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Transexuais no esporte feminino: 5 motivos pelos quais as entidades

do esporte estão passando o carro na frente dos bois

Eli Vieira
Biólogo geneticista

O esporte é meritocrático: os atletas e audiências valorizam a premiação de habilidades pelas quais


os atletas trabalharam. Mas há regras nessa meritocracia. Somente sádicos gostam de ver o resultado
óbvio de botar um boxeador profissional para esmurrar uma pessoa mirrada e sem preparo. Na
verdade, nosso instinto é de geralmente torcer para quem estiver em desvantagem. Queremos ver,
quando não há igualdade de pontos de partida entre os competidores, ao menos alguma possibilidade
de quem está em desvantagem vencer. Há algo de prazeroso na antecipação de um resultado que não
é garantido e determinístico, de torcer para um time que você quer que ganhe mas não sabe
realmente se ganhará. Isso reflete os mecanismos da dopamina no cérebro, que nos recompensam
por essa antecipação e explicam boa parte de comportamentos como o vício em jogos. O êxtase da
vitória é bem maior quando antes dele veio a ansiedade da antecipação: e maior ainda quando a
vitória era implausível.

Jogos entre homens e mulheres não costumam ter essas características. No tênis, no futebol e em
outros esportes em que isso foi tentado, a parte masculina quase sempre tem vantagem e,
enfadonhamente, ganha. É um dos motivos justos para a cisão do mundo do esporte entre masculino
e feminino. Por isso, não dá para atribuir completamente a preconceito que alguém desconfie que
atletas transexuais, especialmente os que transicionaram do sexo masculino para o feminino, podem
estar rompendo o mínimo nivelamento das competições por terem vantagens adquiridas quando
apresentavam identidade e corpo masculinos.

Há, entre divulgadores de ciência e pessoas do esporte interessadas na inclusão de grupos em


desvantagem (mais uma torcida previsível a favor dos desfavorecidos), uma tentação de alegar que,
apesar de sabermos pouco, sabemos o suficiente para dizer que a vantagem das atletas trans é
implausível. O Comitê Olímpico Internacional resolveu adotar um nível máximo de testosterona no
sangue das atletas trans como critério suficiente para incluí-las ou excluí-las. Mas o critério é
insuficiente. O mais provável é que as atletas trans tenham vantagem biológica (não trataremos dos
atletas homens trans, que transicionam de feminino para masculino), e essa é uma conclusão que se
pode fazer por via de evidências indiretas discutidas abaixo. No fim, discutiremos brevemente as
questões éticas.

1 – A revisão de estudos citada pelos favoráveis à inclusão não tem evidências


suficientes para apoiar a nova política esportiva.

Na ciência, estudos individuais nem sempre são suficientes para tirar grandes conclusões. Por isso é
comum, na tarefa de apresentar conclusões mais estáveis à comunidade de pesquisa, que se
publiquem revisões e meta-análises, que são estudos de estudos, que discutem as conclusões dos
estudos individuais, ou (o que é melhor) reanalisam todos os dados disponíveis.
Há uma revisão sendo citada preferencialmente pelo campo que nega as vantagens biológicas das
mulheres trans ou alega que são implausíveis.i Eis os problemas dessa revisão: avaliou somente oito
artigos de pesquisa. Para dar uma noção da novidade do assunto, o artigo mais antigo é de 2004. A
maioria desses meros oito artigos revisados é baseada em métodos qualitativos, como entrevistas,
que não dão dados objetivos para testar diferenças. Os únicos dois estudos que sobram com dados
objetivos têm amostras minúsculas: em um deles, somente 19 atletas trans foram testadas.ii Conclui-
se nesse que as atletas trans estão muscularmente dentro da normalidade feminina. No entanto, a
chance de as conclusões não serem confiáveis por causa da amostra pequena são consideráveis, e a
diferença entre masculino e feminino não está somente nos músculos. O outro estudoiii não
considerou atletas, e, também com uma amostra relativamente pequena de transexuais (n=33),
concluiu que essas pessoas se exercitam menos, o que dificilmente é o caso entre trans que desejam
ser atletas profissionais. O mesmo problema de amostras pequenas demais se repete em outros
estudos não citados na revisão (como as minúsculas amostras n=8iv e n=6v).

O foco principal dessa revisão é político/moral: mais de 30 diretrizes esportivas sobre o assunto foram
consideradas. Os resultados apresentados no resumo são todos argumentos pró-inclusão, ou seja, são
argumentos na discussão moral. A revisão diz que não há estudos diretos suficientes da vantagem das
trans e que por isso não se pode concluir que elas têm vantagem. Com base nisso os autores pedem
que as diretrizes esportivas que as excluem precisam mudar em nome da inclusão. Mas essa é uma
forma enviesada de fazer uma conclusão, pois, com os mesmos dados, podemos dizer que não há
evidência direta suficiente, também, de que as trans não têm vantagem em relação às outras atletas
femininas. Além disso, podemos tentar chegar a alguma conclusão plausível pelas vias indiretas
ignoradas nesse estudo.

Ou seja, essa revisão não merece ser vista como uma discussão ampla das evidências disponíveis sobre
possíveis vantagens ou desvantagens de transexuais nos esportes, mas como uma discussão das
diretrizes existentes sobre o assunto nos esportes – que por sua vez deveriam depender das
evidências.

2 – O desenvolvimento sob influência de hormônios masculinos após a puberdade dá


vantagens improváveis de serem perdidas com poucos anos de transição hormonal
feminilizante.

Há presumivelmente algumas habilidades esportivas em que as mulheres têm vantagem sobre os


homens, mas, quando se trata de força, estâmina e outros atributos físicos, os organismos que
passaram por uma puberdade masculinizante têm vantagens. Eis algumas, apresentadas em estudos
com amostras maiores que os estudos discutidos anteriormente:

Nos músculos: organismos masculinos têm em média doze quilos a mais de músculos esqueléticos
que os femininos.vi A diferença é maior acima da cintura (40%) que abaixo, mas ainda é substancial
nas pernas (33%). Todos perdem massa muscular com a idade, especialmente após os 50 anos, mas a
maior parte dessa perda é na parte inferior do corpo, não na superior, onde homens e mulheres
diferem mais. Músculos em organismos femininos podem apresentar maior resistência à fadiga ao
exercer força moderada, mas isso se restringe a alguns grupos musculares e desaparece quando é
preciso exercer força máxima.vii

Para entender o quanto os homens são mais fortes que as mulheres, tomemos uma amostra de mais
de 7 mil americanos: 89% dos homens têm mais força no aperto de mão que 89% das mulheres.viii A
força do aperto de mão está positivamente correlacionada à dos outros músculos do corpo,
especialmente acima da cintura. Com base nela, podemos afirmar que a maioria dos homens é mais
forte que a maioria das mulheres, e a diferença se estabelece logo após a puberdade, como se pode
ver no gráfico.

Nos ossos: não é segredo para ninguém que homens são em média mais altos que mulheres, e que a
maior altura por si só já é vantagem em esportes como basquete e vôlei. Nenhuma atleta trans que
teve puberdade masculinizante perderá altura com a transição hormonal feminilizante. Mas as
vantagens ósseas não se restringem à altura, os movimentos causados pelas diferenças ósseas podem
botar as mulheres cis (não-trans) em desvantagem: por causa dos ângulos de inserção dos fêmures na
pélvis, as mulheres podem ter mais risco de lesão ao fazer agachamentos.ix As diferenças de sexo no
esqueleto são tão pronunciadas que cientistas forenses já conseguem prever o sexo do organismo
inteiro a partir de uma pequena área triangular numa das pontas do fêmur, com 86% de precisão.x

Pulmões: no sexo masculino os pulmões têm capacidade de inspirar mais ar que no sexo feminino,
mesmo controlando para o efeito da altura.xi Oxigenar o sangue é uma característica vital em qualquer
esporte, o que faz dessa diferença importante.
Dor: homens e mulheres têm capacidade similar de suportar dores de alguns tipos (como a causada
por bloqueio de circulação sanguínea), mas elas têm menor tolerância à dor causada pelo frio, pelo
calor e pela aplicação de pressão. São as conclusões de uma revisão de dez anos de pesquisa e 172
estudos.xii Como atletas sabem, no pain no gain. E se uma pessoa desenvolvida sob influência genética
masculinizante é mais tolerante a certos tipos de dor, tem vantagem no treinamento e na competição.

Todas essas evidências servem para fazer a inferência indireta de que as atletas trans têm vantagem
física no esporte feminino. É improvável que a transição hormonal, especialmente a mais tardia, mude
todas essas características e ponha todas as atletas trans dentro da variação das outras atletas. Certas
características adquiridas pelo organismo exposto a hormônios masculinizantes são organicamente
irreversíveis, como o engrossamento da voz e o crescimento de barba. É difícil que todas as vantagens
físicas relevantes para o esporte, especialmente envolvendo tecidos que não são completamente
renováveis, sumam por causa do tratamento.

Devemos reconhecer nossa ignorância de evidências diretas da vantagem das atletas trans sobre as
cis, mas isso não significa que as indiretas não têm valor: elas indicam que as políticas inclusivas das
entidades decisórias dos esportes podem estar passando o carro na frente dos bois. É irresponsável
agir tateando no escuro. Dar passos para a frente sem luz costuma dar em tropeços.

3 – As melhores diretrizes para tratamento de transexuais tornam improvável que as


vantagens estejam ausentes na maioria das atletas trans.

A maioria das crianças que manifestam disforia de gênero, um sofrimento psicológico de dissociação
entre o sexo do corpo e o sexo da autopercepção, não tem na transição hormonal (ou cirurgias) o
melhor tratamento para sua condição. A Associação Psicológica Americanaxiii calcula essa maioria
entre 50 e 88%. Com o tempo, a disforia costuma se resolver nelas. Os motivos da manifestação da
disforia são desconhecidos, mas é informativo que há uma proporção maior de homossexualidade
entre essas pessoas que manifestam disforia mas não transicionam que na população em geral. Para
uma minoria das pessoas que manifestam disforia, evidentemente, a transição hormonal para a
identidade sexual de sua preferência é um tratamento salutar. No entanto, por causa desses números,
além de motivos relacionados à capacidade de consentir e responder por si que não atribuímos
moral/legalmente às crianças, é bem raro que uma atleta transexual não tenha passado pela
puberdade masculinizante, que é o evento central no desenvolvimento que confere as prováveis
vantagens discutidas aqui.

4 – Há um conflito insolúvel entre inclusão e mérito, e o esporte está mais preocupado


com mérito.

Como sabemos, os jogos esportivos, especialmente profissionais, envolvem regras que valorizam o
mérito: queremos que vença o melhor. Mas com uma sutileza: é um melhor que não era de forma
óbvia determinado para ser o melhor antes de a competição começar. São regras que tentam capturar
um equilíbrio fino entre se aproveitar de vantagens acidentais e colher os louros do esforço e da
determinação.
Estamos em tempos em que as histórias de bullying e vitimização atraem atenção, com frequência
poder e às vezes dinheiro. A história da criança traumatizada porque não foi escolhida para o time na
aula de educação física já foi contada inúmeras vezes. O enredo é o mesmo, só mudam os atores.
Poucas vezes a história é contada do ponto de vista da criança que estava escolhendo os membros do
time. Sutilmente ela é sempre acusada de preconceito, ou seja, de usar características arbitrárias para
escolher seus colegas de time. O mundo, no entanto, é mais complicado do que contam as narrativas
preocupadas com traumas e vítimas: o fato é que as crianças diferem entre si inclusive em habilidades
esportivas, e a criança líder do time tenta botar em seu próprio as coleguinhas que parecem as mais
capazes de lhe dar a vitória, e não há nada de errado em querer vencer.

É importante que as crianças aprendam que as aparências às vezes enganam, que não há nada de
errado em um menino ser afeminado e em uma menina ser mais forte que a maioria dos meninos da
sua idade. São variações raras. E que é honroso que façam as pessoas raras se sentirem aceitas, que
são parte da sociedade. Mas também é importante que as crianças aprendam que, independente de
suas vantagens ou desvantagens de nascença, elas podem trabalhar em si mesmas para se destacarem
em alguma habilidade. Inclusão é importante, mas premiar competência e trabalho duro também é.

Perseguir o valor único da inclusão e ignorar que temos que negociar entre coisas valiosas, que muito
de uma coisa importante pode causar a queda de outra, não é criar uma sociedade em que a vida é
confortável para todos. É criar um pesadelo politicamente correto e opressivo à liberdade e ao mérito.
As atletas trans devem ser livres para perseguir o seu mérito, mas a sua inclusão não deve vir com o
preço de deteriorar as chances das outras atletas – o que nos esportes de luta chega a significar risco
maior de traumatismo craniano para as últimas, no caso de haver de fato vantagem biológica para as
primeiras.

Há aqui outro ponto importante: pode estar havendo uma tentativa de um grupo político obcecado
com a inclusão de corromper uma comunidade baseada em regras milenares que valorizam o mérito.
Esse tipo de colonização de um grupo por outro deveria assustar a todos. Quanto mais se politiza uma
parte da vida social, menos as pessoas a valorizam pelos motivos pelos quais ela existe, e mais desviam
a sua função para a infindável guerra tribal da política. Tomar decisões com base em dados
insuficientes certamente parece uma manobra nessa queda de braço política, não apenas uma
virtuosa tentativa de inclusão.

5 – Podemos imaginar regras mais inclusivas, e elas envolvem reformar as regras


antidoping, mas há um porém...

Há um empecilho natural à pureza da meritocracia esportiva: as vantagens genéticas que existem na


variação entre os indivíduos. Por exemplo, Eero Mäntyranta, finlandês multi-medalhista do esqui,
tinha uma mutação no gene EPOR que lhe conferia a vantagem de seu sangue carregar 50% mais
oxigênio que o dos outros atletas. Alguns atletas são desqualificados nos testes antidoping por tomar
a droga eritropoietina (que ocorre naturalmente no corpo) para tentar obter a mesma vantagem que
Mäntyranta tinha por acidente da natureza. A vantagem genética dele era, presumivelmente,
localizada num gene só. A diferença genética entre um corpo masculino e um feminino, por sua vez,
está em cromossomos inteiros, tendo os hormônios sexuais um papel coordenador do
desenvolvimento.

Nas diferenças físicas entre homens e mulheres há sempre alguma sobreposição na variação: uma
minoria de homens cujas características físicas são típicas do grupo das mulheres, e outra de mulheres
cujas características físicas são típicas de homens. Uma política inclusiva que não ignorasse a ética
meritocrática do esporte precisaria ser baseada em conhecimentos mais precisos das diferenças
naturais e de estabelecer, com base nelas, limites objetivos para várias características físicas, não só
o nível de testosterona. Assim, as pessoas poderiam ser admitidas independentemente do sexo, com
base nesses limites, em modalidades objetivas, como se faz nas categorias de peso do boxe.

Estabelecer limites objetivos é melhor que as regras atuais do antidoping, como argumenta o eticista
Julian Savulescu,xiv porque essas regras dependem de distinções meio arbitrárias entre melhoradores
de performance naturais e artificiais. A cafeína, droga que melhora a performance, é permitida,
enquanto a eritropoietina, natural no corpo, é proibida. Simplesmente não serve alegar que a cafeína
é natural e a eritropoietina é artificial. Melhor é estabelecer níveis aceitáveis de ambas no sangue.
Regras baseadas nos limites objetivos seriam melhores também do ponto de vista da liberdade: todo
indivíduo estaria livre para melhorar a si mesmo como quiser e puder, e para experimentar com seu
corpo, mas dentro dos limites esportivos se quiser ser atleta profissional.

Da economia aos esportes, dar liberdade aos indivíduos sempre funcionou melhor para fazer inclusão
social do que tentar planejar barreiras arbitrárias. Certamente não funcionou, no basquete, a exclusão
de negros durante a segregação racial nos EUA.

Mas há, neste cenário futurístico de atletas competindo com base em limiares objetivos de
características físicas, um grande problema: seria muito caro executar e coordenar tudo isso. Já tem
custo proibitivo, hoje mesmo, testar todos os atletas para o doping. Seria muito mais barato manter
o esporte separado nas modalidades masculina e feminina, o que já inclui a ampla maioria de atletas
mulheres e homens. Em nome da inclusão, poderia ser criada uma exclusão maior ainda de atletas
pobres, que não conseguiriam investir em si mesmos para alcançar os limiares fisiológicos nem para
serem testados. Queremos ou podemos pagar o preço? Queremos ou podemos dar mais prioridade a
conhecimentos ainda incompletos dos quais depende a aplicação correta dos custos da inclusão, ou
mais prioridade a fazer a vontade de um grupo politicamente parcial de ativistas?

i Jones, Bethany Alice, Jon Arcelus, Walter Pierre Bouman, and Emma Haycraft. “Sport and Transgender People: A Systematic
Review of the Literature Relating to Sport Participation and Competitive Sport Policies.” Sports Medicine 47, no. 4 (April 1,
2017): 701–16. https://doi.org/10.1007/s40279-016-0621-y.

ii Gooren, L. J., and M. C. Bunck. “Transsexuals and Competitive Sports.” European Journal of Endocrinology 151, no. 4 (October
1, 2004): 425–29. https://doi.org/10.1530/eje.0.1510425.

iii Muchicko, Megan M., Andrew Lepp, and Jacob E. Barkley. “Peer Victimization, Social Support and Leisure-Time Physical
Activity in Transgender and Cisgender Individuals.” Leisure/Loisir 38, no. 3–4 (October 2, 2014): 295–308.
https://doi.org/10.1080/14927713.2015.1048088.

iv
Harper, J. “Race Times for Transgender Athletes.” Journal of Sporting Cultures and Identities 6, no. 1 (2015): 1–9.

v
Harper, Joanna; Ospina Betancurt, Jonathan; Martínez-Patiño, Maria Jose. Analysis of the Performance of Transgender
Athletes. World Congress of Performance Analysis of Sport XI, 2016. http://www.sportsci.org/2016/WCPASabstracts/ID-
1699.pdf
vi Janssen, Ian, Steven B. Heymsfield, ZiMian Wang, and Robert Ross. “Skeletal Muscle Mass and Distribution in 468 Men and

Women Aged 18–88 Yr.” Journal of Applied Physiology 89, no. 1 (July 1, 2000): 81–88.
https://doi.org/10.1152/jappl.2000.89.1.81.
vii Hicks, Audrey L., Jane Kent-Braun, and David S. Ditor. “Sex Differences in Human Skeletal Muscle Fatigue.” Exercise and
Sport Sciences Reviews 29, no. 3 (July 2001): 109.

viii National Center for Health Statistics. “National Health and Nutrition Examination Survey”, 2014.
https://wwwn.cdc.gov/Nchs/Nhanes/2011-2012/MGX_G.htm ; Gráfico modificado de
https://www.reddit.com/r/dataisbeautiful/comments/4vcxd0/almost_all_men_are_stronger_than_almost_all_women/

ix Graci, Valentina, Linda R. Van Dillen, and Gretchen B. Salsich. “GENDER DIFFERENCES IN TRUNK, PELVIS AND
LOWER LIMB KINEMATICS DURING A SINGLE LEG SQUAT.” Gait & Posture 36, no. 3 (July 2012): 461–66.
https://doi.org/10.1016/j.gaitpost.2012.04.006.

x Purkait, Ruma. “Triangle Identified at the Proximal End of Femur: A New Sex Determinant.” Forensic Science International, Sex
and Body Size, 147, no. 2 (January 29, 2005): 135–39. https://doi.org/10.1016/j.forsciint.2004.08.005.

xi Cook, Charles D., and Joanna F. Hamann. “Relation of Lung Volumes to Height in Healthy Persons between the Ages of 5 and
38 Years.” The Journal of Pediatrics 59, no. 5 (November 1, 1961): 710–14. https://doi.org/10.1016/S0022-3476(61)80007-
3.

xii
Racine, Mélanie, Yannick Tousignant-Laflamme, Lorie A. Kloda, Dominique Dion, Gilles Dupuis, and Manon Choinière. “A
Systematic Literature Review of 10years of Research on Sex/Gender and Experimental Pain Perception – Part 1: Are There
Really Differences between Women and Men?” PAIN 153, no. 3 (March 1, 2012): 602–18.
https://doi.org/10.1016/j.pain.2011.11.025.

xiii American Psychological Association. “Guidelines for Psychological Practice with Transgender and Gender Nonconforming
People.” American Psychologist 70, no. 9 (2015): 832–864. https://www.apa.org/practice/guidelines/transgender.pdf

xiv Savulescu, J., B. Foddy, and M. Clayton. “Why We Should Allow Performance Enhancing Drugs in Sport.” British Journal of
Sports Medicine 38, no. 6 (December 1, 2004): 666–70. https://doi.org/10.1136/bjsm.2003.005249.

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