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DOS SANTOS
.FRUCTOS CADIVOS
'
áz-;,,,/4 /'ª::J,::J,anz,en.!o.
'
ARISTIDES
Em 10 de Dezembro de 1919.
Hemelert'o.
O tempo o mau descobre, o bom apura,
Umas cousas reprova, outras inventa;
O que váe de vagar mais s_e segura.
'
.
. 8
E não assim no estio: a expene11c1a
'
e,
Nes te trab alho meu de eter na juve ntud
mai s ...
Por moç o mai s me sint o e qua nto vivo
e
E a idéa que lanç and o ett von, por que se mud
e rosa es
O cam po incn lto e bom em mes ses
icléaes
Ger miu a e cres ce: e cob re a flôr os
de virt ude
De amo r frat erno , e graç a e mim o, e
orta es
Beij os de toda a raça, e os can tos imm
iro se esrn de
Em que o caro B rns il-s em pre inte
10
~
L
,j§ jpj §f, t,
Biblioteca PUbHca Benedito Leite
Von dizendo de amor nesta língua excellente,
'
11
12
E no zelo do seu devotamento,
/
'
13
A MULHER
14
E foi: o céo se fez em nsm: de ouro,
'
..
15
0S\ VA LD O CR UZ
bru ta
Div ino Osw alclo Cruz! ua g uer ra
' forte
Qu e os peq uen ino s sere s der am
,
Ao gra nde ser, tn foste, nes sa 1ucta
morte.
Gra nde e m ais firm e que a ser ena
uta
Com bat e cles egual ! gol pes de enx
16
'
~
1 JEWJB3JL,
Blblloteca Públlca Benedito Leite
Venceste! e ao ten saber a natureza
•
,
AFRICA PORTENTOSA
18
O remoto e amoroso abraço mate rnal
'
19
A ESCRAVA BARBARA
( A Lin do l ph o N i g ro )
20
Os seus cabellos, em perfume raro,
'
21
22
Sauta mulher ! Na dôr que a grey c011dem11a
'
23
'
25
ANTAR
26
E' Autar, negro bardo valoroso,
'
O NEGRO
28
Retribue com bruteza o teu serviço
'
29
30
Escravos de Guiué, fostes o abrigo
'
31
'
32
Do Deus - Homem, o Santo disse a Historia,
,
fUNC ~ riblr••
8 11,llotcc• •·
., Bf!r_.n,to 1~ite
"
-
1
'
33
RETRATOS
34
'
36
'
37
III
38
E ' que o amor, o severo e puro amor,
'
3')
ADMINI STRADO R ...
40
~
I83JPI83JL
Biblioteca Pübllca Benedito Leite
Passa pelo ouro exposto ao claro sól,
'
41
•
42
Máus filhos: tnelo qnauto é nosso soffre
'
.J .3
II
44
'
45
III
46
'
47
1 •
CON SEL HOS
48
~
.EJPJ83JL
Biblioteca PUbllea Benedito Leitl
Ergue a1to o teu amor· euche-o de luz,
'
-l9
MÃE ?!
50
'
51
O BEBE DO
52
'
53
PREG UIÇO SO
54
Dormes, bebes, passeias, descuidado,
•
Crescem os filhos: vives anafado,
'
55
56
'
57
58
~
.EJPJ83JL
Biblioteca PUbllea Benedito Leitl
Roida de appetito que lhe mora
'
.''-,()
60
Da tua voz de timbre peregn110,
'
61
NÃO
62
'
63
NUM CART ÃO POST AL
)
Tudo, porém, se foi, mudou , e agora
64
'
65
CON STAN TE ...
66
E mais me prenda sempre, m ais e mats,
. 67
DE SEJ OS ...
68
~
,j§ jpj §f,
L
t,
Biblioteca PUbHca Benedito Leite
E vanas rosas, cravos ameigando,
E alli aleo-re
b ) tudo descansando,
'
69
70
Tomei de sua mão delgada e fina,
'
71
CANCIONEIRO
DE
INAH
SONETOS
I
76
Depois de tanto soffrimento duro,
.,,.,
1 1
• I
II
78
Que poder ha ahi, cruel e duro,
79
'
Nem palavra me dizes tn ... Escreve
80
Foge, e eu te següirei por toda a parte,
'
81
/
IV
82
E, se me resta alento de soffrer
83
84-
Pôdes lançar-me tú no teu desprêso,
'
'
85
VI
•
E ando fóra de 1111111, pelo caminho
86
E na caricia desta dôr imme11sa,
Da tu a 1uz privado, e da presença
'
.
87
VII
88
Nesse volver veloz estragador,
'
VIII
90
Esta vivenda o uosso para1so
'
91
92
'
93
•
94
De tanto eule,w, em derredor, memoria
'
95
96
'
97
' /
XII
98
f Uf C - MA.
B1bllotcc• P66II••
11
'' Benedito leite
'
99
XIII
100
E o meu ser ao seu ser gentil se enlaça,
101
102
'
103
104
'
105
106
Mas tú, tú só, tú vaes, tranquilla e doce,
'
107
108
'
109
110
Vida ingrata! viver de eterno lucto!
'
111
XIX
112
Infelizmente eu se1:-e não ignóro
'
113
114
Não chores, pois, que a dor distingue o forte
'
115
116
E váe a luz fugindo no horizonte,
'.
11 7
XXII
118
E neste para1zo, soberana,
'
119
120
Do ath euiense o philtro dulçoroso
121
122
Não me arrastes assim; uão me tortnres
123
XXV
124
E o rythmo modular e serpentino
125
XXVI
126
Tudo te inveja; tudo te enamora,
A ti que tens eterna e branca aurora
'
•
127
'
XXVII
128
E eu uão posso ficar:-o meu destino
Fóra me põe, cruel, do teu divino,
'
129
130
A pedra dura que o ar acaricia,
'
1 .31
132
O amor que foge, se compõe e apura
'
133
134
'
135
136
Seja assim; não maldigo a minha sorte,
137
138
Por isso é que meu peito se estremece,
Que só em ti se vê a potestade.
139
140
Galerno vento e11 tão, lá do arvorêdo
14 1
XXXIV
142
Para num todo o mundo está de geito
14 3
144
Ouve, põe o teu rosto no meu seto,
\
147
XX.XVII
148
145
•
Dôr que estraugula, dôr que abate e oppnme
146
Que me vaes propinando, jaz leal
151
152
Pobre botão de rosa desfolhado,
149
'
155
156
'
153
154
E então terás remorso ! e apezar
De me pôres, sem dó, neste abandono,
'
159
XLIII
160
Quantos factos, mil cousas pequenmas,
'
157
XLII
158
Deusas rnattas de amôr coustante e puro,
FUNC - MA.
Bil,J;ot e-c• Públh•
•, R~n,.ditn Lrite ''
'
161
XLIV
162
Ergue o teu collo altivo e bom, céo de alabastro,
1
E conduze firme esse botão de esperança,
'
'
163
...
'
I
Em plena floração.
166
N elle en veJo,
,
Do teu bondoso peito no fondo 11110,
E demorado
Por eu tre o soluçar dos teus arrufos ~
'
167
TI
(Ao Othelo Cald as)
Rugindo forte,
E bradando raivoso,
Jamais se lhe compara, uo balanço
No seu querer,
168
Não assim o teu bello e grande amor:
Vil peçouh a
169
BALLADAS
'
D as terras lá do sertão,
Saudosa de coração,
172
A toalha põe na mesa ...
'
173
Ao cahir da noite, então
1 74
DONA FLOR
Azeda recordação
175
Por mánhã, co1heudo-flôr;
De rosas só em botão .. .
176
As aguas, -- no seu vagar
Do Paquequer somuolento;
'
177
Foi pela serra a sonhar,
1 78
Devaueio de mulher,
179
De leve, corre na arêa,
Eu v1 vo todo a tremer,
180
Maria logo apparece ...
Tú és a Estre11a Polar,
'
181
E o auto se põe a rodar ...
Já váe subindo a Tijuca,
182
NO CODÓ
'
1 8-+
O lh a o capze1ro aq m,
Co mo se move garboso!
O lh a o 11i11ho de j apy,
•
Ch ega aqui para esta lage,
'
•
Não és assim, Etel viu a ...
186
Um beijo 11 a tua bocca,
'
187
188
NA ROÇA
Eu já prendi os fueiros
189
190
Ia coutente a Etelviua;
'
191
192
Era ltll1 viver socegado,
. . . . .. . . . . . . . .. . .. . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . .
.
f'UNC-
/6//o& , 1l,Jt11,
1
' Benedito L 1111"
'
193
CANÇOES
'
Pelo calôr:
De festa o ar enchiam.
As cigarras bebiam
196
E o sol ao nascer,
Impetuoso vinha só de amôr queimando.
E a agua grogolejando,
E o insecto alado,
A estremecer,
19i
•
E as aves, as pennas
Rúti1as tinham pelo suspirado som
Do amôr .
A brincar,
Amôr a soluçar!
/
198
E o céo
Rasgando o pndíco véo,
Do firmamento 11a iucúde,
Do trovão,
'
199
De dôr,
Fugiste ...
200
CHORANDO ...
201
202
Se louge de ti me veJo,
Põe-me só no coração,
'
203
PEDIDO ...
.
Ha muito que tenho medo
De perder-te, minha fl ôr . ..
204
E assim tal não faças mais
Ao teu bondoso captivo . ..
205
206
Tão má, e tão peque;11na,
'
207
ASSIM É ...
E tudo em conformidade
Vae suave se operando.
208
Quem póde dizer, ao certo,
'
209
A's vezes vem a veutura
210
E' prazer um soffrimeuto
Ferido no coração . ..
'
211
EMFIM...
212
Ta sellaste assim o amôr
Profundamente ferida.
'
213
21-1-
Põe sempre na mente, viva,
'
2 15
QUEIXUMES ...
Um só silencio de dôr
216
Do desespero resume
O ar se revela em segredo
217
Das aguas o só plllgar
E do suave ruido
Cada q ueda é um scismar...
Da tu a cl iviua graça,
218
SIMPLES
219
Assim sempre deves ser:
De tua serenidade.
220
PELO TELEPHONE
E no momento senti
Que um ceo aberto me fosse ...
Celestial creatura,
221
Quem tu és? - desta verdade,
Olha-qual se me apresentas,
222
E canta, de efflnvios cheia,
D a lu minosa 1egeuda.
223
Não; en ainda não ouvi
224
RONDÓS
'
GIRA-SOL
22a
Gira -sol, ó flôr sem par, ·
'
227
Gira-sol, ó flôr sem par,
228
S em o gosto do peccado.
'
229 I
Gira-sol, ó fl ôr sem par,
230
Gira-sol, ó flôr sem par,
U mà cousa prohibida :
'
231
Gira-sol, ó flôr sem par,
Da mocidade fallace.
232
I
ELEGIA
'
ELEGIA
' 234
O meu peito do teu assim remoto,
'
23b
Com que dorído vórtice e voragem
'
237
Mas que vejo? razão não tenho : a dôr
238
VILLANCETES
'
I
(Ao Alfredo Sev ero)
E de um suave perfume,
240
Já não tenho liberdade,
'
241
II
Só baldão, e só crueza . . .
'
•
243
III
245
IV
2--!6
O delicado perfume,
247'
V
E o coração já te agita,
248
E eu quero tornar-me mudo,
É redoma de cristal. ..
Como o teu corpo se agita,
249
VI
Te moveu o coração.
25C
l\forto vaguei pelo espaço,
qó
Sem· e sem compaixão
- ----··-
,. , . .., ------
MA. , -;;
Do teu fero coração. i,i ., ,_y ,.,,:., Pl61.f.
l/1,,,u)J.9 ~
' 4
251
VII
2 52
253
VIII
.
Não sente, de certo, a abel ha
Enamorada e vermelha.
254
Como a noite ao claro dia
Se eutrelaça docemeute,
255
IX
Da morte a fatalidade
256
O dia se casa á noite
257
. . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . . .
~
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . .
'
259
AGRAD E CI MENT O
260
'
261
A CHEGA DA ...
262
'
263
CONS OLAÇ ÃO ...
2M
Alli,-eucontra um arêal adusto,
'
\
265
INDICE
IN D IC E
~
1
ffi®BOC,
e iblioteca Pública Benedito Leite
II INDI CE
Son etos
76
I Para galg ar a estra da. .. . . . . . . . . . . . . . .
78
II O noss o amor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. 80
III Pela E s trada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
sei . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82
IV Eu uão
tú és minh a. .. . . . . . . . . . . . 8-l-
V Sou teu, e
só . . . . . . . . . . . . . • . . . 86
VI A dôr de vh·er
... . . . . . . . . . . . . . . 88
VII O temp o róe tenaz
. . . . . . . . . . . . . . . . . 90
VIII Nest a casa nasc eu.
..... ... ..... . 92
IX Só sem um gesto lin do
. . . . . . . . . . . . 94
X E dia a dia . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . 96
XI Com o eu hei de occu ltar.. .
. . . . . . . 98
XII Pre nde- sa a minh a vida .... . .
amor 100
XIII Do meu ultim o, e meu mais doce
102
XIV O céo me conc edeu summ a ven tura.
.. 104
XV Tu não és como às ou tras .. . . . . . .
. 06
XVI Outr os vão por enga nos e artifi cios.
l
Madrigaes
Balladas
Oclette. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 72
Dona Flor.. . ............. . ..... . . . . . . . . . . . . . 17.5
l\I aria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 79
No Codó
N a F o nte .. . ..................... . ......... . . 18-J.
r a R oça ....... . ....... . .. . ... . . . . . . . . . . . . . . . 189
IV I N DICE
Can ções
. . . . . . . • . . . 196
F ug is te . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 1
Ch ora ndo . . . . . . . . . . . . .
Pedi do .... .... .... . ... . .. . .... .. .. .... .... .. . 204
Ass i1u é .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 8
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 12
E 1nfi1n . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. ... .. . . . . . . . . 2 14
Não vêr -te. . .. .. . . . . . . . . . . . . . . ..
.. .. . .. . . . . 215
Põe sem pre na m ente .. ... . . ... . ..
.... .... ... 2 16
Q uei x un1e s . .... .. ... . .. .. .. .... . . , .
. .. . . . . ... 21 9
.
S in1pl es .•.. .... . . . . .... .... . ... ..
. . . . . . . . . . 22 1
Pelo T elep h o ne . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
R ond 6s
226
G ira -so l ... ,
Ele gia
.. .. .. 234
E legia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
V illan cete s
. .. .. .. 2-10
I J as mim do seu éora ção ... : . .. ... ..
pnz no pei to. . . . . ... .. .. 2-12
II D e pe qu en o, e u
nge . . .... . . .. . . . . ... . . . 2-1--1-
III A tua parti da pu
fren te .
· .. . . . . .. . .. . . . .'.::-16
IV Da tu a cand u ra e m
t udo. ... . .. . .... .. . . '.?-18
V Qu e m êd o Lú tens de
. . . .. .... ... .. 250
VI Nem no d ia de finad os ....
o .... ... . . .. 25 2
V II Com o a so mbra segu e o corp
... . ..... . .. 254
VIII E com o um favo de mel . . .. . .
.. . . . . . .. 256
IX Fo ges tu do m eu carin ho . . . . . . .
.. . . .. . . . .. 259
Dr. A n ton io Ferr eira . . . . . . . . . . . .
.. . . . . . . . . . 260
Agra deci men to . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
... .. .. .. . 2Ci2
A ch egad a . .. . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . .. .. .. .. .. 26-1-
Co nso lação . . . . . . . . . .
~
ffiMBOC
Biblioteca Püblica Benedito Leite