Vídeo Apocalipse – Bible Project Português - https://www.youtube.com/watch?

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Parte 2

O trono de Deus

Depois disso, João tem uma visão da sala celestial do trono de

Deus e a descreve com imagens tiradas dos muitos profetas do
Antigo Testamento. Deus possui criaturas e anciãos ao seu redor
que representam toda a criação e as nações humanas. Eles estão
dando honra e fidelidade ao único Criador Verdadeiro de Deus
que é Santo, Santo, Santo.

Na mão de Deus está um pergaminho fechado com sete selos de

cera. Simboliza a mensagem dos profetas do Antigo Testamento
e o pergaminho selado das visões de Daniel. Esses são todos
sobre como o Reino de Deus existirá aqui na terra
completamente como no céu (Isaías 8:16, Ezequiel 2:3, Daniel
12).

Mas acontece que ninguém é capaz de abrir o pergaminho, até

que João ouve sobre alguém que pode: é o Leão da tribo de Judá
e da raiz de Davi. Ele pode abri-lo. Essas são descrições clássicas
do Antigo Testamento do Rei Messiânico que traria o reino de Deus através da conquista militar. Agora,
isso é o que João ouve, mas o que ele vê não é um rei leão agressivo, mas sim, um cordeiro sacrificado e
sangrento que está vivo parado, ali, pronto para abrir o pergaminho.

Agora, esse símbolo de Jesus como cordeiro morto é crucialmente importante para a compreensão do livro:
João está dizendo que a promessa do Antigo Testamento do futuro reino vitorioso de Deus foi inaugurada
através do Messias crucificado. Jesus venceu seus inimigos morrendo por eles, como verdadeiro cordeiro
da Páscoa para que pudessem se redimir. Por causa da ressurreição, a morte de Jesus na cruz não foi uma
derrota, mas, sim, a sua entronização, foi a maneira como Ele conquistou o mal e assim, essa visão conclui
com um cordeiro ao lado do que está assentado no trono e juntos Eles são adorados como o único e
verdadeiro Criador e Redentor. E o cordeiro morto começa a abrir o pergaminho (5:43). Isso é um símbolo
da sua autoridade divina para guiar a história até a sua conclusão.
 Os três ciclos dos sete

Cada ciclo retrata o reino e a justiça de Deus vindo na terra e no céu. Algumas pessoas acreditam que os
três conjuntos dos sete julgamentos divinos (6-16) representam uma sequência literal e linear de eventos
que aconteceram no passado ou poderiam estar acontecendo no presente ou ainda poderiam acontecer no
futuro quando Jesus voltar. Mas veja como João uniu todos os sete ciclos.

As últimas sete taças saem da sétima trombeta e as sete trombetas saem do sétimo selo.

Cada conjunto de sete termina no juízo final e têm conclusões correspondentes. Por isso é mais provável
que João está usando cada conjunto de sete para descrever o mesmo período de tempo entre a
ressurreição de Jesus e o seu retorno de três perspectivas diferentes. Então...

Sete Selos (6-8)

...O cordeiro morto começa a abrir os primeiros quatro selos do pergaminho. João vê quatro cavaleiros. É
uma imagem do livro de Zacarias, capítulo 1.

Simbolizam os tempos de guerra, conquista, fome e morte. Em outras

palavras, um dia tragicamente normal na história humana.

O quinto selo descreve os mártires cristãos assassinados diante do

trono celestial de Deus. E o grito de seu sangue inocente sobe diante
de Deus como fumaça do altar do incenso. E eles são instruídos a
descansar porque mais cristãos estão ainda para morrer. Não foi dito o
porquê, mas sim, que não durará para sempre.
 O sexto selo é a resposta final de Deus ao seu grito. Ele trás o grande dia
do Senhor que foi descrito em Isaías 2 e Joel 2 e as pessoas da terra
gritam “quem é capaz de suportar?”.

Então de repente João faz um intervalo para responder a essa pergunta.

João vê um anjo com um anel de sinete vindo para tocar uma marca de proteção nos servos de
Deus que estão suportando toda essa dificuldade. E ele ouve o número daqueles que são
selados: 144.000. É um censo militar
como manda o livro de Números, capítulo
1. Existem 12 mil de cada tribo de Israel.

Agora preste atenção: o número desse

exército é o que João ouviu assim como
ele ouviu sobre o leão conquistador de
Judá, mas em ambos os casos o que ele
viu foi o surpreendente cumprimento
daquelas imagens militares em Jesus, o
Cordeiro morto. Então, quando ele vê,
esse exército messiânico de Deus é
composto de pessoas de todas as nações, cumprindo uma antiga promessa de Deus a Abraão
(Gêneses 17:4). É esse exército multiétnico que pode estar diante de Deus porque eles foram
redimidos pelo sangue do Cordeiro e agora eles são chamados para conquistar, não matando
seus inimigos, mas sofrendo e testemunhando como o Cordeiro.

Depois disso, o sétimo e último selo é quebrado. Mas antes que o

pergaminho seja aberto, as sete trombetas de advertência
emergem e o fogo é tirado do altar do incenso: simboliza o grito
dos mártires e é lançado na terra, trazendo o Dia do Senhor a sua
conclusão (8:5).