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https://www.youtube.com/watch?v=eizPQBawrsU
Parte 4
No primeiro vídeo exploramos como João compôs essa profecia apocalíptica como uma carta circular
enviada às sete igrejas na Ásia Menor, para desafiar e confortar esses cristãos, que sofriam de apatia e
perseguição sob o Império Romano. Também encontramos o principal símbolo de João para Jesus: o
Cordeiro morto que conquistou seus inimigos morrendo por eles. Ele é quem abre o pergaminho contendo
os propósitos de Deus para trazer seu o reino na terra como no céu. A abertura do pergaminho trouxe juízo
de advertência, como as pragas do Egito. E como faraó, as nações não se arrependeram. E então, João
introduziu o exército multiétnico do Cordeiro. E o pergaminho aberto revelou a sua missão estranha: é
seguir o Cordeiro dando testemunho da justiça e misericórdia de Deus perante as nações bestiais, mesmo
que isso os mate. E eles conquistarão ao besta, dando sua vida, tal como o Cordeiro fez. E isso levará as
nações ao arrependimento. O restante do livro, João completará seu retrato dessa besta e sua guerra
contra o povo de Deus e como toda a história termina.
Sinais (12-14)
Após as sete trombetas, João interrompe a batida de tambores das sete com uma série de visões que ele
chama de sinais. A palavra significa literalmente símbolos e esses capítulos estão cheio deles. Essas visões
exploram a mensagem do pergaminho aberto com maior profundidade.
João está tentando mostrar às igrejas que nem Roma, nem nenhuma outra nação ou humano é o
verdadeiro inimigo. Há poderes espirituais obscuros em ação e os seguidores de Jesus anunciarão a vitória
de Jesus permanecendo fieis e amando seus inimigos como o Cordeiro morto.
A próxima visão de João reconta a história do mesmo conflito, mas dessa vez no simbolismo terreno das
visões animais de Daniel (7-12).
João vê dois animais empoderados pelo dragão. Um deles representa o poder militar nacional que
conquista através da violência. A outra besta simboliza a máquina de propaganda econômica que exalta
esse poder como divino. E essas bestas demandam fidelidade total das nações. E isso é simbolizado por
levar a marca da besta e seu número 666 na testa ou na mão.
Agora, essa é uma imagem infame. E você não descobrirá seu significado lendo manchete de notícias. João
está fazendo uma clara referência hebraica ao Antigo Testamento aqui. Primeiro de tudo essa marca é Anti-
Shema. A escrita na testa e na mão é uma
referência clara ao Shema: uma antiga oração
judaica de fidelidade a Deus encontrada no livro
de Deuteronômio (6:4-8). Essa oração também
foi escrita na testa e na mão como um símbolo
de dedicar todos os seus pensamentos e ações
ao único Deus verdadeiro. Mas agora, as nações
rebeldes exigem a sua própria fidelidade e
forçam todos a decidirem quem eles seguirão.
Em oposto às nações bestiais e ao dragão, está outro rei: o Cordeiro morto. Ele
está com seu exército que deu sua vida para segui-lo. E da Nova Jerusalém seu
cântico de vitória vai para as nações daquilo que João chama de Evangelho
Eterno (14:6). Ele chama todos a se arrependerem e adorarem a Deus e saírem
da Babilônia que cairá. Os seus dias
estão contados.
Agora, ao longo de todas essas visões de sinais, João faz uma dura escolha diante das sete igrejas: elas
resistirão à atração da Babilônia e seguirão o Cordeiro ou seguirão a besta e sofrerão sua derrota?
Agora que a escolha é clara, João repete um ciclo final de sete juízos divinos simbolizados como o
derramamento de sete taças.
E algumas pessoas pensam que essa sexta taça se refere a uma futura batalha. Outras pessoas acham que é
uma metáfora do juízo final de Deus sobre o mal. De qualquer maneira, João claramente usou as ideias do
livro de Ezequiel sobre a batalha de Deus com Gogue. Gogue era o símbolo de Ezequiel (Ezequiel 38-39) das
nações rebeldes reunidas diante de Deus para enfrentar seu juízo.