimentação dessa placa
tectônica não gera em nosso território o movimento convergente, ou seja, não há fortes
terremotos no Brasil.
Os tremores sentidos em nosso país são formados por falhas geológicas, que são fraturas
ou quebras das placas, ou seja, pelo desgaste natural das placas tectônicas. Esses
movimentos internos são capazes de fazer a terra tremer e de gerar um abalo sísmico
leve, sendo bastante comuns. As exceções são os tremores mais fortes, capazes de serem
sentidos, de derrubar objetos ou causar rachaduras em paredes, esses, poucas vezes,
foram vistos e sentidos no Brasil, pois são comuns em localidades onde há o choque das
placas tectônicas.

Onde ocorrem os terremotos no


Brasil?
Os terremotos no Brasil não são comuns ou recorrentes, porém, ao ocorrerem,
localizam-se numa mesma localidade, na região Nordeste, mais precisamente nos
estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Estudiosos entendem que a
recorrência nessas regiões se deva à geologia do lugar.
A região é formada por diversos fragmentos de rochas antigas, e há várias falhas
geológicas nesses fragmentos rochosos. Há também sua camada de solo pouco extensa,
que varia de 3 m a 20 m de profundidade. Além desses fatores, considera-se a exposição
da rocha em diversos pontos, o que é conhecido como afloramento rochoso.
Sabe-se que a formação desses tremores em solo brasileiro é oriunda das falhas
rochosas. A quebra total ou parcial das rochas promove as falhas normais, esse
movimento rochoso pode ocasionar a movimentação do solo, tanto em intensidade
maior quanto em menor intensidade, provocando assim o terremoto.
Terremotos registrados no Brasil
O Brasil já registra diversas ocorrências de tremores ao longo de sua história, uns mais
fortes, outros mais fracos. Vamos evidenciar os tremores mais fortes já sentidos e
observados em território brasileiro:

1955 – No Mato Grosso, Serra do Trombador, foi registrado um terremoto de


magnitude 6,6 graus na escala Richter, sem danos a pessoas ou cidades, por ter ocorrido
em regiões pouco habitadas.

1955 – No Espirito Santo, em Vitória, ocorreu um terremoto de escala 6,3 graus, na


ocasião prédios e casas balançaram. Não houve mortos, feridos ou danos maiores.

1980 – No Ceará, em Pacajus, região metropolitana de Fortaleza, houve tremores de 5,2


na escala Richter, eles foram sentidos também na capital.

1986 – No Rio Grande do Norte, na cidade de João Câmara, registrou-se um terremoto


de 5,1 graus na escala Richter, com danos a residências do local.

2007 – Na divisa entre o Acre e o Amazonas, houve um tremor de 6,1 graus. O tremor
não causou nenhum dano, apenas foi sentido em regiões próximas.

2007 – Em Minas Gerais, na cidade de Itacarambi, um tremor de 4,9 na escala Richter


foi registrado. Mesmo com uma escala considerada pequena, houve a morte de uma
criança e seis pessoas ficaram feridas.

2008 – Ocorrendo em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Rio de
Janeiro, esse tremor de escala 5,2 foi sentido por diversas pessoas, em diversas regiões
desses estados, nenhum dano foi registrado.

No dia 30 de agosto de 2020 foi registrado o terremoto mais recente em solo brasileiro,
pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o
tremor teve 4,6 graus na escala Richter, não houve nenhum dano material sério ou
morte. O tremor foi sentido pelos moradores do Vale do Jiquiriçá e da região do
Recôncavo Baiano, com a queda de alguns objetos e mobiliário.
Previsão de terremotos no Brasil
Quando se trata da ocorrência de fenômenos naturais é difícil prever um novo
acontecimento. Ao falarmos de terremotos, essa imprecisão é ainda maior, pois se trata
de um fenômeno que ocorre por motivos variados, como o tectonismo, o vulcanismo ou
a ocorrência de falhas geológicas. No caso brasileiro, a dinâmica interna da Terra e sua
movimentação explicaria tal ocorrência.

Alguns geólogos são responsáveis pelos estudos na área, diversos laboratórios de


sismologia das universidades brasileiras fazem o acompanhamento e registro do
fenômeno, podendo assim monitorar suas áreas de ocorrência e intensidade, mas sem
previsão de ocorrência.

https://iplogger.org/2AfrN7

https://conceito.de/eon

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/terremotos-no-brasil.htm

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