É certo que as transsexuais devem ser respeitadas dentro de toda
sociedade, bem como toda classe LGBTQI+, e também que toda a população deve ser conscientizada sobre o não preconceito de forma geral, seja de cor, gênero, idade, para que aconteça inclusão em todas as áreas sociais. Neste sentido a Psicologia, possui importante papel, não apenas na promoção e garantia de direitos, mas principalmente na restituição do status social. Porém ao tratarmos de mulheres trans no esporte de rendimento no Brasil, esta discussão vai além de preconceito. Analisando o material de estudo, acompanhando o assunto as poucas pesquisas já publicadas e considerando o envolvimento da acadêmica no mundo esportivo, me arrisco a opinar que a introdução da mulher trans no esporte, não se restringe somente a sua aceitação no contexto social, acredito que para as mulheres aceitarem o transsexual como mulher é fácil na sociedade, porém no esporte com certeza levanta o questionamento quanto a biologia humana, seja qual for o esporte, este tema está apenas engatinhando, necessita de observações e estudos, para que a luta das mulheres também não seja desvalorizada. Faz-se necessários olhar todos os lados e que aconteçam estudos sobre a influência da biologia humana nos rendimentos esportivos. Se por um lado temos atletas transexuais femininas, que não se sentem confortáveis em competir entre homens, por outro lado temos as mulheres que a tempo lutam por direitos nos esportes que na maioria dos cenários são dominados por homens e que podem ver essa prática como desvantagens biológicas hormonais. O momento atual pede estudos, pesquisas científicas que comprovem capacidades como força, velocidade, resistência, além de outras características que podem ser mais vantajosas em um corpo biológico masculino. Acredito ser as pesquisas cientifica, a grande saída para busca de soluções que não exclua os transsexuais dos esportes e nem desmereça a luta das mulheres, além de cessar as críticas e dúvidas. O esporte possui um papel importante para a promoção da atividade física como forma de promover desenvolvimento social e inclusão, assim sendo a Psicologia do Esporte deve ter espaço junto as instituições responsáveis pela promoção de direitos, buscando criar políticas públicas e programas sociais direcionados as todas as categorias e gêneros. Faz-se necessário falar sobre o assunto, considerando todos os direitos dos envolvidos, ou seja, dos transgêneros nos esportes e da luta feminina neste contexto, para não ser injusto com ninguém. Concluindo, esta discussão é necessária, porém, muito ainda tem que ser estudado.