Você está na página 1de 3

Vídeo Apocalipse – Bible Project Português - https://www.youtube.com/watch?

v=BLQEAe9VDUQ

https://www.youtube.com/watch?v=eizPQBawrsU

Parte 5

(17-19a) A queda da Babilônia

Então, primeiro a queda da Babilônia.


Um anjo mostra a João uma mulher
deslumbrante, que está vestida como
uma rainha, mas ela está bêbada com
o sangue dos mártires de todas as
pessoas inocentes. Ela está montando
a besta dragão que estava nas visões
e nos sinais. É um símbolo das nações
rebeldes. Ela é chamada de Babilônia,
a prostituta. Os símbolos detalhados
dessa visão seriam muito claros para os primeiros leitores de João. Ele está personificando o poder militar e
econômico do Império Romano, mas também está fazendo mais. Nessa visão, João misturou palavras e
imagens de cada passagem do antigo testamento sobre a queda da antiga Babilônia, Tiro e Edon. João está
mostrando como Roma é simplesmente a mais nova versão do arquétipo da humanidade do Antigo
Testamento em rebelião contra Deus. Eles se juntam e formam nações que exaltam sua própria segurança
econômica e militar em um falso deus. E isso não é algo limitado ao passado ou ao futuro. É um retrato da
condição humana ao longo da história. E os babilônicos irão e virão até o dia que Jesus voltar para
substituir a Babilônia com seu rei. Mas como virá o Reino de Jesus?

(19b-20) A Batalha Final

Até esse ponto, o dia do Senhor foi descrito


como um dia de fogo, ou terremoto ou
colheita. E agora é descrito como uma
batalha final e, essa história é contada duas
vezes. Isso resulta na vindicação dos
mártires.

Agora, João nos leva de volta à sexta taça, onde as nações se reuniram para se opor a Deus e de repente,
Jesus aparece. Ele é o grande herói. Ele é a palavra de Deus cavalgando em um
cavalo branco e está pronto para conquistar o mal do mundo. Mas preste
atenção: Ele está coberto de sangue antes mesmo da batalha começar. E isso é
porque é o sangue d’Ele e a sua única arma é a espada da sua boca. É uma
imagem adaptada de Isaías (11:4 e 49:2).

João está nos dizendo que o Armagedon não será um banho de sangue, pelo
contrário, o mesmo Jesus que derramou seu próprio sangue por seus inimigos
agora vem proclamando a justiça. Ele responsabilizará aqueles que se
recusarem a se arrepender das maneiras como participam da ruína do mundo bom de Deus. E o fogo
infernal destrutivo que eles desencadearam no mundo de Deus se torna justamente seu próprio destino
designado por Deus.

Depois disso, João vê uma visão dos seguidores de Jesus que foram assassinados pela Babilônia. E eles são
trazidos de volta à vida e reinarão com o Messias por mil anos.

Então, depois disso, o dragão que inspirou a rebelião da humanidade


contra Deus reúne as nações do mundo para se rebelarem contra o Reino
de Deus, mas diante do trono do juízo de Deus todos enfrentam as
consequências da eterna derrota.

E assim, as forças do mal espiritual e todos os que não querem participar


do Reino de Deus são destruídos. Eles recebem o que querem: existir por
si mesmos e para si mesmos. E assim, o dragão e a Babilônia e todos os
que escolhem ficam eternamente em quarentena, nunca mais capazes de
corromper a nova criação de Deus.

Agora, há muito debate sobre a relação dos mil anos para essas duas batalhas. A quem pense que se refere
a uma sequência cronológica literal. O retorno de Jesus,
seguido por um reino de mil anos na terra chamada de
milênio seguido pelo juízo final de Deus. Outras pessoas
pensam que os mil anos são um símbolo da vitória atual
de Jesus e dos mártires sobre o mal espiritual e que as
duas batalhas retratam o retorno futuro de Jesus de dois
ângulos diferentes.

Qualquer que seja o ponto de vista, o objetivo principal é


claro: quando Jesus voltar como rei, Ele lidará com o mal para sempre e justificará aqueles que foram fiéis.

(21-22) A Nova Jerusalém

O livro conclui com uma visão final do casamento do céu e da terra. Um anjo mostra a João uma noiva
deslumbrante que simboliza a nova criação que veio para se juntar a Deus e ao seu povo da aliança para
sempre. Deus anuncia que ele veio para viver com a
humanidade para sempre. Que Ele está fazendo todas
as coisas novas (21:5).

A visão de João aqui é um caleidoscópio de promessas


do Antigo Testamento. Esse lugar é um novo céu e
terra (Isaías 65:17), uma criação restaurada que é
curada da dor e do mal da história humana. É também
um novo Jardim do Éden (Gênesis 2, Ezequiel 17). O
paraíso da vida eterna com Deus. Mas não é
simplesmente um retorno ao jardim. É um passo em
frente para uma nova Jerusalém (Isaías 2, Sofonias 3). Uma grande cidade onde as culturas humanas e toda
a sua diversidade trabalham juntas em paz e harmonia diante de Deus. E na mais surpreendente reviravolta
de todas: não há construção de templo na nova criação porque a presença de Deus e do Cordeiro, que
antes era limitado ao templo, agora permeia cada centímetro quadrado do novo mundo. E há uma nova
humanidade cumprindo o chamado colocado sobre eles desde a primeira página da Bíblia para governar o
mundo como a imagem de Deus (Gênesis 1:27-28). Para partilharem no trabalho de Deus e levarem essa
criação a um território novo e inexplorado. E assim, termina o Apocalipse de João e o enredo épico de toda
a Bíblia.

João não escreve esse livro como um código secreto pra você decifrar o calendário da vinda de Jesus.

É uma visão simbólica que trouxe


esperança e desafio às sete
igrejas do primeiro século e a
cada geração de cristãos, desde
então. Ela revela um padrão da
história e a promessa de Deus de
que todo o reino humano
eventualmente se torna a Babilônia e deve ser resistida no poder do Cordeiro morto.

Mas há uma promessa de que Jesus que amou e morreu por esse mundo não permitirá que a Babilônia
fique incontida. Ele retornará um dia para remover o mal do seu mundo bom e tornar todas as coisas
novas. E essa é uma promessa que deve motivar a fidelidade em todas as gerações do povo de Deus. Até
que o Rei retorne. É disso que se trata o Livro de Apocalipse.

Você também pode gostar