Você está na página 1de 1

Vênus - Francisca Júlia Venus - Francisca Júlia (Traducción: Ángel Crespo)

Branca e hercúlea, de pé, num bloco de Carrara, Grave y blanca, en un bloque de mármol de Carrara,
Que lhe serve de trono, a formosa escultura, Que le sirve de trono, esta hermosa escultura,
Vênus, túmido o colo, em severa postura, Venus, turgente el seno, en severa postura,
Com seus olhos de pedra o mundo inteiro encara. Con sus ojos de piedra el mundo entero encara.

Um sopro, um quê de vida o gênio lhe insuflara; Un soplo, algo de vida el genio le insuflara;
E impassível, de pé, mostra em toda a brancura, E impasible, de pie, ostenta en su blancura,
Desde as linhas da face ao talhe da cintura, Desde el rostro a la línea que entalla la cintura,
A majestade real de uma beleza rara. La majestad real de una belleza rara.

Vendo-a nessa postura e nesse nobre entono Al verla em tal postura y con tan noble entono
De Minerva marcial que pelo gládio arranca, De Minerva marcial que con el gladio arranca,
Julgo vê-la descer lentamente do trono, Creo verla bajar lentamente del trono,

E, na mesma atitude a que a insolência a obriga, Y, en la misma actitud, mostrar de orgullo llena,
Postar-se à minha frente, impassível e branca, Parada frente a mí, indiferente y blanca,
Na régia perfeição da formosura antiga. De la hermosura antigua la perfección serena.

Você também pode gostar