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Universidade Estadual Paulista

Unesp "Júlio de Mesquita Filho"


Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá
Departamento de Engenharia Civil

RELATÓRIO FINAL

NOTAS DE AULA DE
ESTRUTURAS DE MADEIRA

Denis Bergamini Lopes


Bolsista
Aluno do Curso de Engenharia Civil da FEG/UNESP

Antonio Wanderley Terni


Orientador
Prof. Dr. do DEC-FEG/UNESP

Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá da UNESP


Maio de 2014

Denis Bergamini Lopes civ05220@feg.unesp.br


 Av. Dr. Ariberto Pereira da Cunha, № 333 CEP 12516-410 Guaratinguetá (SP) - BRASIL
 (12) 3123 2826  dec@feg.unesp.br
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Sumário

1. HISTÓRICO 3
1.1. História da Madeira no Brasil 4

2. CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA 6
2.1. Classificação das árvores 6
2.1.1. Gimnospermas 6
2.1.2. Angiospermas 7
2.2. Fisiologia e crescimento da árvore 8

3. CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA REFERENTES

AO PROJETO DE ESTRUTURAS 10
3.1. Anisotropia da madeira 10
3.2. Umidade da madeira 10
3.3. Densidade da madeira 11

4. VANTAGENS E DESVANTAGENS 12
4.1. Vantagens 12
4.2. Desvantagens 13
4.3. Algumas fotos de exemplos de estruturas de madeira 16

5. CONSIDERAÇÕES SOBRE A NORMA NBR 7190 REFERENTE A PROJETO DE


ESTRUTURAS DE MADEIRA 18
5.1. Introdução 18
5.2. Objetivo 18
5.3. Hipóteses básicas de segurança 18
5.3.1. Requisitos básicos de segurança 18
5.4. Estados limites 19
5.5. Condições de segurança 19
5.6. Ações 20

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5.6.1. Definições 20
5.6.2. Carregamentos 21
5.6.3. Situações de projeto 21
5.6.4. Valores representativos das ações 22
5.6.5. Ações nas estruturas de madeira 22
5.6.6. Valores de cálculo das ações 24
5.6.7. Combinações de ações em estados limites últimos Erro! Indicador não definido.
5.6.8. Combinações de ações em estados limites de utilização 27
5.7. Propriedades das madeiras 29
5.7.1. Propriedades a considerar 29
5.7.2. Caracterização das propriedades das madeiras 30
5.7.3. Valores representativos 32
5.8. Dimensionamento: Estados Limites Últimos 33
5.8.1. Esforços atuantes em estados limites últimos 33
5.8.2. Esforços resistentes em estados limites últimos 33
5.8.3. Solicitações normais 34
5.8.4. Solicitações tangenciais 36
5.8.5. Estabilidade 37
5.8.6. Estabilidade global - Contraventamento 39
5.9. Dimensionamento no Estado limite de utilização 39
5.9.1. Critérios gerais 39
5.9.2. Estados limites de deformações 41
5.9.3. Estados limites de vibrações 41

6. SLIDES PARA APRESENTAÇÃO EM AULA 43


7. EXEMPLOS 92
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 145

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1. HISTÓRICO

Os primatas, nossos antecessores utilizavam-se das árvores como moradia.


Estas os abrigavam o suficiente, porém as grutas ou as moradas construídas
(tocas, cabanas,...) se tornaram mais eficientes para os moradores. Nestes
tempos a madeira já era utilizada como material de construção. Pilares e
vigas foram descobertos na pré-história em várias civilizações, antes do fogo.

Não se pode falar do uso da madeira sem especificar cada civilização.


Cada clima, terreno, cataclismos, entre outros fatores, determinavam um método diferente no
uso da madeira.
O ser humano viu neste elemento uma fonte de intermináveis aptidões.
A madeira flutua, portanto os primeiros barcos surgiram dela e se aprimoraram com o tempo.
É fácil de manipular com a madeira e, portanto, logo utensílios domésticos ou de trabalho,
móveis, e esculturas puderam ser elaborados.
Cada local com os seus tipos de árvores adaptou suas necessidades ao que lhe era disponível.
A madeira era utilizada pura ou combinada com outros elementos como o barro, a palha, a
pedra, o ferro.
As principais civilizações onde o uso da madeira na arquitetura se destacou foram o extremo
oriente e a norueguesa.
A do extremo oriente destaca-se por ter uma arquitetura leve e executada para suportar os
terremotos frequentes e, portanto, feita de encaixes frágeis, porém resistentes.
A arquitetura norueguesa é caracterizada pela largura das paredes capazes de isolar o frio, bem
diferente da Oriental, sendo, contudo, interessante o diferente tipo de uso.

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1.1. História da Madeira no Brasil

Antes da chegada dos colonizadores portugueses, as terras brasileiras estavam totalmente


cobertas por florestas e matas (praticamente virgens).
Os únicos homens que habitavam esta área eram os índios que, por sua vez, usufruíam o
espaço de uma forma muito diferente da europeia.
A derrubada de árvores, por exemplo, se dava em escala muito pequena e em áreas
pequenas. Apenas o espaço suficiente para montar uma aldeia e cultivar a terra. A madeira
extraída era utilizada nas edificações e nas fabricações dos meios de transportes.
A enorme variedade de espécies arbóreas permitia inúmeros usos como para produção de
tintas, confecção de canoas, de vigas, de pilares, de armas de caça, de instrumentos
musicais e de instrumentos de trabalho.
Com a chegada dos portugueses a extração da madeira se tornou uma atividade econômica
altamente rentável, já que no início a colônia não descobriu as riquezas minerais do Brasil.
A madeira se tornou o principal produto de exportação.
Assim, além do valor econômico da madeira, a nova população utilizava-se dela para
elevar suas cidades e construir seus meios de transportes.
A arquitetura inicial era basicamente feita com madeira, utilizando as técnicas indígenas
locais. Como os índios foram escravizados, pode-se compreender o porquê de tanta
miscigenação arquitetônica no período colonial, posto que, as formas eram praticamente
europeias, porém as técnicas construtivas em madeira e o vasto conhecimento de suas
possibilidades eram indígenas.
A colônia inseriu seus utensílios de trabalho, suas crenças, seus formatos de cidades, mas
manteve o material e as técnicas locais.
Os carros de boi, carroças, barcos maiores, casas maiores, utensílios domésticos
ferramentas e armas eram elaborados de acordo com os europeus.
Com o tempo, a extração da madeira além de servir como produto de exportação servia
como matéria prima para a produção de energia o que fez com que a devastação fosse
bem mais acentuada.

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A madeira deixou por um bom tempo de ser utilizada nas construções para ser queimada
nas embarcações que passavam pelo litoral brasileiro.
Na arquitetura passou a ser utilizada na estrutura, construindo-se as casas de adobe e a
taipa.
Percebe-se que a madeira esteve sempre muito relacionada com a colonização tanto que o
nome do país se deu por causa da madeira que produzia os pigmentos vermelhos
exportados para o mundo, o Pau-Brasil.

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2. CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA

A madeira é um material orgânico, de origem vegetal.


É matéria prima inesgotável, pois é encontrada em contínua formação, aos milhões de metros
cúbicos, em todas as partes do mundo, sob a forma de árvores, em florestas naturais ou em
florestas artificiais resultantes de reflorestamento industrializado.
Tendo em vista a crescente utilização da madeira nas suas várias formas, tanto na indústria
como na construção civil, é necessário conhecer bem as suas características, para poder utilizá-
la eficientemente.

2.1. Classificação das árvores

As árvores têm sua classificação botânica entre os vegetais do mais alto nível de
desenvolvimento.
O conhecimento esquemático desta classificação é útil para a compreensão do
comportamento da madeira em função de suas características genéticas, constantes e
imutáveis durante longos períodos de história de terra.
As árvores são classificadas na 13a divisão da Classificação de Engler, as fanerógamas.
São plantas superiores, de elevada complexidade anatômica e fisiológica.
As fanerógamas se subdividem em gimnospermas e angiospermas.

2.1.1. Gimnospermas
Na divisão das gimnospermas a classe mais importante é a das coníferas, também
designadas na literatura internacional como madeiras moles, ou as “soft woods”.
São conhecidas 400 espécies de coníferas que constituem praticamente sozinhas,
principalmente no hemisfério norte, grandes florestas e fornecem madeiras das mais
empregadas na indústria e na construção civil. Na América do Sul há uma conífera
típica, o “Pinho do Paraná” [Araucária angustifólia]. Situa-se no Brasil uma boa

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parte da zona de crescimento desta araucária, nos Estados do Paraná, Santa Catarina
e Rio Grande do Sul, daí o nome popular de espécie: Pinho do Paraná.
Pode-se destacar, entre outra, as coníferas:

 O Pinho Bravo ou Pinheirinho [Podocarpus sp],

 O Cipreste [Cupressus sp] e

 A Sequóia Gigante [Sequóia Washingtoniana].

2.1.2. Angiospermas
As angiospermas são as plantas mais completas e organizadas.
Podem ser classificadas como monocotiledôneas e dicotiledôneas.

2.1.2.1. Monocotiledôneas
Entre as monocotiledôneas não há árvores propriamente ditas, mas
encontram-se as palmas e as gramíneas. Muitas palmas têm grande
utilidade pelos seus frutos. Algumas têm troncos longos, muito pesados e
difíceis de trabalhar, mas, às vezes utilizados na construção civil. Não
possuem boa duração, mas podem resolver em situações de utilização
temporária, nos escoramentos e nos cimbramentos.
O bambu é classificado entre as gramíneas, não é madeira no sentido usual
da palavra, mas tendo em vista a sua boa resistência mecânica associada à
sua baixa densidade, presta-se para as construções leves, típica de moradias
do oriente. O bambu tem aplicações muito diversificadas: da fabricação de
móveis à construção de casas e até de pequenas pontes.

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2.1.2.2. Dicotiledôneas
Entre as dicotiledôneas, usualmente designadas na literatura internacional
como madeiras duras, “hard woods”, encontram-se as árvores de folhas
comuns, largas, geralmente existentes principalmente na zona tropical.
Algumas das madeiras duras mais comuns no Brasil estão, entre outras:

 A aroeira,

 O cumbaru,

 A maçaranduba,

 Os ipês,

 O pau d’arco,

 As cabriúvas,

 O guaratã,

 A sucupira e

 O pau marfim.

No reflorestamento, destaca-se a introdução do eucalipto, uma dicotiledônea


originária da Austrália, perfeitamente aclimatada no sudeste e sul do país.
Um experimento na Amazônia apresentou produção de 87 m3 de madeira
de Eucalipto Citriodora por hectare e por ano.
A Gmelina arbórea vem sendo plantada em grande quantidade no Amapá
para a produção de celulose.

2.2. Fisiologia e crescimento da árvore

Para atender a natureza anisotrópica da madeira é conveniente conhecer a fisiologia e o


crescimento da árvore.

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A árvore cresce inicialmente segundo a direção vertical e a cada ano há um novo


crescimento vertical e a formação de camadas sucessivas que vão se sobrepondo ano após
ano ao redor das camadas mais antigas.
Em corte transversal estas camadas de crescimento aparecem como anéis de crescimento.
Examinando-se um corte transversal de um tronco de árvore pode-se reconhecer com
facilidade parte de sua estrutura macroscópica.
Considera-se estrutura macroscópica da madeira aquela visível a olho nu ou, no máximo,
com auxílio de lentes de dez aumentos.
Neste nível, são possíveis algumas distinções:

 Na região central do tronco, localiza-se a medula, resultante do crescimento


vertical inicial da árvore. Tem características específicas, em geral menos
favoráveis em relação à madeira propriamente dita e, desde a medula, as
camadas de crescimento se dispõem em arranjos concêntricos.

 As camadas externas e mais jovens constituem o alburno que é responsável


pela condução da seiva bruta desde as raízes até as folhas. Trata-se de
camadas com menor resistência à demanda biológica, tem colorações mais
claras, aceitando a aplicação de tratamentos preservativos.

 As camadas internas do tronco, o cerne, são mais antigas e tendem a armazenar


resinas, taninos e outras substâncias de alto peso molecular, tornando-se mais
escuras, com maior resistência à demanda biológica.

 Revestindo o lenho, entendido como a composição de medula, cerne e


alburno, encontra-se a casca. Sob esta, há uma finíssima película do câmbio
vascular, a parte “viva” da árvore, que dá origem aos elementos anatômicos
integrantes da casca (floema) e do lenho (xilema).

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Figura 1 - Corte de um tronco de eixo, mostrando o cerne (no interior),


o alburno (parte mais clara) e a medula (ponto escuro no centro).
As pequenas linhas radiais são os nós.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira

3. CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA REFERENTES AO PROJETO DE


ESTRUTURAS

3.1. Anisotropia da madeira

Devido à orientação das células, a madeira é um material anisotrópico (corpo homogêneo,


valores de propriedades físicas e químicas variam com a direção), apresentando três
direções principais: longitudinal, radial e tangencial.
A diferença de propriedades entre a direção radial e tangencial raramente tem importância
prática, bastando deferência às propriedades na direção das fibras principais (direção
longitudinal) e na direção perpendicular às mesmas fibras.

3.2. Umidade da madeira

A umidade da madeira tem grande importância sobre as suas propriedades.


O grau de umidade é medido pelo peso de água dividido pelo peso de amostra seca na
estufa.

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A quantidade de água das madeiras verdes ou recém-cortadas varia muito com as espécies
e com a estação do ano. Quando a madeira é posta a secar, evapora-se a água contida nas
células ocas, atingindo-se o ponto de saturação das fibras, no qual as paredes das células
ainda estão saturadas, porém a água no seu interior evaporou. Este ponto corresponde ao
grau de umidade de cerca de 30%. A madeira é denominada, então, meio seca.
Continuando-se a secagem, a madeira atinge um ponto de equilíbrio com o ar, sendo,
então, denominada seca ao ar, sendo que o grau de umidade desse ponto depende da
umidade atmosférica.
Face ao efeito da umidade nas outras propriedades da madeira, é comum referirem-se
estas propriedades a um grau de umidade padrão que na Europa, adota-se 15%. Já no
Brasil (conforme as considerações da NBR 7190/1997) e nos Estados Unidos a umidade
padrão de referência é de 12%.

3.3. Densidade da madeira

A densidade é uma das propriedades físicas fundamentais na definição das melhores


aplicações da madeira de diferentes espécies.
No caso de estruturas, seu peso próprio é estimado com base no valor da densidade da
espécie (ou classe) utilizada.
O conceito físico indispensável à compreensão do assunto é o da quantidade de massa
contida em uma unidade de volume.
Considerando a natureza típica da madeira, decorrente de sua estrutura anatômica, é
complicada a aplicação das definições de densidade absoluta e de densidade relativa. Seu
caráter higroscópico combinada com sua porosidade e suas singularidades fisiológicas
associadas à sua permeabilidade requer uma abordagem particular da densidade à madeira.

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4. VANTAGENS E DESVANTAGENS

4.1. Vantagens

Conforme DIAS [2003], a partir da tabela abaixo, pode-se verificar algumas vantagens da Madeira
em relação a outros materiais.

Tabela 1 – Comparação de materiais usados como estrutura

MATERIAIS ESTRUTURAIS – DADOS COMPARATIVOS

Material A B C D E F G

Concreto 2,4 1920 20 20000 96 8 8333

Aço 7,8 234000 250 210000 936 32 26923

Madeira
0,6 600 50 10000 12 83 16667
Conífera

Madeira
0,9 630 75 15000 8 83 16667
Dicotiledônea
FONTE: Calil Jr. E Dias (1997)

As colunas representam:

A: Densidade do material em g/cm3 e para o caso da madeira é o valor


referente à umidade de 12%;

B: Energia consumida na produção em MJ/m3 e para o concreto, a energia


provém da queima de óleo; para o aço, da queima de carvão; para
madeira, energia solar;

C: Resistência em MPa. Para o concreto o valor citado se refere à


resistência característica à compressão, produto usinado; para o aço,

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trata-se da tensão de escoamento do tipo ASTM A-36; para madeira,


são os valores médios de resistência à compressão paralela às fibras,
referidas à umidade de 12%, conforme a recomendação da NBR
7190/1997, da ABNT (1997);

D: Módulo de elasticidade, MPa com a mesma descrição da coluna C;

E: Relação entre os valores da resistência consumida na produção e da


resistência;

F: Relação entre os valores da resistência e da densidade e

G: Relação entre os valores do modulo de elasticidade e da densidade.

 Além disso, a madeira apresenta aspecto visual muito interessante e pode ser
processada sem maiores dificuldades, viabilizando a dimensão de formas e dimensões,
limitadas apenas pela geometria das toras e pelo equipamento usado para esta
operação.
 Evidenciam um conveniente desempenho a altas temperaturas, melhor que o de
outros materiais em condições severas de exposição.
 Não apresenta distorção quando submetida a altas temperaturas, diferente do aço.
 A madeira tem sua durabilidade natural prolongada quando previamente tratada com
substâncias preservativas. Mais, ainda, a madeira tratada requer cuidados de
manutenção menos intensos.

4.2. Desvantagens

As peças de madeira utilizadas nas construções apresentam uma série de defeitos que
prejudicam a resistência, o aspecto ou a durabilidade.

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Os defeitos podem provir da constituição do tronco ou do processo de preparação das


peças.
A seguir descrevemos os principais defeitos da madeira.

 Nós:
É uma imperfeição da madeira nos pontos dos troncos onde existiam galhos. Os
galhos ainda vivos na época do abate da árvore produzem nós firmes, enquanto os
galhos mortos originam nós soltos. Nos nós, as fibras longitudinais sofreram
desvio de direção, ocasionando redução na resistência à tração.

 Fendas:
Aberturas nas extremidades das peças, produzidas pela secagem mais rápida da
superfície; ficam situadas em planos longitudinais radiais.

 Gretas ou ventas:
Separação entre os anéis anuais, provocadas por ação de intempéries ou secagem
inadequada.

 Abaulamento:
Encurvamento na direção da largura da peça.

 Arqueadura:
Encurvamento na direção longitudinal, isto é, do comprimento da peça.

 Fibras reversas:
Fibras não paralelas ao eixo da peça.

 Esmoada ou quina morta:

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Canto arredondado, formado pela curvatura natural do tronco. A quina morta


significa elevada proporção de madeira branca (alburno).

 Furos de larvas:
Furos provocados por larvas ou insetos.

 Bolor:
Descoloração da madeira provocada por cogumelos; indica início de deterioração.

 Apodrecimento:
Desintegração avançada da madeira, produzida por cogumelos.

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4.3. Algumas fotos de exemplos de estruturas de madeira

Figura 2 - Lacerna, Suíça.


FONTE: http://www.swissinfo.org/por/swissinfo.html?siteSect=43&sid=6123509

Figura 3 – Ponte de Madeira


FONTE: http://commons.wikimedia.org/wiki/Image:Noia_Ponte_madeira.jpg

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Figura 4 - Estrutura de madeira laminada, Cuiabá MT.


FONTE: http://www.set.eesc.sc.usp.br/lamem/ebra2000/ebra2000.htm

Figura 5 - Estádio Lousada, Portugal


FONTE: http://www.haring.ch/index.php?page=5237

Foto: Jersey Nazareno / SEMOSB


FONTE: http://www.manaus.am.gov.br/Members/semcom005/20060120211134/image_view

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5. CONSIDERAÇÕES SOBRE A NORMA NBR 7190 REFERENTE AO PROJETO


DE ESTRUTURAS DE MADEIRA

5.1. Introdução

Esta Norma foi elaborada a partir do trabalho realizado por um grupo de pesquisa
formado por docentes da Escola Politécnica e da Escola de Engenharia de São Carlos,
ambas da Universidade de São Paulo, ao abrigo de um Projeto Temático patrocinado pela
FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

5.2. Objetivo

Esta Norma fixa as condições gerais que devem ser seguidas no projeto, na execução e no
controle das estruturas correntes de madeira, tais como pontes, pontilhões, coberturas,
pisos e cimbres. Além das regras desta Norma, devem ser obedecidas as de outras normas
especiais e as exigências peculiares a cada caso particular.

5.3. Hipóteses básicas de segurança

5.3.1. Requisitos básicos de segurança

Toda estrutura deve ser projetada e construída de modo a satisfazer aos seguintes
requisitos básicos de segurança:

 Deve permanecer adequada ao uso previsto, tendo em vista o custo e o


prazo de duração esperado;

 Deve suportar todas as ações q possam agir durante a construção e posterior


utilização, tendo um custo de manutenção razoável.

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 Av. Dr. Ariberto Pereira da Cunha, № 333 CEP 12516-410 Guaratinguetá (SP) - BRASIL
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Na eventual ocorrência de ações excepcionais como explosão, por exemplo, os


danos causados à estrutura não devem ser desproporcionais às causas que os
provocaram.
Os danos potenciais devem ser evitados pelo emprego de concepção estrutural
adequada.
A aceitação da madeira para execução da estrutura fica subordinada à conformidade
de suas propriedades de resistência aos valores especificados no projeto.

5.4. Estados limites

Estados limites de uma estrutura: Estados a partir dos quais a estrutura apresenta
desempenhos inadequados às finalidades da construção.
Estados limites últimos: Estados que por sua simples ocorrência determinam a paralisação,
no todo ou em parte, do uso da construção. No projeto, os estados limites últimos são
caracterizados por: perda de equilíbrio, ruptura ou deformação plástica, transformação da
estrutura em sistema hipostático, instabilidade por deformação, instabilidade dinâmica.
Estados limites de utilização: Estados que por sua ocorrência, repetição ou duração
causam efeitos estruturais que não respeitam as condições especificadas para o uso normal
da construção, ou que são indícios de comprometimento da durabilidade da construção.

5.5. Condições de segurança

A segurança da estrutura em relação a possíveis estados limites será garantida pelo respeito
à Norma e obediência às condições analíticas de segurança expressas por

S d ≤ Rd ,

onde a solicitação de cálculo Sd e a resistência de cálculo Rd são determinadas em função


dos valores de cálculo de suas respectivas variáveis básicas de segurança.

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5.6. Ações

5.6.1. Definições

 Tipo de ações:
As ações são as causas que provocam o aparecimento de esforços ou
deformações nas estruturas. As forças são consideradas como ações diretas e
as deformações impostas como ações indiretas.
As ações podem ser:

 Ações permanentes:
São as que ocorrem com valores constantes ou de pequena variação em
torno de sua média, durante praticamente toda a vida da construção;

 Ações variáveis:
São as que ocorrem com valores cuja variação é significativa durante a
vida da construção;

 Ações excepcionais:
São as que têm duração extremamente curta e muito baixa probabilidade
de ocorrência durante a vida da construção, mas que devem ser
consideradas no projeto de determinadas estruturas.

 Cargas acidentais
As cargas acidentais são as ações variáveis que atuam nas construções em
função de seu uso (pessoas, mobiliário, veículos, vento, etc.).

 Classes de carregamento:
Um carregamento é especificado pelo conjunto das ações que têm
probabilidade não desprezível de atuação simultânea.

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5.6.2. Carregamentos

Um carregamento é normal quando inclui apenas as ações decorrentes do uso


previsto para a construção.
Um carregamento é especial quando inclui a atuação de ações variáveis de natureza
ou intensidade especiais, cujos efeitos superam em intensidade os efeitos produzidos
pelas ações consideradas no carregamento normal.
Um carregamento é excepcional quando inclui ações excepcionais que podem
provocar efeitos catastróficos.
Um carregamento de construção é transitório e deve ser definido em cada caso
particular em que haja risco de ocorrência de estados limites últimos já durante a
construção.

5.6.3. Situações de projeto

Em princípio, no projeto das estruturas, podem ser consideradas as seguintes


situações de projeto: situações duradouras, situações transitórias e situações
excepcionais.

Tabela 2 - Classes de duração de carregamentos das ações


AÇÃO VARIÁVEL PRINCIPAL DA COMBINAÇÃO
CLASSE DE
CARREGAMENTO Duração Ordem de grandeza da duração acumulada da
acumulada ação característica

Permanente Permanente Vida útil da construção

Longa duração Longa duração Mais de seis meses

Média duração Média duração Uma semana a seis meses


FONTE: Norma NBR 7190/97 – Projeto de estrutura de madeira, página 8.

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 Situações duradouras são as que podem ter duração igual ao período de


referência da estrutura.

 As situações transitórias são as que têm duração muito menor que o período de
vida da construção.

 As situações excepcionais têm duração extremamente curta. Elas são consideradas


somente na verificação da segurança em relação a estados limites últimos.

5.6.4. Valores representativos das ações

 Valores característicos das ações variáveis:


Para as ações variáveis entende-se que Fk seja o valor característico superior.

 Valores característicos dos pesos próprios:


Os valores característicos Gk dos pesos próprios da estrutura são calculados
com as dimensões nominais da estrutura e com o valor médio do peso
específico do material considerado. A madeira é considerada com umidade U =
12%.

 Valores característicos de outras ações permanentes:


Para outras ações permanentes que não o peso próprio da estrutura, podem ser
definidos dois valores: (a) o valor característico superior Gk,sup, maior que o
valor médio Gm, e (b) o valor característico inferior Gk,inf, menor que o valor
médio Gm.

5.6.5. Ações nas estruturas de madeira

Pode-se destacar as ações usuais mais importantes:

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 Carga permanente:
A carga permanente é constituída pelo peso próprio da estrutura e pelo peso das
partes fixas não estruturais. Na avaliação do peso próprio da estrutura, admite-
se que a madeira esteja na classe 1 de umidade, definida em 5.7.1.4. Na falta de
determinação experimental específica, permite-se adotar os valores da
densidade aparente conforme item 6.3.5 da NBR 7190 para as diferentes classes
de resistência da madeira. O peso próprio real, avaliado depois do
dimensionamento final da estrutura, não deve diferir de mais de 10% do peso
próprio inicialmente admitido no cálculo. Nas estruturas pregadas ou
parafusadas, o peso próprio das peças metálicas de união pode ser estimado em
3% do peso próprio da madeira.

 Cargas acidentais verticais:


As cargas acidentais verticais são consideradas como de longa duração. As cargas
acidentais são fixadas pelas NBR 6120, NBR 7187, NBR 7188 e NBR 7189, ou
por outras normas que venham a se estabelecer para casos especiais, e devem
ser dispostas nas posições mais desfavoráveis para a estrutura.

 Vento:
A ação do vento, agindo com seu valor característico, em princípio é uma carga
de curta duração. A ação do vento sobre as edificações deve ser considerada de
acordo com a NBR 6123. A ação do vento sobre os veículos e pedestres nas
pontes deve ser considerada da seguinte forma:

a) Ao esforço do vento sobre o trem, nas pontes ferroviárias, será fixado com
o valor característico convencional de 3 kN/m, aplicado a 2,4 m acima do
topo dos trilhos, no caso de bitola larga (1,60 m) e a 2,0 m acima do topo
dos trilhos, no caso de bitola métrica (1,00);

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b) O esforço do vento sobre os veículos, nas pontes rodoviárias, será fixado


com o valor característico nominal de 2 kN/m, aplicado a 1,2 m acima da
superfície de rolamento;

c) Nas pontes para pedestres, o vento sobre estes será fixado com o valor
característico convencional de 1,8 kN/m, aplicado a 0,85 m acima do piso.
De acordo com 5.2.1, para se levar em conta a maior resistência da madeira
sob a ação de cargas de curta duração, na verificação da segurança em
relação aos estados limites últimos, apenas na combinação de ações de longa
duração em que o vento representa a ação variável principal, as solicitações
nas peças de madeira devidas à ação do vento são multiplicadas por 0,75.
Nas peças metálicas, inclusive nos elementos de ligação, será considerada a
totalidade dos esforços devidos à ação do vento.

As cargas acidentais verticais e a ação do vento devem ser consideradas como ações
variáveis de naturezas diferentes, sendo muito baixa a probabilidade de ocorrência
simultânea de ambas, com seus respectivos valores característicos.

5.6.6. Valores de cálculo das ações:

Os valores de cálculo Fd das ações são obtidos a partir dos valores representativos,
multiplicando-os pelos respectivos coeficientes de ponderação γ f.

Tabela 3 - Coeficientes de ponderação para ações permanentes de pequena variabilidade


Para efeitos*
COMBINAÇÕES
Desfavoráveis Favoráveis

Normais γg = 1,3 γg = 1,0

Especiais ou de construção γg = 1,2 γg = 1,0

Excepcionais γg = 1,1 γg = 1,0


* Podem ser usados indiferentemente os símbolos γg ou γG
FONTE: Norma NBR 7190/97 – Projeto de estrutura de madeira, página 12.

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Para o peso próprio da estrutura e para outras ações permanentes de pequena


variabilidade.

Tabela 4 - Coeficientes de ponderação para ações permanentes de grande variabilidade


Para efeitos
COMBINAÇÕES
Desfavoráveis Favoráveis

Normais γg = 1,4 γg = 0,9

Especiais ou de construção γg = 1,3 γg = 0,9

Excepcionais γg = 1,2 γg = 0,9


FONTE: Norma NBR 7190/97 – Projeto de estrutura de madeira, página 12.

Para as ações permanentes de grande variabilidade e para as ações constituídas pelo


peso próprio das estruturas.

Tabela 5- Coeficientes de ponderação para ações permanentes indiretas


Para efeitos
COMBINAÇÕES
Desfavoráveis Favoráveis

Normais γg = 1,2 γg = 0

Especiais ou de construção γg = 1,2 γg = 0

Excepcionais γg = 0 γg = 0
FONTE: Norma NBR 7190/97 – Projeto de estrutura de madeira, página 12.

Para as ações permanentes indiretas, como os efeitos de recalques de apoio e de


retração dos materiais.

5.6.7. Combinações de ações nos estados limites últimos:

5.6.7.1. Combinações últimas normais:

m n

Fd = ∑ γGi FGi,k
𝐹𝐹 + γQ [FQ1,k + ∑ ψ0j FQj,k ]
i=1 j=2

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onde FGi,k representa o valor característico das ações permanentes, FQ1,k o


valor característico da ação variável considerada como ação principal para a
combinação considerada e ψ0j FQj,k os valores reduzidos de combinação das
demais ações variáveis. Em casos especiais devem ser consideradas duas
combinações referentes às ações permanentes; em uma delas, admite-se
que as ações permanentes sejam desfavoráveis e na outra que sejam
favoráveis à segurança.

5.6.7.2. Combinações últimas especiais ou de construção:

m n

Fd = ∑ γGi FGi,k + γQ [FQ1,k + ∑ ψ0j,ef FQj,k ]


i=1 j=2

onde FGi,k representa o valor característico das ações permanentes, FQ1,k


representa o valor característico da ação variável considerada como
principal para a situação transitória, ψ0j,ef é igual ao fator ψ0j adotado nas
combinações normais, salvo quando a ação principal FQ1 tiver um tempo
de atuação muito pequeno, caso em que ψ0j,ef pode ser tomado com o
correspondente ψ2j.

5.6.7.3. Combinações últimas excepcionais:

m n

Fd = ∑ γGi FGi,k + FQ,exc + γQ ∑ ψ0j,ef FQj,k


i=1 j=1

onde FQ,exc é o valor da ação transitória excepcional e os demais termos


representam valores efetivos definidos no item anterior.

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5.6.8. Combinações de ações em estados limites de utilização

5.6.8.1. Combinações de longa duração:

As combinações de longa duração são consideradas no controle usual das


deformações das estruturas.
Nestas combinações, todas as ações variáveis atuam com seus valores
correspondentes à classe de longa duração. Estas combinações são
expressas por

m n

Fd = ∑ FGi,k + ∑ ψ2j FQj,k .


i=1 j=2

5.6.8.2. Combinações de média duração:

As combinações de média duração são consideradas quando o controle das


deformações é particularmente importante, como no caso de existirem
materiais frágeis não estruturais ligados à estrutura.
Nestas condições, a ação variável principal FQ1 atua com seu valor
correspondente à classe de média duração e as demais ações variáveis
atuam com seus valores correspondentes à classe de longa duração. Estas
combinações são expressas por

m n

Fd,util = ∑ FGi,k + ψ1 FQ1,k + ∑ ψ2j FQj,k .


i=1 j=2

onde os coeficientes ψ1 e ψ2 estão dados em 5.4.6 da NBR 7190.

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5.6.8.3. Combinações de curta duração


As combinações de curta duração, também ditas combinações raras, são
consideradas quando, para a construção, for particularmente importante
impedir defeitos decorrentes das deformações da estrutura.
Nestas combinações, a ação variável principal FQ1 atua com seu valor
característico e as demais ações variáveis atuam com seus valores
correspondentes à classe de média duração.
Essas combinações são expressas por

m n

Fd,util = ∑ FGi,k + FQ1,k + ∑ ψ1j FQj,k .


i=1 j=2

onde o coeficientes ψ1 é dado em 5.4.6 da NBR 7190.

5.6.8.4. Combinações de duração instantânea


As combinações de duração instantânea consideram a existência de uma
ação variável especial FQ,especial que pertence à classe de duração imediata. As
demais ações variáveis são consideradas com valores que efetivamente
possam existir concomitantemente com a carga especialmente definida
para esta combinação. Na falta de outro critério, as demais ações podem
ser consideradas com seus valores de longa duração. Estas combinações
são expressas por

m n

Fd,util = ∑ FGi,k + FQ,especial + ∑ ψ2j FQj,k .


i=1 j=2

onde os coeficientes ψ2 estão dados em 5.4.6 da NBR 7190.

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5.7. Propriedades das madeiras

5.7.1. Propriedades a considerar:

5.7.1.1. Densidade
Define-se o termo prático “densidade básica” da madeira como sendo a massa
específica convencional obtida pelo quociente da massa seca pelo volume
saturado.

5.7.1.2. Resistência
A resistência é a aptidão da matéria suportar tensões. A resistência é
determinada convencionalmente pela máxima tensão que pode ser aplicada a
corpos-de-prova isentos de defeitos do material considerado, até o
aparecimento de fenômenos particulares de comportamento além dos quais
há restrição de emprego do material em elementos estruturais.

5.7.1.3. Rigidez
A rigidez dos materiais é medida pelo valor médio do módulo de elasticidade,
determinado na fase de comportamento elástico-linear.

5.7.1.4. Umidade
O projeto das estruturas de madeira deve ser feito admitindo-se uma das
classes de umidade especificadas na tabela abaixo retirada da NBR 7190.

CLASSES DE Umidade de equilíbrio


Umidade relativa do ambiente Uamb
UMIDADE da madeira Ueq

1 Uamb ≤ 65% 12%

2 65% < Uamb ≤ 75% 15%

3 75% < Uamb ≤ 85% 18%

4 Uamb > 85% durante longos períodos ≥ 25%

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5.7.2. Caracterização das propriedades das madeiras

5.7.2.1. Caracterização da resistência da madeira serrada


Permite-se a caracterização simplificada das resistências da madeira de
espécies usuais a partir dos ensaios de compressão paralela às fibras. Para as
resistências a esforços normais, admite-se um coeficiente de variação de 18%
e para as resistências a esforços tangenciais um coeficiente de variação de
28%.

5.7.2.2. Caracterização da rigidez da madeira


A caracterização completa de rigidez das madeiras é feita por meio da
determinação dos seguintes valores, que devem ser referidos à condição-
padrão de umidade (U=12%):

 Valor médio do módulo de elasticidade na compressão paralela às


fibras: Ec0,m determinado com pelo menos dois ensaios;

 Valor médio do módulo de elasticidade na compressão normal às


fibras: Ec90,m determinado com pelo menos dois ensaios.

5.7.2.3. Classes de resistência

As classes de resistência das madeiras têm por objetivo o emprego de


madeiras com propriedades padronizadas, orientando a escolha do material
para elaboração de projetos estruturais.

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Tabela 6 - Classes de resistência das coníferas


CONÍFERAS
(Valores na condição-padrão de referência U = 12%)

fc0k Fvk Ec0,m ρbas,m ρaparente


CLASSES
MPa MPa MPa kg/m3 kg/m3

C 20 20 4 3500 400 500


C25 25 5 8500 450 550
C30 30 6 14500 500 600

Tabela 7 - Classes de resistência das dicotiledôneas


DICOTILEDÔNEAS
(Valores na condição-padrão de referência U = 12%)

fc0k Fvk Ec0,m ρbas,m ρaparente


CLASSES
MPa MPa MPa kg/m3 kg/m3

C 20 20 4 9500 500 650


C30 30 5 14500 650 800
C40 40 6 19500 750 950
C60 60 8 24500 800 1000

5.7.2.4. Caracterização da madeira laminada colada, da madeira compensada e da


madeira recomposta.

A caracterização das propriedades da madeira laminada colada para projeto de


estruturas deve ser feita a partir de corpos-de-prova extraídos das peças
estruturais fabricadas.
A caracterização das propriedades de madeira compensada e da madeira
recomposta para projeto de estruturas deve ser feita a partir de corpos-de-
prova confeccionados com material extraído do lote a ser examinado, de
acordo com normas específicas.

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5.7.3. Valores representativos

5.7.3.1. Valores médios

O valor médio Xm de uma propriedade da madeira é determinado pela média


aritmética dos valores correspondentes aos elementos que compõem o lote de
material considerado.

5.7.3.2. Valores característicos

O valor característico inferior Xk,inf, menor que o valor médio,é o valor que
tem apenas 5% de probabilidade de não ser atingido em um dado lote de
material.
O valor característico superior, Xk,sup, maior que o valor médio, é o valor que
tem apenas 5% de probabilidade de ser ultrapassado em um dado lote de
material. De modo geral, salvo especificação em contrário, entende- se que o
valor característico Xk seja o valor característico inferior Xk,inf.
Admite-se que as resistências das madeiras tenham distribuições normais de
probabilidades.

5.7.3.3. Valores de cálculo

O valor de cálculo Xd de uma propriedade da madeira é obtido a partir do


valor característico Xk, pela expressão:

Xk
Xd = kmod
γw

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onde γw é o coeficiente de minoração das propriedades da madeira e kmod é o


coeficiente de modificação, que leva em conta influências não consideradas
por γw.

5.8. Dimensionamento - Estados limites últimos

5.8.1. Esforços atuantes em estados limites últimos

Os esforços atuantes nas peças estruturais devem ser calculados de acordo com os
princípios da Estática das Construções, admitindo-se em geral a hipótese de
comportamento elástico linear dos materiais.
A consideração da hiperestaticidade das estruturas somente pode ser feita se as
ligações das peças de madeira forem do tipo rígido.
Os furos na zona comprimida das seções transversais das peças podem ser ignorados
apenas quando preenchidos por pregos.
Nas estruturas aporticadas e em outras estruturas capazes de permitir a redistribuição
de esforços, permite-se que os esforços solicitantes sejam calculados por métodos que
admitam o comportamento elastoplástico dos materiais.

5.8.2. Esforços resistentes em estados limites últimos

Os esforços resistentes das peças estruturais de madeira em geral devem ser


determinados com a hipótese de comportamento elastofrágil do material, isto é, com
um diagrama tensão deformação linear até a ruptura tanto na compressão quanto na
tração paralela às fibras.
Nas peças estruturais submetidas à flexocompressão, os esforços resistentes podem
ser calculados com a hipótese de comportamento elastoplástico da madeira na
compressão paralela às fibras.

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5.8.3. Solicitações normais

5.8.3.1. Tração
Nas barras tracionadas axialmente, a condição de segurança é expressa por

σtd ≤ ftd

permitindo-se ignorar a influência da eventual inclinação das fibras da madeira


em relação ao eixo longitudinal da peça tracionada até o ângulo α igual a 6o
(arctg α = 0,10), fazendo-se

ftd = ft0,d .

Para inclinações maiores é preciso considerar a redução de resistência,


adotando-se a fórmula de Hankinson, fazendo-se, então,

ftd = ftα,d .

5.8.3.2. Compressão
Nas barras curtas comprimidas axialmente, a condição de segurança é
expressa por

σcd ≤ fcd .

Permitindo-se ignorar a influência de eventual inclinação das fibras da madeira


em relação ao eixo longitudinal da peça comprimida até um ângulo α = 6o
(arctg α = 0,10), fazendo-se

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fcd = fc0,d

Para inclinações maiores é preciso considerar a redução de resistência,


adotando a fórmula de Hankinson, fazendo-se

fcd = fcα,d

Nas peças submetidas à compressão normal às fibras, a condição de segurança


é expressa por

σc90,d ≤ fc90,d

onde fc90,d é determinada pela expressão

fc90,d = 0,25 fc0,d αn

onde αn é dado na tabela abaixo em função da extensão do apoio

Tabela 8 - Valores de αn
Extensão da carga normal às fibras,
αn
medida αn paralelamente a estas cm

1 2,00
2 1,70
3 1,55
4 1,40
5 1,30
7,5 1,15
10 1,10
15 1,00
FONTE: Norma NBR 7190/97 – Projeto de estrutura de madeira, página 21.

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 Av. Dr. Ariberto Pereira da Cunha, № 333 CEP 12516-410 Guaratinguetá (SP) - BRASIL
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5.8.3.3. Flexão simples reta


Para as peças fletidas, considera-se o vão teórico com o menor dos seguintes
valores:

(a) Distância entre eixos dos apoios;

(b) O vão livre acrescido da altura da seção transversal da peça no


meio do vão, não se considerando acréscimo maior que 10 cm.

Nas barras submetidas a momento fletor cujo plano de ação contém um eixo
central de inércia da seção transversal resistente, a segurança fica garantida
pela observância simultânea das seguintes condições:

σc1,d ≤ fcd
e
σt2,d ≤ ftd

onde fcd e ftd são as resistências à compressão e à tração.

5.8.4. Solicitações tangenciais

5.8.4.1. Cisalhamento longitudinal em vigas


Nas vigas submetidas à flexão com força cortante, a condição de segurança
em relação às tensões tangenciais é expressa por

τd ≤ fv0,d ,

onde τd é a máxima tensão de cisalhamento atuando no ponto mais solicitado


da peça.

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3 Vd
τd = .
2 b.h

5.8.4.2. Cargas concentradas junto aos apoios diretos


Nas vigas de altura “h” que recebem cargas concentradas, que produzem
tensões de compressão nos planos longitudinais, a uma distância a ≤ 2 h do
eixo do apoio, o cálculo das tensões de cisalhamento pode ser feito com uma
força cortante reduzida de valor

a
Vred = V .
2h

5.8.5. Estabilidade

5.8.5.1. Generalidades
As peças que na situação de projeto são admitidas como solicitadas apenas à
compressão simples, em princípio devem ser dimensionadas admitindo-se
uma excentricidade acidental do esforço de compressão, em virtude das
imperfeições geométricas das peças e das excentricidades inevitáveis dos
carregamentos, levando-se ainda em conta os acréscimos destas
excentricidades em decorrência dos efeitos de segunda ordem e, nas peças
esbeltas, da fluência da madeira. As exigências impostas ao dimensionamento
dependem da esbeltez da peça, definida pelo seu índice de esbeltez

L0
λ = .
imin

onde L0 é um comprimento teórico de referência e imín. é o raio de giração


mínimo de sua seção transversal. Para as peças de comprimento efetivo L
engastadas em uma extremidade e livre da outra, adota-se L0 = 2 L. Para as
peças de comprimento efetivo L em que ambas as extremidades sejam

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indeslocáveis por flexão, adota-se L0 = L, não se considerando qualquer


redução em virtude da eventual continuidade estrutural da peça.

5.8.5.2. Excentricidade acidental mínima


A excentricidade acidental devida às imperfeições geométricas das peças é
adotada com pelo menos o valor

L0
ea = .
300

5.8.5.3. Compressão de peças curtas


Para as peças curtas, definidas pelo índice de esbeltez λ ≤ 40, que na situação
de projeto são admitidas como solicitadas apenas à compressão simples,
dispensa-se a consideração de eventuais efeitos de flexão.
Para as peças curtas, que na situação de projeto são admitidas como
solicitadas à flexocompressão.

5.8.5.4. Estabilidade lateral das vigas de seção retangular

As vigas fletidas, devem ter sua estabilidade lateral verificada por teoria cuja
validade tenha sido comprovada experimentalmente.
Dispensa-se essa verificação da segurança em relação ao estado limite último
de instabilidade lateral quando forem satisfeitas as seguintes condições:

(a) Os apoios de extremidade da viga impedem a rotação de suas


seções extremas em torno do eixo longitudinal da peça;

(b) Existe um conjunto de elementos de travamento ao longo do


comprimento L da viga, afastados entre si de uma distância não

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maior que L1, que também impedem a rotação dessas seções


transversais em torno do eixo longitudinal da peça;

5.8.6. Estabilidade global - Contraventamento

5.8.6.1. Generalidades
As estruturas formadas por um sistema principal de elementos estruturais,
dispostos com sua maior rigidez em planos paralelos entre si, devem ser
contraventados por outros elementos estruturais, dispostos com sua maior
rigidez em planos ortogonais aos primeiros, de modo a impedir
deslocamentos transversais excessivos do sistema principal e garantir a
estabilidade global do conjunto. No dimensionamento do contraventamento
devem ser consideradas as imperfeições geométricas das peças, as
excentricidades inevitáveis dos carregamentos e os efeitos de segunda ordem
decorrentes das deformações das peças fletidas.
Na falta de determinação específica da influência destes fatores, permite-se
admitir que, na situação de cálculo, em cada nó do contraventamento seja
considerada uma força F1d, com direção perpendicular ao plano de resistência
dos elementos do sistema principal, de intensidade convencional, conforme o
que adiante se estabelece.

5.9. Dimensionamento no Estado limite de utilização

5.9.1. Critérios gerais


Na verificação da segurança das estruturas de madeira são usualmente considerados
os estados limites de utilização caracterizados por:

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a) Deformações excessivas, que afetam a utilização normal da construção ou


seu aspecto estético;

b) Danos em materiais não estruturais da construção em decorrência de


deformações da estrutura;

c) Vibrações excessivas.

5.9.1.1. Critério de verificação da segurança


A verificação da segurança em relação aos estados limites de utilização deve
ser feita por condições do tipo

Sd,uti ≤ Slim

onde:
Slim é o valor limite fixado para o efeito estrutural que determina o
aparecimento do estado limite considerado;
Sd,uti são os valores desses mesmos efeitos, decorrentes da aplicação das
ações estabelecidas para a verificação, calculados com a hipótese de
comportamento elástico linear da estrutura.

5.9.1.2. Construções correntes


Nas construções correntes, as verificações da segurança em relação aos
estados limites de utilização são feitas admitindo-se apenas os carregamentos
usuais, correspondentes às combinações de longa duração, por

m n

Fd,util = ∑ FGi,k + ∑ ψ2j FQj,k .


i=1 j=1

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5.9.2. Estados limites de deformações


A menos que haja restrições especiais impostas por normas particulares ou pelo
proprietário da construção, a verificação da segurança em relação aos estados limites
de deformações deve ser feita como indicado a seguir.

5.9.2.1. Deformações limites para as construções correntes


Deve ser verificada a segurança em relação ao estado limite de deformações
excessivas que possam afetar a utilização normal da construção ou seu aspecto
estético, considerando apenas as combinações de ações de longa duração,
levando-se em conta a rigidez efetiva definida pelo módulo Ec0,ef.
A flecha efetiva uef, determinada pela soma das parcelas devidas à carga
permanente uG e à carga acidental uQ, não pode superar 1/200 dos vãos, nem
1/100 do comprimento dos balanços correspondentes.
As flechas devidas às ações permanentes podem ser parcialmente
compensadas por contraflechas u0 dadas na construção. Neste caso, na
verificação da segurança, as flechas devidas às ações permanentes podem ser
reduzidas de u0, mas não se considerando reduções superiores a dois terços de
uG.
Nos casos de flexão oblíqua, os limites anteriores de flechas podem ser
verificados isoladamente para cada um dos planos principais de flexão.

5.9.2.2. Estados limites de vibrações


Em construções submetidas a fontes de vibração, devem ser adotadas
disposições construtivas que evitem a presença de vibrações excessivas da
estrutura. Nas estruturas sobre as quais o público em geral pode caminhar,
devem ser evitadas vibrações que tragam desconforto aos usuários.

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No caso particular de pisos sobre os quais as pessoas andem regularmente,


como os de residências e escritórios, a menor frequência natural de vibração
dos elementos da estrutura do piso não deve ser inferior a 8 Hz. Para esta
finalidade, as placas compostas por elementos diagonais podem ser
assimiladas a peças maciças.
Para as construções correntes, admite-se que esta condição fique satisfeita se a
aplicação do carregamento correspondente à combinação de curta duração
não provocar flecha imediata superior a 15 mm.

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6. SLIDES PARA APRESENTAÇÃO EM AULA

A seguir apresentam-se os slides para apresentação em aula.

ESTRUTURAS
DE
MADEIRA

Prof. Dr. Antonio Wanderley Terni

Denis Bergamini Lopes

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ESTRUTURAS
DE
MADEIRA

Considerações iniciais

Vantagens do uso da madeira


como estrutura
e
Desvantagens do uso como
estrutura.
3

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Considerações iniciais

Tratamento da madeira
usada como estrutura

Discussão de alguns conceitos


populares, referente a madeira.
4

Vantagens
 Material renovável e abundante,

 Baixo consumo de energia para o


processo de produção,

 Processo de produção
praticamente não poluente,
5

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Vantagens
 Material de fácil manuseio,
definições de formas e dimensões,

 Baixa densidade,

 Alta resistência mecânica e

 Resistente a altas temperaturas.


6

Desvantagens
 Material suscetível ao ataque de
fungos e insetos,

 Material inflamável e

 Necessita de tratamento
específico.
7

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Tratamento da madeira
usada como estrutura

Anexo D da Norma
NBR 7190/1997 - página 88

Tratamento da madeira
usada como estrutura
Normas , procedimentos , registro e
controle dos produtos utilizados
como preservativos de madeira –
IBAMA:
http://www.ibama.gov.br/areas-tematicas-
qa/produtos-preservativos-de-madeiras
9

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Tratamento da madeira
usada como estrutura

Empresa especializada:
Montana Química

http://www.montana.com.br

10

Nobre ou vulgar?

11

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Qual material tem maior


resistência a altas temperaturas?
Estrutura de madeira Estrutura metálica

12

Qual material possui maior


resistência mecânica?
Estrutura de madeira Estrutura de concreto

13

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PROPRIEDADES DA
MADEIRA
REFERENTES AO
USO EM
ESTRUTURA
14

Considerações iniciais

Propriedades físicas da madeira

Condições de referência

15

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Considerações iniciais

Caracterização das propriedades


da madeira

Valores representativos
16

Propriedades físicas da
madeira
 Umidade,
 Densidade,
 Rigidez,
 Retratibilidade,
 Resistência ao fogo e
 Inflamabilidade.
17

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Condições de referência

RESISTÊNCIA
E CLASSE 1 DE UMIDADE
RIGIDEZ (U=12%)

18

Condições de referência

Para U > 12%


Resistência

(NBR 7190/97 – Página 14)

19

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Condições de referência
Para U > 12%
Rigidez

(NBR 7190/97 – Página 14)

20

Classe de umidade (U)


(NBR 7190/97 – Página 14)
Umidade de
Classes de Umidade relativa do
equilíbrio da
umidade ambiente (Uamb)
madeira (Ueq)

1 ≤ 65 0,12

2 65% < Uamb ≤ 75 0,15

3 75% < Uamb ≤ 85 0,18

Uamb > 85% durante longos


4 ≥ 5
períodos

21

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Classes de resistência
(NBR 7190/97 – Página 16)
CONÍFERAS
(valores na condição padrão de referência U=12%)
fcok fvk Eco,m ρbas,m ρaparente
CLASSES
(MPa) (MPa) (MPa) (kg/m3) (kg/m3)

C20 20 4 3500 400 500

C25 25 5 8500 450 550

C30 30 6 14500 500 600

22

Classes de resistência
(NBR 7190/97 – Página 16)
DICOTILEDÔNEAS
(valores na condição padrão de referência U=12%)
fcok fvk Eco,m ρbas,m ρaparente
CLASSES
(MPa) (MPa) (MPa) (kg/m3) (kg/m3)
C20 20 4 9500 500 650

C30 30 5 14500 650 800

C40 40 6 19500 750 950

C60 60 8 24500 800 1000

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Caracterização da rigidez
da madeira

Módulo de elasticidade na
compressão é igual na tração:

Et = Ec
24

Caracterização da rigidez
da madeira
Módulo de elasticidade longitudinal
normal às fibras (E90)

(NBR 7190/97 – Página 14)


25

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Valores representativos

Valores médios (Xm)

É determinado pela média aritmética


dos valores correspondentes aos
elementos que compõem o lote de
material considerado.
26

Valores representativos

Valores característicos (Xk)

Xk,inf : 5% de probabilidade de não ser atingido

Xk,sup : 5% de probabilidade de ser ultrapassado

27

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Valores representativos
Valores de cálculo (Xd)

d m d

(NBR 7190/97 – Página 17)

ɣw: coeficiente de minoração das propriedades da madeira

kmod: coeficiente de modificação


28

Valores representativos

Coeficientes de modificação

kmod = kmod,1 . kmod,2 . kmod,3

29

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Valores representativos
kmod,1 : classe de carregamento e o tipo de material
(NBR 7190 – Tabela 10 – página 18)

kmod,2 : classe de umidade e o tipo de material


(NBR 7190 – Tabela 11 – página 18)

kmod,3 : primeira ou segunda categoria, madeira


laminada colada reta ou curva.

Conforme as tabelas a seguir:


30

Valores de kmod,1
(NBR 7190/97 – Página 18)

Tipos de madeira
Classes de
carregamento Madeira serrada, madeira
Madeira
laminada colada, madeira
recomposta
compensada
Permanente 0,6 0,3
Longa duração 0,7 0,45
Média duração 0,8 0,65
Curta duração 0,9 0,9
Instantânea 1,1 1,1
31

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Valores de kmod,2
(NBR 7190/97 – Página 18)

Madeira serrada,
Madeira
Classes de madeira laminada Madeira
serrada
umidade colada, madeira recomposta
submersa
compensada

(1) e (2) 1,0 1,0


0,65
(3) e (4) 0,8 0,9

32

Valores de kmod,3
(NBR 7190/97 – Página 18)

Coníferas 0,8

Dicotiledôneas de 1ª categoria 1,0

Peças de 2ª categoria 0,8

peças retas 1,0


Madeira laminada
colada
peças curvas

(*) t é a espessura das lâminas e r é o menor raio de curvatura das lâminas


33

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Valores representativos
Coeficientes de ponderação da resistência
para estados limites últimos ( w):

Compressão: wc = 1,4
Tração: wt = 1,8
Cisalhamento: wv = 1,8

34

Valores representativos

Coeficiente de ponderação para estados


limites utilização
w = 1,0

Resistência característica
fwk,12 = 0,70 fwm,12
35

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Valores representativos
Estimativa da rigidez

Ec0,ef = kmod,1 . kmod,2 . kmod,3 . Ec0,m

Módulo de elasticidade transversal


e
e
36

ESTADOS LIMITES

37

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Considerações iniciais

Estados limites últimos


e
Estados limites de utilização

38

Estados limites últimos

O estado limite último determina a


paralisação parcial ou total da
estrutura, em função de
deficiências relativas a:

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Estados limites últimos


a) Perda de equilíbrio
b) Ruptura ou deformação plástica
c) Transformação da estrutura em
sistema hipostático;
d) Instabilidade por deformação e
e) Instabilidade dinâmica (ressonância)
40

Estado limite de utilização

O Estado Limite de Utilização


representa situações de
comprometimento da durabilidade
da construção ou o não respeito da
condição de uso desejada, devido a:
43

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Estado limite de utilização

a) deformações excessivas

b) vibrações

44

AÇÕES

45

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Considerações iniciais

Tipos de ações,
Tipos de carregamentos
e
Situações de projeto.

46

Considerações iniciais

Classes de duração de carregamentos

Combinações de ações

47

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Considerações iniciais

Coeficientes de ponderação
e
Fatores de combinação

48

Tipos de ações
Permanentes (G):

Pequenas variações das intensidades em


torno dos valores médios ao longo do
tempo.

49

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Tipos de ações

Variáveis (Q):

Variação significativa

50

Tipos de ações
Excepcionais:

Duração extremamente curta e baixa


probabilidade de ocorrência

51

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Tipos de carregamentos
Carregamento normal:

Ações de uso previsto.


Ex.: peso e sobrecarga.

52

Tipos de carregamentos

Carregamento especial:

Ações variáveis de natureza ou


intensidade especiais.
Ex.: área de estocagem de um supermercado.
53

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Tipos de carregamentos
Carregamento excepcional:

Ações excepcionais e cujos efeitos


podem ser catastróficos.

Ex.: ventos fortes, abalos sísmicos.

54

Tipos de carregamentos
Carregamento de construção:

Ações durante a fase de construção.

Ex.: Estacas, peças protendidas.

55

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Situações de projeto:
Duradoras
Duração igual ao período de referência
da estrutura

Verificação da segurança é efetuada em


relação aos estados limites últimos e de
utilização.
56

Situações de projeto:
Duradoras
Estado limite último:
combinação de ação normal

Estado limite de utilização:


combinação de longa ou média duração

57

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Situações de projeto:
Transitória
Duração muito menor que o período de
vida da construção

Verificação da segurança é feita quanto aos


estados limites últimos. Em alguns casos,
estados limites de utilização.
58

Situações de projeto:
Transitória

Estado limite último:


combinações especial de ação

Estado limite de utilização:


combinações de média e curta duração
59

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Situações de projeto:
Excepcionais
Duração extremamente curta

Verificação da segurança é feita somente


para estados limites últimos

60

Situações de projeto:
Excepcionais

Estado limite último:


Combinação excepcionais

61

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Classes de duração de carregamentos


das ações (NBR 7190/97 – Página 8)
Ação variável principal da combinação

Classe de carregamento Ordem de grandeza da


Duração acumulada duração acumulada da
ação característica

Permanente Permanente vida útil da construção

Longa duração Longa duração mais de 6 meses

Média duração Média duração uma semana a 6 meses

Curta duração Curta duração menos de uma semana

Duração instantânea Duração instantânea muito curta

62

Combinações de ações em
estados limites últimos

Combinações últimas normais


m  n 
Fd    Gi FGi,k   Q  FQ1,k   0 jFQj,k 
i 1  j 2 

63

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Combinações de ações em
estados limites últimos

Combinações últimas especiais


ou de construção
m  n 
Fd    Gi FGi,k   Q  FQ1,k    0 j,ef FQj,k 
i 1  j 2 
64

Combinações de ações em
estados limites últimos

Combinações últimas excepcionais


m  n 
Fd    Gi FGi,k  FQ,exc   Q  FQ1,k    0 j,ef FQj,k 
i 1  j 2 

65

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Combinações de ações em
estados limites de
utilização
Combinações de longa duração

m n
Fd,uti   FGi,k    2 jFQj,k
i 1 j1

66

Combinações de ações em
estados limites de
utilização

Combinações de média duração


m n
Fd,uti   FGi,k  1FQ1,k    2 jFQj,k
i 1 j 2

67

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Combinações de ações em
estados limites de
utilização
Combinações de curta duração
m n
Fd,uti   FGi,k  FQ1,k   1jFQj,k
i 1 j 2
68

Combinações de ações em
estados limites de
utilização

Combinações de duração instantânea


m n
Fd,uti   FGi,k  FQ1,k   1jFQj,k
i 1 j 2

69

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Coeficientes de ponderação
Os coeficientes de ponderação g

Dados pelas tabelas (3, 4 e 5)


da página 12 da NBR 7190.

Deve-se observar as seguintes situações:

70

Coeficientes de ponderação
Estados limites de utilização:
Considerar igual a 1.0.

Estados limites últimos:


Considerar os valores dados das Tabelas.

71

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Coeficientes de ponderação para ações


permanentes de pequena variabilidade
(NBR 7190/97 – Página 12)

Efeitos *
Combinações
Desfavoráveis Favoráveis
Normais 1,3 1,0

Especiais ou de
1,2 1,0
Construção

Excepcionais 1,1 1,0

* Podem ser usados indiferentemente os símbolos g ou G

72

Coeficientes de ponderação para ações


permanentes de grande variabilidade
(NBR 7190/97 – Página 12)

Efeitos
Combinações
Desfavoráveis Favoráveis

Normais 1,4 0,9

Especiais ou de
1,3 0,9
Construção

Excepcionais 1,2 0,9

73

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Coeficientes de ponderação para


ações permanentes de indiretas
(NBR 7190/97 – Página 12)

Efeitos
Combinações
desfavoráveis favoráveis

Normais 1,2 0,0

Especiais ou de
1,2 0,0
Construção

Excepcionais 0,0 0,0

74

Fatores de combinação e de utilização


(NBR 7190/97 – Página 9)

75

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PEÇAS DE MADEIRA:

TRACIONADAS
E
COMPRIMIDAS
76

Considerações iniciais

Solicitações normais:

Estado limite últimos: tração,


Estados limites de utilização: tração
Estados limites últimos: compressão.

77

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Solicitações normais
As peças podem estar
tracionadas ou comprimidas.

Condição de segurança:
Comparação da tensão atuante (σd)
com a resistência de cálculo (fd)

78

Estado limite último:


Tração

Segundo a NBR 7190/97, página 22, a


condição de segurança é expressa por:

σtd ≤ ftd
79

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Estados limites de utilização:


Tração
A esbeltez da peça tracionada:
50 vezes a menor dimensão da seção transversal:
5
ma 5 7

Assim, evita-se vibrações excessivas.

80

Estados limites últimos:


Compressão
Peças curtas: ≤ 40
Condição da verificação de segurança

σ d
d ≤ d m σ
d

81

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Estados limites últimos:


Compressão
Peças curtas: ≤ 40
O índice de esbeltez:

mi
82

Estados limites últimos:


Compressão
Peças medianamente-esbeltas:
4 < ≤8

Verificação da condição de segurança


σ σ
d d ≤
d d
83

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Estados limites últimos:


Compressão
Peças esbeltas: > 80

Verificação da condição de segurança


σ σ
d d ≤
d d
84

PEÇAS FLETIDAS

85

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Considerações iniciais

Flexão simples reta,

Flexão simples oblíqua e

Estado limite último de instabilidade lateral.

86

Considerações iniciais

Solicitações tangenciais,

Estados limites de deformações e

Estados limites de vibrações.


87

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Flexão simples reta


Vão teórico menor ou igual a:

a) distância entre eixos dos apoios,

b) o vão livre acrescido da altura da seção


transversal da peça no meio do vão, não se
considerando acréscimo maior que 10 cm.

88

Flexão simples reta

Verificação da condição de segurança

σ d ≤
d d

para borda comprimida

89

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Flexão simples reta

Verificação da condição de segurança

σ d ≤
d d

para borda tracionada

90

Flexão simples oblíqua


Verificação da condição de segurança

σ σ
d d

d d
σ σ
d d

d d
91

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Estado limite último de


instabilidade lateral
Devem atender a condição:

e
d

92

Estado limite último de


instabilidade lateral
Tem-se:
Lb é a distância entre os elementos de travamento;

b é a largura da seção transversal da viga

M é um coeficiente de correção (norma, página 26)

93

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Solicitações tangenciais
Estado limite último para esforço
cortante na flexão simples reta

Condição de segurança

d≤ d
94

Solicitações tangenciais

d é a máxima tensão de cisalhamento


atuando no ponto mais solicitado da
peça e

fv0,d é a resistência ao cisalhamento paralelo


as fibras.

95

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Solicitações tangenciais

Estado limite último para esforço


cortante na flexão oblíqua

Condição de segurança a mesma para


flexão simples reta.

96

Solicitações tangenciais
Tensões cisalhantes:

d d
d e d

97

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Estados limites de
deformações
Deformações limites para construções correntes

A flecha efetiva deve atender às seguintes limitações:

e m ime d

e m ime d aa

98

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7. EXEMPLOS

A seguir apresentam-se exemplos de dimensionamentos de elementos estruturais de


madeira.
7.1. Exemplo 1: Combinações das ações:

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7.2. Exemplo 2: Barras tracionadas

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7.3. Exemplo 3: Barras comprimidas

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7.4. Exemplo 4: Vigas

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8.1. Sites:
8.1.1. http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira
8.1.2. http://64.233.169.104/search?q=cache:4dMTKP4AEAMJ:www.arq.ufsc.br/ar
q5661/Madeiras/historia.html+uso+da+madeira+no+decorrer+da+hist%C3
%B3ria&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br
8.1.3. http://www.conhecendoamadeira.com/madeira.php

8.2. Livros, Apostilas e Trabalhos Acadêmicos:


8.2.1. Junior, Carlito C.; Lahr, Francisco A. R.; Dias, Antonio A.
Dimensionamento de Elementos Estruturais de Madeira, Barueri, SP,
2003.
8.2.2. Pfeil, Walter Estruturas de Madeira, Rio de Janeiro, RJ, 1978.
8.2.3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190:
Projeto de Estrutura de Madeira. Rio de Janeiro, 1997.
8.2.4. Gesualdo, F. A. R., Estrutura de Madeira – Notas de Aula, Uberlândia,
MG, 2003.

Guaratinguetá, 20 de junho de 2014.


Campus da Faculdade de Engenharia da FEG/UNESP

Denis Bergamini Lopes


Aluno do Curso de Engenharia Civil do DEC/FEG-UNESP

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