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Goiânia
2012
DANILLO DE ALMEIDA E SILVA
Goiânia
2012
2
Silva, Danillo de Almeida
Pg. 110
3
Universidade Federal de Goiás
Escola de Engenharia Civil
Curso de Mestrado em Engenharia Civil
CMEC – EEC – UFG
BANCA EXAMINADORA:
________________________________________________
Prof Dr. André Luiz Bortolacci Geyer
Orientador e Presidente da Banca
________________________________________________
Prof. Dr. Edagard Bacarji (EEC/UFG)
Membro Interno
________________________________________________
Prof . Dr. Paulo Sergio Lima Souza (UFPA)
Membro Externo
Sumário
4
LISTA DE FIGURAS vii
LISTA DE TABELAS x
RESUMO xiii
ABSTRACT xiv
1. INTRODUÇÃO 15
1.1 JUSTIFICATIVA E IMPORTÂNCIAS DA PESQUISA 17
1.2 OBJETIVO DA PESQUISA 17
1.2.1 Objetivo geral 17
1.2.2 Objetivos específicos 17
1.3 ESTRUTURA DA PESQUISA 18
1.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA 18
2. AGREGADO GRAÚDO PARA CONCRETO 20
2.1 DEFINIÇÕES 20
2.2 CLASSIFICAÇÃO 20
2.3 VANTAGENS TÉCNICAS E ECONÔMINCA DO USO DE
PEDRA BRITADA NO CONCRETO 21
2.4 TIPOS DE ROCHAS UTILIZADAS PARA A PRODUÇÃO
DE AGREGADO GRAÚDO 21
2.4.1 Extração da rocha 22
2.4.2 Rochas mais usadas para a produção de brita 22
2.4.3 Processo de britagem 26
2.5 FORMA DO AGREGADO 28
2.5.1 Generalidades 29
2.5.2 Influência da forma na trabalhabilidade do concreto 29
2.5.3 Influência da forma nas propriedades mecânicas 30
3. DETERMINAÇÃO DA FORMA DO AGREGADO GRAÚDO 31
3.1 MÉTODOS PARA ANALISE DA FORMA 31
3.1.1 Método direto 31
3.1.2 Método indireto 31
3.1.3 Outros métodos 31
3.2 AGREGADO GRAÚDO - DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE
FORMA PELO MÉTODO DO PAQUÍMETRO - NBR 7809 31
5
3.3 MATERIAIS DE PEDRA E AGREGADOS NATURAIS
NBR 7225 31
3.4 NORMA EUROPEIA NP EN 933-3 32
3.5 NORMA EUROPEIA NP EN 933-4 32
3.6 NORMA AMERICANA ACI E1-07 33
3.7 NORMA AMERICANA ASTM D 4791 34
3.8 NORMA AMERICANA ASTM D 5821 35
3.9 NORMA BRITÂNICA BS 812: SECTION 105.1/1.989 35
3.10 NORMA BRITÂNICA BS 812: SECTION 105.2/1.990 36
3.11 NORMA BRITÂNICA BS 822: PARTE 1: 1975 37
3.12 OUTRAS REFERÊNCIAS 37
3.13 COMPARAÇÃO ENTRE AS DIFERENTES NORMAS 43
3.14 INTERPRETAÇÃO DA FORMA DO AGREGADO GRAÚDO
BRITADO 46
3.15 MÉTODO PROPOSTO PARA CLASSIFICAÇÃO DA
FORMA DO AGREGADO GRAÚDO NESTA PESQUISA 49
4. MECANISMOS QUE INFLUENCIAM A FORMA DO
AGREGADO GRAÚDO 50
4.1 MECANISMOS INTERNOS 50
4.2 MECANISMOS EXTERNOS 51
5. INFLUÊNCIA DA FORMA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
DO CONCRETO 53
5.1 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES 54
5.2 RESISTÊNCIA À TRAÇÃO 55
5.2.1 Compressão Diametral 55
6. PROGRAMA EXPERIMENTAL: PARTE I - CLASSIFICAÇÃO
DOS MATERIAIS 56
6.1 CLASSIFICAÇÃO DA AMOSTRA DE AGREGADO GRAÚDO 57
6.2 CLASSIFICAÇÃO DA AMOSTRA DE AGREGADO MIÚDO 59
6.3 CLASSIFICAÇÃO DO CIMENTO 60
6.4 MÉTODO DE CLASSIFICAÇÃO E SEPARAÇÃO
DAS QUATRO FORMAS DO AGREGADO GRAÚDO BRITADO 61
6
6.4.1 Primeira análise - Método 100% Paquímetro 65
6.4.2 Segunda análise - Método 100% Paquímetro 67
6.4.3 Terceira análise - Método Parcial 68
6.4.4 Análises 4º a 10º - Método Parcial 69
6.4.5 Análises 11º a 20º - Método Parcial 70
6.4.6 Resumo das análises experimentais 73
6.5 ENSAIOS E PROCEDIMENTOS SOBRE A FORMA DO
AGREGADO GRAÚDO 73
6.5.1 Forma cúbica 74
6.5.2 Forma alongada 75
6.5.3 Forma lamelar 76
6.5.4 Forma alongada-lamelar 77
6.6 RESULTADOS OBTIDOS 78
7. PROGRAMA EXPERIMENTAL: PARTE II - DOSAGEM 79
7.1 DOSAGENS DO CONCRETO 79
7.2 CLASSES DE RESISTÊNCIAS DEFINIDAS PARA
COMPARAÇÕES - COMPRESSÃO 87
7.3 CLASSES DE RESISTÊNCIAS DEFINIDAS PARA
COMPARAÇÕES - TRAÇÃO 87
7.4 CONCRETO FRESCO 88
7.5 RESULTADO DA DOSAGEM - CONCRETO ENDURECIDO 89
8. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS 93
8.1. RESULTADOS E ANÁLISES DO CONCRETO FRESCO 93
8.2. RESULTADOS E ANÁLISES DO CONCRETO ENDURECIDO 93
8.2.1 Resistência à compressão 93
8.2.1.1 Análise comparativa de consumo de cimento
de concretos produzidos com agregados de diferentes
formas 93
8.2.2 Tração por compressão diametral 97
8.2.2.2 Análise comparativa de consumo de cimento
de concretos produzidos com agregados de diferentes
formas 97
7
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 101
10. SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS 102
11. REFERÊNCIAS 103
Agradecimentos
8
Primeiramente a Deus, pelas grandes oportunidades da minha vida e pela sabedoria para
aproveitá-las.
Aos meus pais, Sebastião e Rozalina, que, pela resistência e bravura, puderam me dar
possibilidades de ser hoje o que sou.
Aos meus professores, que me ensinaram tudo que sei, e aos meus amigos e parceiros de
trabalho, que me ajudaram a conseguir toda a experiência que tenho hoje.
Ao meu anjo e grande amor da minha vida, Dra. Liane Sousa, que constantemente me apoia e
me auxilia em tudo o que faço, e aos meus irmãos Bruno e Blainer, grandes amigos.
Aos meus primos, tios, tias, avós e a todos os parentes que me proporcionaram uma família
perfeita.
Muito obrigado!
Lista de Figuras
9
FIGURA 2.1 Forma de fraturas em rochas ( Honório, 2010)...................................................27
FIGURA 3.1 Neville, 1997 ( Concrete Tecnology, pg 43) .................................................... 37
FIGURA 3.2 Determinação do arredondamento dos grãos. Powers, 1953 (Fernando, 2008)..39
FIGURA 3.3 Método físico-matemático O’reilly Díaz, (Método de Dosagem de Concreto de
Elevado Desempenho, 1998, pg. 55, 56) ................................................................................ 40
FIGURA 3.4 Forma triangular de Sneed e Folk (Foweler, 2005, pg 14) ............................... 41
FIGURA 3.5 Equação de arredondamento (1) (Fabro, 2011) ................................................ 41
FIGURA 3.6 Equação da relação de aspecto (2) (Fabro, 2011) ............................................ 42
FIGURA 3.7 Equação de coeficiente de forma (3) (Fabro, 2011) ......................................... 42
FIGURA 3.8 Imagem digital dos agregados miúdos (Fabro, 2011) ...................................... 43
FIGURA 1.9 Forma cúbica ..................................................................................................... 46
FIGURA 3.10 Forma alongada ............................................................................................... 46
FIGURA 3.11 Forma lamelar .................................................................................................. 47
FIGURA 3.12 Forma alongada-lamelar .................................................................................. 47
FIGURA 3.13 Interpretação da forma do agregado graúdo britado pelo autor ...................... 48
FIGURA 3.14 Projeção da forma perfeita da partícula sobre a verdadeira ............................ 49
FIGURA 4.1 Determinação do índice de forma (Arndt, 2007) ............................................. 53
FIGURA 5.1 Relação entre resistência à compressão e resistência à tração por compressão
diametral (Fonte: Neville, 1997) ............................................................................................ 56
FIGURA 6.1 Agregado utilizado (agregado graúdo de 19 a 25mm) ..................................... 57
FIGURA 6.3 Curva granulométrica do agregado graúdo ....................................................... 58
FIGURA 6.2 Peneirador mecânico ......................................................................................... 59
FIGURA 6.4 Agregado miúdo areia média ............................................................................ 60
FIGURA 6.5 Curva granulométrica do agregado miúdo ........................................................ 60
FIGURA 6.6 Características do cimento CP II Z 32 ............................................................... 61
FIGURA 6.7 Forma equidimencional (forma cúbica) ........................................................... 62
FIGURA 6.8 Caracterização (análise 1) ................................................................................ 63
FIGURA 6.9 Separação (análise 1) ........................................................................................ 64
FIGURA 6.10 Catalogação (análise 1) .................................................................................. 64
FIGURA 6.11 Paquímetro digital ........................................................................................... 65
FIGURA 6.12 Análise 1 .......................................................................................................... 66
FIGURA 6.13 Fluxograma da análise 1 .................................................................................. 66
10
FIGURA 6.14 Imagem das partículas conforme sua classificação ......................................... 67
FIGURA 6.15 Fluxograma da análise 2 .................................................................................. 68
FIGURA 6.16 Fluxograma da análise 3 ................................................................................. 68
FIGURA 6.17 Análise 3 método parcial ................................................................................. 69
FIGURA 6.18 Curva granulométrica (Forma cúbica) ........................................................... 72
FIGURA 6.19 Curva granulométrica (Forma Alongada) ...................................................... 73
FIGURA 6.20 Curva granulométrica (Forma lamelar) .......................................................... 74
FIGURA 6.21 Curva granulométrica (Forma alongada-lamelar) .......................................... 75
FIGURA 6.22 Gráfico comparativo da forma do agregado .................................................... 78
FIGURA 7.1 Fluxograma do programa experimental ............................................................ 79
FIGURA 7.2 Mistura dos materiais ......................................................................................... 82
FIGURA 7.3 Traço C-I: Slump test .......................................................................................... 82
FIGURA 7.4 Moldagem CPs .................................................................................................. 82
FIGURA 7.5 Cura Câmara úmida ........................................................................................... 82
FIGURA 7.6 Ensaio Compressão ........................................................................................... 82
FIGURA 7.7 Ensaio Tração Diametral ................................................................................... 82
FIGURA 7.8 Diagrama de dosagem compressão - Forma Cúbica ........................................ 84
FIGURA 7.9 Diagrama de dosagem tração - Forma Cúbica ................................................. 84
FIGURA 7.10 Diagrama de dosagem compressão - Forma Alongada ................................... 85
FIGURA 7.11 Diagrama de dosagem tração - Forma Alongada ............................................ 85
FIGURA 7.12 Diagrama de dosagem compressão - Forma Lamelar ..................................... 86
FIGURA 7.13 Diagrama de dosagem tração - Forma Lamelar .............................................. 86
FIGURA 7.14 Diagrama de dosagem compressão - Forma Along.Lamelar .......................... 87
FIGURA 7.15 Diagrama de dosagem tração - Forma Along.Lamelar ................................... 87
FIGURA 8.1 Consumo de cimento x forma do agregado (Compressão) ............................... 91
FIGURA 8.2 Detalhe esquemático forma cúbica .................................................................... 93
FIGURA 8.3 Detalhe esquemático forma along.lamelar ........................................................ 93
FIGURA 8.4 Consumo de cimento x forma do agregado (Tração) ....................................... 95
FIGURA 8.5 Detalhe da compressão diametral ...................................................................... 96
Lista de Tabelas
11
TABELA 1.1 ANEPAC - Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados
para Construção Civil – 2012 .................................................................................................. 16
TABELA 3.1 Interpretação da norma pelo autor (ABNT NBR 7809) .................................. 32
TABELA 3.2 Classificação da forma do corpo-de-prova (Fonte: ABNT 7225/93) .............. 33
TABELA 3.3 Interpretação da norma pelo autor (NP EN 933-4) ......................................... 34
TABELA 3.4 Interpretação da norma pelo autor (ACI E1-07) .............................................. 34
TABELA 3.5 Interpretação da norma pelo autor (ASTM D 4791/99) .................................. 35
TABELA 3.6 Interpretação da norma pelo autor (BS 812 : Section 105.1/1989) ................. 36
TABELA 3.7 Interpretação da norma pelo autor (BS 812 :Section105.2/1990) ................... 37
TABELA 3.8 Determinação do índice de forma (referência das normas). Interpretação do
autor. ....................................................................................................................................... 45
TABELA 3.9 Determinação do índice de forma ..................................................................... 50
TABELA 6.1 Ensaios .............................................................................................................. 58
TABELA 6.2 Ensaios do agregado miúdo .............................................................................. 60
TABELA 6.3 Determinação do índice de forma ..................................................................... 60
TABELA 6.4 Análise 1 (índice de forma) ............................................................................. 67
TABELA 6.5 Análise 2 (Índice de forma) ............................................................................ 68
TABELA 6.6 Comparação das análises 1, 2 e 3 (índice de forma) ....................................... 69
TABELA 6.7 Análises 4 a 10 (índice de forma) .................................................................... 70
TABELA 6.8 Análises 11 a 20 (índice de forma) .................................................................. 70
TABELA 6.9 Análise 1: resumo ............................................................................................. 71
TABELA 6.10 Percentual das amostras (análises 1 a 10) ...................................................... 71
TABELA 6.11 Percentual das amostras (análises 11 a 20) .................................................... 71
TABELA 6.12 Ensaios forma cúbica ...................................................................................... 72
TABELA 6.13 Ensaios forma alongada .................................................................................. 73
TABELA 6.14 Ensaios forma lamelar .................................................................................... 74
TABELA 6.15 Ensaios forma alongada-lamelar .................................................................... 75
TABELA 6.16 Ensaios dos agregados ....................................................................................... 76
TABELA 7.1 Ensaios CPs dos traços de formas cúbica, alongada, lamelar e along.lamelar . 80
TABELA 7.2 Quantidade de CPs ........................................................................................... 80
TABELA 7.3 Legenda ............................................................................................................ 80
TABELA 7.4 Dosagem forma cúbica ..................................................................................... 81
12
TABELA 7.5 Dosagem forma alongada ................................................................................. 81
TABELA 7.6 Dosagem forma alongada ................................................................................. 81
TABELA 7.7 Dosagem forma alongada-lamelar .................................................................... 81
TABELA 7.8 Abatimento de tronco de cone de Abrams C-I, A-I, L-I e AL-I ....................... 88
TABELA 7.9 Abatimento de tronco de cone de Abrams C-II, A-II, L-II e AL-II ................. 88
TABELA 7.10 Abatimento de tronco de cone de Abrams C-III, A-III, L-III e AL-III .......... 88
TABELA 7.11 Porcentagem de irregularidade do agregado graúdo ....................................... 89
TABELA 8.1 Dosagem do concreto para suas respectivas resistências (compressão) ........... 91
TABELA 8.2 Dosagem do concreto para suas respectivas resistências (Tração) .................. 95
Resumo
13
O presente trabalho apresenta um estudo sobre a influência da forma do agregado
graúdo nas propriedades mecânicas do concreto.
Como metodologia da pesquisa, se partiu da caracterização da forma, parâmetros
estabelecidos por normas nacionais, internacionais e outras referências que estabeleceram
diretrizes para classificação da forma do agregado graúdo. Com base nessas referências,
foram estabelecidos critérios e parâmetros utilizados pelo autor para determinar a forma do
agregado graúdo britado em quatro categorias: forma cúbica, forma alongada, forma lamelar
e forma alongada-lamelar.
Foi utilizado o método EPUSP-IPT, como método de dosagem para a produção dos
concretos com forma cúbica, alongada, lamelar e alongada-lamelar, e, com base neste, foram
estabelecidos traços teóricos para as resistências de 20, 30 e 50 MPa para resistência a
compressão, 5, 7 e 9 MPa para resistência a Tração.
Utilizou-se a forma cúbica como parâmetro de comparação. Foi definido o abatimento
de tronco de cone, slump test de 9 ±1 cm.
Analisando o comportamento da forma dos agregados, percebe-se a influencia que as
mesmas exercem nos esforços submetidos à compressão simples e tração por compressão
diametral e suas relações no desempenho versos consomem de cimento para os respectivos
esforços.
Para os ensaios a compressão simples as formas lamelar e along.lamelar apresentaram
os maiores consumo de cimento para as dadas resistências de 20, 30 e 50MPa.
A forma cúbica apresentou o menor consumo de cimento para uma resistência de 20
MPa e para resistência de 30 e 50 MPa a forma alongada obteve os melhores desempenhos,
seguida da forma cúbica com resultados aproximados.
Para os ensaios a tração por compressão diametral os concretos com alto índice de
forma do agregado graúdo obtiveram os melhores resultados para os menores consumos de
cimento.
ABSTRACT
14
This paper presents a study on the influence of the shape of the coarse aggregate on
the mechanical properties of concrete.
As a research methodology, broke the characterization of form parameters established
by national, international and other references that established guidelines for classification of
coarse aggregate shape. Based on these references were established criteria and parameters
used by the author to determine the shape of the coarse aggregate crushed into four categories:
cubic shape, elongated, elongated shape and form lamellar-lamellar.
Method was used EPUSP-IPT as determination method for producing concrete with
cubic shape, elongated lamellar-lamellar elongate, and on this basis have been established
theoretical traces for the resistors 20, 30 and 50 MPa for compressive strength, 5, 7 and 9
MPa for resistance to traction.
We used the cubic form as a benchmark. It set the rebate truncated cone, slump test of
9 ± 1 cm.
the behavior of the form of aggregates, one realizes the influence that they exert
efforts subjected to compressive and tensile diameter compression performance and their
relationships in verses consume cement for their efforts.
For testing compression and simple forms lamellar along.lamelar had the highest
cement consumption for the given resistors 20, 30 and 50MPa.
The cubic form had the lowest consumption of cement to a strength of 20 MPa and 30
to resistor 50 MPa and the elongated obtained the best performances followed by the cubic
form with similar results.
For testing the concrete traction with high shape of coarse aggregate obtained the best
results for the lowest intakes of cement
1. INTRODUÇÃO
15
Os agregados para a indústria da construção civil são as substâncias minerais mais
consumidas e, portanto, as mais significativas em termos de quantidade produzidas no mundo
(Ezequiel et al., 2009). Estudos realizados pelo SINDPEDRAS revelam que a brita (agregado
graúdo), representa em média 2% do custo global de uma edificação e 60% do seu volume.
Segundo Ezequiel (ANEPAC), no ano de 2012 o mercado consumidor brasileiro de
pedras britadas apresentava a seguinte distribuição1:
O quadro abaixo indica os principais segmentos consumidores de Brita e Areia, a
participação do produto mineral em cada mercado.
1
Dados do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
16
A forma do agregado graúdo é importante do ponto de vista reológico. Durante a
britagem, partículas a grosso modo equidimensionais (também chamadas cúbicas ou
esféricas) devem ser geradas mais do que partículas lamelares e alongadas. Estas últimas são
fracas: elas podem algumas vezes ser quebradas com os dedos e tendem a produzir misturas
ásperas, exigindo água adicional ou superplastificante para a trabalhabilidade desejada
(Aitcin, 2000).
Deve-se atentar para o fato de que a forma das partículas britadas varia de acordo com
seu tamanho. Grãos menores, em geral, são mais alongados. Para os agregados graúdos, deve-
se dar preferência à forma equidimensional. Partículas que se distanciam dessa forma tendem
a ter maior área superficial. Partículas alongadas ou lamelares tendem a se acomodar segundo
um plano e se rompem em flexão quando compactadas, funcionando como pequenas vigas bi-
apoiandas sobre outras partículas (Marques et al., 2007).
É importante destacar que os agregados graúdos de formas lamelares ou com
granulometria inadequada não se enquadram nos métodos de dosagem que se baseiam, por
exemplo, nas curvas granulométricas ideais, e tem influência sobre as propriedades do
concreto e seu consumo de cimento (O’reilly, 1998).
Neville, (1997) enfatiza que, além dos requisitos físicos, não se deve esquecer o
aspecto econômico: o concreto deve ser produzido com materiais que possam ser produzidos
com baixo custo. Os principais fatores que determinam a viabilidade econômica do agregado
são: sua área superficial, visto que influencia a quantidade de água necessária para molhagem
completa dos sólidos; o volume relativo ocupado pelo agregado; a trabalhabilidade da mistura
e a tendência de segregação.
O conhecimento das características petrográficas dos agregados, bem como de suas
propriedades físicas e mecânicas, permite uma melhor previsão de seu comportamento como
componente da obra civil. Com a evolução da tecnologia, os critérios de qualificação e
seleção dos agregados avançam e estão plenamente a disposição da engenharia de construção
(Tannús et al., 2007).
17
As limitações tecnológicas na produção dos concretos de muitos países levam a um
consumo excessivo de cimento, questão que se reflete não somente nos indicadores de
produção, mas também nas propriedades mecânicas desses indicadores. Além de outros
fatores, essa situação desfavorável é originada pela granulométrica lamelar e pela forma
irregular dos agregados graúdos utilizados que contêm uma grande quantidade de partículas
lamelares (com forma inadequada) e que, do ponto de vista dos regulamentos tecnológicos
gerais, podem ser considerados como alternativa negativa (O’reilly, 1998).
Estudos realizados por vários autores são concordes ao afirmar que o procedimento de
dosagem de concreto depende das características da forma dos agregados e de sua superfície.
Isto significa dizer que depende de sua britagem, rugosidade e textura (O’reilly, 1998).
A importância da pesquisa sobre a forma do agregado graúdo se justifica pela
necessidade de se conhecer melhor à influência que esta propriedade exerce sobre a
trabalhabilidade, economia e resistência mecânica no concreto de cimento Portland, com
agregados da Região de Goiânia.
18
1.3 ESTRUTURA DA PESQUISA
19
A pesquisa se limitou a agregados britados por britadores de mandíbula e
britadores de cone.
Foi utilizado agregado graúdo de 19 a 25 mm, devido à facilidade de seu
manuseio e classificação.
2.1 DEFINIÇÕES
20
Os agregados são materiais granares, com forma e volume definidos, com dimensões e
propriedades adequadas para uso em obras de engenharia civil. Podem ser classificados
levando-se em conta a origem, a densidade e o tamanho dos fragmentos (Paraguassu e
Frazão, 1998).
2.2 CLASSIFICAÇÃO
21
Segundo Valverde ( 2001), a produção de pedra britada caracteriza-se pelo baixo valor
unitário e pela produção de grandes volumes. O transporte corresponde a cerca de 50 a 65%
do custo final do produto, o que impõe a necessidade de ser produzido o mais próximo
possível do mercado consumidor. Em regiões metropolitanas, como São Paulo, Rio de
Janeiro, Distrito Federal, Goiás e outros centros, quase toda a areia e brita consumida pela
construção civil está sujeita a transporte por distâncias que variam de 20 a 100 km.
O crescimento do consumo de agregados britados tem exigido uma exploração mais
racional das pedreiras, de modo a atingir maior rendimento da jazida e atender às
necessidades da construção civil. A utilização de equipamentos mecânicos e adequados para a
exploração de determinados tipos de rochas permitem aumentar a produção e reduzir a mão
de obra, fatores importantes no custo do agregado (Dafico, 1993).
22
seleção judiciosa daquelas que melhor atenderão aos objetivos pretendidos para elas no
projeto (Tannús et al., 2007).
23
ausente e o nome da rocha passa a ser precedido do nome desse mineral: nefelina-sienito,
sodalita-sienito etc.
Como pedra britada, apresenta características semelhantes às dos granitos.
Monzonitos: são rochas ígneas (hipoabissais) intermediarias, contendo os mesmos
minerais dos granitos com a diferença de que são mais pobres em quartzo. Geralmente são
mais escuros que os granitos por apresentarem maior teor de anfibólio, biotita ou piroxênio.
Como pedra britada, apresenta características semelhantes às dos granitos.
Dioritos: são rochas (hipoabissais) de intermediárias a básicas, constituídas por
plagioclásio, anfibólio e pequeno teor de biotita; o quartzo e o feldspato potássico são
praticamente ausentes. A coloração é escura e são trivialmente chamadas de “granitos pretos”.
Como pedra britada, apresenta as mesmas características dos granitos.
Gabros, Diabásios e Basaltos: são rochas básicas constituídas essencialmente de
plagioclásio e piroxênios, podendo estar presentes olivina ou anfibólio. É frequente nos
basaltos a presença de argilominerais expansivos por absorção de d água (esmectitas). São de
cor preta. O gabro (plutônico) tem granulação grossa, o diabásio (hipoabissal), média e o
basalto (extrusivo), fina. Apresentam alta resistência mecânica. Quanto à durabilidade, os
basaltos são mais alteráveis nas condições de clima tropical. Caso ocorra vidro (sílica amorfa)
na sua composição, este poderá gerar reações com álcalis do cimento Portland ter adesividade
insatisfatória a ligantes betuminosos.
Gnaisses: são rochas metamórficas com estrutura orientada ou bandada (gnáissica). A
composição mineralógica depende da composição da rocha original. Assim, tem-se: gnaisse
granítico, gnaisse diorítico e gnaisse sienítico.
Como pedra britada, os gnaisses apresentam boas características físicas e mecânicas,
mas uma indesejável alta frequência de fragmentos achatados e alongados, o que é, porém,
corrigível por rebritagem.
Arenitos: são rochas sedimentares constituídas por grãos de quartzo, frequentemente
imersos numa matriz argilosa ou siltosa, cimentados ora por sílica amorfa, ora por óxidos de
ferro, ora por carbonatos. Os silicosos e os carbonáticos são muito mais resistentes que os
ferruginosos. Os carboonaticos, porém, desagregam-se na presença de águas aciduladas. Os
silicosos têm dureza maior que os outros. A maioria apresenta, entretanto, alta porosidade. A
resistência mecânica e a durabilidade são variáveis, pois dependem da natureza e do teor do
cimento. Como pedra britada, só os arenitos silicosos apresentam características mais
24
favoráveis; há, entretanto, a possibilidade de reação da sílica com os álcalis do cimento
Portland e de má adesividade a ligantes betuminosos. Os fragmentos são em geral angulosos
e isso diminui a trabalhabilidade dos concretos.
Quartzitos: são rochas metamórficas constituídas quase exclusivamente de quartzo.
Podem apresentar micas ou feldspatos como acessórios comuns. Em geral, são de dureza
elevada e, às vezes, facilmente transformáveis em placas; tem baixa alterabilidade e são
porosos.
Quanto à resistência mecânica, o comportamento também é dependente da posição da
estrutura em relação à linha de aplicação de cargas.
Como pedra britada, não apresenta formatos adequados e, ainda, podem reagir com
álcalis eventualmente presentes no cimento Portland e gera produtos deletérios aos concretos.
Mármores e Calcários: são rochas metamórficas originadas de calcários e dolomitos.
A cor é branca quando apresentam somente calcita e dolomita. Quando contêm também
outros minerais ou impurezas (argilas, matéria orgânica), apresentam coloração variada. Os
mármores apresentam, em geral, baixa dureza.
Podem ser usados como pedra britada para concreto, pois possuem boa aderência à
argamassa; em pavimentos betuminosos, apresentam boa adesividade, mas tem o
inconveniente de serem pouco resistente ao desgaste.
Os calcários, por sua vez, podem ser de origem sedimentar ou metamórfica de
composição mineralógica, principalmente calcítica e, secundariamente, dolomítica. Sua cor é
diversificada, variando de bege-claro, amarelada a cinza-clara e esbranquiçada. Os de origem
metamórfica são mecanicamente mais resistentes, mas ainda de dureza relativamente baixa, se
comparada à das rochas silicatadas.
Como pedra britada, apresenta boas propriedades e, por isto, se prestam ao uso como
agregados. Apresentam bom comportamento em concreto hidráulico, mas sua relativa baixa
dureza não os credencia para uso em revestimento betuminoso de rodovias, por serem
desgastáveis no transcurso das solicitações do tráfego.
Lateritos: são produtos da ação intempérica, em clima quente e úmido, sobre
diferentes tipos de rochas e que leva à acumulação de sílica, óxidos de ferro e de alumínio,
com remoção concomitante de elementos alcalinos (K, Na etc) e alcalino-terrosos (Ca, Mg
etc), num processo denominado laterização. Quando a laterização tende para um
enriquecimento maior em ferro, tem-se a ferralitização. Quando o enriquecimento é em
25
alumínio tem-se a alitização (“bauxitização”). Nesses casos a própria sílica, que é pouco
móvel, é quase totalmente lixiviada. O termo laterito ou laterita é, porém, comumente
associada à laterita ferruginosa.
O produto em um aspecto de concreção é de coloração castanha-avermelhda e se
apresenta em diferentes tamanhos, que variam desde argila laterítica (< 0, 005 mm), passando
por silte laterítico (0, 005–0, 05mm), areia laterítica (0,05–5mm), pedregulho laterítico (5–
75mm), pedra lateritico (75mm–25cm), matacão de couraça laterítica (25cm–1m) e bloco de
couraça laterítica (> 1m). Apresenta uma porosidade, grande quantidade de finos aderidos e
tem relativamente baixa resistência mecânica.
Granulito: é uma rocha metamórfica formada em grande profundidade, alta pressão e
temperatura e na ausência de água. De composição química pouco variada, é pouco sujeita ao
intemperismo. Pode ser reconhecida, em campo, por suas camadas alternadas de coloração
verde e clara. Contém minerais granulares ou tabulares, mas não prismáticos. Quartzo e
feldspato podem ocorrer na forma de lentes. Forma parte significativa do Escudo Sul-
Brasileiro sendo, nesta região, bastante antigo (mais de 2,5 bilhões de anos).
Mineralogia principal - feldspato potássico, plagioclásio, quartzo. Constituintes
menores - ortopiroxênio (hiperstênio), clinopiroxênio (diopsídio), biotita, granada,
hornblenda, apatita, zircão, magnetita, etc. Composição Química - normalmente de natureza
cálcio-alcalina. Estrutura - foliada, maciça. Texturas - granoblástica, porfiroblástica. Tipo de
metamorfismo - metamorfismo regional. Fácies metamórfica - granulito. Principais rochas
pré-metamórficas - Rochas ígneas e sedimentares diversas. Observações - é conhecida
também como leptito, leptinito, gnaisse charnockitico, enderbito. Via de regra não ocorrem
minerais micáceos e minerais hidratados.
Basalto: é uma rocha ígnea eruptiva, de granulação fina, afanítica, isto é, os cristais
não são vistos à vista desarmada, podendo, ainda, conter grandes quantidades ou ser
constituído integralmente de vidro (material amorfo). Esta rocha é constituída principalmente
de plagioclásio e piroxênio e, em muitos casos, de olivina. Como minerais acessórios
encontram-se, principalmente, óxidos de ferro e titânio. A rocha basáltica geralmente possui
cor escura acentuada (rocha máfica), sendo muito explorada para a construção civil.
Micaxistos: são rochas metamórficas de xistosidade acentuada e é uma rocha muito
dura, formada essencialmente, por quartzo e mica (moscovite e/ou biotite), podendo conter
feldspato, e alguns aglomerados provenientes do cimento, granadas, estaurolite, silimanite e
26
horneblenda e agramitilotiotenatoliotenato. Provêm geralmente de rochas argilosas, é formada
por metamorfismo regional. Apresentam textura porfiroblástica e foliada.
27
Figura 2.1 Forma de fraturas em rochas (Fonte: HONÓRIO 2010)
28
As referências quanto à determinação da forma do agregado graúdo para uso em
concreto é baseada em normas regulamentadoras e outros, com intuito de caracterizar a forma
do agregado, abaixo segue algumas normas:
NBR 7809. ABNT, 2005. Agregados graúdos: Determinação do índice de forma pelo
método do paquímetro - Método de ensaio.
NBR 7225. ABNT, 1993. Materiais de pedra e agregados naturais.
EN 933-3 Determination of particle shape: flakiness index. European Standard. EN,
2002.
EN 933-4 Determination of particle shape: shape index. European Standard. EN, 2008.
ACI - Aggregates for Concrete E1/2007 – Cap. 3, 3.5: Particle shape, angularity, and
surface texture.
ASTM D 4791 - Flat Particles, Elongated Particles, or Flat and Elongated Particles in
Coarse Aggregate.
Standard Test Method for Determining the percentage of Fractured Particles in
Coarse Aggregate (ASTM, 2001).
British Standard. Testing aggregates - Part 105. Methods for determination of
particle shape, Section 105.1 Flakiness index.
British Standard. Testing aggregates - Part 105. Methods for determination of
particle shape, Section 105.2 Elongation index of coarse aggregate.
BS 812 : part 1: 1975 Testing aggregates. Methods for sampling. In: Neville, 1997.
Existem métodos para a avaliação da forma das partículas, que basicamente podem ser
definidas em dois processos:
Método direto, que consiste em fazer medições geométricas sobre cada uma das
partículas, daí determinar parâmetros (índice de cubicidade, índice de
lamelação, índice de alongamento);
Método indireto, que determina certas propriedades do conjunto de partículas
do agregado, através de mecanismos que relacionam as dimensões e permitem
classificar o grau de cubicidade ou por meio de índices de frequências de cada
tipo de forma.
Outro método, porém pouco utilizado, é a classificação pelo nível de arredondamento
do agregado, que será abordado com mais detalhes no capítulo 3.
2.5.1 Generalidades
29
A forma dos agregados se refere à sua geometria tridimensional. Como é difícil
representar corpos tridimensionais irregulares, é mais conveniente definir certas
características geométricas desses corpos, tais como alongamento, achatamento, cubicidade,
esfericidade, angulosidade etc (Nunes e Marques, 2007).
Segundo Paraguassu e Frazão (1998), os métodos comumente utilizados para
determinar a forma dos fragmentos, se baseiam na medição de dimensões dos fragmentos por
meios de linhas imaginarias que definem comprimento, largura e espessura.
As normas comumente utilizadas classificam a forma do agregado britado em: cúbica,
alongada, lamelar e alongada-lamelar, que será abordado no capítulo 3.
30
cimento/agregado, já no concreto com partículas cúbicas e arestas vidas a trabalhabilidade não
é prejudicada devido à forma equidimencional e sua aderência entre pasta de
cimento/agregado deixa de ser um problema.
Os agregados contendo partículas lamelares e alongadas são prejudicados, porque
estes elementos dificultam o adensamento do concreto, impedindo a interpenetração das
partículas e diminuindo sua trabalhabilidade.
Segundo Frazão (2007), agregados com graus mais elevados de cubicidade apresentam
resistência mais elevada e propiciam melhor trabalhabilidade do concreto de cimento
Portland.
Segundo Fowler (Fowler apud Rao et al., 2002), partículas de formas equidimensional
são geralmente preferíveis ao invés de partículas planas ou alongadas para uso como
agregados em concreto, pois apresentam menos área de superfície por unidade de volume e
geralmente produzem melhor empacotamento das partículas. As partículas lamelares
produzem uma mistura com baixa trabalhabilidade com determinado teor de água, o que leva
à compactação pobre e um alto conteúdo de vazios, resultando em baixa resistência e
durabilidade.
31
3.1 MÉTODO PARA ANALISE DA FORMA
32
Outro método utilizado para classificar o agregado é segundo o nível de arrendamento
utilizado por alguns pesquisadores, descrito como o grau de abrasão de um grão
demonstrando quão agudas são suas bordas e cantos. Podem ser classificados em: muito
anguloso, anguloso, sub-anguloso, sub-arredondado, arredondado e bem arredondado.
Pesquisadores utilizam desta classificação para determinar a forma do agregado miúdo
natural, muito abordado na área de Geologia da Engenharia, para determinar as propriedades
físicas do solo. Porém, pesquisadores utilizam o nível de arredondamento para determinar a
forma do agregado graúdo, não sendo muito satisfatório, contudo, e pouco abordado por
entidades normalizadoras.
Método de ensaio (NBR 7809. ABNT, 2005): define o grau de cubicidade do agregado
graúdo, usando duas dimensões obtidas com o método do paquímetro.
O índice do agregado graúdo permite avaliar sua qualidade em relação à forma das
partículas, considerando que os agregados com partículas de forma cúbica, tida como ótima
para agregados britados, terão índice próximo a um. As partículas lamelares e alongadas
apresentarão valores bem mais altos, sendo considerado aceitáveis o limite de 3. O índice se
baseia na medida da relação entre o cumprimento e a espessura do agregado.
O método consiste na relação do comprimento sobre a espessura. O comprimento
refere-se à maior dimensão da partícula; a espessura, sendo a menor, à dimensão
perpendicular ao comprimento.
Tabela 3.1 Interpretação da norma pelo autor (Fonte: ABNT NBR 7809)
Dimensões Razão Classificação
Comprimento / espessura Próximo a 1 Cúbica
Comprimento / espessura <3 Lamelar
Comprimento / espessura >3 Partícula rejeitada
33
Materiais de pedra e agregados naturais – NBR 7225 (ABNT, 1993): define o grau de
cubicidade do agregado graúdo, usando três dimensões para definir duas relações entre lados
do agregado, obtidas com o método do paquímetro.
O índice de forma do agregado é dado pela relação comprimento/largura e pela relação
largura/espessura. Se imaginado uma partícula inscrita em um paralelepípedo imaginário,
torna-se a sua dimensão maior (comprimento, c), sua dimensão intermediaria (largura, l), e
sua dimensão menor (espessura, e).
34
Esta norma europeia determina que o índice de forma é um método para determinar o
alongamento de agregados graúdos para confecção de concreto. O teste é realizado em
conjunto com granulométrica variando entre 4 mm até 63 mm. O comprimento da partícula é
descrito como a dimensão máxima de uma partícula, tal como definido pela maior distância
que os separa dos dois planos paralelos tangentes à superfície de partículas. Espessura das
partículas é descrito como a dimensão mínima de uma partícula, tal como definido pela menor
distância entre dois planos paralelos tangentes à superfície de partículas.
As partículas individuais numa amostra de agregado graúdo são classificadas com
base na relação entre o comprimento e a espessura, utilizando um paquímetro. O índice de
forma é calculado com uma razão entre comprimento/espessura < 3, expressa em
percentagem da massa total seca das partículas ensaiadas.
35
O método de teste especifica a determinação da porcentagem de partículas planas,
partículas alongadas, ou partículas plano-alongadas em agregados graúdos. Essa norma requer
a utilização de um paquímetro dimensional que determina as razões entre os diâmetros de
uma determinada unidade de agregado. Cada agregado deve ser medido um a um, a partir de
uma amostra representativa recomendada pela norma. De acordo com a norma, os agregados
podem ser planos, alongados ou plano-alongados, dependendo das relações entre seus
diâmetros. Com um paquímetro dimensional determina-se a largura/espessura superior a 3
(partículas plana ou lamelares), ou o comprimento/espessura superior a 3 (partículas
alongadas).
Este método requer que o operador meça cada partícula individual com um paquímetro
proporcional configurados de acordo com a especificação em uma 2:1, 3:1, ou 5:1.
Tabela 3.6 Interpretação da norma pelo autor (Fonte: BS 812 : Section 105.1/1989)
Dimensões Razão Classificação
Espessura/comprimento < 0,6 Partículas chatas
A forma do agregado, na maioria das vezes, é usada para descrever a forma geral de
uma partícula (agregado graúdo ou miúdo). Frequentemente usado como um parâmetro que
38
descreve a sua forma geométrica, define a forma como medidas da relação entre as três
dimensões de uma partícula, com base em razões entre as proporções, eixo maior
comprimento, eixo intermediário largura e eixo menor espessura referentes à partícula
analisada (Foweler apud Hudson, 1999).
Uma forma simplificada de classificar a partícula de um agregado, utilizado em
algumas referências normativas, levando em consideração as relações de suas dimensões, é
classificando-a em partículas lamelares ou achatadas (relação espessura/outras dimensões,
menor que dado valor), e partículas alongadas ou cúbicas (relação comprimento/outras
dimensões, superior que dado valores).
Segundo Foweler (2005), dois outros parâmetros sugeridos para descrever a forma das
partículas, como alongamento, é relacionar a maior dimensão da partícula com a dimensão
intermediária, ou pelo achatamento, que relaciona a dimensão intermediária com a menor
dimensão.
Alguns pesquisadores descrevem a forma do agregado com base em dois parâmetros
básicos: esfericidade e arrendamento.
A esfericidade refere-se à forma geral da partícula e reflete a similaridade entre o
comprimento da partícula, espessura e largura. A esfericidade pode ser determinada pela
relação entre a maior e menor dimensão.
O arredondamento é descrito como o grau de abrasão de uma partícula demonstrando
por quão agudas são suas bordas e cantos. É determinado pela razão do raio médio da
curvatura de diversos pontos junto às bordas ou cantos da partícula ao raio da curvatura da
esfera inscrita máxima.
Segundo Fernando (2008), uma das abordagens mais conhecidas é a classificação de
Zingg. Nesta classificação, consideram-se os três diâmetros principais dos agregados (a – eixo
maior; b – eixo intermediário; e c – eixo menor) e determinam-se as razões: a/b e b/c.
Tradicionalmente é utilizada a referência de Powers para comparar e expressar
descritivamente o grau de arredondamento em: muito anguloso, anguloso, sub-anguloso, sub-
arredondado, arredondado e bem arredondado. Segundo Fernando (2008), porém, estes seis
termos são utilizados para determinar a forma dos grãos de areia (agregado miúdo), sendo
muito utilizados na área da Engenharia da Geologia.
39
Segundo Das (2007), os geólogos usam termos como angular, sub-angular, sub-
arredondado e arredondado para descrever as formas de partículas volumosas (pequenas
partículas de areia).
Figura 3.2 Determinação do arredondamento dos grãos. Powers, 1953 (Fonte: Fernando, 2008)
As partículas formadas por atrito tendem a ser arredondadas, pela perda dos vértices e
arestas. Areias de depósitos eólicos, assim como areia e pedregulho oriundo de regiões
marítimas ou de leito de rio, geralmente têm forma arredondada (Metha e Monteito, 2008).
O método utilizado pelo Prof. Vitervo O’reilly Díaz, método físico-matemático para
determinar as características dos agregados, introduzido por Wadell Schaffner, é referenciado
por Powers como dos mais aceitáveis para expressar a características da forma dos agregados.
Segundo este autor, as propriedades da forma podem ser caracterizadas por dois fatores:
esfericidade e redondeza.
Segundo O’reilly Díaz (1998), Wadell utiliza o fator de esfericidade plana ( ), ao
medir este valor com 20 grãos de uma mesma fração de um agregado, porém, as diferenças
dos valores de (superfície), encontrados em medições de até 100 grãos, são tão pequenas
que 20 medições em 20 grãos podem ser consideradas como suficiente. Esse número de
medições permite substituir, para fins práticos, a esfericidade estereométrica pela esfericidade
plana.
O procedimento consiste em selecionar 20 grãos aleatoriamente de cada fração do
agregado a analisar, fotografar a partícula em duas posições, nos eixos a/b e b/c, girando em
90º em relação ao outro, o que equivale a determinar os fatores de 40 medições em cada
agregado. Logo em seguida é feita uma circunferência sobrepondo o gabarito sobre a
40
fotografia dos grãos, determinando a área de cada grão, escolhendo o círculo que mais se
aproxima em área do grão médio, compensando visualmente as áreas faltantes e excedentes.
Os valores de podem ser determinados pela média dos valores obtidos pelas fotos de cada
posição.
Figura 3.3 Método físico-matemático O’reilly Díaz, (Fonte: Método de Dosagem de Concreto de Elevado
Desempenho, 1998, pg. 55, 56)
Segundo Foweler (Foweler, 2005 apud Sneed e Folk, 1958), utilizou-se um diagrama
triangular para traçar T/L (profundidade/comprimento) e (comprimento-espessura)/(
comprimento-profundidade-) (L-W)/(L-T), produzindo um esquema para a especificação da
forma combinada. O esquema mostra este diagrama (A notação I é usada ao invés de W, e S é
usado em vez de T, na figura).
A esfericidade aumenta com o tamanho crescente, e essa relação é mais apropriada em
materiais naturais do que com materiais britados (Foweler, 2005 apud Ozol, 1978). O
mecanismo e as operações e equipamentos de britagem influenciam a forma das partículas
britadas. Os parâmetros sugeridos para descrever a forma das partículas tais como
41
alongamento, que relaciona a maior dimensão da partícula para a dimensão intermediária e
achatamento, que relaciona a dimensão intermediária para a menor dimensão (Foweler, 2005).
Figura 3.4 Forma triangular de Sneed e Folk (Fonte: Foweler, 2005, pg 14)
42
Figura 3.6 Equação da relação de aspecto (2) (Fonte: Fabro, 2011)
A forma dos grãos dos agregados miúdos foi avaliada por meio dos seguintes
parâmetros: relação de aspecto, esfericidade, indicador de lamelaridade e coeficiente de
forma.
Para o cálculo destes parâmetros, fez-se necessária a obtenção das seguintes
dimensões dos grãos: maior e menor dimensão, área da projeção e perímetro. Estas dimensões
foram obtidas por meio da análise digital de imagens, sendo as imagens obtidas por um
scanner (HP PSC 1210) e as medições feitas por meio do programa de análise de imagens
Image Tool, de acordo com o Método Gtec-UFSC apresentado por Weidmann (2008).
43
A obtenção das imagens foi realizada para cada amostra de agregado miúdo analisado
conforme os procedimentos relacionados:
Figura 3.8 Imagem digital dos agregados miúdos (Fonte: Fabro, 2011)
44
norma ACI E1-07 e ASTM D 4791/99 têm uma aceitação de até 5:1 para agregados britados,
tendo uso para concreto hidráulico.
Outras normas, como a NBR 7225/1993, utilizam uma razão de 2:1 para determinação
da forma do agregado britado. A norma BS 812 : Section 105.1/1989 determina o índice de
achatamento do agregado graúdo como a razão entre suas dimensões espessura/comprimento
menor que determinado fator < 0,6.
A norma BS 812 : Section105.2/1990 determina o índice de alongamento, estabelece
parâmetros de classificação entre forma cúbica e forma alongada, utiliza a razão entre suas
dimensões e define até qual índice é classificado como forma cúbica e a partir de qual índice é
classificado como forma alongada.
Um dos fatores predominantes em quase todas as normas analisadas é a inexistência
de uma faixa de aceitação e rejeição das partículas para seu determinado uso.
A tabela 3.8 apresenta a interpretação das normas analisadas, determinação do índice
de forma (Fonte: referência das normas). Interpretação do autor.
45
Tabela 3.8 Determinação do índice de forma (Fonte: referência das normas). Interpretação do autor.
46
3.14 INTERPRETAÇÃO DA FORMA DO AGREGADO GRAÚDO BRITADO
Com base nas interpretações das normas analisadas e outras referências para
determinação da forma do agregado graúdo britado, e levando considerações como processo
de extração e processo de produção do agregado, tem-se como produto partículas angulares
com cantos e bordas bem definidas, característico dos mecanismos de britagem.
O processo de britagem produz partículas com tamanhos e formas variadas. Uma das
formas comumente utilizadas pelas normas é classificar suas dimensões e analisar as
proporções. Algumas normas utilizam uma proporção de 2:1, na qual a maior dimensão
(comprimento) é até duas vezes a menor dimensão (espessura). Outras utilizam uma
proporção de 3:1 sendo, a mais abordada entre as normas para a determinação da forma do
agregado graúdo britado. Outras, porém pouco abordodado, utilizam a proporção de 5:1, em
que o comprimento pode ser até cinco vezes a menor dimensão, espessura.
Para uma análise de um agregado em uma amostra definem-se seus eixos e se obtém a
maior dimensão denominada comprimento, dimensão intermediaria denominada largura e
menor dimensão espessura. A classificação do agregado graúdo britado é dada conforme o
grau de cubicidade da partícula, e, conforme as normas analisadas, as partículas de um
agregado podem ser classificadas em cúbica, alongada, lamelar e alongada lamelar.
47
Forma alongada: partícula em que uma dimensão é significativamente maior do
que as outras duas dimensões.
48
Figura 3.13 Interpretação da Forma do agregado graúdo britado pelo autor
Há algumas noções gerais que podem ser utilizadas para classificar as diferentes
definições das propriedades referentes à forma ou parâmetros criados para definir a forma de
um agregado. Como uma breve elucidação sobre o assunto, a ideia é que a forma de uma
partícula pode ser definida como imaginada em uma projeção da forma perfeita da partícula
49
sobre a verdadeira (a área de uma projeção arbitrária (bidimensional) da partícula, ou seja,
exata, com o volume verdadeiro, ou área de superfície real, medido em três dimensões).
O agregado graúdo britado deve ser classificado na seguinte ordem: cúbico, alongada,
lamelar e alongada-lamelar, sendo aconselhado o uso em concreto a forma cúbica, conhecida
como forma equidimencional.
A norma 7809/05 estabelece critérios de aceitação e rejeição para o agregado graúdo
com base na razão de suas dimensões c/e < 3 ou c/e > 3, e a norma BS 812 :
Section105.2/1990 determina o índice de alongamento e estabelece critérios que define a
forma cúbica em relação a forma alongada, esta norma determina em até que índice é
classificado como forma cúbica e a partir de que índice e classificado como forma alongada e
a norma BS 812 : Section 105.1/1989 determinação do índice de achatamento e/c < 0,6.
De forma sucinta, o agregado britado ideal deve ser cúbico, angular, limpo e com um
mínimo de partículas lamelares e alongadas.
50
Na tabela 3.9 estabelece critérios de classificação da forma do agregado graúdo
britado.
Tabela 3.9 Determinação do índice de forma
Forma Razão Índice
Cúbica c/e < e l/e < 1,8
Alongada c/e > e l/e < 1,8
Lamelar c/e > e l/e > 2,4
Along.-Lamelar c/e > e l/e > 3,0
51
4. MECANISMOS QUE INFLUENCIAM A FORMA DO AGREGADO GRAÚDO
Segundo Sbrighi e Frazão (1984) a forma dos agregados graúdos britados está sujeita a
influências de mecanismos internos e externos, como propriedades petrográficas do material
rochoso e do processo de britagem utilizado para produção do agregado graúdo.
52
4.2 MECANISMOS EXTERNOS
53
espessura é pequena em relação às outras duas dimensões, são chamadas de lamelares ou
achatadas, (Metha e Monteiro, 2008).
Segundo Sbrighi e Frazão ( 1984) relata que há uma diminuição da porcentagem de
fragmentos cúbicos com a redução da granulométrica, porém a diminuição da cubicidade com
a redução da granulométrica deve-se, possivelmente, às condições de britagem e às
características petrográficas intrínsecas do material. A fração granulométrica acima de 2”
(50mm), contém uma nítida predominância de cubicidade.
Outros estudos realizados na determinação do índice de forma de agregado graúdo,
utilizando diferente processo de britagem, compactador de mandíbula e de eixo vertical, a
análise utilizou a mesma faixa granulométrica (brita entre 19mm a 25mm), pelo Método do
Paquímetro NBR 7809/05, cujo resultado apresentaram o índice de 4,0 c/e para os agregados
britados pelo compactador de mandíbula e 1,8 c/e para os agregados britados com o
compactador de eixo vertical.
Porém, pela norma analisada o critério de aceita para agregado britados para produção
de concretos não deve exceder o índice de 3.
55
5. INFLUÊNCIA DA FORMA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DO CONCRETO
56
correspondentes, nesse estado de tensão, a combinação mais desfavorável da tensão de
cisalhamento com a tensão normal (Carneiro, 1953).
A forma angular e uma superfície rugosa, como a maioria das partículas britadas,
proporcionam concretos com maiores resistências do que partículas arredondadas e lisas,
como seixo rolado. A justificativa para isto é a maior aderência mecânica desenvolvida entre a
pasta matriz e as partículas angulares e rugosas (Eduardo, 2002).
Segundo Eduardo (2002 apud Giaccio e Zerbino, 1996), a redução na resistência à
compressão pode chegar a 15% quando se utiliza um agregado arredondado e liso (seixo
natural de rio), comparado com agregados britados.
Segundo Neville (1997), tanto a forma quanto a textura do agregado exercem forte
influência sobre a resistência à compressão do concreto principalmente nas primeiras idades,
o efeito da forma e da textura é mais significativo em concretos de alta resistência. Ao
mantermos a mesma mineralogia do agregado, os concretos com agregados de superfície mais
rugosa, tendem a apresentar maior resistência que os concretos com agregados de superfície
mais lisa e arredondadas.
Estudos realizados por Sbrighi e Frazão (1984) determinaram que para uma
determinada trabalhabilidade, quanto maior o índice de forma cúbico do agregado graúdo,
maior será a resistência à compressão do concreto. Contudo, para as mesmas idades e mesmas
resistências a compressão do concreto, os concretos com elevados índices de forma cúbica
obtiveram uma redução de até 40 kg de cimento por m³ de concreto, quando comparados com
traços com formas lamelares.
Os resultados relacionados de índice de forma do agregado graúdo e resistência a
compressão do concreto, mostram que valores de índice de forma (relação comprimento /
espessura) abaixo do limite estabelecido pela ABNT NBR 7809:1983, resultam em resistência
à compressão maiores do concreto. Por outro lado, os resultados de índice de forma
considerados reprovados, ou seja, valores superiores à 3,0 obtiveram resistência à compressão
menores nos concretos ( Junior, 2009).
Segundo Fowler (Fowler, 2005 apud Rao et al., 2002), as partículas lamelares ou
planas orientadas na vertical pode causar uma fraqueza estrutural na compressão e também
diminuir a resistência do concreto.
57
5.2 RESISTÊNCIA A TRAÇÃO
A escolha deste ensaio está relacionada com as vantagens que ele apresenta: maior
facilidade de ser executado permite o uso do mesmo tipo de corpo-de-prova do ensaio de
compressão, emprega menor quantidade de concreto e apresenta resultados mais uniformes do
que os obtidos com ensaios de tração direta (Mendes, 2002 apud Neville, 1997).
Segundo Junior (Junior, 2009 apud Neville, 1997), a relação entre a resistência à
compressão e à tração por compressão diametral depende do tipo de agregado graúdo usado,
pois as propriedades do agregado, especialmente a forma e a textura superficial. Na figura 5.1;
Apresenta a resistência à compressão e resistência à tração por compressão diametral em
concretos produzidos com diferentes agregados. Os resultados mostram que para concretos
com agregados completamente lisos a resistência foi 10% menor em relação aos concretos
com agregados britados.
Figura 5.1 Relação entre resistência à compressão e resistência à tração por compressão diametral (Fonte:
Neville, 1997.)
58
6. PROGRAMA EXPERIMENTAL: PARTE I - CLASSIFICAÇÃO DOS
MATERIAIS
59
uma má qualidade do concreto. Com base nos termos citados acima, optamos por utilizar com
intervalo entre 19mm a 25mm, o que melhor se enquadra ao experimento.
Os ensaios para a caracterização da granulometria, massa específica, massa unitária e
índice de forma do agregado graúdo utilizado para o experimento, foi realizada no
Laboratório de Materiais da Escola EEC/UFG, com a seguinte determinação da composição
granulométrica e outros.
60
Figura 6.2 Curva granulométrica agregado graúda
61
Foi utilizado o método descrito pela NBR 7809/06 Agregado graúdo – Determinação
do índice de forma pelo método do paquímetro – Método de ensaio. Porém foi analisado
100% da amostragem de 10 kg, ao contrario da NBR 7809/06, que estabelece uma quantidade
mínima de 200 partículas de uma amostra a serem analisadas.
62
Figura 6.5 Curva granulométrica agregado miúdo
A figura 6.5 apresenta os resultados dos limites granulométricos do agregado miúdo
ensaiado, que se mantive dentro dos limites aceitáveis para a produção do concreto.
63
Figura 6.6 Características do cimento CP II Z – 32
A figura 6.6 apresenta as características técnicas do cimento selecionado para o
experimento.
64
Figura 6.7 Forma equidimencional (forma cúbica)
A figura 6.7 apresenta a forma cúbica e suas respectivas demissões comprimento,
largura e espessura.
Os métodos utilizado para caracterização da forma do agregado graúdo britado, para o
proposto trabalho, teve como referência a NBR 7809/05 – Determinação do índice de forma
pelo método do paquímetro, que determina parâmetros de aceitação para o agregado graúdo
como forma ideal e forma inadequada, BS 812: SECTION 105.1/1989, que determina o
índice de achatamento, BS 812: SECTION 105.2/1990 que determina o índice de
alongamento e a NBR 6954 - Lastro-padrão: determinação da forma do material, que
classifica a forma em quatro categorias como forma cúbica, forma alongada, forma lamelar e
forma alongada-lamelar.
Com base nas referidas normas, foram classificadas quatro formas para o agregado
graúdo britado, tendo como referência a proporção de suas demissões, sendo considerado
como forma ideal partículas com índice c/e < 1,8 mm e formas aceitáveis c/e >1,8 a < 3,0
mm e forma inadequada c/e > 3,0 mm.
A tabela 6.3 apresenta a interpretação da forma do agregado graúdo britado pelo autor,
com base nas normas e outras referências, e seguiu a seguinte ordem:
65
proporção entre suas dimensões, comprimento, largura e espessura, e com base na
classificação de sua forma analisar sua granulometria, massa específica, massa unitária e
índice de forma.
A primeira análise, amostra com 10 kg do agregado graúdo, seguiu-se a determinada
sequência, caracterização, catalogação e separação das amostras. A caracterização da amostra
seguiu a tabela 6.3, seguida da catalogação e separação das partículas em forma cúbica, forma
alongada, forma lamelar e forma alongada-lamelar.
66
Figura 6.9 Separação (Fonte: análise 1)
A figura 6.9 apresenta o processo de separação da forma do agregado graúdo pelo
método utilizado.
67
alongada, forma lamelar e forma alongada-lamelar estão presentes em uma amostragem de
10kg.
68
Figura 6.12 Análise 1
69
Tabela 6.4 Análise 1 (índice de forma)
Análise 1-10 kg (Agregado graúdo entre 19 mm a 25mm)
Forma N de Partículas Índice Peso (kg) %
Cúbica C331 1,52 3,35 33,50%
Alongada A363 2,10 3,11 31,10%
Lamelar L204 2,71 1,61 16,10%
Alongada-Lamelar AL365 6,07 1, 927 19,27%
Prato 0, 003 0,03%
TOTAL 1.263 (Partículas) 3,20 10,00 100,00%
70
6.4.2 Segunda análise - Método 100% Paquímetro
Após a caracterização das partículas da análise 03 foi feita uma comparação das
porcentagens para cada forma, entre as análises 01, 02 e 03 para constatar se gerou alguma
diferença nítida entre os métodos, 01 e 02 – nomeado como 100% Paquímetro e 03 como
Parcial.
72
A tabela 6.6 apresenta uma comparação nos resultados das as três primeiras análise
com o objetivo de detectar falhas nos métodos utilizados.
Após a comparação dos métodos 100% Paquímetro e Parcial, não houve uma
diferença nítida nas porcentagens das formas que pudessem interferir no resultado.
Para as análises subsequentes foi utilizado o método proposto na análise 03. O Método
Parcial, na qual necessita de menos tempo é seu resultado e bem satisfatório comparado com
o método 100 % paquímetro.
A tabela 6.7 apresenta os resultados da 4º a 10º análise pelo método de classificação
Parcial.
A tabela 6.8 apresenta os resultados da 11º a 20º análise pelo método de classificação
Parcial.
73
Tabela 6.8 Análises 11º a 20º (índice de forma)
11º 12º 13º 14º 15º 16º 17º 18º 19º 20º
Forma Peso Peso Peso Peso Peso Peso Peso Peso Peso Peso
(kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg) (kg)
Cúbica 3,2 3,23 3,12 3,21 3,3 3,25 3,19 3,17 3,23 3,22
Alongada 3,26 3,2 3,29 3,19 3,21 3,2 3,25 3,25 3,3 3,14
Lamelar 1,71 1,82 1,9 1,83 1,74 1,8 1,83 1,8 1,73 1,77
Alongada-Lamelar 1,83 1,75 1,69 1,77 1,75 1,75 1,73 1,78 1,74 1,87
Método Parcial Parcial Parcial Parcial Parcial Parcial Parcial Parcial Parcial Parcial
Para o restante das análises foi utilizado o método parcial, porem não houve
necessidade de pesagens das amostras caracterizadas, apenas classificação e separação das
mesmas para o experimento.
74
A tabela 6.9 apresenta um resumo da primeira analise, determinando o índice da cada
forma e o índice geral da amostra e o numero de partículas analisadas.
A tabela 6.10 e 6.11 apresenta a porcentagem que cada forma está presente em uma
amostra.
Após a classificação das partículas com forma cúbica, foram realizados alguns ensaios
como NBR 7211/NM:248, NBR 7217/87, NBR 7217/87, NBR 7251/82 e NBR 9937/87, para
uma melhor compreensão e interpretação dos resultados.
75
Figura 6.18 Curva granulométrica (Forma cúbica)
A figura 6.18 apresenta os resultados dos limites granulométricos para a forma cúbica
com índice de 1,52 (c/e).
A Tabela 6.12, são apresentados os resultados dos ensaios para a forma cúbica.
Após a classificação das partículas com formas alongada, foram realizados alguns
ensaios como NBR 7211/NM:248, NBR 7217/87, NBR 7217/87, NBR 7251/82 e NBR
9937/87, para uma melhor compreensão e interpretação dos resultados.
76
Figura 6.19 Curva granulométrica (Forma Alongada)
Após a classificação das partículas com formas lamelar, foram realizados alguns
ensaios como NBR 7211/NM:248, NBR 7217/87, NBR 7217/87, NBR 7251/82 e NBR
9937/87, para uma melhor compreensão e interpretação dos resultados.
77
Figura 6.20 Curva granulométrica (Forma lamelar)
A figura 6.20 apresenta os resultados dos limites granulométricos para a forma lamelar
com índice de 2,71 (c/e).
A Tabela 6.14, são apresentados os resultados dos ensaios para a forma lamelar.
78
Figura 6.21 Curva granulométrica (Forma alongada-lamelar)
79
alongada, forma lamelar e forma alongada-lamelar. E essas quatro formas do agregado graúdo
estão presente em porcentagem diferenciada.
Agregados produzidos por britador de cone, no caso das amostras utilizadas a forma
cúbica é predominante, seguida da forma alongada, forma alongada-lamelar e por ultimo
forma lamelar.
Pelo método proposto de classificação a forma alongada-lamelar com índice < 3, seria
a forma do agregado graúdo inadequada para a produção de concretos, pois o mesmo está
presente em porcentagem entre 17% a 20% em massa.
Segundo Neville (1997), a presença de partículas com forma inadequada em concretos
não deve ser maior que 10% a 15% em massa. (Metha e Monteiro, 2008). As partículas
indesejadas devem ser evitadas ou limitadas a no máximo a 15% em massa. (Isabel, 2005
apud French, 1991). A forma do agregado graúdo só causaria danos ao concreto se mais de
50% das partículas tiverem uma relação de 5:1, o que as classifica como forma alongada-
lamelar, e que pode provocar baixa compacidade e elevado índice de vazios, resultando em
baixa resistência e menor durabilidade do concreto.
Na primeira análise houve a catalogação das amostras com o objetivo de quantificar o
numero de partículas de cada forma presente em uma amostra de 10kg. Com base nestas
informações, foi observado que com o aumento da irregularidade há um decréscimo na
granulométrica.
Com base nos resultados, quanto menor a dimensão da partícula, maior é sua
irregularidade. Logo, para um agregado classificado como brita entre 19mm a 25mm se
enquadrar como um agregado de boa qualidade, granulometria contínua e bem graduada, é
necessário uma determinada quantidade de partículas de ordem decrescente, para que se
enquadre na curva granulométrica ideal.
Na Tabela 6.16 são apresentados os resultados para a forma cúbica, forma alongada,
forma lamelar e forma alongada-lamelar
80
Figura 6.22 Gráfico comparativo da forma do agregado
81
Na figura 6.22 são apresentados os resultados dos ensaios em forma de gráficos para a
forma cúbica, forma alongada, forma lamelar e forma alongada-lamelar. Segundo os
resultados, o índice de forma e massa específica aumenta com a irregularidade do agregado
graúdo, e a massa unitária e módulo de finura diminui com o aumento da irregularidade do
agregado graúdo.
82
7. PROGRAMA EXPERIMENTAL: PARTE II - DOSAGEM
Tabela 7.1 Ensaios dos CPs para os traços de formas cúbica, alongada, lamelar e along.lamelar
TRAÇOS
Ensaios IDADES
7 14 28 CPs 10x20cm
Compressão 2 CPs 2 CPs 2 CPs 6
Tração (C. Diametral) 2 CPs 2
TOTAL 8 CPs
83
A tabela 7.3 apresenta a legenda utilizada nos traços para cada forma.
Legenda
Cúbica C
Alongada A
Lamelar L
Along.-Lamelar AL
Foram definidos, 12 traços divididos entre a forma cúbica, forma alongada, forma
lamelar e forma alongada-lamelar.
Segue as informações da dosagem utilizada para os traços com agregados de forma
cúbica, forma alongada, forma lamelar e forma along.-lamelar.
Para a produção dos traços, se fixou o Abatimento do Tronco de Cone de Abrams em
9 ±1cm, sem o uso de aditivo.
Foi estabelecido o teor de argamassa da forma cúbica (alfa em 0,52). Conforme o
índice de forma do agregado aumenta e consequentemente a irregularidade do agregado
graúdo, variou-se o teor de alfa em +0,01 para cada forma, para o traço de forma alongada
estabelecemos o teo.r de argamassa (alfa em 0,53), forma lamelar (alfa em 0,54) e forma
alongada-lamelar em (alfa em 0,55).
84
Este procedimento foi necessário para se manter o mesmo acabamento nos concretos
com diferentes agregados.
A produção dos concretos de forma cúbica, forma alongada, forma lamelar e forma
alogada-lamelar seguiram as seguintes dosagens.
85
Figura 7.2 Mistura dos materiais Figura 7.3 abatimento do tronco de cone de Abrams
86
Figura 7.6 Ensaio Compressão Figura 7.7 Ensaio Tração Diametral
Nas centrais de concreto de Goiânia não são comumente produzidos concretos com
resistência superior a 30 MPa, e quando o fazem não superam o limite de 50 MPa e utilizam o
granulito como agregado graúdo, (PINTO, 2003).
Optou-se pela resistência de 20 MPa, por ser uma resistência muito utilizada em
construções de pequeno porte, já a resistência de 30 MPa é considerada uma resistência
moderada e utilizada em obras de médio e grande porte. Para uma resistência elevada se
utilizou a de 50 MPa, mais utilizada em obras de concreto de alto desempenho na região.
A partir destas classes de resistência a compressão, com base nos estudos de dosagem,
foi possível se estabelecer comparações entre os concretos produzidos com agregados de
diferentes formas.
87
7.5 CONCRETO FRESCO
Tabela 7.9 Abatimento de tronco de cone de Abrams C-I, A-I, L-I e AL-I
TRAÇO I Alfa a/c slump
C-I 0,52 0,426 10 cm
A-I 0,53 0,445 10 cm
L-I 0.54 0,458 10 cm
AL-I 0,55 0,468 10 cm
Tabela 7.10 Abatimento de tronco de cone de Abrams C-II, A-II, L-II e AL-II
TRAÇO II alfa a/c slump
C-II 0,52 0,544 10 cm
A-II 0,53 0,556 10 cm
L-II 0.54 0,580 10 cm
AL-II 0,55 0,598 10 cm
Tabela 7.11 Abatimento de tronco de cone de Abrams C-III, A-III, L-III e AL-III
TRAÇO III alfa a/c slump
C-III 0,52 0,657 9 cm
A-III 0,53 0,714 9 cm
L-III 0.54 0,735 9 cm
AL-III 0,55 0,785 9 cm
88
Após a análise dos resultados dos ensaios de Abatimento de tronco de cone de
Abrams, com uma mesma consistência de 9 ± 1 cm, para todas as dosagens. Pode-se observar
que quanto maior o índice de irregularidade do agregado espessura/comprimento maior será a
necessidade de água para a mesma trabalhablididade.
Para as dosagens, utilizamos a forma cúbica como parâmetro de avaliação.
Estabelecemos alfa em 0,52 e conforme a irregularidade do agregado aumentava,
acrescentamos +0,01 em alfa, configurando alfa em 0,53 para forma alongada, 0,54 para
lamelar e 0,55 para alongada-lamelar. Desta forma esperou-se manter a trabalhabilidade
desejada e uma baixa a/c para os traços com alto índice de forma.
As formas irregulares funcionam como barreiras dificultando a mobilidade da pasta de
cimento, devido ao seu alto índice de área superficial característica da forma alongada-lamelar
forma indesejada para o concreto, com índice de >3,0 c/e que em porcentagem superior a 50%
de uma amostragem podem provocar queda de qualidade do concreto, como no caso do
concreto de forma along.lamelar com 100% dos agregados graúdos com índice de 6,07 c/e.
89
Na figura 7.8 apresenta o gráfico de dosagem para resistência a compressão aos 7, 14 e
28 dias para agregados de forma cúbica.
Na figura 7.11 apresenta o gráfico de dosagem para resistência a tração aos 28 dias
para agregados de forma alongada.
91
Na figura 7.12 apresenta o gráfico de dosagem para resistência a compressão aos 7, 14
e 28 dias para agregados de forma lamelar.
Na figura 7.13 apresenta o gráfico de dosagem para resistência a tração aos 28 dias
para agregados de forma lamelar.
92
Na figura 7.14 apresenta o gráfico de dosagem para resistência a compressão aos 7, 14
e 28 dias para agregados de forma along.lamelar.
Na figura 7.15 apresenta o gráfico de dosagem para resistência a tração aos 28 dias
para agregados de forma along.lamelar.
93
8. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
Neste capítulo é apresentada a análise dos resultados obtidos nos ensaios do concreto
endurecido quanto à resistência à compressão e tração por compressão diametral dos
concretos produzidos com os agregados classificados em forma cúbica, forma alongada,
forma lamelar e forma alongada-lamelar.
Na tabela 8.1, apresenta a dosagem dos traços teóricos para resistência a compressão
simples de 20, 30 e 50 MPa.
94
Figura 8.1 Consumo de cimento x forma do agregado x resistência à compressão
Pode-se observar que quanto maior o índice de forma do agregado graúdo, ou seja
mais irregular for o agregado, maior será seu consumo de cimento para uma dada resistência.
As partículas irregulares necessitam de mais pasta de cimento para produzir misturas de
concreto trabalháveis. Logo, o custo de cimento aumenta (Metha e Monteiro, 2008).
Segundo, (Fowler apud Rao et al., 2002) as partículas lamelares apresentam maior
área de superfície e produzem uma mistura com baixa trabalhabilidade com determinado teor
de água, o que leva à compactação pobre e um alto conteúdo de vazios, resultando em baixa
resistência e durabilidade.
Par a resistência de 20MPa, a forma cúbica com índice de forma em 1,52 (c/e) obteve
o menor consumo de cimento com 327kg/m³, seguida da forma alonga com índice de forma
em 2,10 (e/c) e consumo de cimento 338kg/m³, seguida da forma lamelar com índice de forma
em 2,71 (c/e) e consumo de cimento 356kg/m³ e com o maior consumo de cimento a forma
along.lamelar com índice de forma em 6,07 (c/e) e consumo de cimento 403kg/m³.
Para a resistência de 30 MPa, a forma alongada obteve o menor consumo de cimento
com 418kg/m³ seguido a forma cúbica com consumo de cimento em 431kg/³, seguida da
forma lamelar com consumo de cimento em 461kg/m³ e com maior consumo de cimento a
forma along.lamelar com 497kg/m³.
Para uma resistência mais elevada de 50 MPa, a forma alongada obteve o menor
consumo de cimento com 564kg/m³, seguida da formas cúbicas com consumo de cimento em
585kg/m³, seguida da forma along.lamelar com consumo de cimento em 664kg/m³ e com o
maior consumo de cimento a forma lamelar com 673kg/m³.
95
Os concretos produzidos com formas cúbicos e alongados que apresentam menores
índices de irregularidades obtiveram os menores consumos de cimento para dadas
resistências.
Os concretos com autos índices de irregularidades como a forma lamelar com índice
de 2,71 (c/e), e along.lamelar com índice de 6,07 (c/e) obtiveram os maiores consumos de
cimentos para as respectivas resistências de 20, 30 e 50 MPa.
Segundo, (Junior, 2009). Valores de índice de forma abaixo do limite estabelecido
pela ABNT NBR 7809/02 apresentam maiores resistência a compressão. Por outro lado, os
resultados de índice de forma considerados reprovados, ou seja, valores superiores à 3,0
obtiveram resistência à compressão menores nos concretos.
Para o consumo obtidos para as resistências de 20 MPa a forma cúbica com índice de
forma em 1,52 (c/e) apresentou o menor consumo de cimento e comparando ao maior
consumo de cimento apresentado pela forma along.lamelar com índice de forma em 6,07
(c/e). A influencia negativa das irregularidades da forma do agregado graúdo representa um
aumento de 76k g/m³ no consumo de cimento para a mesma resistência. Segundo, (Mehta e
Monteiro 2008), as partículas irregulares são frágeis e facilmente quebráveis, prejudicando a
obtenção de maiores resistências no concreto endurecido.
Para a resistência de 30 MPa a forma along.lamelar apresentou um consumo de
cimento de 79 kg/m³ maior que a forma alongada que obteve o menor consumo para a mesma
resistência.
Para a resistência de 50 MPa a forma lamelar apresentou um consumo de cimento de
109 kg/m³ maior que a forma alongada que obteve o menor consumo de cimento para a
mesma resistência.
Os concretos com forma alongadas obtiveram menor consumo de cimento para uma
mesma resistência de 50 MPa, atribui-se a forma alongada características semelhantes a forma
cúbica com índice em 1,54 e 2,10 (c/e).
A forma equidimencional tem como características alta quantidade de arestas que
apresentam maior aderência entre pasta de cimento/agregado e consequentemente maior
compacidade. Segundo Neville (1997), a influencia da forma e da textura é mais significativo
em concretos com maiores resistência.
96
Figura 8.2 Detalhe esquemático forma cúbica
97
Segundo Isabel (French, 1991 apud Isabel, 2005), a resistência do concreto é afetada
se mais de 50% das partículas tiverem uma relação de 5:1, no qual é característica do traço-
AL forma along.lamelar, e que pode provocar baixa compacidade, elevado índice de vazios e
resultando em baixa resistência e menor durabilidade do concreto como apresentado no
detalhe esquemático na figura 8.3.
As partículas irregulares têm influencia negativa no controle do concreto, os agregados
graúdos irregulares provocam acumulo de água, aparecimento de bolas e consequentemente
um aumento na porosidade do concreto, que provoca baixa resistência e diminui a vida útil da
estrutura de concreto.
As partículas irregulares apresentam maior área superficial e consequentemente maior
atrito entre as partículas que, quando submetidas à compressão, podem se romper como vigas
bi-apoiandas quando muito próximas.
Na tabela 8.2, apresenta a dosagem dos traços teóricos para resistência a tração de 5, 7
e 9 MPa.
98
Figura 8.4 Consumo de cimento x forma do agregado x resistência à tração
99
Para os ensaios a tração, os concretos produzidos com formas lamelares e alongada
lamelar apresentaram em boa parte os menores consumo de cimento para as mesma
resistência.
Para uma resistência a tração de 5 MPa, a forma alongada apresentou o menor
consumo de cimento com 227 kg/m³ e 74 kg/m³ menor em relação ao maior consumo
apresentado pela forma along.lamelar com 301 kg/m³, e pra resistência de 7 MPa, a forma
lamelar apresentou o menor consumo de cimento com 297 kg/m³ e 56 kg/m³ menor em
relação ao maior consumo apresentado pela forma along.lamelar com 353 kg/m³.
Para uma resistência a tração de 9 MPa, a forma lamelar apresentou o menor consumo
de cimento com 348 kg/m³ e 65 kg/m³ menor em relação ao maior consumo apresentado pela
forma alongada com 413 kg/m³.
Segunda, (Fabro, 2011) partículas angulosas têm maior área superficial.
A forma angular e uma superfície rugosa, como a maioria das partículas britadas,
proporcionam concretos com maiores resistências do que partículas arredondadas e lisas,
como seixo rolado. A justificativa para isto é a maior aderência mecânica desenvolvida entre a
pasta matriz e as partículas angulares e rugosas (Eduardo, 2002).
101
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
102
10. SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
Para as pesquisas que estão por iniciar, sugerem-se estudos similares com outros tipos
de agregados graúdos e outras faixas granulométricas.
Realizar ensaios de Módulo de elasticidade aos 28 dias.
Manter o teor de argamassa fixa dos traços experimentais.
Fixar um slump test alto assim a/c seria mais expressiva.
Realizar os ensaios em idades mais avançadas como 56 e 91 dias.
Como metodologia mais simplificada utilizar apenas os extremos, como a forma
cúbica com índice de < 1,8 a forma alongada-lamelar com índice de > 3,0,
103
12. REFERÊNCIAS
104
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5.738: Moldagem e Cura
de Corpos-de-Prova Cilíndricos ou Prismáticos de Concreto: procedimento. Rio de Janeiro,
1994.
Barret, P.J. The Shape of Rock Particles: a critical review sedimentology. 1980, p. 15-22.
105
CARMO, J. B. M.; PORTELLA, K. F. Estudo comparativo do desempenho mecânico da
sílica ativa e do metacaulim como adições químicas minerais em estruturas de concreto.
Curitiba, 2008.
DAFICO, J. A. Manual de tecnologia do concreto. 3ª Ed. Ver. Goiânia: Editora UFG, 1993.
106
2010. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Engenharia Civil) – Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo. Departamento de Engenharia de Transportes.
107
HELENE, Paulo R.L. Concreto de elevado desempenho: o material para construção
das obras nos anos 2000. Artigo. São Paulo, 2000.
HELOÍSA, M. B. O. F.; LUIZ, P. P. S. Minerais e Rochas. In: Antonio Manoel dos Santos
Oliveira; Sérgio Nertan Alves de Brito (Org.) Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação
Brasileira de Geologia de Eng. Ambiental, v. única, 1998. p. 15-38.
108
MENDES, S. E. S. Estudo experimental de concreto de alto desempenho utilizando
agregados graúdos disponíveis na região metropolitana de Curitiba. Curitiba, 2002.
Dissertação de Mestrado (Mestrado em Engenharia Civil) – Setor de Tecnologia,
Universidade Federal do Paraná.
109
VALENTIM, L. Z.; AKIHIKO, V. N. Cartas de geologia de engenharia. In: Antonio Manoel
dos Santos Oliveira; Sérgio Nertan Alves de Brito (Org.): Geologia de Engenharia. São Paulo:
Associação Brasileira de Geologia de Eng. Ambiental, v. único, 1998. p. 283-300.
VALVERDE, F.M. Balanço Mineral Brasileiro 2001: agregados para a construção civil.
Brasília. Departamento Nacional de Produção Mineral, 2001. Disponível em:
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/agregados.pdf. Acesso
em: 11/05/2011, às 16:40.
YOSHIDA, R.; FRAZÃO, E. B. G. Estudo sobre a forma de fragmentos rochosos. A.P. 1972.
In: Semana Paulista de Geologia Aplicada, 4ª ed. 1972, São Paulo. Anais... São Paulo. p. 285-
325.
110